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domingo, 1 de fevereiro de 2015

Sinceridade significa autenticidade

Sinceridade significa autenticidade – ser sincero, não ser falso, não usar máscaras. Qualquer que seja o seu rosto verdadeiro, mostre-o, custe o que custar.

Lembre-se: isso não significa que você tenha de desmascarar os outros; se eles estão felizes com as mentiras deles, compete a eles se decidir. Não sai desmascarando ninguém, porque as pessoas são como são… seja verdadeiro consigo mesmo. Não é preciso que você corrija ninguém no mundo. Se você puder crescer sozinho, será o bastante. Não seja um reformador e não tente dar lições aos outros, não tente mudar os outros. Se você mudar, será o bastante como mensagem.

Ser autêntico significa permanecer verdadeiro consigo mesmo. Como permanecer verdadeiro? Lembre-se sempre de três regras. Uma, nunca dê ouvidos a ninguém quando dizem o que você deve ser. Ouça sempre a sua voz interior, o que você gostaria de ser; do contrário, vai desperdiçar sua vida inteira…

Preste atenção: a coisa mais importante é o seu ser. Não deixe que os outros manipulem você – e eles são muitos; todo mundo está pronto para controlar você, para mudar você, para lhe dar uma orientação que você não pediu. Todo mundo quer ser o guia da sua vida. O guia existe dentro de você; você tem o plano.

Ser autêntico significa ser sincero consigo mesmo…

O motivo pelo qual todo mundo parece tão frustrado é que ninguém ouve a própria voz… ouça sempre sua voz interior, e não ouça mais nada. Existem mil e uma tentações ao seu redor, porque muitas pessoas estão mascateando as suas coisas. É um supermercado; o mundo, e todo mundo nele está interessado em vender as próprias coisas a você. Todo mundo é um vendedor. Se der ouvidos a muitos vendedores, você vai ficar louco. Não dê ouvidos a ninguém, simplesmente feche os olhos e ouça sua voz interior. É para isso que existe a Meditação: para ouvir a voz interior.

A segunda regra mais importante – só se você cumprir a primeira regra poderá cumprir a segunda – nunca use uma máscara. Se estiver com raiva, mostre a sua raiva. É perigoso, mas não sorria, porque isso é ser falso. Mas lhe ensinaram que, quando você está com raiva, deve sorrir. Então seu sorriso torna-se falso, uma máscara – simplesmente um movimento dos lábios e nada mais. O coração está cheio de raiva, veneno, e os lábios sorrindo: você se torna um prodígio de falsidade.

Então também se manifesta uma outra reação: quando você quer sorrir, não consegue sorrir. Todo seu mecanismo está de cabeça para baixo porque, quando queria ficar com raiva, você não ficava; quando queria odiar você não odiava. Então você quer amar; de repente, você descobre que o mecanismo não funciona. Então você quer sorrir, você precisa forçar o sorriso. Realmente, o seu coração é todo sorrisos e você quer dar uma boa risada, mas não consegue rir… o sorriso não sai, ou ate mesmo, se sair, será um sorriso apagado e sem graça. Ele não deixa você feliz, você não se entusiasma com ele. Você não irradia nada.

Quando quiser ficar com raiva, fique com raiva. Não há nada errado em ficar com raiva. Se quiser rir, ria. Não há nada errado em dar uma risada. Pouco a pouco você vai ver que todo seu organismo voltou a funcionar direito… não use máscaras; do contrário você vai criar disfunções no seu mecanismo, bloqueios. Existem muitos bloqueios no seu corpo. A pessoa que reprime a raiva fica com a mandíbula bloqueada. Toda a raiva vai para a mandíbula e pára ali. As mãos ficam feias; elas não têm o movimento gracioso de um bailarino, não, porque a raiva chega aos dedos e os bloqueia. A raiva tem duas saídas para ser liberada: uma são os dentes, a outra são os dedos.

Se você reprime alguma coisa, existe no seu corpo alguma parte correspondente à emoção. Se você não quer chorar, os seus olhos vão perder o brilho… porque as lágrimas são necessárias; elas são um fenômeno muito vivo. Quando uma vez ou outra você deixa as lagrimas correrem – quando você realmente chora, você chora de verdade, e as lágrimas começam a correr dos seus olhos – os seus olhos se limpam, se revigoram, recuperando a juventude e a pureza.

Lembre-se: se não puder chorar sinceramente, você também não poderá rir, porque essa é a outra polaridade. As pessoas que conseguem rir também conseguem chorar; as pessoas que não conseguem chorar não conseguem rir.

E a terceira regra sobre a autenticidade… permaneça sempre no presente, porque tanto do passado quando do futuro é que vêm todas as falsidades. Porque o que passou, passou; não se preocupe com isso e não carregue como um fardo; do contrário isso não vai permitir que você seja autêntico em relação ao presente. E tudo que não aconteceu ainda não aconteceu. Não se incomode sem necessidade com o futuro, do contrário ele cairá sobre o presente e o destruirá. Seja verdadeiro em relação ao presente; então, você será autêntico. Nem passado, nem futuro – o momento é tudo. O momento é a eternidade inteira.

Siga essas três regrinhas e você vai conseguir ser sincero, verdadeiro, autêntico. Então, tudo o que você disser será verdade. Comumente, você pensa que precisa tomar cuidado para dizer a verdade; não é isso o que eu estou dizendo. Estou dizendo: crie autenticidade e tudo o que você disse será verdade.

A verdade não é uma coisa lógica. Por verdade eu quero dizer a autenticidade do ser; sem impor nada que você não seja, apenas sendo o que você é, independentemente dos riscos, nunca se tornando um hipócrita. Se você está triste, fique triste. Esta é a verdade; não a esconda.. Não exiba um sorriso falso no rosto, porque esse sorriso falso cria uma divisão em você.

Quando você está com raiva e não demonstra a raiva… é porque tem medo de que essa demonstração prejudique a sua imagem, porque as pessoas pensam que você é compreensivo e dizem que você nunca fica com raiva. Elas gostam disso e isso é tão gratificante para o ego. Agora, ficar com raiva vai prejudicar a sua linda imagem; assim, em vez de prejudicar a imagem, você reprime a raiva. Você está fervendo por dentro, mas por fora continua compreensivo, bondoso, polido, doce. Aí acontece a divisão. As pessoas produzem essa divisão durante a vida inteira; então a divisão se torna absolutamente estabelecida. Mesmo quando você está sentado sozinho e não há ninguém por perto, e não há necessidade de fingir, você continua fingindo; isso se tornou um hábito arraigado e automático… Então, não é uma questão de ser verdadeiro ou falso; isso acabou por se tornar um hábito…

Por verdadeiro eu quero dizer não fingir. Seja exatamente o que você é – num momento você está triste… e no momento seguinte, se você ficar feliz, não há necessidade de continuar triste – porque também lhe ensinaram a ser sempre coerente, a permanecer coerente…

Assim, não é só quando está triste que você finge sorrisos; quando você quer sorrir, também finge tristeza por causa da idéia completamente estúpida de permanecer coerente. Cada momento tem a sua característica peculiar, e nenhum momento precisa ser coerente com nenhum outro momento. Assim, não é preciso se preocupar com a coerência.. Ninguém que se preocupe com a coerência vai se tornar falso porque apenas mente com coerência. A verdade está sempre mudando. A verdade contém suas próprias contradições – e essa é a substância da verdade, essa é a sua vastidão, essa é a sua beleza.

Portanto, se você está se sentindo triste, fique triste – sem nenhuma censura, sem nenhuma avaliação como sendo bom ou mau.. Não se trata de ser bom ou mau; isso simplesmente acontece. E quando acontece, deixe acontecer. Quando você começar a sorrir de novo, não se sinta culpado só porque há pouco estava triste; então, como pode sorrir? Quando estiver feliz, seja feliz.

Osho em, "Intimidade - como confiar em si mesmo e nos outros"

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

A sociedade é para o indivíduo, ou o indivíduo é para a sociedade?

Um problema se oferece à maioria de nós: se o indivíduo é simples instrumento ou fim da sociedade. Vós e eu, como indivíduos, existiremos para sermos utilizados, dirigidos, educados, controlados, ajustados a um certo padrão pela sociedade e pelo governo, ou a sociedade, o Estado, existirão para o indivíduo? O indivíduo é o fim da sociedade; ou apenas um fantoche, que existe para ser ensinado, explorado, massacrado como instrumento de guerra? Eis o problema que está nos desafiando. É o problema do mundo: se o indivíduo é mero instrumento da sociedade, um brinquedo à mercê de influências, pelas quais é moldado, ou se a sociedade existe para o indivíduo.

(...) Se o indivíduo é mero instrumento da sociedade, a sociedade, nesse caso, é muito mais importante que o indivíduo. A ser verdadeira tal afirmação, o que devemos fazer, então, é abandonar a individualidade e trabalhar para a sociedade; todo o nosso sistema educativo terá de ser revolucionado de alto a baixo e o indivíduo convertido num instrumento para ser usado e destruído, liquidado, eliminado. Mas, se a sociedade existe para o indivíduo, a função da sociedade não é então obriga-lo a ajustar-se a um padrão e sim dar-lhe o senso de liberdade, o impulso para a liberdade. Cumpre-nos, pois, averiguar qual das duas é falsa.

(...) Para se achar a verdade relativa a esta questão, é preciso estarmos livres de tudo quanto é propaganda, o que significa estarmos habilitados a estudar o problema independente da opinião. A tarefa da educação se cifra, toda ela, no despertar do indivíduo. Pra perceberdes tal verdade, precisais estar perfeitamente lúcidos, isto é, não deveis depender de guia algum. Quando escolheis um guia, o fazeis porque estais em confusão, e portanto, vossos guias acham-se também confusos, como estamos vendo acontecer no mundo. Consequentemente não podeis esperar orientação ou ajuda de vosso guia.

(...) Creio que quase todos nós reconhecemos a urgência de uma revolução interior, pois só ela pode operar uma transformação radical do exterior, da sociedade... Como produzir uma transformação fundamental, básica, na sociedade — este é o nosso problema; e esta transformação do exterior não pode efetuar-se sem a revolução interior. Uma vez que a sociedade é sempre estática, toda ação, toda reforma que se efetue sem esta revolução interior se torna igualmente estática. Nessas condições, não há esperanças, a menos que haja esta constante revolução interior, porquanto, sem ela, a ação exterior se torna maquinal, torna-se um hábito. A ação resultante das relações entre vós e outrem, entre vós e mim, é a sociedade, e essa sociedade se tornará estática, não terá qualidade vivificante alguma, enquanto não se verificar esta constante revolução interior, uma transformação psicológica criadora. Uma vez que esta constante revolução interior não existe, a sociedade está se tornando sempre estática, cristalizada e, em consequência, tem que se desgastar constantemente.

(...) O que sois interiormente se “projetou” no exterior, no mundo. O que sois, o que pensais, o que sentis, o que fazeis na vossa existência de cada dia, “projetando-se” exteriormente, constitui o mundo em que vivemos... A sociedade é o produto de nossas relações e, se estas são confusas, egocêntricas, interesseiras, limitadas, nacionais, “projetamos” tudo isso e produzimos caos no mundo.

O que sois o mundo é. Vosso problema, pois, é o problema do mundo... Desejamos produzir alteração por meio de um sistema ou de uma revolução das ideias e dos valores, baseada num sistema, esquecendo-nos de que sois vós e sou eu quem cria a sociedade, quem produz a confusão ou a ordem, conforme nossa maneira de viver. Por conseguinte, temos de começar com o que está perto, isto é, dar atenção à nossa existência diária, nossos pensamentos e sentimentos e ações de todos os dias, que se revelam na maneira como ganhamos nosso sustento, em nossas relações com ideias ou crenças... Estamos muito interessados em nosso sustento, em obter empregos, em ganhar dinheiro; estamos muito interessados em nossas relações com a família, com os vizinhos; e estamos muito interessados em ideias e crenças. Ora, se examinarmos bem nossa ocupação, veremos que ela se baseia fundamentalmente na inveja, não sendo apenas um meio de ganhar a vida. A sociedade está construída de tal maneira, que é um processo de constante conflito, constante “vir a ser”. Fundamente-se na ganância, na inveja, na inveja ao superior. Quando o escriturário deseja tornar-se gerente, isso denota que não está interessado somente em ganhar seu sustento, em ter um meio de subsistência, mas em alcançar posição e prestígio. Tal atitude provoca, naturalmente, devastações na sociedade, nas relações. Mas, se vós e eu estivéssemos interessados unicamente no ganho de nosso sustento, em ter um meio de subsistência, haveríamos de achar a maneira correta de ganhar a vida. Um meio não baseado na inveja. A inveja é um dos fatores mais destrutivos nas relações, porquanto a inveja indica desejo de poder, de posição, e conduz, por último, às atividades políticas.

(...) Em que estão baseadas as nossas relações?... Certamente, não no amor, embora falemos de amor. Não se baseiam no amor, porque se houvesse amor, haveria ordem, haveria paz, felicidade, entre vós e mim. Mas, nas relações entre vós e mim, há grande soma de malevolência, que assume forma de respeito. Se fossemos ambos iguais, no pensamento e no sentimento, não haveria respeito, não haveria malevolência, porque seríamos dois indivíduos associados não como discípulo e mestre, não como marido escravizador da esposa, ou esposa escravizadora do marido. Havendo malevolência, há também o desejo de domínio, que suscita inveja, irritação, paixão. Daí, um constante conflito em nossas relações, do qual procuramos escapar, produzindo mais caos e mais sofrimento.

(...) O problema a enfrentar, por conseguinte, é se pode existir uma sociedade de natureza estática e ao mesmo tempo um indivíduo no qual se processe esta constante revolução. Isto é, a revolução na sociedade deve começar pela transformação interior, a transformação psicológica do indivíduo. Quase todos nós desejamos ver uma transformação radical na estrutura da social... Ora, se há uma revolução social, isto é, uma ação visando a estrutura exterior do homem, por mais radical que seja esta revolução social, sua verdadeira natureza é estática, se não houver a revolução interior o indivíduo, sua transformação psicológica. Por conseguinte, para se criar uma sociedade não repetitiva, não estática, não sujeita à desintegração, uma sociedade sempre viva, é imprescindível que haja uma revolução na estrutura psicológica do indivíduo; porque, sem revolução interior — a revolução psicológica — a mera transformação do exterior tem muito pouco sentido. Isto é, a sociedade está se tornando sempre cristalizada, estática, e, por isso, desintegrando-se, constantemente. Por mais leis que se promulguem, e por mais sábias que elas sejam, a sociedade continua sempre no processo de decomposição, porque a revolução deve operar-se interiormente, e não, apenas, no exterior.

(...) Se as relações entre os indivíduos, que é a sociedade não resultarem da revolução interior, então, a estrutura social, uma vez que é estática, absorve o indivíduo e o torna estático, repetitivo... O fato é que a sociedade está sempre a cristalizar-se e a absorver o indivíduo, e que a revolução constante, a revolução criadora, só pode realizar-se no indivíduo, e não na sociedade, no exterior. Quer dizer, a revolução criadora só pode realizar-se nas relações individuais, que constituem a sociedade... Por conseguinte, temos de ser criadores, pois o problema é urgente. Vós e eu devemos perceber claramente as causas do colapso da sociedade, e criar uma nova estrutura, não baseada na simples imitação, e, sim, em nossa compreensão criadora.

(...) Por que está ruindo a sociedade, desmoronando, como não há dúvidas que está? Uma das razões fundamentais é que o indivíduo — vós — deixou de ser criador... Vós e eu nos tornamos imitadores, estamos copiando, exterior e interiormente... Nossa educação, nossa estrutura social, nossa pretensa vida religiosa, esta toda baseada na imitação. Quer dizer, estou ajustado a uma determinada fórmula social ou religiosa. Deixei de ser um verdadeiro indivíduo, e, psicologicamente, tornei-me simples máquina repetitiva, com certas reações condicionadas segundo o padrão da sociedade, seja oriental, seja ocidental, religioso ou materialista.

Uma das causas fundamentais da desintegração da sociedade é, pois, a imitação, e um dos fatores desintegradores é o guia, o líder, cuja essência mesma é a imitação... Quando há imitação, é inevitável a desintegração; quando há autoridade é inevitável a cópia. E já que toda a nossa estrutura mental, psicológica, está baseada na autoridade, faz-se necessário que nos libertemos de autoridades, para podermos ser criadores. Já não notastes que, nos momentos criadores, nesses raros momentos felizes, e de vital interesse, não há senso de repetição, não há senso de cópia? Esses momentos são sempre novos, fecundos, felizes. Vê-se pois que, uma das causas fundamentais da desintegração da sociedade é o copiar, que significa: veneração da autoridade.

Krishnamurti —A primeira e última liberdade

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"Quando você compreende, quando chega a saber,
então traz toda a beleza do passado de volta
e dá a esse passado o renascimento, renova-o,
de forma que todos os que o conheceram
possam estar de novo sobre a terra
e viajar por aqui, e ajudar as pessoas." (Tilopa)



"Nos momentos tranqüilos da meditação, a vontade de DEUS pode tornar-se evidente para nós. Acalmar a mente, através da meditação, traz uma paz interior que nos põe em contato com DEUS dentro de nós. Uma premissa básica da meditação, é que é difícil, senão impossível, alcançar um contato consciente, à não ser que a mente esteja sossegada. Para que haja um progresso, a comum sucessão ininterrupta de pensamentos tem de parar. Por isso, a nossa prática preliminar será sossegar a mente e deixar os pensamentos que brotam morrerem de morte natural. Deixamos nossos pensamentos para trás, à medida que a meditação do Décimo Primeiro Passo se torna uma realidade para nós. O equilíbrio emocional é um dos primeiros resultados da meditação, e a nossa experiência confirma isso." (11º Passo de NA)


"O Eu Superior pode usar algum evento, alguma pessoa ou algum livro como seu mensageiro. Pode fazer qualquer circunstância nova agir da mesma forma, mas o indivíduo deve ter a capacidade de reconhecer o que está acontecendo e ter a disposição para receber a mensagem". (Paul Brunton)



Observe Krishnamurti, em conversa com David Bohn, apontando para um "processo", um "caminho de transformação", descrevendo suas etapas até o estado de prontificação e a necessária base emocional para a manifestação da Visão Intuitiva, ou como dizemos no paradigma, a Retomada da Perene Consciência Amorosa Integrativa...


Krishnamurti: Estávamos discutindo o que significa para o cérebro não ter movimento. Quando um ser humano ESTEVE SEGUINDO O CAMINHO DA TRANSFORMAÇÃO, e PASSOU por TUDO isso, e esse SENTIDO DE VAZIO, SILÊNCIO E ENERGIA, ele ABANDONOU QUASE TUDO e CHEGOU AO PONTO, à BASE. Como, então, essa VISÃO INTUITIVA afeta a sua vida diária? Qual é o seu relacionamento com a sociedade? Como ele age em relação à guerra, e ao mundo todo — um mundo em que está realmente vivendo e lutando na escuridão? Qual a sua ação? Eu diria, como concordamos no outro dia, que ele é o não-movimento.

David Bohn: Sim, dissemos que a base era movimento SEM DIVISÃO.

K: Sem divisão. Sim, correto. (Capítulo 8 do livro, A ELIMINAÇÃO DO TEMPO PSICOLÓGICO)


A IMPORTÂNCIA DA RENDIÇÃO DIANTE DA MENTE ADQUIRIDA
Até praticar a rendição, a dimensão espiritual de você é algo sobre o que você lê, de que fala, com que fica entusiasmado, tema para escrita de livros, motivo de pensamento, algo em que acredita... ou não, seja qual for o caso. Não faz diferença. Só quando você se render é que a dimensão espiritual se tornará uma realidade viva na sua vida. Quando o fizer, a energia que você emana e que então governa a sua vida é de uma frequência vibratória muito superior à da energia mental que ainda comanda o nosso mundo. Através da rendição, a energia espiritual entra neste mundo. Não gera sofrimento para você, para os outros seres humanos, nem para qualquer forma de vida no planeta. (Eckhart Tolle em , A Prática do Poder do Agora, pág. 118)


O IMPOPULAR DRAMA OUTSIDER — O encontro direto com a Verdade absoluta parece, então, impossível para uma consciência humana comum, não mística. Não podemos conhecer a realidade ou mesmo provar a existência do mais simples objeto, embora isto seja uma limitação que poucas pessoas compreendem realmente e que muitas até negariam. Mas há entre os seres humanos um tipo de personalidade que, esta sim, compreende essa limitação e que não consegue se contentar com as falsas realidades que nutrem o universo das pessoas comuns. Parece que essas pessoas sentem a necessidade de forjar por si mesmas uma imagem de "alguma coisa" ou do "nada" que se encontra no outro lado de suas linhas telegráficas: uma certa "concepção do ser" e uma certa teoria do "conhecimento". Elas são ATORMENTADAS pelo Incognoscível, queimam de desejo de conhecer o princípio primeiro, almejam agarrar aquilo que se esconde atrás do sombrio espetáculo das coisas. Quando alguém possui esse temperamento, é ávido de conhecer a realidade e deve satisfazer essa fome da melhor forma possível, enganando-a, sem contudo jamais poder saciá-la. — Evelyn Underhill