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sexta-feira, 31 de julho de 2015

A Verdade só pode ser alcançada através da experiência

Somos muitos apenas na periferia; a multiplicidade existe apenas na circunferência. Quanto mais nos movemos em direção ao centro, mais nos movemos em direção ao uno. No centro somos um.

Na periferia, existimos como muitos. Sua personalidade é diferente da personalidade do seu vizinho. Sua individualidade é diferente de todas as demais. Mas seu centro mais profundo não é diferente. Seu centro mais profundo é o centro mais profundo de tudo. Quando você o alcança, alcança o uno.
O mundo todo é apenas a circunferência. O centro — você pode chama-lo de Deus ou pode chama-lo de alma suprema ou do que preferir — mas quando você alcança o seu centro mais profundo do uno, alcança o centro mais profundo de tudo. E aí, nesse uno, todos os segredos estão ocultos. Aí, todos os mistérios podem ser revelados a você.

Você não pode conhecê-lo antes disso. A menos que penetre no templo mais profundo do uno, os mistérios permanecerão mistérios. Você pode criar muitas teorias e filosofias sobre eles, mas não serão de nenhuma utilidade; serão fúteis, insignificantes. Você pode filosofar  à vontade, mas nada pode ser concluído. Isso tem acontecido por muito tempo. Muitos séculos se passaram e os homens estiveram filosofando, criando milhares e milhares de filosofias, teorias e sistemas sem nenhum resultado. Você pode cria-los, mas trata-se de algo mental. Você não conhece.
Você pode imaginar. Pode criar um sistema bastante coerente de pensamentos, mas não será outra coisa senão seus pensamentos, seus sonhos. Os filósofos são criativos, mas criam sonhos, fantasias. Criam sistemas lógicos, apresentam argumentos para defende-los, mas a verdade não pode ser criada através de sistemas lógicos; a verdade não pode ser alcançada por argumentos. Seja o que for que você alcance, será apenas uma hipótese. A verdade só pode ser alcançada através da experiência.

Essa é a diferença entre filosofia e religião. A religião diz que a verdade não é conhecida porque você não é capaz de conhece-la. A menos que você seja totalmente transformado — a menos que se torne um ser diferente, a menos que sua perspectiva mude, que seu modo de ver mude, que seus olhos mudem, que seu coração mude — você não conhecerá a verdade. A verdade não pode ser conhecida através da contemplação; ela só pode ser conhecida através da sua transformação interior.

A contemplação é possível, mas você permanece o mesmo; apenas continua a pensar com a sua cabeça. Você pode criar muitas coisas em sua cabeça. Pode acreditar nelas, mas sabe que são criações suas. A verdade não é uma criação; você não pode cria-la. Pode apenas revela-la, descobri-la — ela está oculta. Os argumentos não serão de nenhuma ajuda. Somente uma autentica viagem para dentro será de alguma utilidade.

A religião é antifilosófica. Ela diz que a filosofia não tem nenhuma utilidade; trata-se apenas de uma ginastica intelectual. Você pode apreciá-la; é um jogo de palavras, de logica, de argumentos, mas não lhe dará nada; você não chegará a parte alguma. Estará apenas sentado em sua cadeira confortável, com os olhos bem fechados, pensando, pensando e pensando. Você pode continuar pensando por muito tempo. Pode pensar coerentemente, consistentemente, mas, mesmo assim, não dará um passo sequer na direção da verdade.

Você pode até mesmo se afastar cada vez mais, porque a verdade não é uma construção mental. Ela já está aí; não é uma construção mental. Ao contrário, por causa de sua ação mental, devido à excessiva atividade de sua mente, a verdade se oculta. Sua mente cria nuvens. Você fica se movendo nas nuvens e o céu se oculta. Disperse as nuvens, disperse os pensamentos, disperse os argumentos, a logica, as filosofias, e subitamente a verdade se revela. Ela sempre esteve aí. A verdade está oculta dentro de você; portanto, você não precisa ir a parte alguma. Não há necessidade de ir para o Himalaia. A única coisa necessária é ir para dentro.

Você existe apenas na periferia, na circunferência. Quanto mais para dentro você se move, menor você se torna. Quando alcança o centro mais profundo, você não existe mais. Num certo sentido, você não existe mais; o velho morreu. Mas, num outro sentido, você existe pela primeira vez, pois agora a realidade mais profunda lhe é revelada, o eterno lhe é revelado. Agora você alcançou aquilo que nunca muda.

Osho


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"Quando você compreende, quando chega a saber,
então traz toda a beleza do passado de volta
e dá a esse passado o renascimento, renova-o,
de forma que todos os que o conheceram
possam estar de novo sobre a terra
e viajar por aqui, e ajudar as pessoas." (Tilopa)



"Nos momentos tranqüilos da meditação, a vontade de DEUS pode tornar-se evidente para nós. Acalmar a mente, através da meditação, traz uma paz interior que nos põe em contato com DEUS dentro de nós. Uma premissa básica da meditação, é que é difícil, senão impossível, alcançar um contato consciente, à não ser que a mente esteja sossegada. Para que haja um progresso, a comum sucessão ininterrupta de pensamentos tem de parar. Por isso, a nossa prática preliminar será sossegar a mente e deixar os pensamentos que brotam morrerem de morte natural. Deixamos nossos pensamentos para trás, à medida que a meditação do Décimo Primeiro Passo se torna uma realidade para nós. O equilíbrio emocional é um dos primeiros resultados da meditação, e a nossa experiência confirma isso." (11º Passo de NA)


"O Eu Superior pode usar algum evento, alguma pessoa ou algum livro como seu mensageiro. Pode fazer qualquer circunstância nova agir da mesma forma, mas o indivíduo deve ter a capacidade de reconhecer o que está acontecendo e ter a disposição para receber a mensagem". (Paul Brunton)



Observe Krishnamurti, em conversa com David Bohn, apontando para um "processo", um "caminho de transformação", descrevendo suas etapas até o estado de prontificação e a necessária base emocional para a manifestação da Visão Intuitiva, ou como dizemos no paradigma, a Retomada da Perene Consciência Amorosa Integrativa...


Krishnamurti: Estávamos discutindo o que significa para o cérebro não ter movimento. Quando um ser humano ESTEVE SEGUINDO O CAMINHO DA TRANSFORMAÇÃO, e PASSOU por TUDO isso, e esse SENTIDO DE VAZIO, SILÊNCIO E ENERGIA, ele ABANDONOU QUASE TUDO e CHEGOU AO PONTO, à BASE. Como, então, essa VISÃO INTUITIVA afeta a sua vida diária? Qual é o seu relacionamento com a sociedade? Como ele age em relação à guerra, e ao mundo todo — um mundo em que está realmente vivendo e lutando na escuridão? Qual a sua ação? Eu diria, como concordamos no outro dia, que ele é o não-movimento.

David Bohn: Sim, dissemos que a base era movimento SEM DIVISÃO.

K: Sem divisão. Sim, correto. (Capítulo 8 do livro, A ELIMINAÇÃO DO TEMPO PSICOLÓGICO)


A IMPORTÂNCIA DA RENDIÇÃO DIANTE DA MENTE ADQUIRIDA
Até praticar a rendição, a dimensão espiritual de você é algo sobre o que você lê, de que fala, com que fica entusiasmado, tema para escrita de livros, motivo de pensamento, algo em que acredita... ou não, seja qual for o caso. Não faz diferença. Só quando você se render é que a dimensão espiritual se tornará uma realidade viva na sua vida. Quando o fizer, a energia que você emana e que então governa a sua vida é de uma frequência vibratória muito superior à da energia mental que ainda comanda o nosso mundo. Através da rendição, a energia espiritual entra neste mundo. Não gera sofrimento para você, para os outros seres humanos, nem para qualquer forma de vida no planeta. (Eckhart Tolle em , A Prática do Poder do Agora, pág. 118)


O IMPOPULAR DRAMA OUTSIDER — O encontro direto com a Verdade absoluta parece, então, impossível para uma consciência humana comum, não mística. Não podemos conhecer a realidade ou mesmo provar a existência do mais simples objeto, embora isto seja uma limitação que poucas pessoas compreendem realmente e que muitas até negariam. Mas há entre os seres humanos um tipo de personalidade que, esta sim, compreende essa limitação e que não consegue se contentar com as falsas realidades que nutrem o universo das pessoas comuns. Parece que essas pessoas sentem a necessidade de forjar por si mesmas uma imagem de "alguma coisa" ou do "nada" que se encontra no outro lado de suas linhas telegráficas: uma certa "concepção do ser" e uma certa teoria do "conhecimento". Elas são ATORMENTADAS pelo Incognoscível, queimam de desejo de conhecer o princípio primeiro, almejam agarrar aquilo que se esconde atrás do sombrio espetáculo das coisas. Quando alguém possui esse temperamento, é ávido de conhecer a realidade e deve satisfazer essa fome da melhor forma possível, enganando-a, sem contudo jamais poder saciá-la. — Evelyn Underhill