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sábado, 18 de julho de 2015

Diálogo sobre a existência de vidas passadas

Pergunta: Quando um homem normal morre, o que acontece com ele?

Maharaj: Segundo sua crença, assim acontece. Como a vida antes da morte é apenas imaginação, assim é a vida depois. O sonho continua. 

P: E o que acontece com o homem realizado?

M: O homem realizado não morre porque ele nunca nasceu. 

P: Ele aparece assim aos outros. 

M: Mas não para si mesmo. Em si mesmo ele é livre das coisas físicas e mentais. 

P: Não obstante, você deve conhecer o estado do homem que morreu. Ao menos de suas próprias vidas passadas. 

M; Até encontrar meu guru, eu sabia muitas coisas. Agora não sei nada, pois todo conhecimento está apenas no sonho e não é válido. CONHEÇO-ME, e não encontro nem vida nem morte em mim, apenas puro ser, não ser isto ou aquilo, mas simplesmente ser. Mas no momento em que a mente, extraindo de seu estoque de memórias, começa a imaginar, preenche o espaço com objetos e o tempo com eventos. Como nem mesmo conheço o nascimento, como posso conhecer nascimentos passados? É a mente que, em movimento, vê tudo se movendo e, tendo criado o tempo, inquieta-se sobre o passado e o futuro. Todo o universo está estabelecido na consciência, a qual surge quando há ordem e harmonia perfeitas. Como as ondas estão no oceano, assim estão todas as coisas físicas e mentais na Consciência. Por conseguinte a própria Consciência é essencial, NÃO SEU CONTEÚDO. Aprofunde e amplie sua Consciência de você mesmo e todas as bençãos fluirão. Não necessita buscar nada, tudo virá naturalmente e sem esforço. os cinco sentidos e as quatro funções da mente — memória, pensamento, compreensão e individualidade —; os cinco elementos da terra — água, fogo, ar e éter —; os dois aspectos de criação — matéria e espírito —, todos estão contidos na Consciência. 

P: Ainda assim, você deve acreditar ter vivido antes. 

M: As escrituras dizem assim, MAS NÃO SEI NADA SOBRE ISTO. CONHEÇO-ME COMO EU SOU; como eu apareço ou aparecerei não está dentro de minha experiência. Não é que não me lembre. É QUE NÃO HÁ NADA PARA LEMBRAR. A reencarnação implica um ser que encarna. NÃO HÁ TAL COISA. O pacote de memórias e esperanças, chamado o "eu", imagina-se existindo eternamente e cria o tempo para acomodar sua falsa eternidade: para ser, eu não necessito de nenhum passado ou futuro. Toda a experiência nasce da imaginação; eu não imagino, assim nenhum nascimento ou morte acontecem para mim. APENAS AQUELES QUE PENSAM QUE NASCERAM PODEM PENSAR EM RENASCER. Você está me acusando de ter nascido: declaro-me inocente!

Tudo existe na Consciência e a Consciência nem morre, nem renasce. É a própria realidade imutável. 

Todo o universo da experiência nasce com o corpo e morre com o corpo; tem seu começo e fim na Consciência, mas a Consciência não conhece nenhum começo nem nenhum fim. Se você pensar cuidadosamente e meditar sobre isto por bastante tempo, você verá a luz da Consciência em toda sua claridade, e o mundo desaparecerá gradualmente de sua visão. É como olhar para uma vareta acesa de incenso; você verá a vareta e a fumaça primeiro; quando você percebe o ponto em brasa, você compreende que ele tem o poder de consumir montanhas de varetas e de encher o universo de fumaça. Atemporalmente, o ser se atualiza sem esgotar suas possibilidades infinitas. Na metáfora da vareta de incenso, a vareta é o corpo e a fumaça é a mente. Enquanto a mente está ocupada com suas contorções, não percebe sua própria fonte. O guru vem e volta sua atenção para a fagulha interior. Por sua própria natureza, a mente está voltada para fora; sempre tende a buscar a fonte das coisas entre as próprias coisas; ser dito que busque a fonte interior é, de alguma maneira, o início de uma nova vida. A Consciência toma lugar da consciência; na consciência há o "eu", que é consciente, enquanto que a Consciência é unificada; a Consciência é consciente de si mesma. O "eu sou" é um pensamento, enquanto que a Consciência não o é; alguém pode ser cônscio de ser consciente, mas não consciente da Consciência. Deus é a totalidade da consciência, mas a consciência está além de tudo: do ser e do não-ser. 

P: Eu comecei com a pergunta sobre a condição de um homem depois da morte. Quando seu corpo é destruído, o que acontece à sua consciência? Ele leva com ele seus sentidos de visão, audição, etc., ou os deixa para trás? E se ele perde seus sentidos, o que acontece à sua consciência? 

M: Os sentidos são meros modos de percepção. Quando os modos mais grosseiros desaparecem, emergem estados mais finos de consciência. 

P: Não há nenhuma transição para a Consciência depois da morte? 

M: Não pode haver nenhuma transição da consciência para a Consciência, porque a Consciência não é uma forma de consciência. A consciência pode apenas tornar-se mais sutil e refinada e é o que acontece depois da morte. Quando os diferentes veículos do homem morrem, os modos de consciência induzidos por eles também se dissipam.

P: Até que apenas reste a inconsciência?

M: veja-se falando da inconsciência como de algo que vai e vem! Quem existe para ser consciente da inconsciência?[...]

Nisargadatta Maharaj 

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"Quando você compreende, quando chega a saber,
então traz toda a beleza do passado de volta
e dá a esse passado o renascimento, renova-o,
de forma que todos os que o conheceram
possam estar de novo sobre a terra
e viajar por aqui, e ajudar as pessoas." (Tilopa)



"Nos momentos tranqüilos da meditação, a vontade de DEUS pode tornar-se evidente para nós. Acalmar a mente, através da meditação, traz uma paz interior que nos põe em contato com DEUS dentro de nós. Uma premissa básica da meditação, é que é difícil, senão impossível, alcançar um contato consciente, à não ser que a mente esteja sossegada. Para que haja um progresso, a comum sucessão ininterrupta de pensamentos tem de parar. Por isso, a nossa prática preliminar será sossegar a mente e deixar os pensamentos que brotam morrerem de morte natural. Deixamos nossos pensamentos para trás, à medida que a meditação do Décimo Primeiro Passo se torna uma realidade para nós. O equilíbrio emocional é um dos primeiros resultados da meditação, e a nossa experiência confirma isso." (11º Passo de NA)


"O Eu Superior pode usar algum evento, alguma pessoa ou algum livro como seu mensageiro. Pode fazer qualquer circunstância nova agir da mesma forma, mas o indivíduo deve ter a capacidade de reconhecer o que está acontecendo e ter a disposição para receber a mensagem". (Paul Brunton)



Observe Krishnamurti, em conversa com David Bohn, apontando para um "processo", um "caminho de transformação", descrevendo suas etapas até o estado de prontificação e a necessária base emocional para a manifestação da Visão Intuitiva, ou como dizemos no paradigma, a Retomada da Perene Consciência Amorosa Integrativa...


Krishnamurti: Estávamos discutindo o que significa para o cérebro não ter movimento. Quando um ser humano ESTEVE SEGUINDO O CAMINHO DA TRANSFORMAÇÃO, e PASSOU por TUDO isso, e esse SENTIDO DE VAZIO, SILÊNCIO E ENERGIA, ele ABANDONOU QUASE TUDO e CHEGOU AO PONTO, à BASE. Como, então, essa VISÃO INTUITIVA afeta a sua vida diária? Qual é o seu relacionamento com a sociedade? Como ele age em relação à guerra, e ao mundo todo — um mundo em que está realmente vivendo e lutando na escuridão? Qual a sua ação? Eu diria, como concordamos no outro dia, que ele é o não-movimento.

David Bohn: Sim, dissemos que a base era movimento SEM DIVISÃO.

K: Sem divisão. Sim, correto. (Capítulo 8 do livro, A ELIMINAÇÃO DO TEMPO PSICOLÓGICO)


A IMPORTÂNCIA DA RENDIÇÃO DIANTE DA MENTE ADQUIRIDA
Até praticar a rendição, a dimensão espiritual de você é algo sobre o que você lê, de que fala, com que fica entusiasmado, tema para escrita de livros, motivo de pensamento, algo em que acredita... ou não, seja qual for o caso. Não faz diferença. Só quando você se render é que a dimensão espiritual se tornará uma realidade viva na sua vida. Quando o fizer, a energia que você emana e que então governa a sua vida é de uma frequência vibratória muito superior à da energia mental que ainda comanda o nosso mundo. Através da rendição, a energia espiritual entra neste mundo. Não gera sofrimento para você, para os outros seres humanos, nem para qualquer forma de vida no planeta. (Eckhart Tolle em , A Prática do Poder do Agora, pág. 118)


O IMPOPULAR DRAMA OUTSIDER — O encontro direto com a Verdade absoluta parece, então, impossível para uma consciência humana comum, não mística. Não podemos conhecer a realidade ou mesmo provar a existência do mais simples objeto, embora isto seja uma limitação que poucas pessoas compreendem realmente e que muitas até negariam. Mas há entre os seres humanos um tipo de personalidade que, esta sim, compreende essa limitação e que não consegue se contentar com as falsas realidades que nutrem o universo das pessoas comuns. Parece que essas pessoas sentem a necessidade de forjar por si mesmas uma imagem de "alguma coisa" ou do "nada" que se encontra no outro lado de suas linhas telegráficas: uma certa "concepção do ser" e uma certa teoria do "conhecimento". Elas são ATORMENTADAS pelo Incognoscível, queimam de desejo de conhecer o princípio primeiro, almejam agarrar aquilo que se esconde atrás do sombrio espetáculo das coisas. Quando alguém possui esse temperamento, é ávido de conhecer a realidade e deve satisfazer essa fome da melhor forma possível, enganando-a, sem contudo jamais poder saciá-la. — Evelyn Underhill