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quinta-feira, 18 de julho de 2013

Sobre os homens livres do destino

Pergunta: O que é destino?

Krishnamurti: Você deseja realmente examinar este problema? Fazer uma pergunta é a coisa mais fácil do mundo, mas uma pergunta só tem significação se lhe interessa diretamente, se você a leva muito a sério. Não tem notado como muitas pessoas perdem todo o interesse depois de fazerem a pergunta? Há dias, um homem fez a pergunta e, em seguida, começou a bocejar, a coçar a cabeça e a conversar com seu vizinho (de cadeira); tinha perdido todo o interesse. Assim, sugiro que você não faça perguntas, a menos que as leve realmente a sério.

Este problema do destino é muito difícil e complexo. Veja, quando uma causa é colocada em andamento, produzirá inevitavelmente um resultado, um efeito. Se um grande número de pessoas — russos, americanos, ou hindus — se preparam para a guerra, seu destino é a guerra; ainda que aleguem que desejam a paz e que estão se preparando apenas para a sua própria defesa, colocaram em movimento causas que originam a guerra. Analogamente, quando milhões de pessoas vêm tomando parte, há séculos, no desenvolvimento de uma certa civilização ou cultura, colocaram em andamento um movimento pelo qual os entes humanos são colhidos e arrastados, a gosto ou contragosto; e esse processo em que se é colhido e arrastado por determinada corrente de cultura ou civilização, pode-se chamar Destino.

Afinal de contas, se você nasce filho de advogado e seu pai insiste em que você também se torne advogado, se você se submete a seus desejos, ainda que prefira ser outra coisa, então, evidentemente, seu destino é ser advogado. Mas, se você se recusa a ser advogado, se estiver firmemente determinado a fazer o que sentir ser correto para você, ou seja, o que realmente gosta de fazer — que pode ser escrever, pintar, viver sem dinheiro, pedindo esmolas — se isso ocorrer, você terá saído da corrente, terá se libertado do destino que seu pai havia traçado para você. O mesmo se dá em relação à cultura ou civilização.

Por isso é tão importante sermos educados corretamente — educados, para não nos deixarmos sufocar pela tradição, para não termos o destino de um dado grupo racial, cultural ou familial; educados, para não nos tornarmos entidades mecânicas, movimentadas para um fim preestabelecido. O homem que compreende esse processo em sua inteireza, que dele se liberta e fica , cria o seu impulso próprio; e, se, sua ação consiste em libertar-se do falso para conhecer a verdade, então esse próprio impulso se torna a Verdade. Esses homens estão livres do destino. 

Krishnamurti — A cultura e o problema humano  

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"Quando você compreende, quando chega a saber,
então traz toda a beleza do passado de volta
e dá a esse passado o renascimento, renova-o,
de forma que todos os que o conheceram
possam estar de novo sobre a terra
e viajar por aqui, e ajudar as pessoas." (Tilopa)



"Nos momentos tranqüilos da meditação, a vontade de DEUS pode tornar-se evidente para nós. Acalmar a mente, através da meditação, traz uma paz interior que nos põe em contato com DEUS dentro de nós. Uma premissa básica da meditação, é que é difícil, senão impossível, alcançar um contato consciente, à não ser que a mente esteja sossegada. Para que haja um progresso, a comum sucessão ininterrupta de pensamentos tem de parar. Por isso, a nossa prática preliminar será sossegar a mente e deixar os pensamentos que brotam morrerem de morte natural. Deixamos nossos pensamentos para trás, à medida que a meditação do Décimo Primeiro Passo se torna uma realidade para nós. O equilíbrio emocional é um dos primeiros resultados da meditação, e a nossa experiência confirma isso." (11º Passo de NA)


"O Eu Superior pode usar algum evento, alguma pessoa ou algum livro como seu mensageiro. Pode fazer qualquer circunstância nova agir da mesma forma, mas o indivíduo deve ter a capacidade de reconhecer o que está acontecendo e ter a disposição para receber a mensagem". (Paul Brunton)



Observe Krishnamurti, em conversa com David Bohn, apontando para um "processo", um "caminho de transformação", descrevendo suas etapas até o estado de prontificação e a necessária base emocional para a manifestação da Visão Intuitiva, ou como dizemos no paradigma, a Retomada da Perene Consciência Amorosa Integrativa...


Krishnamurti: Estávamos discutindo o que significa para o cérebro não ter movimento. Quando um ser humano ESTEVE SEGUINDO O CAMINHO DA TRANSFORMAÇÃO, e PASSOU por TUDO isso, e esse SENTIDO DE VAZIO, SILÊNCIO E ENERGIA, ele ABANDONOU QUASE TUDO e CHEGOU AO PONTO, à BASE. Como, então, essa VISÃO INTUITIVA afeta a sua vida diária? Qual é o seu relacionamento com a sociedade? Como ele age em relação à guerra, e ao mundo todo — um mundo em que está realmente vivendo e lutando na escuridão? Qual a sua ação? Eu diria, como concordamos no outro dia, que ele é o não-movimento.

David Bohn: Sim, dissemos que a base era movimento SEM DIVISÃO.

K: Sem divisão. Sim, correto. (Capítulo 8 do livro, A ELIMINAÇÃO DO TEMPO PSICOLÓGICO)


A IMPORTÂNCIA DA RENDIÇÃO DIANTE DA MENTE ADQUIRIDA
Até praticar a rendição, a dimensão espiritual de você é algo sobre o que você lê, de que fala, com que fica entusiasmado, tema para escrita de livros, motivo de pensamento, algo em que acredita... ou não, seja qual for o caso. Não faz diferença. Só quando você se render é que a dimensão espiritual se tornará uma realidade viva na sua vida. Quando o fizer, a energia que você emana e que então governa a sua vida é de uma frequência vibratória muito superior à da energia mental que ainda comanda o nosso mundo. Através da rendição, a energia espiritual entra neste mundo. Não gera sofrimento para você, para os outros seres humanos, nem para qualquer forma de vida no planeta. (Eckhart Tolle em , A Prática do Poder do Agora, pág. 118)


O IMPOPULAR DRAMA OUTSIDER — O encontro direto com a Verdade absoluta parece, então, impossível para uma consciência humana comum, não mística. Não podemos conhecer a realidade ou mesmo provar a existência do mais simples objeto, embora isto seja uma limitação que poucas pessoas compreendem realmente e que muitas até negariam. Mas há entre os seres humanos um tipo de personalidade que, esta sim, compreende essa limitação e que não consegue se contentar com as falsas realidades que nutrem o universo das pessoas comuns. Parece que essas pessoas sentem a necessidade de forjar por si mesmas uma imagem de "alguma coisa" ou do "nada" que se encontra no outro lado de suas linhas telegráficas: uma certa "concepção do ser" e uma certa teoria do "conhecimento". Elas são ATORMENTADAS pelo Incognoscível, queimam de desejo de conhecer o princípio primeiro, almejam agarrar aquilo que se esconde atrás do sombrio espetáculo das coisas. Quando alguém possui esse temperamento, é ávido de conhecer a realidade e deve satisfazer essa fome da melhor forma possível, enganando-a, sem contudo jamais poder saciá-la. — Evelyn Underhill