- Você consegue se livrar da sua mente quando quer; já encontrou o botão que a liga e desliga?
- Você já se sentiu como um prisioneiro da própria mente?
- Por várias vezes se viu desesperado a ponto de sentir a vontade de sair de "dentro de si mesmo"?
- Sente que os seus pensamentos roubam-lhe a alegria de viver, que está preso num modo de vida na qual seus pensamentos governam seu dia-a-dia?
- Você se sente cansado, quase destituído de sua energia vital por causa de seus pensamentos acelerados?
- Você acredita ser impossível interromper os processos involuntários do pensamento que se manifestam em forma de imagens e monólogos ou diálogos compulsivos?
- Você já se conscientizou de que são os seus pensamentos que fornecem energia para as suas emoções e que, portanto, você é impotente perante os pensamentos e não perante as emoções?
- Você percebe sua mente quase sempre oscilando entre o papel de vítima e o papel de supremo combatente das forças do mal?
- Você percebe sua mente tentando se afirmar, tentando provar para si mesma que está sempre certa e que o "outro" está sempre errado? Sente a necessidade de estar em constante defesa de seu limitado ponto de vista, mesmo que apenas internamente?
- Nas situações em que está envolvido, sente dificuldades de relaxar, de baixar a guarda, sem a necessidade de interpretar papéis e de recorrer à máscaras sociais? Sente um profundo mal estar por não poder ser você mesmo?
- Você se percebe desperdiçando sua energia vital através do ressentimento ou inveja quando não obtém — o que lhe parece ser o suficiente —, a satisfação de sua necessidade de reconhecimento, poder ou lucro pessoal?
- Você sente uma profunda dificuldade em manter sua mente no aqui e agora; sente que sua mente se perde entre o passado e o futuro? Sente-se exausto por causa disso?
- Você acredita ser impossível o cessar do pensamento?
- Você sente que seus pensamentos impedem o florescer da capacidade de amar, da alegria e da verdadeira paz do espírito?
- Você se percebe envolvido em desentendimentos e atitudes de oposição, as quais tem por objetivo, a definição de seus limites, e assim, a sustentação da própria identidade? Tem a necessidade de expressar sempre a última palavra?
- Em seus relacionamentos, você se percebe num constante e disfarçado estado "defensivo"? Já se questionou quanto aos fundamentos, quanto a natureza exata dessa atitude defensiva?
- Você percebe ocorrer em sua mente, imagens e falas de enfrentamento de inimigos ou de "ter que" ter ou ser mais do que realmente é?
- Você está sempre tentando chegar a algum outro lugar além daquele onde você está?
- Pensa tanto no futuro que o presente está reduzido a um meio de chegar “lá”?
- Você se sente constantemente preocupado, com a mente repleta de pensamentos do tipo “e se”?
- A satisfação está sempre em outro lugar ou restrita a breves prazeres como sexo, comida, bebida e drogas, ou relacionada a uma emoção ou excitação?
- Você acha que quanto mais bens adquirir, uma pessoa se sentirá melhor ou psicologicamente completa?
- Está à espera de um homem ou de uma mulher ou de alguma “experiência mística” que dê um sentido à sua vida?
- Você está sofrendo de estresse? Já percebeu que, quanto mais tenta solucionar seu estresse por meio da mente, mais ela o intensifica?
- O passado toma uma grande parte da sua atenção? Você se pega frequentemente falando ou pensado sobre ele, tanto de forma positiva quanto negativa?
- Você sente que sua maneira de pensar tende sempre a fugir do Agora, desviando sua atenção para o passado e futuro?
- Você sente que durante anos tem estado ansiosamente procurando em livros, ensinamentos, filosofias, religiões, algo que não conhecia por experiência direta?
- Você se sente “insuficiente” com relação a solução de seus próprios conflitos?
- Está quase sempre correndo atrás de alguém ou de algum método que prometa solucioná-los?
- Você sente que seu interior se encontra faminto, sem saber para onde se dirigir nem a quem recorrer?
- Você costuma ter uma sensação de descontentamento que poderia ser descrita como uma espécie de ressentimento de segundo plano? Já questionou o pensamento que o sustenta?
- Você se sente “só”, que “ninguém o compreende” chegando por vezes a sentir o medo de estar perdendo a sanidade?
- Você é capaz de ouvir alguém ou observar algo, sem que a voz na sua cabeça faça comentários, tire conclusões, interprete, rotule ou tente descobrir alguma coisa?
- Você consegue sentir seu Ser essencial, o "eu sou", como pano de fundo da sua vida o tempo todo ou, ao contrário, está sempre se perdendo no que acontece, na mente, no mundo?
- Você se rende ao fato de ser impotente perante os seus pensamentos compulsivos? Você se sente pronto para obter a ajuda contida desde sempre em seu próprio interior?
Se você respondeu SIM para boa parte destas questões e acima de tudo:
- Se sentir suficientemente preparado para deixar de lado todos os seus condicionamentos, crenças, opiniões pessoais, resultantes da influência de terceiros;
- Se você se sentir forte o suficiente para enfrentar o temor e a dúvida que surgirão com a “síndrome de abstinência do pensamento compulsivo” na medida em que for se aprofundando;
- Se você sente o sincero desejo de experimentar de forma direta uma nova maneira de viver a realidade do agora, então... Junte-se a nós!... Você não está só!
IMPORTANTE NOTA INICIAL
Nossa experiência tem demonstrado ser bastante natural que, nos primeiros contatos com a proposta de pensadores compulsivos, proposta esta alicerçada na experiência paltada de seus membros quanto a observação e absorção do conteúdo dos textos de Krishnamurti, uma enorme confusão se apresente quase que de imediato, parecendo ao mesmo tempo ser algo totalmente ilógico, mas que também traz em si, um toque de real teor provocante. É natural ao recem-chegado, não perceber mais do que palavras e frases sem nexo, por mais clara e simples que seja a forma como são expressas por nossos membros. Isso é muito natural, uma vez que, este tipo de palavras e frases, como por exemplo — "observador e coisa observada" — não são frases que fazem parte do script cotidiano, portanto, estando totalmente fora do arquivo de memórias, fora do fundo psicológico daquele que as ouve pela primeira vez. Não raro, desse material, muitos nem sequer chegam a ler uma página inteira; passam seus olhos, de forma um tanto superficial, tendo diante deles as pesadas e preconceituosas lentes de suas crenças e convicções, muitas vezes rejeitando-as de imediato. Isso é muito natural pois, o próprio pensamento condicionado, se vê ali ameaçado e, mais do que depressa, trata de lançar rótulos, achismos que possam instalar a identificação com os mesmos, tendo como único objetivo, dispersar o estado de mente aberta, através do qual, uma mínima fresta de luz possa atravessar as grossas, estagnantes e torturantes camadas de seus silenciosos condicionamentos. De fato, por maior que seja a resistência dos primeiros contatos, algo ali permanece; nunca mais somos os mesmos.
Como nos dizeres do finado educador, Huberto Rohden, isso assim ocorre, porque as partes não podem ser entendidas senão à luz do Todo — mas esse Todo ainda é invisível aos iniciantes; falta-lhes a visão panorâmica (holística), dentro do qual as partes e parcelas integrantes têm algum sentido e razão de ser, mas fora do qual tudo é obscuro, confuso e desconexo. É inevitável que isso assim aconteça em maior ou menor escala. Essa inicial falta de compreensão, não prova absolutamente que as pessoas não possuam capacidade necessária para fazer frente à esse novo paradigma; isso prova somente o quanto que a consciência que somos, encontra-se totalmente envolta por uma enorme rede de condicionamentos, formada pela excessiva exposição à uma cultura cuja boa parte de seus códigos morais, se apresentam como mecanismos separatistas, fragmentários, incentivando a formação de uma rede de imagens, signos, conceitos, crenças, dogmas e símbolos que de modo algum são capazes de propiciar o alcance daquilo que por séculos tentam simbolizar. Nossa experiência demonstra que, aqui, se faz necessária uma boa dose de paciência e persistência — talvez num grau nunca antes praticadas — um esforço para superar a barreira inicial criada pela mente condicionada, profundamente preguiçosa, avessa a qualquer inspiração que possa abalar sua estagnante zona de conforto. Uma vez superada essa dificuldade inicial, instala-se, a "consciência do observador", o qual nos brinda com uma nova visão aos antigos olhos que pensavam ver. Nossa experiência tem demonstrado que, quanto maior a intensidade do colapso psíquico sofrido, quanto maior a intensidade dos sentimentos de tédio, insatisfação e inconformismo diante dos padrões tidos como "normal", maior a intensidade da "Sede de Plenitude", da fome pela vivência daquilo que os grandes homens e mulheres que "deram certo", em seus legados, tentaram simbolizar como sendo um possível caminho para a prontificação de um estado de ser capaz de propiciar o terreno fértil para a potencialização de uma experiência que não pode ser traduzida pela limitação das palavras mas, que uma vez manifesta, faculta ao homem aquilo que estes antigos mestres chamaram de a verdadeira liberdade do espírito humano.
Uma vez atravessada a fronteira inicial, no estágio seguinte, dá-se início a um silencioso e quase que despercebido processo de descondicionamento das células cerebrais, com seus desgastados e desfuncionais arquivos repletos de ídolos, dogmas, cultos, fetiches tradicionais, tidos e havidos por intocáveis e até mesmo, sagrados. Em alguns casos, alguns principiantes se mostraram repentinamente aterrorizados diante do início da profunda mutação consciencial, que apesar de dolorosa e não nos causar dano, faz com que desistam de prosseguir nessa jornada iniciática, optando assim por recaírem para as antigas e estagnantes zonas de conforto, influenciados pela carga de suas memórias eufóricas ritualísticas. Nas palavras de Huberto Rohden,
"... voltam atrás, com saudades das suas ideologias tradicionais, dos seus queridos ídolos de sempre, dos quais não podem ou não querem se divorciar, porque sentiriam esse divórcio como uma dolorosa dilaceração interior, como uma profunda hemorragia moral. à muitos deles só lhes podemos repetir as palavras do grande filósofo e curador, Jesus: "Quem lança mão ao arado e olha para trás, não é idôneo para o Reino de Deus, que é o Reino da "Verdade que Liberta".
Convém que esses principiantes temerosos saibam que a verdadeira espiritualidade não destrói nenhum valor real da vida humana; pelo contrário, clarifica e consolida valores reais, embora deva eliminar muitos valores fictícios tidos por verdadeiros. É necessário que se realize essa impiedosa demolição ideológica, para que um edifício mais sólido e belo possa surgir, aos poucos em meio das ruínas. Não esqueça ele que não se demole por demolir, mas sim para construir. A demolição não é um fim, mas sim um meio para uma espécie de revolução. Toda evolução é precedida por uma espécie de revolução. Se nunca ninguém dissesse algo novo, nenhum progresso seria possível, e a humanidade marcaria passo, eternamente, no mesmo plano horizontal.
É possível que a busca afaste um principiante do seu Deus — mas não de Deus; esse seu Deus não passa, talvez, de um pseudo-Deus, que tem de ser destronado para que o Deus verdadeiro, o Deus da "Verdade que Liberta", possa tomar-lhe o lugar.
O fim de toda verdadeira busca é construir a felicidade do homem sobre uma base inabalável, sobre a rocha da Verdade absoluta e incondicional que liberta o homem de todo processo divisor, o qual impede o manifestar e um estado de unidade interna capaz de propiciar um verdadeiro estado de bem estar comum e de paz de mente e coração. Para muitos, a verdadeira busca equivale a uma grande "catarse" — uma purgação, uma purificação, uma limpeza de conceitos, crenças e códigos morais, um efeito salutar provocado pela conscientização de uma lembrança, até então reprimida que provoca o alívio), lentamente realizada; para outros, é como uma dolorosa intervenção cirúrgica nos tecidos íntimos da alma. A verdade é implacável, não negociável, não democrática, porém, amiga como o bisturi; por vezes, faz sangrar o coração, mas, depois, de removidos os elementos mórbidos do erro e da ilusão, entra o corajoso principiante sofredor numa rigorosa convalescença e começa a sentir as belezas e suavidades da verdadeira vida, muito mais intensa e conscientemente do que nunca antes.
É que em última análise, só a experiência direta da verdade é que nos pode libertar e nos tornar solidamente felizes. Pensam muitos que a verdade seja rígida, áspera e amarga; dizem que o homem necessita de certa dose de ilusões para suavizar e embelezar a sua vida, que seria, aliás, insuportável. Engano fatal! A mais grave das verdade é infinitamente mais bela e consoladora do que a mais meiga das mentiras e ilusões tradicionais. A verdade é o único fator capaz de tornar o homem profundamente tranquilo, calmo e feliz. Quem vive de ilusões, embora se sinta feliz, está sempre às vésperas de novas infelicidades, porque faz depender sua "chamada felicidade" de algo que não depende dele — e isto é o inverso de toda autêntica espiritualidade.
Vale pois, a pena passarmos por um período de confusão e um período de demolição, afim de reconstruirmos nossa vida, livre da confusão e dos perigos de novas demolições.
Texto inspirado na obra:
O Pensamento Filosófico da Antiguidade - Huberto Rohden - Ed. Martin Claret
O fim de toda verdadeira busca é construir a felicidade do homem sobre uma base inabalável, sobre a rocha da Verdade absoluta e incondicional que liberta o homem de todo processo divisor, o qual impede o manifestar e um estado de unidade interna capaz de propiciar um verdadeiro estado de bem estar comum e de paz de mente e coração. Para muitos, a verdadeira busca equivale a uma grande "catarse" — uma purgação, uma purificação, uma limpeza de conceitos, crenças e códigos morais, um efeito salutar provocado pela conscientização de uma lembrança, até então reprimida que provoca o alívio), lentamente realizada; para outros, é como uma dolorosa intervenção cirúrgica nos tecidos íntimos da alma. A verdade é implacável, não negociável, não democrática, porém, amiga como o bisturi; por vezes, faz sangrar o coração, mas, depois, de removidos os elementos mórbidos do erro e da ilusão, entra o corajoso principiante sofredor numa rigorosa convalescença e começa a sentir as belezas e suavidades da verdadeira vida, muito mais intensa e conscientemente do que nunca antes.
É que em última análise, só a experiência direta da verdade é que nos pode libertar e nos tornar solidamente felizes. Pensam muitos que a verdade seja rígida, áspera e amarga; dizem que o homem necessita de certa dose de ilusões para suavizar e embelezar a sua vida, que seria, aliás, insuportável. Engano fatal! A mais grave das verdade é infinitamente mais bela e consoladora do que a mais meiga das mentiras e ilusões tradicionais. A verdade é o único fator capaz de tornar o homem profundamente tranquilo, calmo e feliz. Quem vive de ilusões, embora se sinta feliz, está sempre às vésperas de novas infelicidades, porque faz depender sua "chamada felicidade" de algo que não depende dele — e isto é o inverso de toda autêntica espiritualidade.
Vale pois, a pena passarmos por um período de confusão e um período de demolição, afim de reconstruirmos nossa vida, livre da confusão e dos perigos de novas demolições.
Texto inspirado na obra:
O Pensamento Filosófico da Antiguidade - Huberto Rohden - Ed. Martin Claret
“Tudo o que você pode descrever sobre si mesmo não é você mesmo.” - Ken Wilber
Multipliquei-me,
para me sentir.
Para me sentir,
precisei sentir tudo.
Transbordei,
não fiz senão
extravasar-me.
Despi-me,
entreguei-me,
e há em cada canto
da minha alma,
um altar a um deus
diferente.
Fernando Pessoa
Pensadores Compulsivos Anônimos é uma associação de homens e mulheres que se reúnem com a finalidade de compartilhar suas experiências de autoconhecimento, provenientes da prática da observação do fluxo dos pensamentos — de um modo isento de qualquer tipo de escolha ou julgamento —, no intuito do discernimento necessária que propicía o findar do processo de identificação reativa com o pensamento compulsivo, responsável por várias conflituosas reações condicionadas.
Para ser membro de PCA basta considerar-se uma pessoa pensadora compulsiva, ou seja, alguém que, processo de observação pessoal, admitiu ser importente, totalmente incapaz de controlar o mecânico processo de pensamento compulsivo, o quela lhe impede o desfrute da vida de relação em sua totalidade.
Não defendemos nem combatemo nenhuma causa. Nosso propósito está no compartilhar da mensagem proveniente das observações de nossos membros, àqueles que buscm por uma nova maneira de viver, dotada de um senso de unidade interna, bem-estar comum e autonomia e auto-suficiência psíquica e emocional. Temos um denominador comum, “o pensamento compulsivo”, que torna irrelevante a diferença da manifestação dos nossos padrões de reações condicionadas doentias, tais como álcool, drogas, jogo, anorexia, sexo, relacionamentos e outros.
Por que PCA – Pensadores Compulsivos Anônimos?
Pensadores Compulsivos Anônimos surgiu da necessidade constatada por homens e mulheres que já vinham de um Programa de Doze Passos, baseado no modelo pioneiro de A/A Alcoólicos Anônimos, para a solução de seus problemas específicos de uma ou mais reações condicionadas compulsivas de fundo de poço, tais como o álcool, drogas, neurose, jogo, comprar compulsivo e a dependência de sexo e relacionamento.
Estes homens e mulheres haviam constatado, por vezes amargamente que, mesmo tendo se abstido por um determinado período de tempo de seus padrões respectivos de reação condicionada, não conseguiam experimentar um modo de vida saudável, sereno, equilibrado, feliz e dotado de um real sentido; eles começaram a despertar para a busca da “natureza exata” de seus conflitos, tal como é sugerido pelas entidades anônimas, no enunciado do chamado 5º Passo do Programa de Recuperação:
Após exaustiva observação pessoal chegaram à percepção de que havia um denominador comum que tornava irrelevante a diferença existente entre os padrões de reação condicionada compulsiva. Para estas pessoas, o denominador comum, a natureza exata de seus conflitos estava na rede do pensamento compulsivo condicionado.
"5º PASSO - Admitimos perante Deus, perante nós mesmos e perante outro ser humano — a natureza exata — de nossas falhas”.
Após exaustiva observação pessoal chegaram à percepção de que havia um denominador comum que tornava irrelevante a diferença existente entre os padrões de reação condicionada compulsiva. Para estas pessoas, o denominador comum, a natureza exata de seus conflitos estava na rede do pensamento compulsivo condicionado.
Estas pessoas passaram a se reunir semanalmente para o estudo do que convencionaram chamar de “As Doze Observações de Pensadores Compulsivos Anônimos”, bem como para trocarem suas experiências e observações referentes ao pensamento e o seu processo divisor.
Esta sala tem como finalidade facilitar o compartilhar de nossas observações. Não consideramos este trabalho como definitivo. É nosso propósito revisá-lo sempre que se mostre necessário, a fim de tornar sua mensagem o mais livre possível das limitações causadas pelo uso das palavras.
Desejamos expressar nossa gratidão a Inteligência Criadora Amorosa por ter se manifestado aos homens e mulheres que de forma direta ou indireta nos proporcionaram os instrumentos necessários ao ego-conhecimento, os quais recebemos dessa Inteligência por intermédio deles.
Se um homem deseja obedecer e seguir a um outro, ninguém pode impedi-lo; porém é o superlativo da falta de inteligência e leva a grande infelicidade e frustração.
Se aqueles de vocês que estão me ouvindo, começarem a pensar real e profundamente sobre a autoridade, não mais seguirão a ninguém, inclusive a mim próprio. Como disse, porém, é muito mais fácil seguir e imitar do que, realmente, libertar o pensamento da limitação do medo, e bem assim, da compulsão e da autoridade.
Admitir a autoridade é abandonar-se à influência de outros, o que implica sempre o propósito, o desejo de se obter algo em retorno; ao passo que na outra há absoluta insegurança; e como as pessoas preferem a ilusão do conforto, da segurança, seguem a autoridade com sua frustração. Se, porém, a mente discerne a ilusão do conforto ou da segurança, nasce a inteligência, o desconhecido, a essência da vida.
Krishnamurti