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segunda-feira, 5 de maio de 2014

Diga-me quem é seu mestre e saberei quem és

"ouvir a voz do silêncio é compreender que a única orientação verdadeira vem do interior." Quando você está silencioso, verdadeiramente silencioso — depois que a tormenta passou, quando você entrou espontaneamente, no silêncio — você não o cultivou; ele veio até você, manifestou-se espontaneamente em você — nesse silêncio, você sentirá, compreenderá e saberá que agora a orientação verdadeira é possível a partir do âmago do seu ser. Agora, o mestre, o mestre interior se revelará a você. 

Seu próprio centro mais profundo é o seu mestre verdadeiro. O mestre exterior pode ajudar, mas sua ajuda é fundamentalmente dirigida para a descoberta do mestre interior. E quando o mestre interior é descoberto, não há mais necessidade do mestre exterior. Você tornou-se mestre por direito próprio. 

Mas isso só acontece quando você consegue realizar um total silêncio interior, sem quaisquer pensamentos, sem quaisquer palavras, sem nenhuma imaginação, sem ondulações de qualquer tipo. Quando você tiver compreendido e sentido um silêncio sem ondulações, sem pensamentos, um silêncio imóvel — esse silêncio tornar-se-á seu mestre interior. Agora, a partir desse silêncio, a orientação lhe será dada. 

"Pois, quando o discípulo está pronto, o Mestre também está pronto." Quando você está pronto para receber a orientação interior, a orientação interior surge naturalmente, automaticamente. Mas o discípulo precisa estar pronto. 

O que significa dizer-se que o discípulo está pronto? Significa que ele tornou-se totalmente receptivo, humilde, sem ego, entregue, sem resistência. Quando você não diz nada, mas apenas está receptivo para ouvir, quando não impõe nenhuma teoria a verdade — você está nu, vazio e disposto a permitir que a verdade se revele à sua maneira; você não está, de modo algum, consciente ou inconscientemente, impondo alguma coisa à verdade; você parou de impor; está pronto para ser levado a qualquer parte que a verdade o conduzir — então, você é um discípulo. 

Há uma diferença entre um estudante e um discípulo. O estudante deseja informação. O discípulo não anseia por informação. Sua busca é pelo conhecimento, pela experiência autêntica. Não está interessado no que os outros dizem. Está interessado naquilo que pode sentir. O estudante coletará informação; treinará sua memória. E quanto mais sua memória for treinada, quanto mais informação for acumulada, mais egoísta ele se tornará. O estudante nunca poderá ser humilde, o erudito nunca poderá ser humilde. Sua busca básica é egoísta. 

Uma pessoa acumula riqueza e outra acumula conhecimento. Não há nenhuma diferença. Qualquer acúmulo alimenta o ego. Seja o que for que você acumule — quanto maior a quantidade, mais egoísta você se sentirá. Dessa maneira, um estudante ou um erudito não são discípulos. A própria dimensão é diferente. Um discípulo não está em busca de acumulação; pelo contrário, está disposto a se livrar de todas as acumulações. Se a verdade só se manifesta no vazio, ele está pronto a jogar fora todas as acumulações, todo o conhecimento. 

[...] As pessoas ignorantes sempre afirmam que sabem. Quanto mais ignorantes, mais afirmam que sabem. Isso faz parte da ignorância. Um estudante, um erudito — estão sempre declarando que conhecem. Eles não são discípulos. 

E, lembre-se, se você é um estudante, pode tornar-se um professor, mas nunca um mestre. Somente um discípulo pode tornar-se mestre. Se você é um estudante, um erudito, pode tornar-se um professor — nunca um mestre. Somente um discípulo pode tornar-se mestre. Ser discípulo significa entregar-se sem ego. E uma vez que você se entregou, seu eu mais profundo é revelado a você. Esse é o mestre que está à sua espera. Ele tem estado à sua espera por muitas vidas. 

Em algum momento de entrega, o mestre lhe será revelado. E esse mestre não é uma pessoa. Ele é o seu eu mais profundo, é o seu próprio atman. Desse modo, pode-se realmente dizer: quando você é um discípulo perfeito, tornou-se um mestre. Você não é mais um discípulo. Tendo se tornado um discípulo, você se transforma num mestre.

O S H O — A Nova Alquimia 

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"Quando você compreende, quando chega a saber,
então traz toda a beleza do passado de volta
e dá a esse passado o renascimento, renova-o,
de forma que todos os que o conheceram
possam estar de novo sobre a terra
e viajar por aqui, e ajudar as pessoas." (Tilopa)



"Nos momentos tranqüilos da meditação, a vontade de DEUS pode tornar-se evidente para nós. Acalmar a mente, através da meditação, traz uma paz interior que nos põe em contato com DEUS dentro de nós. Uma premissa básica da meditação, é que é difícil, senão impossível, alcançar um contato consciente, à não ser que a mente esteja sossegada. Para que haja um progresso, a comum sucessão ininterrupta de pensamentos tem de parar. Por isso, a nossa prática preliminar será sossegar a mente e deixar os pensamentos que brotam morrerem de morte natural. Deixamos nossos pensamentos para trás, à medida que a meditação do Décimo Primeiro Passo se torna uma realidade para nós. O equilíbrio emocional é um dos primeiros resultados da meditação, e a nossa experiência confirma isso." (11º Passo de NA)


"O Eu Superior pode usar algum evento, alguma pessoa ou algum livro como seu mensageiro. Pode fazer qualquer circunstância nova agir da mesma forma, mas o indivíduo deve ter a capacidade de reconhecer o que está acontecendo e ter a disposição para receber a mensagem". (Paul Brunton)



Observe Krishnamurti, em conversa com David Bohn, apontando para um "processo", um "caminho de transformação", descrevendo suas etapas até o estado de prontificação e a necessária base emocional para a manifestação da Visão Intuitiva, ou como dizemos no paradigma, a Retomada da Perene Consciência Amorosa Integrativa...


Krishnamurti: Estávamos discutindo o que significa para o cérebro não ter movimento. Quando um ser humano ESTEVE SEGUINDO O CAMINHO DA TRANSFORMAÇÃO, e PASSOU por TUDO isso, e esse SENTIDO DE VAZIO, SILÊNCIO E ENERGIA, ele ABANDONOU QUASE TUDO e CHEGOU AO PONTO, à BASE. Como, então, essa VISÃO INTUITIVA afeta a sua vida diária? Qual é o seu relacionamento com a sociedade? Como ele age em relação à guerra, e ao mundo todo — um mundo em que está realmente vivendo e lutando na escuridão? Qual a sua ação? Eu diria, como concordamos no outro dia, que ele é o não-movimento.

David Bohn: Sim, dissemos que a base era movimento SEM DIVISÃO.

K: Sem divisão. Sim, correto. (Capítulo 8 do livro, A ELIMINAÇÃO DO TEMPO PSICOLÓGICO)


A IMPORTÂNCIA DA RENDIÇÃO DIANTE DA MENTE ADQUIRIDA
Até praticar a rendição, a dimensão espiritual de você é algo sobre o que você lê, de que fala, com que fica entusiasmado, tema para escrita de livros, motivo de pensamento, algo em que acredita... ou não, seja qual for o caso. Não faz diferença. Só quando você se render é que a dimensão espiritual se tornará uma realidade viva na sua vida. Quando o fizer, a energia que você emana e que então governa a sua vida é de uma frequência vibratória muito superior à da energia mental que ainda comanda o nosso mundo. Através da rendição, a energia espiritual entra neste mundo. Não gera sofrimento para você, para os outros seres humanos, nem para qualquer forma de vida no planeta. (Eckhart Tolle em , A Prática do Poder do Agora, pág. 118)


O IMPOPULAR DRAMA OUTSIDER — O encontro direto com a Verdade absoluta parece, então, impossível para uma consciência humana comum, não mística. Não podemos conhecer a realidade ou mesmo provar a existência do mais simples objeto, embora isto seja uma limitação que poucas pessoas compreendem realmente e que muitas até negariam. Mas há entre os seres humanos um tipo de personalidade que, esta sim, compreende essa limitação e que não consegue se contentar com as falsas realidades que nutrem o universo das pessoas comuns. Parece que essas pessoas sentem a necessidade de forjar por si mesmas uma imagem de "alguma coisa" ou do "nada" que se encontra no outro lado de suas linhas telegráficas: uma certa "concepção do ser" e uma certa teoria do "conhecimento". Elas são ATORMENTADAS pelo Incognoscível, queimam de desejo de conhecer o princípio primeiro, almejam agarrar aquilo que se esconde atrás do sombrio espetáculo das coisas. Quando alguém possui esse temperamento, é ávido de conhecer a realidade e deve satisfazer essa fome da melhor forma possível, enganando-a, sem contudo jamais poder saciá-la. — Evelyn Underhill