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terça-feira, 31 de outubro de 2017

O condicionamento de que, "uma vez doente, sempre doente"

Compreendendo a desordem dentro de nós mesmos

O conformismo social é um suicídio a longo prazo

segunda-feira, 30 de outubro de 2017

A Consciência é o antídoto para as Invasões Bárbaras

Só a Consciência Integrativa pode dar real sentido ao trabalho

Só a Consciência Integrativa pode dar real sentido ao trabalho

Em busca da depuração total da estrutura dependente

A dimensão do coração e o novo olhar às relações

Sobre simplicidade voluntária e a riqueza do tempo

quinta-feira, 26 de outubro de 2017

A dificuldade com Aurobindo e a questão do "deixar ser"

A dificuldade com Aurobindo e a questão do "deixar ser"

sábado, 21 de outubro de 2017

Será que, de fato, buscamos pela Verdade?

quarta-feira, 18 de outubro de 2017

Na escuta do chamado, a purificadora Chama do Amado

terça-feira, 17 de outubro de 2017

Sobre liderança, autoritarismo e vivência da Graça

sábado, 14 de outubro de 2017

Permita-se um período sabático de ego-esvaziamento

quinta-feira, 12 de outubro de 2017

O resgate da sensibilidade e a percepção dos sinais

segunda-feira, 9 de outubro de 2017

O xeque-mate do Ser que somos

sábado, 7 de outubro de 2017

Sobre a normose esquizofrênica, sexo e relacionamento

sexta-feira, 6 de outubro de 2017

Somente o transcendental pode nos tirar do mental

quinta-feira, 5 de outubro de 2017

A comunhão dos sanos e a remissão da mente aquirida

terça-feira, 3 de outubro de 2017

A relação entre amor humano e amor Divino


O amor é uma das grandes forças universais; existe por si mesmo e seu movimento é livre e independente dos objetos nos quais e através dos quais se manifesta. Manifesta-se em qualquer lugar onde encontre uma possibilidade de manifestação, onde quer que haja receptividade, onde quer que haja alguma abertura para ele. O que você chama de amor, e pensa ser uma coisa individual e pessoal, é apenas a sua capacidade de receber e manifestar esta força universal. Entretanto, apesar de universal, não é uma força inconsciente; é um Poder sumamente consciente. Conscientemente, ele procura sua manifestação na terra; conscientemente escolhe seus instrumentos, desperta para suas vibrações aqueles que são capazes de uma resposta, esforça-se para realizar neles aquilo que é sua meta eterna, e quando o instrumento não é adequado, deixa-o e volta-se para procurar outros. Os homens pensam que, de repente, se apaixonam; veem seu amor chegar e crescer e gradualmente desaparecer — ou, talvez, durar um pouco mais naqueles que são especialmente capacitados para seu movimento mais durável. Mas a sensação de ser uma experiência pessoal toda sua era uma ilusão. Nada mais era do que uma onda do mar sem fim do amor universal.

O Amor é universal e eterno; está sempre se manifestando e é sempre idêntico na sua essência. É uma Força Divina; porque as deformações que vemos nas suas aparentes expressões pertencem a seus instrumentos. O amor não se manifesta apenas em seres humanos; está em todo lugar. Seu movimento está nas plantas, talvez nas próprias pedras; nos animais é fácil notar sua presença. Todas as deformações deste grande Poder Divino vêm da obscuridade e ignorância e egoísmo do instrumento limitado. O amor, a força eterna, não tem apego ou desejo, não tem fome de posse nem ligação egoística; é no seu movimento puro, a procura da união do ser com o Divino, uma procura absoluta, indiferente a todas as outras coisas. O Amor Divino dá-se e não pede nada. O que os seres humanos fizeram dele não é preciso dizer — transformaram-no em algo feio e repulsivo. E, entretanto, mesmo nos seres humanos, o primeiro contato com o amor traz para baixo algo da sua substância mais pura; por um momento eles se tornam capazes de esquecer de si mesmos, por um momento seu toque divino desperta e amplia tudo que é bom e bonito. Mas depois vem à tona a natureza humana, cheia de suas exigências impuras, pedindo alguma coisa em troca, negociando com o que dá, clamando por suas próprias satisfações inferiores, distorcendo e denegrindo o que era divino.

Para manifestar o Amor Divino você deve ser capaz de receber o Amor Divino, pois somente podem manifestá-lo aqueles que por sua natureza são abertos a seu movimento natural. Quanto mais vasta e clara a abertura, mais eles manifestam o Amor Divino na sua pureza original; quanto mais misturado com os baixos sentimentos humanos, maior será sua deformação. Aquele que não é aberto ao amor na sua essência e na sua verdade, não pode se aproximar do Divino. Mesmo aqueles que buscam, através do caminho do conhecimento, chegar a um ponto além do qual, se quiserem avançar mais longe, são obrigados a entrar ao mesmo tempo no amor e sentir os dois como um só: o conhecimento, a luz da união divina e o amor, o próprio cerne do conhecimento. Existe um momento no progresso da alma em que eles se encontram e você não pode distinguir um do outro. A divisão, a distinção que você faz entre os dois, a princípio é uma criação da mente: no momento que você se eleva a um plano mais alto, elas desaparecerão.

Entre aqueles que vieram a este mundo procurando revelar o Divino aqui e transformar a vida terrena, alguns há que manifestaram o Amor Divino em uma plenitude mais vasta. Em alguns a pureza da manifestação é tão grande que são mal compreendidos por toda a humanidade e até mesmo são acusados de ser duros e sem coração, embora o Amor Divino esteja lá. Porque neles, esse amor é divino e não humana em sua forma e em sua substância. Pois quando o homem fala de amor, ele o associa a uma fraqueza emocional e sentimental. Mas a intensidade divina de auto-esquecimento, esta capacidade de se dar inteiramente, sem nenhuma restrição ou reserva, como uma doação, não pedindo nada em troca, é muito pouco conhecida dos seres humanos. E quando não está misturado com emoções fracas e sentimentais, acham-no duro e frio; não podem reconhecer nele o mais alto grau e intensidade do poder de amor.

O grande holocausto, a suprema doação, foi a manifestação do amor do Divino no mundo. A Consciência Perfeita aceitou mergulhar e ser absorvida na inconsciência da matéria, para que a consciência pudesse ser despertada nas profundezas de sua obscuridade e pouco a pouco um Poder Divino crescer nela e fazer de todo este universo manifestado a mais alta expressão da Consciência Divina e do Amor Divino. Este foi o amor supremo: aceitar a perda da condição perfeita da divindade suprema, de sua consciência absoluta, de seu conhecimento infinito, para unir-se à inconsciência, co-habitar no mundo com a ignorância e a escuridão. E no entanto, ninguém talvez chamaria a isto de amor; porque não se reveste de um sentimento superficial; não faz exigências em troca do que fez, não demonstra seu sacrifício. A força do amor no mundo está tentando encontrar consciências que sejam capazes de receber este movimento divino na sua pureza, e de expressá-lo. Esta corrida de todos os seres em busca de amor, este empurrão irresistível e a procura no coração do mundo e em todos os corações é o impulso dado pelo Amor Divino, que se esconde atrás do anseio e busca dos homens. Ele experimenta milhões de instrumentos, tentando sempre e sempre falhando; mas este toque constante prepara esses instrumentos e subitamente acordará neles um dia a capacidade de autodoação, a capacidade de amar.

O movimento do amor não é limitado aos seres humanos e é talvez menos distorcido em outros mundos. Olhe para as flores e árvores. Quando o sol se põe e tudo se torna silencioso, sente-se por um momento e coloque-se em comunhão com a natureza: você sentirá, subindo da terra, de debaixo das raízes das árvores, ascendendo e caminhando através de suas fibras até os mais altos galhos espalhados, a aspiração de um amor intenso e saudade — saudade de algo que traz luz e dá felicidade, pela luz que se foi e que você gostaria de ter de volta. Há um anseio tão puro e intenso que se você puder sentir o movimento nas árvores, seu próprio ser também se elevará numa prece ardente pela paz e luz e amor que ainda não são manifestados aqui. Se você entrar em contato com este verdadeiro amor divino, vasto e puro, se você o tiver sentido mesmo por um momento e na sua forma mais íntima, tomará consciência da coisa abjeta na qual o desejo humano o transformou. Tornou-se, na natureza humana, algo baixo, brutal, egoísta, violento, feio, ou então, algo fraco e sentimental, formado de sentimentos mesquinhos, frágeis, superficiais e exigentes. E a esta torpeza e brutalidade ou a esta fraqueza egoísta chamam-na de amor!


A Mãe 

Como lidar com a força dos condicionamentos?


Muito depende do estágio de desenvolvimento de sua consciência. No começo, se você não tiver nenhum poder ou conhecimento oculto especial, o melhor que você pode fazer é permanecer tão quieto e tranquilo quanto possível. Se o ataque tomar a forma de sugestões adversas, tente afastá-las tranquilamente, como faria com algum objeto material. Quanto mais quieto você ficar, mais forte se tornará. A base firme de todo poder espiritual é equanimidade. Você não deve deixar que nada perturbe seu equilíbrio: então você pode resistir a qualquer espécie de ataque. Se, além disso, você possuir discernimento suficiente e puder ver e apanhar as más sugestões quando elas chegarem a você, tornar-se-á muito mais fácil afastá-las; mas algumas vezes elas vêm desapercebidas e então é mais difícil combatê-las. Quando isto acontece, você deve sentar-se quieto, fazer descer a paz e uma profunda quietude interior. Mantenha-se firme e invoque com confiança e fé: se sua aspiração for pura e firme, você certamente receberá ajuda.

Os ataques das focas adversas são inevitáveis: você deve aceitá-los como testes no caminho e prosseguir corajosamente através da provação. A luta pode ser dura, mas quando você sair dela, terá ganho alguma coisa, terá avançado um passo. Há mesmo uma necessidade da existência das forças hostis. Elas tornam a sua determinação mais forte, sua aspiração mais clara.

É verdade, entretanto, que elas existem porque você lhes deu razão de existir. Enquanto houver algo em você que responda a elas, sua intervenção é perfeitamente legítima. Se nada em você respondesse, e não tivessem apoio em nenhuma parte de sua natureza, elas se retirariam e o deixariam. De qualquer forma, elas não devem parar ou entravar seu progresso espiritual. O único meio de perder a batalha contra as forças hostis é não ter verdadeira confiança no auxílio Divino. Sinceridade na aspiração sempre traz o socorro requerido. Um chamado quieto, uma convicção de que, nesta ascensão em direção à realização, você nunca caminha sozinho e uma fé de que toda vez que o auxílio for necessário ele aparecerá, hão de conduzi-lo fácil e seguramente pelo caminho.

Se você pensa ou sente que as forças hostis vêm de dentro, possivelmente você se abriu a elas e elas se instalaram sem você percebê-las. A verdadeira natureza das coisas é de harmonia; mas há uma distorção em certos mundos que produzem perversão e hostilidade. Se você tiver uma forte afinidade com estes mundos de distorção, você pode fazer amizade com os seres que vivem lá e responder plenamente às suas sugestões. Isso acontece, mas não é uma condição muito feliz. A consciência torna-se imediatamente obscurecida e não pode distinguir entre o verdadeiro e o falso; você não pode nem mesmo dizer o que é mentira e o que não é.

De qualquer jeito, quando um ataque vier, a atitude mais sábia é considerar que ele veio de fora, e dizer: “Isso não sou eu e não tenho nada a ver com isto”. Você deve lidar, da mesma forma, com todos os impulsos e desejos inferiores e todas as dúvidas e indagações da mente. Se você se identificar com elas, a dificuldade em lutar contra elas tornar-se-á muito maior; pois então você tem a sensação de que está enfrentando a sempre difícil tarefa de superar sua própria natureza. Mas desde que você possa dizer =, “Não, isto não sou eu, não tenho nada com isto”, será muito mais fácil dispensá-las.


A Mãe

domingo, 1 de outubro de 2017

Sobre o medo de entrar em contato com a verdade de nossas mentiras

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"Quando você compreende, quando chega a saber,
então traz toda a beleza do passado de volta
e dá a esse passado o renascimento, renova-o,
de forma que todos os que o conheceram
possam estar de novo sobre a terra
e viajar por aqui, e ajudar as pessoas." (Tilopa)



"Nos momentos tranqüilos da meditação, a vontade de DEUS pode tornar-se evidente para nós. Acalmar a mente, através da meditação, traz uma paz interior que nos põe em contato com DEUS dentro de nós. Uma premissa básica da meditação, é que é difícil, senão impossível, alcançar um contato consciente, à não ser que a mente esteja sossegada. Para que haja um progresso, a comum sucessão ininterrupta de pensamentos tem de parar. Por isso, a nossa prática preliminar será sossegar a mente e deixar os pensamentos que brotam morrerem de morte natural. Deixamos nossos pensamentos para trás, à medida que a meditação do Décimo Primeiro Passo se torna uma realidade para nós. O equilíbrio emocional é um dos primeiros resultados da meditação, e a nossa experiência confirma isso." (11º Passo de NA)


"O Eu Superior pode usar algum evento, alguma pessoa ou algum livro como seu mensageiro. Pode fazer qualquer circunstância nova agir da mesma forma, mas o indivíduo deve ter a capacidade de reconhecer o que está acontecendo e ter a disposição para receber a mensagem". (Paul Brunton)



Observe Krishnamurti, em conversa com David Bohn, apontando para um "processo", um "caminho de transformação", descrevendo suas etapas até o estado de prontificação e a necessária base emocional para a manifestação da Visão Intuitiva, ou como dizemos no paradigma, a Retomada da Perene Consciência Amorosa Integrativa...


Krishnamurti: Estávamos discutindo o que significa para o cérebro não ter movimento. Quando um ser humano ESTEVE SEGUINDO O CAMINHO DA TRANSFORMAÇÃO, e PASSOU por TUDO isso, e esse SENTIDO DE VAZIO, SILÊNCIO E ENERGIA, ele ABANDONOU QUASE TUDO e CHEGOU AO PONTO, à BASE. Como, então, essa VISÃO INTUITIVA afeta a sua vida diária? Qual é o seu relacionamento com a sociedade? Como ele age em relação à guerra, e ao mundo todo — um mundo em que está realmente vivendo e lutando na escuridão? Qual a sua ação? Eu diria, como concordamos no outro dia, que ele é o não-movimento.

David Bohn: Sim, dissemos que a base era movimento SEM DIVISÃO.

K: Sem divisão. Sim, correto. (Capítulo 8 do livro, A ELIMINAÇÃO DO TEMPO PSICOLÓGICO)


A IMPORTÂNCIA DA RENDIÇÃO DIANTE DA MENTE ADQUIRIDA
Até praticar a rendição, a dimensão espiritual de você é algo sobre o que você lê, de que fala, com que fica entusiasmado, tema para escrita de livros, motivo de pensamento, algo em que acredita... ou não, seja qual for o caso. Não faz diferença. Só quando você se render é que a dimensão espiritual se tornará uma realidade viva na sua vida. Quando o fizer, a energia que você emana e que então governa a sua vida é de uma frequência vibratória muito superior à da energia mental que ainda comanda o nosso mundo. Através da rendição, a energia espiritual entra neste mundo. Não gera sofrimento para você, para os outros seres humanos, nem para qualquer forma de vida no planeta. (Eckhart Tolle em , A Prática do Poder do Agora, pág. 118)


O IMPOPULAR DRAMA OUTSIDER — O encontro direto com a Verdade absoluta parece, então, impossível para uma consciência humana comum, não mística. Não podemos conhecer a realidade ou mesmo provar a existência do mais simples objeto, embora isto seja uma limitação que poucas pessoas compreendem realmente e que muitas até negariam. Mas há entre os seres humanos um tipo de personalidade que, esta sim, compreende essa limitação e que não consegue se contentar com as falsas realidades que nutrem o universo das pessoas comuns. Parece que essas pessoas sentem a necessidade de forjar por si mesmas uma imagem de "alguma coisa" ou do "nada" que se encontra no outro lado de suas linhas telegráficas: uma certa "concepção do ser" e uma certa teoria do "conhecimento". Elas são ATORMENTADAS pelo Incognoscível, queimam de desejo de conhecer o princípio primeiro, almejam agarrar aquilo que se esconde atrás do sombrio espetáculo das coisas. Quando alguém possui esse temperamento, é ávido de conhecer a realidade e deve satisfazer essa fome da melhor forma possível, enganando-a, sem contudo jamais poder saciá-la. — Evelyn Underhill