É muito comum a gente, quando começa a se aprofundar nos ensinamentos do Krishnaji, ao observar os movimentos do pensar, desejar que eles não aconteçam e pode haver uma certa confusão, porque, no meu modo de entender, a gente, antes de mais nada precisa aceitar esse fluxo justamente pra que possamos entendê-lo. É como se a gente resistisse à eles, e surge então uma vontade de querer que eles cessem pra idealizar o silêncio; um silêncio que parece surgir somente no momento em que a gente percebe o "arquiteto", que é o próprio ego criando mais uma projeção pra se agarrar a ela. O próprio Krishnamurti falava da ausência de desejo, de volição, na capacidade de observação. Eu mesmo, por muitas vezes, me pegava tentando não me identificar com essa ou aquela linha de pensamento que por vezes me ocorria... mas, como o próprio OUT dizia, é necessário que não haja nenhum tipo de desejo por trás da observação — sem escolhas — e eu diria que quando a gente se reveste do amor, aquele que aceita todo e qualquer tipo movimento da mente, como parte integrante de si, estamos ficando mais aptos pra perceber como eles de fato acontecem; e desse modo, já cientes de que eles não são nosso real ser, nos aproximamos do que realmente pode ser essa rede da qual ainda estamos enredados e devagar tentamos nos desvencilhar. Em resumo, acho que quanto mais a gente aceita o que a mente produz, sem auto-preconceito, mais nos libertamos do que de fato nos condiciona. Acho que é isso! Grato pela palavra e deixo espaço livre pra continuarem!
Confrade AQUELE EU MESMO
Teclado na Reunião pelo Paltalk em 05/07/2013