Se você se sente grato por este conteúdo e quiser materializar essa gratidão, em vista de manter a continuidade do mesmo, apoie-nos: https://apoia.se/outsider - informações: outsider44@outlook.com - Visite> Blog: https://observacaopassiva.blogspot.com

Mostrando postagens com marcador saídas do ser. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador saídas do ser. Mostrar todas as postagens

sábado, 2 de agosto de 2014

Lidando com as "saídinhas do ser"

Transcender a dualidade é visão soberana;
dominar abstrações é prática régia.
As abstrações existem; você perderá sua consciência muitas e muitas vezes. Medita, senta-se para a meditação, um pensamento surge e, imediatamente, você se esquece de si mesmo, segue o pensamento, é envolvido por ele. O Tantra diz que há apenas uma coisa a ser dominada — a abstração. 

Como? Só de uma maneira: quando um pensamento vier, conserve-se testemunha. Encare-o, permita que ele passe pelo seu ser, mas não se prenda de forma alguma a ele, a favor ou contra. Pode ser um mau pensamento, um pensamento voltado para matar alguém — não repele-o, não diga: este é um mau pensamento. No momento em que você diz alguma coisa sobre um pensamento, você se liga a ele e cai na abstração. Aquele pensamento pode levar-lhe a muitas coisas, de um pensamento a outro. Um bom pensamento vem, um pensamento compassivo; não diga: "Oh! Que lindo! Sou um grande santo. Tão belos pensamentos estão surgindo que eu gostaria de dar a salvação ao mundo inteiro. Gostaria de libertar toda a gente." Não diga isso. Bom ou mau, conserve-se com uma testemunha.

Mesmo assim, a princípio, muitas vezes você se distrairá. Então, o que fazer? Se você está absorto, seja absorto. Não se preocupe demais com isso, quando não, essa preocupação se tornará obsessiva. Seja distraído! Por alguns minutos você permanecerá absorto e, então, subitamente, recordará: "estou distraído" e estará de volta. Não se sinta deprimido. Não diga "não está certo que me distraía", pois estará novamente criando o dualismo: mau e bom. Distraído? Pois está bem, aceite isso e volta. Mesmo com a distração, não crie um conflito

Isso é o que Krishnamurti vem dizendo sempre. Usa, para tanto, um conceito paradoxal. Diz que, se você está desatento, deve ser atentamente desatento. Isso é certo! De repente você descobre que esteve desatento, dá atenção a isso e retorna ao ponto de partida. Krishnamurti não tem sido compreendido pelo fato de seguir o Caminho Régio. Se ele fosse um iogue, seria compreendido muito facilmente. Por isso diz, constantemente, que não há método: no Caminho Régio não há método. Insiste em dizer que não há técnica. Insiste em dizer que escritura alguma lhe ajudará: no Caminho Régio não há escritura. 

Absorto? No momento em que recordar, no momento em que prestar atenção e descobrir que esteve distraído, retorne! Isso é tudo! Não crie conflito algum. Não diga que foi mau, não se sinta deprimido, frustrado, por haver novamente se distraído. Nada há de errado na distração — goze também isso. 

Se você puder gozar a abstração, ela lhe acontecerá cada vez menos. E um dia virá em que não haverá abstração — mas não será uma vitória. Você não recalcou os fios da distração da sua mente para a profundeza do inconsciente. Não. Você permitiu que eles viessem. Também eles são bons. 

Esta é a maneira de ser do Tantra, que diz que tudo é bom e sagrado. Mesmo que haja abstração, distração, de certa forma ela é necessária. Você pode não ter consciência do porque dessa necessidade, entretanto ela existe. Se você puder se sentir bem com tudo o que acontece, só então está seguindo o Caminho Régio. Se começa a combater o que quer que seja, é porque saiu do Caminho Régio e se tornou um soldado comum, um guerreiro. 
Compreender a dualidade é visão soberana;
dominar abstrações é prática régia;
a trilha da não-prática é o caminho de todos os Budas.
 
O S H O — Tantra: a Suprema Compreensão

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...
"Quando você compreende, quando chega a saber,
então traz toda a beleza do passado de volta
e dá a esse passado o renascimento, renova-o,
de forma que todos os que o conheceram
possam estar de novo sobre a terra
e viajar por aqui, e ajudar as pessoas." (Tilopa)



"Nos momentos tranqüilos da meditação, a vontade de DEUS pode tornar-se evidente para nós. Acalmar a mente, através da meditação, traz uma paz interior que nos põe em contato com DEUS dentro de nós. Uma premissa básica da meditação, é que é difícil, senão impossível, alcançar um contato consciente, à não ser que a mente esteja sossegada. Para que haja um progresso, a comum sucessão ininterrupta de pensamentos tem de parar. Por isso, a nossa prática preliminar será sossegar a mente e deixar os pensamentos que brotam morrerem de morte natural. Deixamos nossos pensamentos para trás, à medida que a meditação do Décimo Primeiro Passo se torna uma realidade para nós. O equilíbrio emocional é um dos primeiros resultados da meditação, e a nossa experiência confirma isso." (11º Passo de NA)


"O Eu Superior pode usar algum evento, alguma pessoa ou algum livro como seu mensageiro. Pode fazer qualquer circunstância nova agir da mesma forma, mas o indivíduo deve ter a capacidade de reconhecer o que está acontecendo e ter a disposição para receber a mensagem". (Paul Brunton)



Observe Krishnamurti, em conversa com David Bohn, apontando para um "processo", um "caminho de transformação", descrevendo suas etapas até o estado de prontificação e a necessária base emocional para a manifestação da Visão Intuitiva, ou como dizemos no paradigma, a Retomada da Perene Consciência Amorosa Integrativa...


Krishnamurti: Estávamos discutindo o que significa para o cérebro não ter movimento. Quando um ser humano ESTEVE SEGUINDO O CAMINHO DA TRANSFORMAÇÃO, e PASSOU por TUDO isso, e esse SENTIDO DE VAZIO, SILÊNCIO E ENERGIA, ele ABANDONOU QUASE TUDO e CHEGOU AO PONTO, à BASE. Como, então, essa VISÃO INTUITIVA afeta a sua vida diária? Qual é o seu relacionamento com a sociedade? Como ele age em relação à guerra, e ao mundo todo — um mundo em que está realmente vivendo e lutando na escuridão? Qual a sua ação? Eu diria, como concordamos no outro dia, que ele é o não-movimento.

David Bohn: Sim, dissemos que a base era movimento SEM DIVISÃO.

K: Sem divisão. Sim, correto. (Capítulo 8 do livro, A ELIMINAÇÃO DO TEMPO PSICOLÓGICO)


A IMPORTÂNCIA DA RENDIÇÃO DIANTE DA MENTE ADQUIRIDA
Até praticar a rendição, a dimensão espiritual de você é algo sobre o que você lê, de que fala, com que fica entusiasmado, tema para escrita de livros, motivo de pensamento, algo em que acredita... ou não, seja qual for o caso. Não faz diferença. Só quando você se render é que a dimensão espiritual se tornará uma realidade viva na sua vida. Quando o fizer, a energia que você emana e que então governa a sua vida é de uma frequência vibratória muito superior à da energia mental que ainda comanda o nosso mundo. Através da rendição, a energia espiritual entra neste mundo. Não gera sofrimento para você, para os outros seres humanos, nem para qualquer forma de vida no planeta. (Eckhart Tolle em , A Prática do Poder do Agora, pág. 118)


O IMPOPULAR DRAMA OUTSIDER — O encontro direto com a Verdade absoluta parece, então, impossível para uma consciência humana comum, não mística. Não podemos conhecer a realidade ou mesmo provar a existência do mais simples objeto, embora isto seja uma limitação que poucas pessoas compreendem realmente e que muitas até negariam. Mas há entre os seres humanos um tipo de personalidade que, esta sim, compreende essa limitação e que não consegue se contentar com as falsas realidades que nutrem o universo das pessoas comuns. Parece que essas pessoas sentem a necessidade de forjar por si mesmas uma imagem de "alguma coisa" ou do "nada" que se encontra no outro lado de suas linhas telegráficas: uma certa "concepção do ser" e uma certa teoria do "conhecimento". Elas são ATORMENTADAS pelo Incognoscível, queimam de desejo de conhecer o princípio primeiro, almejam agarrar aquilo que se esconde atrás do sombrio espetáculo das coisas. Quando alguém possui esse temperamento, é ávido de conhecer a realidade e deve satisfazer essa fome da melhor forma possível, enganando-a, sem contudo jamais poder saciá-la. — Evelyn Underhill