Se você se sente grato por este conteúdo e quiser materializar essa gratidão, em vista de manter a continuidade do mesmo, apoie-nos: https://apoia.se/outsider - informações: outsider44@outlook.com - Visite> Blog: https://observacaopassiva.blogspot.com

terça-feira, 5 de agosto de 2014

Existe livre arbítrio?

"Tenho conversado com toda espécie de pessoas que já o ouviram", disse-lhe, "e procurei verificar se seus ensinamentos são tão convincentes para eles como o são para mim. Muitos julgam seus ensinos extremamente difíceis, e entristece-me ver como acham tão penoso entender algo que para mim é a própria simplicidade. Por que será que Deus o fez parecer tão complicado?" Suspirei, mas Krishnamurti apenas sorriu: "Não foi Deus, mas nós mesmos. Parece complicado por causa de nosso poder de livre escolha."

"Por causa da livre escolha?", interrompi espantado.

"Justamente; é apenas o livre arbítrio que cria conflito em nossa vida; e os conflitos são responsáveis pela deterioração. Pela livre escolha começamos a inventar dificuldades e complicações, das quais somos forçados a libertar-nos, uma por uma, para abrir o caminho para a verdade."

"Devemos, então, desesperar-nos, segundo você, justamente porque nos foi dada a faculdade da livre escolha? Teria sido melhor se fôssemos como os animais, que seguem sua sorte negra e desconhecem o que significa o livre arbítrio?"

"Nada disso. Somente os espíritos sem inteligência exercem escolha na vida. Quando falo de inteligência, refiro-me a ela no seu mais vasto sentido; refiro-me àquela profunda inteligência interior da mente, da emoção e da vontade. Um homem verdadeiramente inteligente não pode ter escolha, porque sua mente só percebe o que é verdadeiro, só podendo, assim, escolher o caminho da verdade. A mente inteligente age e reage naturalmente, dando o máximo da sua capacidade. Identifica-se espontaneamente com a coisa certa. Ela não pode absolutamente ter qualquer escolha. Apenas o homem não inteligente é que exerce o livre arbítrio."

Esta era uma interpretação bastante inesperada do livre arbítrio. "Nunca encontrei antes tal concepção", disse eu: "mas ela me parece convincente."

"Não pode ser nada mais; é apenas isto."

(Do livro de Rom Landau “God is my Adventure”.
Tradução de Marina Brandão Machado).

Atualmente, queremos ser tirados de nossa confusão por outra pessoa; mas ninguém nos pode guiar para fora de nossa confusão.Enquanto existir escolhatem de haver confusão. Escolha indica confusão. No entanto, temos um orgulho imenso dessa faculdade de escolher, a que chamamos "livre arbítrio". E só a mente que não escolhemas percebe diretamente, sem interpretação, sem ser influenciada, é só esta mente que não está confusa e, portanto, se acha capacitada para descobrir o incognoscível. 

Krishnamurti — Da solidão à plenitude humana 
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...
"Quando você compreende, quando chega a saber,
então traz toda a beleza do passado de volta
e dá a esse passado o renascimento, renova-o,
de forma que todos os que o conheceram
possam estar de novo sobre a terra
e viajar por aqui, e ajudar as pessoas." (Tilopa)



"Nos momentos tranqüilos da meditação, a vontade de DEUS pode tornar-se evidente para nós. Acalmar a mente, através da meditação, traz uma paz interior que nos põe em contato com DEUS dentro de nós. Uma premissa básica da meditação, é que é difícil, senão impossível, alcançar um contato consciente, à não ser que a mente esteja sossegada. Para que haja um progresso, a comum sucessão ininterrupta de pensamentos tem de parar. Por isso, a nossa prática preliminar será sossegar a mente e deixar os pensamentos que brotam morrerem de morte natural. Deixamos nossos pensamentos para trás, à medida que a meditação do Décimo Primeiro Passo se torna uma realidade para nós. O equilíbrio emocional é um dos primeiros resultados da meditação, e a nossa experiência confirma isso." (11º Passo de NA)


"O Eu Superior pode usar algum evento, alguma pessoa ou algum livro como seu mensageiro. Pode fazer qualquer circunstância nova agir da mesma forma, mas o indivíduo deve ter a capacidade de reconhecer o que está acontecendo e ter a disposição para receber a mensagem". (Paul Brunton)



Observe Krishnamurti, em conversa com David Bohn, apontando para um "processo", um "caminho de transformação", descrevendo suas etapas até o estado de prontificação e a necessária base emocional para a manifestação da Visão Intuitiva, ou como dizemos no paradigma, a Retomada da Perene Consciência Amorosa Integrativa...


Krishnamurti: Estávamos discutindo o que significa para o cérebro não ter movimento. Quando um ser humano ESTEVE SEGUINDO O CAMINHO DA TRANSFORMAÇÃO, e PASSOU por TUDO isso, e esse SENTIDO DE VAZIO, SILÊNCIO E ENERGIA, ele ABANDONOU QUASE TUDO e CHEGOU AO PONTO, à BASE. Como, então, essa VISÃO INTUITIVA afeta a sua vida diária? Qual é o seu relacionamento com a sociedade? Como ele age em relação à guerra, e ao mundo todo — um mundo em que está realmente vivendo e lutando na escuridão? Qual a sua ação? Eu diria, como concordamos no outro dia, que ele é o não-movimento.

David Bohn: Sim, dissemos que a base era movimento SEM DIVISÃO.

K: Sem divisão. Sim, correto. (Capítulo 8 do livro, A ELIMINAÇÃO DO TEMPO PSICOLÓGICO)


A IMPORTÂNCIA DA RENDIÇÃO DIANTE DA MENTE ADQUIRIDA
Até praticar a rendição, a dimensão espiritual de você é algo sobre o que você lê, de que fala, com que fica entusiasmado, tema para escrita de livros, motivo de pensamento, algo em que acredita... ou não, seja qual for o caso. Não faz diferença. Só quando você se render é que a dimensão espiritual se tornará uma realidade viva na sua vida. Quando o fizer, a energia que você emana e que então governa a sua vida é de uma frequência vibratória muito superior à da energia mental que ainda comanda o nosso mundo. Através da rendição, a energia espiritual entra neste mundo. Não gera sofrimento para você, para os outros seres humanos, nem para qualquer forma de vida no planeta. (Eckhart Tolle em , A Prática do Poder do Agora, pág. 118)


O IMPOPULAR DRAMA OUTSIDER — O encontro direto com a Verdade absoluta parece, então, impossível para uma consciência humana comum, não mística. Não podemos conhecer a realidade ou mesmo provar a existência do mais simples objeto, embora isto seja uma limitação que poucas pessoas compreendem realmente e que muitas até negariam. Mas há entre os seres humanos um tipo de personalidade que, esta sim, compreende essa limitação e que não consegue se contentar com as falsas realidades que nutrem o universo das pessoas comuns. Parece que essas pessoas sentem a necessidade de forjar por si mesmas uma imagem de "alguma coisa" ou do "nada" que se encontra no outro lado de suas linhas telegráficas: uma certa "concepção do ser" e uma certa teoria do "conhecimento". Elas são ATORMENTADAS pelo Incognoscível, queimam de desejo de conhecer o princípio primeiro, almejam agarrar aquilo que se esconde atrás do sombrio espetáculo das coisas. Quando alguém possui esse temperamento, é ávido de conhecer a realidade e deve satisfazer essa fome da melhor forma possível, enganando-a, sem contudo jamais poder saciá-la. — Evelyn Underhill