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quinta-feira, 29 de março de 2018

O esforço impede o desabrochar da percepção


O esforço impede o desabrochar da percepção

Quando você de verdade tem a percepção, quando é intensamente consciente, não fica nenhum remendo de movimento inconsciente oculto ”.

 Falamos de perceber de verdade, não sobre dizer: "Bem, eu percebo, mas eu não gosto dessa camisa; é de um azul muito brilhante. "(Risos)

Isso é o que alguém me disse esta manhã! (Risos)

Então, o que realmente percebemos, sem escolher?

Porque se alguém percebe sem nenhuma escolha, está atento, compreendem?

Perceber sem escolher é a atenção; não uma atenção cultivada, um "devo atender", mas o começo para perceber as árvores, os pássaros, os balões que se elevam acima das montanhas, a luz que banha as nuvens, o pôr do sol, o brilho da lua...

É observar e observar; perceber tudo isso e da sua reação a isso, sem responder, sem escolher, “Eu gosto disso; aquilo não; isto é meu; isto é seu”, compreende?

Simplesmente perceba.

E a partir desta percepção, sem qualquer escolha, nasce a atenção: assistir com os olhos, com os ouvidos, os nervos, com a totalidade do ser.

Assim, atenção e desatenção são qualitativamente diferentes.

Quando há desatenção, há escolha, não há percepção, não se está atento e o processo de gravação se inicia; o velho hábito é estabelecido. Ao invés disso, quando há atenção, o hábito se quebra.

Compreende? O que você fará?

O prazer está, não em ouvir muitas palavras, mas sim em... Você já sabe, mais que fazer, é descobrir a verdade disso.

O que é estar consciente, perceber?

Normalmente, quando falamos de nos perceber, nos referimos a ver o que acontece ao nosso redor, os eventos ou as meras coisas tais como são e nessa percepção, há um certo senso de escolha: "gosto, não gosto"; "gosto dos carvalhos, gosto das palmeira "; "eu gostaria que fosse diferente".
Bem, agora perguntamos se existe uma percepção que seja parte da consciência em que não há nenhuma escolha.

Quem lhes fala faz essa pergunta e em representação de você, responde: "Na minha percepção, sempre há uma escolha, escolha que se traduz em "eu gosto, eu não gosto disso; gostaria que fosse diferente".

E vemos que onde há escolha há conflito, não é assim?

Isso está claro?

Quando escolho entre isso e aquilo, essa divisão gera conflito.

Portanto, é possível perceber, ser consciente, sem nenhuma escolha, simplesmente observar?

Estão de acordo?

E vocês responderiam:

"Bem, vou tentar."

Para o qual o orador responderia:

"Não tente; tentar significa fazer um esforço e, quando você se esforça, você não compreende nada. Não se esforce, simplesmente veja, perceba a realidade"

Vocês entendem?

Saanen, 1984, primeira sessão de perguntas e respostas
A Atenção e a Liberdade Interior
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"Quando você compreende, quando chega a saber,
então traz toda a beleza do passado de volta
e dá a esse passado o renascimento, renova-o,
de forma que todos os que o conheceram
possam estar de novo sobre a terra
e viajar por aqui, e ajudar as pessoas." (Tilopa)



"Nos momentos tranqüilos da meditação, a vontade de DEUS pode tornar-se evidente para nós. Acalmar a mente, através da meditação, traz uma paz interior que nos põe em contato com DEUS dentro de nós. Uma premissa básica da meditação, é que é difícil, senão impossível, alcançar um contato consciente, à não ser que a mente esteja sossegada. Para que haja um progresso, a comum sucessão ininterrupta de pensamentos tem de parar. Por isso, a nossa prática preliminar será sossegar a mente e deixar os pensamentos que brotam morrerem de morte natural. Deixamos nossos pensamentos para trás, à medida que a meditação do Décimo Primeiro Passo se torna uma realidade para nós. O equilíbrio emocional é um dos primeiros resultados da meditação, e a nossa experiência confirma isso." (11º Passo de NA)


"O Eu Superior pode usar algum evento, alguma pessoa ou algum livro como seu mensageiro. Pode fazer qualquer circunstância nova agir da mesma forma, mas o indivíduo deve ter a capacidade de reconhecer o que está acontecendo e ter a disposição para receber a mensagem". (Paul Brunton)



Observe Krishnamurti, em conversa com David Bohn, apontando para um "processo", um "caminho de transformação", descrevendo suas etapas até o estado de prontificação e a necessária base emocional para a manifestação da Visão Intuitiva, ou como dizemos no paradigma, a Retomada da Perene Consciência Amorosa Integrativa...


Krishnamurti: Estávamos discutindo o que significa para o cérebro não ter movimento. Quando um ser humano ESTEVE SEGUINDO O CAMINHO DA TRANSFORMAÇÃO, e PASSOU por TUDO isso, e esse SENTIDO DE VAZIO, SILÊNCIO E ENERGIA, ele ABANDONOU QUASE TUDO e CHEGOU AO PONTO, à BASE. Como, então, essa VISÃO INTUITIVA afeta a sua vida diária? Qual é o seu relacionamento com a sociedade? Como ele age em relação à guerra, e ao mundo todo — um mundo em que está realmente vivendo e lutando na escuridão? Qual a sua ação? Eu diria, como concordamos no outro dia, que ele é o não-movimento.

David Bohn: Sim, dissemos que a base era movimento SEM DIVISÃO.

K: Sem divisão. Sim, correto. (Capítulo 8 do livro, A ELIMINAÇÃO DO TEMPO PSICOLÓGICO)


A IMPORTÂNCIA DA RENDIÇÃO DIANTE DA MENTE ADQUIRIDA
Até praticar a rendição, a dimensão espiritual de você é algo sobre o que você lê, de que fala, com que fica entusiasmado, tema para escrita de livros, motivo de pensamento, algo em que acredita... ou não, seja qual for o caso. Não faz diferença. Só quando você se render é que a dimensão espiritual se tornará uma realidade viva na sua vida. Quando o fizer, a energia que você emana e que então governa a sua vida é de uma frequência vibratória muito superior à da energia mental que ainda comanda o nosso mundo. Através da rendição, a energia espiritual entra neste mundo. Não gera sofrimento para você, para os outros seres humanos, nem para qualquer forma de vida no planeta. (Eckhart Tolle em , A Prática do Poder do Agora, pág. 118)


O IMPOPULAR DRAMA OUTSIDER — O encontro direto com a Verdade absoluta parece, então, impossível para uma consciência humana comum, não mística. Não podemos conhecer a realidade ou mesmo provar a existência do mais simples objeto, embora isto seja uma limitação que poucas pessoas compreendem realmente e que muitas até negariam. Mas há entre os seres humanos um tipo de personalidade que, esta sim, compreende essa limitação e que não consegue se contentar com as falsas realidades que nutrem o universo das pessoas comuns. Parece que essas pessoas sentem a necessidade de forjar por si mesmas uma imagem de "alguma coisa" ou do "nada" que se encontra no outro lado de suas linhas telegráficas: uma certa "concepção do ser" e uma certa teoria do "conhecimento". Elas são ATORMENTADAS pelo Incognoscível, queimam de desejo de conhecer o princípio primeiro, almejam agarrar aquilo que se esconde atrás do sombrio espetáculo das coisas. Quando alguém possui esse temperamento, é ávido de conhecer a realidade e deve satisfazer essa fome da melhor forma possível, enganando-a, sem contudo jamais poder saciá-la. — Evelyn Underhill