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segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Por que vivemos criando inimizade entre nós?

Uma das causas fundamentais das guerras — dizem — ser de ordem econômica. Mas, muito mais do que isso, a causa fundamental é "a crença em alguma coisa". Quando eu creio numa coisa, quero lhes converter às minhas ideias, e se não concordam comigo, os liquido. Vocês possuem uma panaceia, um sistema, possuem a Bíblia ou um livro de Marx, cheio de "verdades", de dogmas transcendentais, de disciplinas; e se eu não estiver de acordo com o modo de pensar de vocês, se não creio em Deus da mesma maneira que acreditam, vocês me destroem. É isso o que precisamos compreender: por que vivemos criando inimizade entre nós?

Isso que chamam religião não é uma das causas da inimizade? Tenham a bondade de refletir sobre isso. Não desprezem esta questão. Você se acreditam hinduístas; eu, desde a a infância, ouço dizer que sou muçulmano. Pratico certos rituais que vocês não praticam. Por conseguinte, a crença, os ritos, estão nos dividindo, não é verdade? Vocês são brâmanes; eu não sou. Acreditam num único Salvador — Marx, Jesus, Buda. Se discordo de vocês, me colocarão á margem, darão cabo de mim. 

Como veem, fundamentalmente, um dos fatores da inimizade entre os homens é a "crença", e a crença cria "projeções". Desejo alguma espécie de segurança, na vida; tenho dinheiro, tenho posição; quero, porém, uma segurança maior. Por conseguinte, "projeto" da minha mente o desejo, a ânsia que me impele a buscar a segurança numa "super-ideia", num "super-homem", em "super-visões" ou em "super-conclusões". Crio, pois, em virtude do meu próprio desejo, a ideia de segurança, a ideia da existência ou não-existência de Deus; e minha mente se apega a essa ideia. É, pois, a minha crença que me proporciona o sentimento de segurança, de certeza; digo que ela é minha inspiração; chamo-a "minha", porque estão separados de mim pela crença de vocês. Gradualmente, em consequência de tudo isso, surge a discórdia, o antagonismo; vocês são ingleses e eu sou negro; são capitalistas, eu, comunista. Por conseguinte, a crença, o desejo da mente de se sentir segura, numa conclusão, numa convicção, é uma das causas da inimizade. 

O amor não é coisa da mente. Vocês amam seus filhos? Duvido muito disso; porque, se assim fosse, não haveria guerras. Se os amassem, nunca criariam na mente a divisão entre hinduísta e muçulmano; se os amassem não haveria distinção de subordinados e superiores, etc. etc. Se amassem seus filhos, os ajudariam a se tornarem um ente humano inteligente, livre de condicionamento, e capaz de penetrar, com sua inteligência, todos os condicionamentos da vida. 

A causa da guerra, portanto, não se acha fora de nós, mas em nós. Pregamos a não violência; temos ideias de fraternidade; empregamos muitas palavras inteiramente vazias de significação. O idealista é o pior dos empreiteiros de guerras[...] O homem que prega a fraternidade não é fraternal; por isso mesmo prega a fraternidade. O homem que é fraterno não fala de fraternidade. Quando o home tem o ideal da fraternidade, isso significa que ele ainda não é fraternal, mais o será, futuramente. Criamos uma filosofia de adiamento e um ideal; e, é bem evidente, o homem que prega um ideal, ainda não é o que ele acha que deveria ser. Só ao compreendermos o que somos, de fato, não teoricamente, mas realmente, só ao nos compreendermos haverá a possibilidade de nos libertarmos da inimizade. 

Temos de reconhecer a verdade de que a humanidade está se dividindo por causa de suas teorias, dogmas, princípios e crenças; de que cada um quer realizar algo, tornar-se alguém, neste mundo; e de que esta é a verdadeira causa da guerra, da destruição, da degeneração. Não queremos, porém, olhar de frente esse fato; desejamos segurança econômica; queremos ver alteradas as condições externas, sem operarmos, radicalmente, fundamentalmente, uma transformação em nosso pensar, nos nossos sentimentos. Só quando percebermos esta verdade, haverá a possibilidade de colocarmos uma paradeiro às guerras e de impedirmos que as invenções que se possam tornar pavorosos meios de destruição, produzam mais devastações e mais sofrimentos para a humanidade.

Krishnamurti em, Autoconhecimento — Base da Sabedoria
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"Quando você compreende, quando chega a saber,
então traz toda a beleza do passado de volta
e dá a esse passado o renascimento, renova-o,
de forma que todos os que o conheceram
possam estar de novo sobre a terra
e viajar por aqui, e ajudar as pessoas." (Tilopa)



"Nos momentos tranqüilos da meditação, a vontade de DEUS pode tornar-se evidente para nós. Acalmar a mente, através da meditação, traz uma paz interior que nos põe em contato com DEUS dentro de nós. Uma premissa básica da meditação, é que é difícil, senão impossível, alcançar um contato consciente, à não ser que a mente esteja sossegada. Para que haja um progresso, a comum sucessão ininterrupta de pensamentos tem de parar. Por isso, a nossa prática preliminar será sossegar a mente e deixar os pensamentos que brotam morrerem de morte natural. Deixamos nossos pensamentos para trás, à medida que a meditação do Décimo Primeiro Passo se torna uma realidade para nós. O equilíbrio emocional é um dos primeiros resultados da meditação, e a nossa experiência confirma isso." (11º Passo de NA)


"O Eu Superior pode usar algum evento, alguma pessoa ou algum livro como seu mensageiro. Pode fazer qualquer circunstância nova agir da mesma forma, mas o indivíduo deve ter a capacidade de reconhecer o que está acontecendo e ter a disposição para receber a mensagem". (Paul Brunton)



Observe Krishnamurti, em conversa com David Bohn, apontando para um "processo", um "caminho de transformação", descrevendo suas etapas até o estado de prontificação e a necessária base emocional para a manifestação da Visão Intuitiva, ou como dizemos no paradigma, a Retomada da Perene Consciência Amorosa Integrativa...


Krishnamurti: Estávamos discutindo o que significa para o cérebro não ter movimento. Quando um ser humano ESTEVE SEGUINDO O CAMINHO DA TRANSFORMAÇÃO, e PASSOU por TUDO isso, e esse SENTIDO DE VAZIO, SILÊNCIO E ENERGIA, ele ABANDONOU QUASE TUDO e CHEGOU AO PONTO, à BASE. Como, então, essa VISÃO INTUITIVA afeta a sua vida diária? Qual é o seu relacionamento com a sociedade? Como ele age em relação à guerra, e ao mundo todo — um mundo em que está realmente vivendo e lutando na escuridão? Qual a sua ação? Eu diria, como concordamos no outro dia, que ele é o não-movimento.

David Bohn: Sim, dissemos que a base era movimento SEM DIVISÃO.

K: Sem divisão. Sim, correto. (Capítulo 8 do livro, A ELIMINAÇÃO DO TEMPO PSICOLÓGICO)


A IMPORTÂNCIA DA RENDIÇÃO DIANTE DA MENTE ADQUIRIDA
Até praticar a rendição, a dimensão espiritual de você é algo sobre o que você lê, de que fala, com que fica entusiasmado, tema para escrita de livros, motivo de pensamento, algo em que acredita... ou não, seja qual for o caso. Não faz diferença. Só quando você se render é que a dimensão espiritual se tornará uma realidade viva na sua vida. Quando o fizer, a energia que você emana e que então governa a sua vida é de uma frequência vibratória muito superior à da energia mental que ainda comanda o nosso mundo. Através da rendição, a energia espiritual entra neste mundo. Não gera sofrimento para você, para os outros seres humanos, nem para qualquer forma de vida no planeta. (Eckhart Tolle em , A Prática do Poder do Agora, pág. 118)


O IMPOPULAR DRAMA OUTSIDER — O encontro direto com a Verdade absoluta parece, então, impossível para uma consciência humana comum, não mística. Não podemos conhecer a realidade ou mesmo provar a existência do mais simples objeto, embora isto seja uma limitação que poucas pessoas compreendem realmente e que muitas até negariam. Mas há entre os seres humanos um tipo de personalidade que, esta sim, compreende essa limitação e que não consegue se contentar com as falsas realidades que nutrem o universo das pessoas comuns. Parece que essas pessoas sentem a necessidade de forjar por si mesmas uma imagem de "alguma coisa" ou do "nada" que se encontra no outro lado de suas linhas telegráficas: uma certa "concepção do ser" e uma certa teoria do "conhecimento". Elas são ATORMENTADAS pelo Incognoscível, queimam de desejo de conhecer o princípio primeiro, almejam agarrar aquilo que se esconde atrás do sombrio espetáculo das coisas. Quando alguém possui esse temperamento, é ávido de conhecer a realidade e deve satisfazer essa fome da melhor forma possível, enganando-a, sem contudo jamais poder saciá-la. — Evelyn Underhill