A tribo Maori, que vive no leste da Nova Zelândia, acredita ser descendente de Paikea, o domador de baleias. Segundo a lenda, há milhares de anos a canoa de Paikea virou em cima de uma baleia e ele, cavalgando-a, liderou seu povo até um local para viver. A tradição da tribo Maori diz que o primeiro filho do chefe da tribo seria considerado descendente de Paikea e líder espiritual do povo. Porém, após a morte do atual líder, quem assume o posto é sua irmã, Pai (Keisha Castle-Hughes), uma garota de apenas 11 anos. Apesar de ser corajosa e amada por todos, Pai precisa ainda enfrentar a resistência de seu avô, Koro (Rawiri Paratene), que insiste na manutenção da antiga tradição de que o chefe da tribo deve ser um homem.
Este filme retrata, talvez, como nenhum outro, as três fases para a instalação de um novo paradigma: desprezo, retalhação e aceitação devidamente incorporada; apresenta também a realidade do ostracismo, vivida por aquele que recebeu a "benção" de tal "derrame de percepção". Filme essencial para a compreensão de como a rede do pensamento condicionado, por meio da tradição, sempre limita a possibilidade de estados alterados e qualitativos de consciência. Nele você poderá perceber nitidamente a ação salutar, porém dolorosa, daquilo que convencionamos chamar de "chute psíquico", que no campo da abordagem para tratamento de dependentes químicos é conhecido como "intervenção orientada". Um filme de uma sensibilidade incomum!
Título no Brasil: Encantadora de Baleias
Título Original: Whale Rider
País de Origem: Nova Zelândia / Alemanha
Gênero: Drama
Tempo de Duração: 101 minutos
Ano de Lançamento: 2003
Estúdio/Distrib.: Imagem Filmes
Direção: Niki Caro
UMA EXPERIÊNCIA DO CHUTE PSÍQUICO COLETIVO