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domingo, 31 de agosto de 2025

Despertar, Confusão e Nascimento do Novo Olhar


Despertar, Confusão e Nascimento do Novo Olhar

Antes da crise iniciática, a vida do indivíduo é sustentada por camadas profundas de ilusão. Cada relação, cada escolha, cada experiência parece autêntica e significativa, mas tudo está mediado por condicionamentos internos invisíveis. Ele acredita que ama e que é amado, que escolhe livremente seus caminhos e que suas interações são genuínas e profundas. No entanto, essa percepção é superficial: o que ele pensa ser amor frequentemente se revela apego, necessidade de proteção, busca de pertencimento e fuga do terror silencioso do vazio e da solidão. Desde a infância, o ser aprende padrões, desenvolve autoproteções, reproduz expectativas familiares e culturais. Cada ato de “amor” ou gesto de cuidado carrega, mesmo que veladamente, impulsos autocentrados, voltados para a própria sobrevivência emocional e psicológica.

Crescer, casar, gerar filhos, manter carreiras, construir redes sociais — tudo isso é vivido como conquista, mas, sob as lentes do medo e do condicionamento, funciona como sustentação da ilusão. Relações são mantidas por conveniências, pelo medo da solidão, pela necessidade de dar vazão aos instintos naturais adulterados pela cultura ou pela necessidade de reforço da própria identidade. O indivíduo não percebe a extensão do condicionamento que molda suas ações. Ele confunde familiaridade com segurança, rotina com liberdade, prazer com profundidade. Cada vínculo parece autêntico, mas serve apenas para sustentar o falso personagem e evitar confrontos com a própria verdade interna.

O advento da crise iniciática rompe esse sistema inconscientemente erguido. Não se trata apenas de um evento emocional ou psicológico: é uma catástrofe interna, uma ruptura ontológica que dissipa certezas, jogando o sujeito num vasto campo de confusão. O véu das ilusões se rasga, expondo a realidade nua: o que parecia amor, segurança ou pertencimento se revela construção precária, sustentada por necessidades veladas e autoproteção. Surge um choque total: pânico, culpa, vergonha e confusão se entrelaçam diante da magnitude da verdade percebida. A mente, acostumada a soluções rápidas, reage fugindo, evitando relações e ambientes que agora parecem contaminados pelo engano próprio. Mas essa evasão, ainda que compreensível, não resolve o problema. O que se vê nesse movimento de fuga geográfica e relacional é apenas um migrar do impulso adulterante. Em resultado, além de persistir, a dor se intensifica, e a crise exige enfrentamento.

O limbo de confusão se instala, um espaço onde cada vínculo, cada escolha, cada lembrança é examinada à luz da nova percepção. O desapego começa a se consolidar através da observação silenciosa: o ser aprende a observar sem julgar, sem agir por impulso emotivo reativo escapista ou necessidade de controle. Cada relacionamento torna-se espelho da própria estrutura psíquica, revelando a influência do medo, do apego, da expectativa, da incapacidade de genuína e profunda interação e do cálculo autocentrado. Este é o terreno do crescimento interior: observar, permanecer lúcido e permitir que padrões condicionados se dissolvam sem pressa, sem fuga, sem manipulação, sem ação de esforço calculado, sem apelar para o uso de condicionamentos de programações espirituais.

Neste processo, o nascimento do novo olhar, começa a emergir. Diferente do anterior, não é autocentrado; é amoroso, porque não depende de reforço nem reciprocidade; é integrativo, porque percebe cada ser e situação como parte de um todo; é impessoal, porque não exige controle ou manipulação. Ele não busca reparar o passado nem corrigir erros, mas observa, compreende e age com clareza integrativa. Cada ato, cada palavra, cada decisão é filtrada pela consciência do momento, não pela necessidade de autopreservação. Relações não são mais instrumentos de segurança, mas espaços de aprendizado, presença e expressão genuína.

O processo, no entanto, é lento e exige paciência e profunda observação dos impulsos emotivos reativos escapistas. Há recaídas, quando padrões antigos emergem; há momentos em que o velho cálculo autocentrado tenta retomar o controle. Mas, com cada retorno à consciência, o olhar se fortalece, tornando-se silencioso, profundo, lúcido e abarcante. A dor da crise inicial não era punição, mas convite: convite a experienciar a vida com clareza, dissolvendo ilusões e cultivando autenticidade.

É nesse ponto que surge outro nível de dor, ainda mais profundo e nevrálgico: a percepção da própria incapacidade de gerar profundidade nas relações. O despertar não revela apenas a superficialidade alheia, mas, principalmente, a dificuldade interna de ser genuinamente profundo. O indivíduo deseja conexão, intimidade, expressão autêntica, mas percebe limites invisíveis em si mesmo: medo, defensividade, expectativas veladas e autoproteções que persistem, mesmo após a percepção da ilusão. Cada tentativa de profundidade esbarra nessas barreiras, criando um pavor silencioso.

O choque desse reconhecimento é diferente da frustração comum: é a constatação de que o próprio ser ainda não consegue ser o que deseja, mesmo com consciência. A profundidade não é simplesmente inatingível no outro; é parcial ou ausente dentro de si. O indivíduo experimenta impotência existencial, porque entende que a profundidade genuína depende dele mesmo, mas ainda não sabe como manifestá-la. Cada gesto, cada palavra ou olhar carregado de intenção sincera se depara com limites internos, tornando visível a distância entre desejo e capacidade. O sujeito percebe em si, a essência de um dito de um apóstolo cristão: “Não faço o bem que eu quero, mas o mal que não quero, esse faço. Mas, se eu faço o que não quero, já não sou eu quem o faz, e sim o pecado (condicionamento) que habita em mim.”

O pavor nasce da responsabilidade absoluta: não há culpados externos. A limitação é interna e intransferível. O indivíduo enfrenta a impossibilidade de penetrar nas próprias camadas condicionadas, de se entregar plenamente, de experienciar ou oferecer autenticidade total. O vazio não é apenas externo; é íntimo, interno, silencioso, e exige maturação da capacidade de observação silenciosa, passiva e não reativa. Cada relação se torna espelho da própria limitação relacional: revela a diferença entre o que se deseja ser e o que se consegue, no momento, manifestar.

No entanto, essa dor também contém potencial transformador. Ao observar a própria incapacidade relacional, sem julgamento, sem tentar mascarar ou escapar, o indivíduo cria espaço para a genuína interiorização da profundidade relacional. Ele aprende que autenticidade e presença não dependem de esforço, desempenho ou técnica, mas da permanência lúcida e da aceitação da limitação presente. Cada interação, cada gesto incompleto, cada frustração se torna matéria-prima para a mutação interior. O terror inicial, transforma-se em indicador vital: ele mostra onde a profundidade ainda não floresceu, apontando o caminho para o crescimento genuíno.

O processo exige prática constante de presença passiva não reativa, atenção silenciosa e auto-observação. Aos poucos, o medo e a impotência perdem intensidade, e lampejos de autenticidade começam a surgir nas relações. A profundidade deixa de ser meta inalcançável e torna-se prática contínua, expressão sincera e presença consciente. A dor inicial revela-se catalisadora: o reconhecimento da limitação cria a possibilidade de manifestação real da profundidade, quando o ser aprende a permanecer íntegro, independente da reciprocidade ou da superficialidade alheia.

Assim, o despertar conduz o indivíduo por um caminho paradoxal: a percepção da ilusão e da superficialidade gera dor, mas é essa mesma dor que abre espaço para desapego, observação e mutação psíquica. A percepção da própria impotência em ser profundo, por mais angustiante que seja, se converte no núcleo da maturidade relacional e espiritual. Ele aprende que a profundidade verdadeira nasce da consciência da limitação, da observação honesta e paciente, da presença silenciosa e do compromisso de sustentar autenticidade mesmo diante de barreiras externas ou internas.

Com o tempo, a consciência amadurece: a profundidade não depende do outro, nem de condições externas. Surge a habilidade de relacionar-se de forma amorosa e impessoal, de observar sem se perder, de agir com clareza sem apego. Relações passam a ser campos de expressão, aprendizado e presença, e não arenas de validação ou autopreservação. A dor da incapacidade inicial se transforma em força silenciosa: o poder de permanecer íntegro e profundo, cultivando autenticidade de dentro para fora.

Finalmente, o indivíduo compreende que o verdadeiro despertar não é uma conquista de habilidades ou um acúmulo de experiências, mas um estado contínuo de lucidez e presença. Cada relação, cada situação, cada instante da vida torna-se oportunidade de praticar profundidade, autenticidade e amor impessoal. A crise, o limbo de confusão, o nascimento do novo olhar e a dor da própria incapacidade de profundidade são fases interligadas de um mesmo processo: o caminho do ser em direção à autenticidade, clareza e integração plena.

O despertar é doloroso e extremamente confuso, exige coragem e paciência, mas oferece algo que nenhuma ilusão anterior poderia proporcionar: a possibilidade de experienciar a vida de forma limpa, direta, profunda e generativa, mesmo diante das limitações do mundo e da própria psique. A profundidade não é presente externo a ser buscado, mas qualidade interna a ser cultivada, revelada e sustentada, transformando cada relação, cada gesto e cada instante em oportunidade de presença autêntica e amorosa.

 

sábado, 7 de abril de 2018

Por que somos incapazes de amar?

Por que somos incapazes de amar?

PERGUNTA: O mandamento de mais força, o mandamento básico de todas as religiões é: Ama o teu próximo. Porque é tão difícil pôr em prática esta verdade tão simples?

KRISHNAMURTI: Porque somos incapazes de amar? Que significa amar ao próximo? Isso é um mandamento? Ou o fato simples é que, se eu não vos amo e vós não me amais, só pode haver ódio, violência e destruição? Que é que nos impede de ver o fato de que este mundo é de todos nós, que esta Terra é vossa e minha, para nela vivermos, sem estarmos divididos por nacionalidades, por fronteiras; para nela vivermos felizes, frutuosamente, deleitavelmente, com afeição e compaixão? Porque não enxergamos isso? Posso dar-vos dúzias de explicações e vós podeis dar-me outras dúzias mais, porém as meras explicações nunca extirparão o fato de não amarmos o nosso próximo. Pelo contrário, é porque estamos sempre dando explicações, sugerindo causas, que não encaramos com o fato. Vós sugeris uma causa, eu sugiro outra, e ficamos lutando a respeito dessas causas e explicações. Estamos divididos, como hinduístas, budistas, cristãos, isto ou aquilo. Dizemos que não amamos, em virtude das condições sociais, ou em virtude de nosso karma, ou porque alguém tem muito dinheiro e nós temos tão pouco. Sugerimos inúmeras explicações, amontoamos palavras e na rede das palavras ficamos apanhados. O fato é que não amamos o nosso próximo e temos medo de olhar de frente esse fato; por isso nos comprazemos com as explicações, as palavras, a descrição das causas, citamos o Gita, a Bíblia, o Alcorão — tudo fazemos para evitarmos o enfrentar o simples fato.

Compreendeis, senhoras e senhores? Que acontece quando, encarando o fato, percebeis, por vós mesmo, que não amais o vosso próximo? Vosso filho é vosso próximo; portanto não necessitais de ir procurar ao longe o vosso próximo. Se amásseis o vosso filho, teríeis o cuidado de educá-lo de uma maneira toda ;diferente; educá-lo-ieis, não para se ajustar a esta sociedade decrépita, mas para ser auto-suficiente, inteligente, apercebido de todas as influências que cercam, que prendem e sufocam o indivíduo e nunca lhe permitem ser livre. Se amásseis vosso filho, que é também vosso próximo, não haveria guerras entre o Paquistão e a índia, ou entre a Alemanha e a Rússia — porque então desejaríeis protegê-lo a ele, e não à vossa propriedade, vossa crença insignificante, vosso depósito no banco, vossa pátria cruel, vossa estreita ideologia. Por isso não amais; e o fato é este.

A Bíblia poderá mandar-vos amar ao próximo, e a mesma coisa pode mandar o Gita ou o Alcorão — o fato é que não amais. Ora, ao encarardes esse fato, que acontece? Entendeis? Que acontece, ao reconhecerdes que não sois amorável e, reconhecendo-o, não derdes explicações nem alegardes as causas por que não amais? É bem óbvio o que acontece. Ficais com o fato nu e cru de que não amais, não sentis compaixão, não tendes nenhuma consideração por outro. A maneira desdenhosa como falais com vossos serviçais, o respeito que mostrais para com vosso patrão, a profunda reverência com que saudais o vosso guru, vossa busca de poder, vossa identificação com um país, vosso desejo de vos aproximardes dos grandes — tudo isso indica que não amais. Se começardes daí, podereis então fazer algo. Senhores, se estais cegos e realmente o sabeis, se não imaginardes que podeis ver, que acontece? Andais vagarosamente, apalpais, tateais; cria-se uma nova sensibilidade.

De maneira semelhante, quando sei que não tenho amor, e não finjo amar; quando estou consciente do fato de não ter compaixão, e não me ponho a perseguir o ideal, o que é puro contrassenso — então, com o encarar do fato, surge uma qualidade diferente; e é esta qualidade que pode salvar o mundo, e não uma certa religião organizada, ou uma ideologia inventada pelos mais sabidos. É quando o coração está vazio, que as coisas da mente o enchem; e as coisas da mente são as explicações desse vazio, as palavras que descrevem as suas causas.

Assim, se desejais realmente pôr fim às guerras, se desejais realmente pôr fim ao conflito existente na sociedade, deveis encarar com o fato de que não amais. Podeis ir a um templo e oferecer flores a uma imagem de pedra, mas isso nunca dará ao coração aquela extraordinária qualidade que é a compaixão, o amor, e que só vem quando a mente está tranquila, e não é ávida, invejosa. Quando percebeis o fato de que não tendes amor, e não fugis dele por meio de uma explicação ou procurando-lhe a causa, então esse próprio percebimento começa a atuar; ele traz delicadeza de sentimentos, compaixão. Há então a possibilidade de se criar um mundo todo diferente, sem esse existir brutal e caótico a que atualmente chamamos vida.

Krishnamurti, Quinta Conferência em Bombaim
18 de março de 1956, Da Solidão à Plenitude Humana

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"Quando você compreende, quando chega a saber,
então traz toda a beleza do passado de volta
e dá a esse passado o renascimento, renova-o,
de forma que todos os que o conheceram
possam estar de novo sobre a terra
e viajar por aqui, e ajudar as pessoas." (Tilopa)



"Nos momentos tranqüilos da meditação, a vontade de DEUS pode tornar-se evidente para nós. Acalmar a mente, através da meditação, traz uma paz interior que nos põe em contato com DEUS dentro de nós. Uma premissa básica da meditação, é que é difícil, senão impossível, alcançar um contato consciente, à não ser que a mente esteja sossegada. Para que haja um progresso, a comum sucessão ininterrupta de pensamentos tem de parar. Por isso, a nossa prática preliminar será sossegar a mente e deixar os pensamentos que brotam morrerem de morte natural. Deixamos nossos pensamentos para trás, à medida que a meditação do Décimo Primeiro Passo se torna uma realidade para nós. O equilíbrio emocional é um dos primeiros resultados da meditação, e a nossa experiência confirma isso." (11º Passo de NA)


"O Eu Superior pode usar algum evento, alguma pessoa ou algum livro como seu mensageiro. Pode fazer qualquer circunstância nova agir da mesma forma, mas o indivíduo deve ter a capacidade de reconhecer o que está acontecendo e ter a disposição para receber a mensagem". (Paul Brunton)



Observe Krishnamurti, em conversa com David Bohn, apontando para um "processo", um "caminho de transformação", descrevendo suas etapas até o estado de prontificação e a necessária base emocional para a manifestação da Visão Intuitiva, ou como dizemos no paradigma, a Retomada da Perene Consciência Amorosa Integrativa...


Krishnamurti: Estávamos discutindo o que significa para o cérebro não ter movimento. Quando um ser humano ESTEVE SEGUINDO O CAMINHO DA TRANSFORMAÇÃO, e PASSOU por TUDO isso, e esse SENTIDO DE VAZIO, SILÊNCIO E ENERGIA, ele ABANDONOU QUASE TUDO e CHEGOU AO PONTO, à BASE. Como, então, essa VISÃO INTUITIVA afeta a sua vida diária? Qual é o seu relacionamento com a sociedade? Como ele age em relação à guerra, e ao mundo todo — um mundo em que está realmente vivendo e lutando na escuridão? Qual a sua ação? Eu diria, como concordamos no outro dia, que ele é o não-movimento.

David Bohn: Sim, dissemos que a base era movimento SEM DIVISÃO.

K: Sem divisão. Sim, correto. (Capítulo 8 do livro, A ELIMINAÇÃO DO TEMPO PSICOLÓGICO)


A IMPORTÂNCIA DA RENDIÇÃO DIANTE DA MENTE ADQUIRIDA
Até praticar a rendição, a dimensão espiritual de você é algo sobre o que você lê, de que fala, com que fica entusiasmado, tema para escrita de livros, motivo de pensamento, algo em que acredita... ou não, seja qual for o caso. Não faz diferença. Só quando você se render é que a dimensão espiritual se tornará uma realidade viva na sua vida. Quando o fizer, a energia que você emana e que então governa a sua vida é de uma frequência vibratória muito superior à da energia mental que ainda comanda o nosso mundo. Através da rendição, a energia espiritual entra neste mundo. Não gera sofrimento para você, para os outros seres humanos, nem para qualquer forma de vida no planeta. (Eckhart Tolle em , A Prática do Poder do Agora, pág. 118)


O IMPOPULAR DRAMA OUTSIDER — O encontro direto com a Verdade absoluta parece, então, impossível para uma consciência humana comum, não mística. Não podemos conhecer a realidade ou mesmo provar a existência do mais simples objeto, embora isto seja uma limitação que poucas pessoas compreendem realmente e que muitas até negariam. Mas há entre os seres humanos um tipo de personalidade que, esta sim, compreende essa limitação e que não consegue se contentar com as falsas realidades que nutrem o universo das pessoas comuns. Parece que essas pessoas sentem a necessidade de forjar por si mesmas uma imagem de "alguma coisa" ou do "nada" que se encontra no outro lado de suas linhas telegráficas: uma certa "concepção do ser" e uma certa teoria do "conhecimento". Elas são ATORMENTADAS pelo Incognoscível, queimam de desejo de conhecer o princípio primeiro, almejam agarrar aquilo que se esconde atrás do sombrio espetáculo das coisas. Quando alguém possui esse temperamento, é ávido de conhecer a realidade e deve satisfazer essa fome da melhor forma possível, enganando-a, sem contudo jamais poder saciá-la. — Evelyn Underhill