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quinta-feira, 19 de julho de 2018

Uma breve definição de Autossuficiência psíquica


“Somente pode ser chamado de integral, completo, e digno de receber o que lhe foi preparado desde o Alto aquele que mantiver indenes, imaculados, íntegros, por toda a vida a Mente e o Coração que foram confiados à sua guarda”.
Autossuficiência psíquica é a lúcida e amorosa qualidade daquele que possui a própria ciência do Sufi. Ter Autossuficiência psicológica é estar no mundo de relação, não se permitindo mais ser adulterado pela psicologia deste mundo de insensatos, pessoas que vivem somente para a realização de suas insignificantes ambições, cobiças, para a exaltação do orgulho intelectual, pessoas que são prisioneiras da cega obediência aos costumes, às arcaicas tradições ou ao respeitoso temor moralista legalístico às pessoas de posição mais elevada ou psicologicamente significativas.

No estado de Autossuficiência psíquica, perde-se a necessidade de opinar em questões alheias, assim como deixa-se de ser afetado pelas não solicitadas opiniões alheias. A vida adquire, de forma natural, uma qualidade de simplicidade voluntária, uma vez que não se é mais afetado pelo forte impulso emotivo reativo — produzido pela sagacidade publicitária —, a qual condiciona a mente insensata, ao consumo de coisas não essenciais, as quais por ela são tidas como essenciais. Na Autossuficiência psicológica, a atividade que é vista como sendo a mais importante, é a de manter sempre acesa a chama amorosa e abarcante da luz interior, a qual é totalmente desconhecida pelos insensatos que se mantêm prisioneiros do estafante e rotineiro corre-corre, destituído de real significação, visto que tais atividades insensatas, em nada contribuem para a suprema e libertária realização.

A Autossuficiência psíquica traz em si a qualidade de um desapegado estado de ser, no qual ocorre um espontâneo derrame de amor transpessoal. Onde não há a suprema qualidade de amor transpessoal, não existe a poética dimensão de Autossuficiência psíquica. Ela traz consigo a libertação da necessidade de filiação e de crescente hierarquia à qualquer tipo de tribalismo organizado, à seitas, dogmas, sistemas, programações e rituais, por mais que isto seja aclamado pela insensatez cultural.

A Autossuficiência psíquica proporciona um extraordinário estado de lucidez, de sensível percepção e de um conhecimento que não pode ser explicado em termos morais ou psicológicos ordinários. A Autossuficiência psíquica é um sopro contínuo de conhecimento místico, proveniente da visão intuitiva da dimensão do coração, a qual é infinitamente superior aos limites da lógica e da razão.

A Autossuficiência psíquica elimina os véus que ocultam a vivência religiosa, através da qual se realiza em nós, a percepção plena de nossa real e inalterável natureza; ela elimina a insensata sensação de separatividade e nos absorve na consciência da Unidade indiferenciada. Na prática, a Autossuficiência psíquica consiste no desenvolvimento harmônico das potencialidades, em sentimentos, percepções e revelações, ou insights pessoais que são alcançados através de uma série de passagens por estados de êxtase, resultantes da prática de uma passiva, sóbria e silenciosa observação não-reativa.

A Autossuficiência psíquica, em outras palavras, é o “Santo Grau” de Consciência Desperta, representado em vários contos transgeracionais. Sem a Autossuficiência psíquica, nos mantemos como seres adormecidos, inconscientes e submissos às condicionantes e alienantes forças da egregora sistêmica.

Bem-aventurados são aqueles que conseguem a explosiva e suprema realização do estado de Autossuficiência psíquica, o “Reino sem eu”, o qual é em si mesmo, Consciência Objetiva, Ser e Compreensão.

Que assim, aos sérios, seja!
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"Quando você compreende, quando chega a saber,
então traz toda a beleza do passado de volta
e dá a esse passado o renascimento, renova-o,
de forma que todos os que o conheceram
possam estar de novo sobre a terra
e viajar por aqui, e ajudar as pessoas." (Tilopa)



"Nos momentos tranqüilos da meditação, a vontade de DEUS pode tornar-se evidente para nós. Acalmar a mente, através da meditação, traz uma paz interior que nos põe em contato com DEUS dentro de nós. Uma premissa básica da meditação, é que é difícil, senão impossível, alcançar um contato consciente, à não ser que a mente esteja sossegada. Para que haja um progresso, a comum sucessão ininterrupta de pensamentos tem de parar. Por isso, a nossa prática preliminar será sossegar a mente e deixar os pensamentos que brotam morrerem de morte natural. Deixamos nossos pensamentos para trás, à medida que a meditação do Décimo Primeiro Passo se torna uma realidade para nós. O equilíbrio emocional é um dos primeiros resultados da meditação, e a nossa experiência confirma isso." (11º Passo de NA)


"O Eu Superior pode usar algum evento, alguma pessoa ou algum livro como seu mensageiro. Pode fazer qualquer circunstância nova agir da mesma forma, mas o indivíduo deve ter a capacidade de reconhecer o que está acontecendo e ter a disposição para receber a mensagem". (Paul Brunton)



Observe Krishnamurti, em conversa com David Bohn, apontando para um "processo", um "caminho de transformação", descrevendo suas etapas até o estado de prontificação e a necessária base emocional para a manifestação da Visão Intuitiva, ou como dizemos no paradigma, a Retomada da Perene Consciência Amorosa Integrativa...


Krishnamurti: Estávamos discutindo o que significa para o cérebro não ter movimento. Quando um ser humano ESTEVE SEGUINDO O CAMINHO DA TRANSFORMAÇÃO, e PASSOU por TUDO isso, e esse SENTIDO DE VAZIO, SILÊNCIO E ENERGIA, ele ABANDONOU QUASE TUDO e CHEGOU AO PONTO, à BASE. Como, então, essa VISÃO INTUITIVA afeta a sua vida diária? Qual é o seu relacionamento com a sociedade? Como ele age em relação à guerra, e ao mundo todo — um mundo em que está realmente vivendo e lutando na escuridão? Qual a sua ação? Eu diria, como concordamos no outro dia, que ele é o não-movimento.

David Bohn: Sim, dissemos que a base era movimento SEM DIVISÃO.

K: Sem divisão. Sim, correto. (Capítulo 8 do livro, A ELIMINAÇÃO DO TEMPO PSICOLÓGICO)


A IMPORTÂNCIA DA RENDIÇÃO DIANTE DA MENTE ADQUIRIDA
Até praticar a rendição, a dimensão espiritual de você é algo sobre o que você lê, de que fala, com que fica entusiasmado, tema para escrita de livros, motivo de pensamento, algo em que acredita... ou não, seja qual for o caso. Não faz diferença. Só quando você se render é que a dimensão espiritual se tornará uma realidade viva na sua vida. Quando o fizer, a energia que você emana e que então governa a sua vida é de uma frequência vibratória muito superior à da energia mental que ainda comanda o nosso mundo. Através da rendição, a energia espiritual entra neste mundo. Não gera sofrimento para você, para os outros seres humanos, nem para qualquer forma de vida no planeta. (Eckhart Tolle em , A Prática do Poder do Agora, pág. 118)


O IMPOPULAR DRAMA OUTSIDER — O encontro direto com a Verdade absoluta parece, então, impossível para uma consciência humana comum, não mística. Não podemos conhecer a realidade ou mesmo provar a existência do mais simples objeto, embora isto seja uma limitação que poucas pessoas compreendem realmente e que muitas até negariam. Mas há entre os seres humanos um tipo de personalidade que, esta sim, compreende essa limitação e que não consegue se contentar com as falsas realidades que nutrem o universo das pessoas comuns. Parece que essas pessoas sentem a necessidade de forjar por si mesmas uma imagem de "alguma coisa" ou do "nada" que se encontra no outro lado de suas linhas telegráficas: uma certa "concepção do ser" e uma certa teoria do "conhecimento". Elas são ATORMENTADAS pelo Incognoscível, queimam de desejo de conhecer o princípio primeiro, almejam agarrar aquilo que se esconde atrás do sombrio espetáculo das coisas. Quando alguém possui esse temperamento, é ávido de conhecer a realidade e deve satisfazer essa fome da melhor forma possível, enganando-a, sem contudo jamais poder saciá-la. — Evelyn Underhill