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sábado, 31 de março de 2018

Na vida holística, não há raízes psicológicas

Na vida holística,
não há raízes
psicológicas

[...] Devemos compreender a insegurança, sua causa. A causa da insegurança é nossa própria limitação de percepção, nosso estado psicológico fragmentado. Mas há uma maneira de viver holística em que não existe a segurança ou a insegurança.

Assim, se o desejam, vamos nos perguntar o que é esse estado holístico da vida. A palavra holístico significa “completo”, um estado no qual não existe fragmentação (como um homem de negócios, um artista, um poeta, uma pessoa religiosa, etc.) Contudo, nós constantemente categorizamos as pessoas como comunistas, socialistas, capitalistas, etc.

Nossas vidas, se observam com determinação, estão divididas fragmentadas; e devemos compreender por que os seres humanos, que tem vivido nesta magnífica Terra durante milhões de anos, estão fragmentados, tão divididos. Como dissemos ontem, uma das principais causas da divisão se deve a que o cérebro é escravo do pensamento, o qual é limitado. Onde há limitação tem que haver fragmentação. Se estou interessado em mim mesmo, em meu progresso, em realizar-me, em minha felicidade e em meus problemas, divido toda a estrutura da humanidade em forma de “eu”. D modo que o pensamento é um dos fatores da fragmentação dos seres humanos. E o tempo é outro fator.

Alguma vez já consideraram, o que é o tempo? Segundo os cientistas interessados no tema, o tempo é uma sequência de movimentos; movimento é tempo. O tempo não é só do relógio, do cronológico, senão que também é o nascer e o pôr do sol, a escuridão da noite e a luminosidade da manhã. E também há o tempo psicológico, o tempo interno: “Sou isto e serei aquilo”; “Não sei matemática, mas algum dia a aprenderei”. Para tudo isso se requer tempo; para aprender um idioma se necessita de muito tempo. Há o tempo para aprender, para memorizar, para desenvolver uma habilidade, e também há o tempo como a entidade egoísta que diz: “Chegarei a ser algo mais”. Esse “chegar a ser” psicológico também implica tempo. E nós estamos estudando não só o tempo para aprender uma habilidade, senão também o que temos desenvolvido como um processe de conquista. Não sabe como meditar, mas cruza as pernas e aprende como controlar seus pensamentos para conquistar algum dia essa suposta meditação. De modo que pratica, pratica, pratica, e é assim que se converte em mecânico. Quer dizer, qualquer tipo de prática faz com que seja mecânico.

De modo que o tempo é o passado, o presente e o futuro. O passado consta de todas as recordações, as experiências, o conhecimento, e o que os seres humanos têm conquistado. Tudo o que permanece no cérebro como memória é o passado. É tão simples. O passado (as recordações, o conhecimento, as experiências, as tendências) está atuando agora; por isso você é o passado. E o futuro é o que você é agora, talvez, algo modificado. O futuro é o passado modificado. Por favor, observe, compreenda isso. O passado, que se modifica no presente, é o futuro. Sem uma transformação radical no presente, amanhã você será o mesmo que é hoje. Assim que o futuro é o agora; não me refiro ao futuro necessário para adquirir conhecimentos, senão ao futuro psicológico. Assim, a psique, o “eu”, o ego são o passado, são a memória. E essa memória se modifica a si mesma no agora, e assim segue. Portanto, o futuro e o passado estão no presente. Todo tempo (o passado, o presente e o futuro) é uma continuidade do agora. Isto não é complicado, mas sim, lógico. Se agora vocês não se transformam, quer dizer, neste instante, o futuro será o que são agora, o que têm sido. Pois bem: é possível nos transformar radical, fundamentalmente agora? Não no futuro.

Somos o passado. Não há duvida disso. E o passado se modifica de diferentes modos através de reações e desafios, e essa modificação se converte no futuro. Este país tem tido uma civilização durante três ou quatro mil anos; isso é o passado. Mas as circunstâncias modernas requerem que rompemos com esse passado e que deixemos essa cultura. Podem falar da cultura passada e desfrutar de sua fama, mas esse passado se esfumaçou, tem sido anulado pelas necessidades e os desafios do presente. E estes modificam para uma entidade econômica.

O passado e o futuro estão no agora. Qualquer tempo está no agora. E estamos dizendo que o pensamento e o tempo são as maiores causas de fragmentação nos seres humanos. De forma similar, queremos ter raízes e nos identificar com um grupo, com um guru, com uma família, com uma nação, etc. E a ameaça da guerra é o maior fator em nossas vidas. A guerra pode destruir nossas raízes psicológicas, e por isso estamos dispostos a matar aos demais. Estes são os maiores fatores de nossas vidas fragmentadas.

Agora, vocês escutam essa verdade ou meramente desacreditam do que se está dizendo e, portanto, se contentam com a descrição e não com a verdade, com a ideia e não com o fato? Por exemplo, quem lhes fala diz: “Qualquer tempo está no agora”. Se o compreendem, é a verdade mais maravilhosa. O escutam como uma série de palavras, como uma ideia, como uma abstração da verdade, ou o captam como a verdade que é? O que fazem? O veem, vivem com este fato? Ou fazem desse fato uma abstração, uma ideia, e se interessam por ela e não pelo fato em si? Assim atuam os intelectuais. O intelecto é, de todas as maneiras, necessário, e seguramente temos pouquíssimo intelecto porque dependemos dos outros. Quando escutam uma afirmação como: “Qualquer tempo está no agora”, ou “Você é a humanidade inteira, porque sua consciência é uma com todas as demais”, como escutam isso? Fazem disso uma abstração, uma ideia? Ou escutam essa verdade, esse fato, essa profundidade e sensação de imensidade que a envolve? As ideias não são uma imensidade; sem dúvida, o fato tem enormes possibilidades.

Assim, onde há tempo, pensamento, desejo de identificação e de ter raízes, não pode haver uma vida holística. Tudo isso impede a totalidade do viver, sua completude. Ao escutar esta afirmação, seguidamente sua pergunta deve ser: “Como deter o pensamento?”. Essa é uma pergunta natural, não é verdade? Sabemos que o tempo é necessário para aprender uma habilidade, um idioma ou um tema técnico. Mas, por sua vez, estão começando a perceber de que o fato de “chegar a ser”, o movimento de “o que é” ao “o que deveria ser” implica tempo, e que isso pode ser totalmente errado, que ser que não seja uma verdade. Desse modo, começam a questionar as coisas. Ou simplesmente dizem: “Não entendo o que você diz, prefiro seguir por minha conta”? Isso é o que, de fato, ocorre. A honestidade, igualmente que a humildade, é uma das coisas mais importantes. Quando um homem fútil cultiva a humildade, está é uma parte de sua futilidade. Porque a humildade não tem nada que ver com futilidade, com o orgulho. É um estado da mente que diz: “Não sei o que sou, vou averiguar”; nunca diz: “Eu sei”.

Bem, vocês têm escutado o fato de que todo o tempo está no agora. Podem estar de acordo ou não. E concordar ou descordar é algo terrível. Por que deveríamos concordar ou descordar? Por exemplo, não importa se estão de acordo ou desacordo com a afirmação de que o Sol nasce pelo leste. Em consequência, podemos deixar de lado nosso condicionamento de estar de acordo ou em desacordo, de modo que ambos possamos observar os fatos, que não há divisão entre os que estão de acordo e aqueles que não o estão, para que somente então possamos ver as coisas tais como são? Posso dizer: “Não vejo isso”, mas isso é algo muito diferente. Nesse caso, podemos investigar por que não vê isso. Mas se entramos nessa área de estar de acordo ou não, nos confundiremos mais e mais.

Quem lhes fala diz que vivemos vidas fragmentadas, que nossa forma de pensar está fragmentada. Alguém, um homem de negócios, ganha muito dinheiro e, a partir daí, constrói um templo ou faz obras de caridade; observem que contradição. Nunca somos realmente sinceros com nós mesmos, não sinceros no sentido de ser algo mais ou de compreender algo mais, senão melhor, ser claros e ter essa sensação de absoluta sinceridade significa não assegurar ilusões. Se diz uma mentira, sabe que a disse e o aceita: “Disse uma mentira”; não necessita encobri-la. Se se irrita, está irritado e diz que o está; não precisa lhe buscar as causas, nem dar explicações ou tratar de se livrar disso. Tudo isso é absolutamente necessário se querem investigar as coisas com mais profundidade, tal como estamos fazendo agora. Não convertam um fato em uma ideia, senão, melhor, permaneçam com o fato, o qual requer percepção com muita clareza.

Depois de escutar tudo isto, diz: “Sim, entendo isso lógica e intelectualmente”. E pergunta: “Como relaciono o que entendi lógica e intelectualmente com o que escutei? Qual é a verdade?” Assim, já se criou uma divisão entre o entendimento intelectual e a ação. Você percebe isso? Escute, tão só, escute. Não faça nada a respeito. Não pergunte: “Como posso conseguir algo? Como posso terminar com o pensamento e o tempo?”. Não posso fazê-lo. Seria absurdo, porque você é o resultado do tempo, do pensamento, e o único que faria seria dar voltas no mesmo círculo. Escute, não reaja, não pergunte como, tão só limite-se a escutar (como escutaria uma bela música ou o canto de um pássaro) essa afirmação de que qualquer tempo está contido no agora, e que o pensamento é um movimento. O pensamento e o tempo andam juntos; não são dois movimentos independentes, mas sim um único e constante movimento. Isso é um fato. Escute isso.

É evidente que vocês querem se identificar, e essa é uma das causas da fragmentação em nossas vidas, igual ao tempo e o pensamento. Assim mesmo, querem estar seguros e por isso se apegam. Estes são os fatores da fragmentação. Escutem isso; não façam nada. Agora, se escutam com muita determinação, esse mesmo escutar cria sua própria energia. Se escutam o fato do que está se dizendo e não reagem (porque tão somente escutam), isso significa que reúnem toda sua energia para escutar; significa prestar enorme atenção ao escutar. E isso mesmo elimina os fatores ou as causas da fragmentação. Se fazem algo a respeito, então atuaram sobre isso. Sem dúvida, se observam se distorção, sem preconceitos, então essa mesma observação, essa percepção, que é enorme atenção, elimina a sensação de tempo, de pensamento, etc.

Outro dos fatores que faz com que vivamos nossas vidas de forma fragmentária é o medo. Esse é um fato comum a todos os seres humanos. E os seres humanos, desde os primórdios, têm tido medo, e nunca solucionaram esse problema. Se realmente não tivessem medo, não existiriam os deuses, os rituais e as orações. Esse medo criou todos os deuses, todas as deidades e os gurus com seus absurdos. Assim, podemos analisar a questão de por que os seres humanos vivem com medo, e se é possível libertar-se totalmente do medo, e não tão só ocasional e esporadicamente? É possível ter a percepção dos objetos do medo e também das causas internas do mesmo? Você pode dizer: “Não tenho medo”, mas seu interior tem como base o medo.

O que é o medo? Você não tem medo? Se é sincero de verdade, para variar, por que não dizer: “Tenho medo”. Tenho medo da morte, de perder meu emprego, de minha esposa ou marido, de que meu guru não me reconheça como um grande discípulo, da escuridão, ou de muitas outras coisas. Não estamos falando dos objetos do medo, do medo de algo. Estamos investigando o medo per se, em si mesmo. Assim, perguntamos: qual é a causa do medo e o que é o medo sem uma causa? Existe tal coisa como o medo se não existe uma causa? Ou a palavra medo, o som do medo faz sentir medo? Por exemplo, se são capitalistas ou socialistas, quando escutam a palavra comunismo, reagem de determinado modo. E quando escutam o termo medo também reagem, ao é verdade? Claro que o fazem. Agora, é a palavra que cria o medo ou a palavra é diferente do medo? É a palavra medo diferente do fato, ou o termo cria o fato? Você deve ter isso bem claro. Se não existisse uma palavra como medo, teríamos medo? A palavra amor não é essa chama intensa. Igualmente, pode ser que a palavra medo não seja o medo, essa sensação de paralisia, de viver em um estado de nervos. Vocês já sabem o que causa o medo nas pessoas; vivem na escuridão, sempre temerosas, assustadas, e suas vidas são terríveis. Sem dúvida, a palavra não é o fato, não é a coisa. Isto deve ficar muito clara. Bem, qual é a causa do medo?

Quem lhes fala lhes perguntou qual era a causa do medo. Mas, como vocês escutaram essa pergunta? Ela tem sua própria vitalidade, sua própria energia. É uma pergunta muito importante, e não meramente intelectual. Se ficam com a pergunta e não tratam de encontrar a resposta, começa a desdobrar-se a própria questão. Suponhamos que com toda seriedade lhes digo: “Amo-lhes”. É de coração que digo. Como escutam isso? Escutam ou surgem reações? Talvez nunca tenham amado de verdade. Pode se que estejam casados, tenham sexo e filhos, e não saibam o que é o amor. Seguramente não o sabem, o que pode ser um fato, porque se amassem não criariam imagens nem divisões. Muito bem, qual é a causa do medo? Escutem, porque tentarei sugeri-lo de uma maneira respeitosa. Façam-se essa pergunta e não procurem respondê-la, porque se procuram encontrar uma resposta (de averiguar a causa para logo eliminá-la), significará que “vocês” são diferentes do medo. Mas, vocês são diferentes ou são o medo? Sim, são cobiçosos; a cobiça é diferente de vocês? Se estão irritados, a irritação é diferente de vocês? Vocês são a irritação, são a cobiça, são o medo. Claro que o são. Vocês podem ver o fato de que são a irritação, a cobiça e o medo? Ao separarem-se do medo, vocês dizem: “Devo fazer algo com o medo”. Mas já se vêm fazendo algo com o medo a cinquenta mil anos; já se tem inventado deuses, rituais, etc.

Escutem a pergunta e não a reação, não perguntem como. A palavra como deve desaparecer por completo de suas mentes. Do contrário, sempre pedirão ajuda, e sempre dependerão dos outros. Perderão toda sua vitalidade, sua independência e seu sentido de estabilidade. Se farão essa pergunta sem esperar uma resposta? Façam-na. Se você planta uma semente na terra e está viva, crescerá e através do concreto. Já viram como as lâminas das ervas se abrem através do pesado cimento! Da mesma maneira, se fazem a pergunta e a retém, descobrirão a causa. É muito simples. Posso explicá-la, mas no momento esse não é o tema principal. O importante é fazer-se a pergunta, porque são pessoas sérias e querem descobri-lo. Permitam que a mesma pergunta responda, igual a semente na terra. Nesse caso verão que a semente floresce e se murcha. Não a desenterrem continuamente para ver se cresce. Igualmente como plantam uma semente na terra, nós fazemos o mesmo com a sensação do medo em nossos corações e em nossas mentes. Se deixamos a pergunta a sós e vivemos com ela, então veremos a causa do medo, não a palavra, não a explicação, senão a verdade disso. A causa do medo é o pensamento e o tempo: “Tenho um emprego e amanhã posso perdê-lo”. “Tenho tido uma dor e agora não a tenho, mas pode ser que volte amanhã”. Não o conhecem?

Como já foi dito, o tempo é o passado e o futuro. O pensamento e o tempo são dois fatores do medo. Não podem fazer nada a respeito. Não perguntem como se pode deter o pensamento, já que é uma pergunta absurda. Precisam pensar para regressar à sua casa, para dirigir um automóvel, para falar um idioma, mas ser que o tempo não seja realmente necessário no psicológico, no interno. Diz-se que o medo existe devido a dois grandes fatores, que são o tempo e o pensamento, o que implica recompensa e castigo.

Bem, tenho escutado sua afirmação. E a tenho escutado muito bem, porque esse é um enorme problema que o ser humano não o resolveu e, portanto, está criando estragos no mundo. Você também tem me dito: “Não faça nada a respeito; formule-se a pergunta e viva com ela”, igual a uma mulher que leva a semente em suas entranhas. Formule-se essa pergunta e permita que floresça. Quando o fizer, a mesma pergunta se murchará. Não se trata de que primeiro floresça e logo se murche, senão que no próprio florescer está o murchar-se. Entendem do que falamos?

Senhores, aprendam a arte de escutar. Saibam escutar a sua esposa ou a seu esposo. Escutem ao homem de rua: sua fome, sua pobreza, seu desespero e sua falta de amor. Escutem-no. Quando o fazem, não existem problemas, não há confusão. Unicamente estão escutando e, por conseguinte, no ato de escutar, o tempo desaparece.

Krishnamurti, Bombaim, 3 de fevereiro de 1985
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"Quando você compreende, quando chega a saber,
então traz toda a beleza do passado de volta
e dá a esse passado o renascimento, renova-o,
de forma que todos os que o conheceram
possam estar de novo sobre a terra
e viajar por aqui, e ajudar as pessoas." (Tilopa)



"Nos momentos tranqüilos da meditação, a vontade de DEUS pode tornar-se evidente para nós. Acalmar a mente, através da meditação, traz uma paz interior que nos põe em contato com DEUS dentro de nós. Uma premissa básica da meditação, é que é difícil, senão impossível, alcançar um contato consciente, à não ser que a mente esteja sossegada. Para que haja um progresso, a comum sucessão ininterrupta de pensamentos tem de parar. Por isso, a nossa prática preliminar será sossegar a mente e deixar os pensamentos que brotam morrerem de morte natural. Deixamos nossos pensamentos para trás, à medida que a meditação do Décimo Primeiro Passo se torna uma realidade para nós. O equilíbrio emocional é um dos primeiros resultados da meditação, e a nossa experiência confirma isso." (11º Passo de NA)


"O Eu Superior pode usar algum evento, alguma pessoa ou algum livro como seu mensageiro. Pode fazer qualquer circunstância nova agir da mesma forma, mas o indivíduo deve ter a capacidade de reconhecer o que está acontecendo e ter a disposição para receber a mensagem". (Paul Brunton)



Observe Krishnamurti, em conversa com David Bohn, apontando para um "processo", um "caminho de transformação", descrevendo suas etapas até o estado de prontificação e a necessária base emocional para a manifestação da Visão Intuitiva, ou como dizemos no paradigma, a Retomada da Perene Consciência Amorosa Integrativa...


Krishnamurti: Estávamos discutindo o que significa para o cérebro não ter movimento. Quando um ser humano ESTEVE SEGUINDO O CAMINHO DA TRANSFORMAÇÃO, e PASSOU por TUDO isso, e esse SENTIDO DE VAZIO, SILÊNCIO E ENERGIA, ele ABANDONOU QUASE TUDO e CHEGOU AO PONTO, à BASE. Como, então, essa VISÃO INTUITIVA afeta a sua vida diária? Qual é o seu relacionamento com a sociedade? Como ele age em relação à guerra, e ao mundo todo — um mundo em que está realmente vivendo e lutando na escuridão? Qual a sua ação? Eu diria, como concordamos no outro dia, que ele é o não-movimento.

David Bohn: Sim, dissemos que a base era movimento SEM DIVISÃO.

K: Sem divisão. Sim, correto. (Capítulo 8 do livro, A ELIMINAÇÃO DO TEMPO PSICOLÓGICO)


A IMPORTÂNCIA DA RENDIÇÃO DIANTE DA MENTE ADQUIRIDA
Até praticar a rendição, a dimensão espiritual de você é algo sobre o que você lê, de que fala, com que fica entusiasmado, tema para escrita de livros, motivo de pensamento, algo em que acredita... ou não, seja qual for o caso. Não faz diferença. Só quando você se render é que a dimensão espiritual se tornará uma realidade viva na sua vida. Quando o fizer, a energia que você emana e que então governa a sua vida é de uma frequência vibratória muito superior à da energia mental que ainda comanda o nosso mundo. Através da rendição, a energia espiritual entra neste mundo. Não gera sofrimento para você, para os outros seres humanos, nem para qualquer forma de vida no planeta. (Eckhart Tolle em , A Prática do Poder do Agora, pág. 118)


O IMPOPULAR DRAMA OUTSIDER — O encontro direto com a Verdade absoluta parece, então, impossível para uma consciência humana comum, não mística. Não podemos conhecer a realidade ou mesmo provar a existência do mais simples objeto, embora isto seja uma limitação que poucas pessoas compreendem realmente e que muitas até negariam. Mas há entre os seres humanos um tipo de personalidade que, esta sim, compreende essa limitação e que não consegue se contentar com as falsas realidades que nutrem o universo das pessoas comuns. Parece que essas pessoas sentem a necessidade de forjar por si mesmas uma imagem de "alguma coisa" ou do "nada" que se encontra no outro lado de suas linhas telegráficas: uma certa "concepção do ser" e uma certa teoria do "conhecimento". Elas são ATORMENTADAS pelo Incognoscível, queimam de desejo de conhecer o princípio primeiro, almejam agarrar aquilo que se esconde atrás do sombrio espetáculo das coisas. Quando alguém possui esse temperamento, é ávido de conhecer a realidade e deve satisfazer essa fome da melhor forma possível, enganando-a, sem contudo jamais poder saciá-la. — Evelyn Underhill