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quarta-feira, 6 de junho de 2012

Prática da Calorosa e Amorosa Presença

E.R.: Fala, véio... Está ocupado?
N.J.: Fala irmão, beleza?
E.R.: Na paz. Está ocupado aí?
N.J.: Isso é ótimo. Não, estou Deusocupado.
E.R.: Legal! E o satsang* presencial, foi legal?
N.J.: 10 x 10 x 1000
E.R.: Legal! Muito bom! Me fala uma coisa...
N.J.: Diga!
E.R.: Antes e depois desse encontro com o M. mudou alguma coisa? Aconteceu algo que você não previa? Algo novo? Ou está tudo normal como antes?
N.J.: Antes de mais nada: M. foi só um instrumento; isso precisa ficar claro. O importante é a mensagem e não o carteiro que a trás. Está claro?
E.R.: Sim! Concordo.
N.J.: Ok! Acho que muito antes do contato com ele, algo já estava em andamento dentro de mim. O encontro com o Ser através de um organismo "prontificado" (M.) foi a precipitação, o fermento que possibilitou a bem-aventurança. Tudo mudou e nada mudou!
E.R.: Entendi!
N.J.: O mundo continua o mesmo, mas meu olhar mudou, meu sentir se instalou. Eu vivia na mente, agora, estou no coração. Sinto que uma Presença se instalou.
E.R.: Legal! Isso é maravilhoso!
N.J.: Creio que todo trabalho anterior visando o estado de prontificação para a ocorrência do terreno propício para a ação descondicionante, preparou o ambiente interno para este evento. Sinto que não estou pronto, estou vivenciando um processo, sinto as coisas ocorrendo, mas, na paz.
E.R.: Daqui pra frente, então, só tranquilidade e paz... Que bom isso!
N.J.: Na tranqüilidade, sempre em estado conscinte.
E.R.: Legal!
N.J.: Agora, há um trabalho de vigia, de manutenção deste estado, numa atenção quanto as tentativas da mente assumir o domínio novamente.
E.R.: Legal.
N.J.: É preciso atenção, pois os impulsos para isso vêm de todos os lados; iscas é que não falta; só que agora, há algo aqui no centro do peito, algo que não sentia antes. Agora há um centro onde posso repousar a mente, os sentidos, o olhar... Há uma Presença Calorosa, Amorosa, Presença que acarreta um estado de Unidade Interna, algo nunca sentido antes. Há uma dedicação nova em manter uma atenção, manter um contato consciente, momento a momento, com esta Presença. O interessante, é que a necessidade de ler, sumiu; posso até ler por gosto, mas não mais como fuga diante do desespero. A necessidade de assistir filmes, procurando por respostas, sumiu. A necessidade de pesquisar sites e blogs, sumiu. A necessidade de evitar pessoas e lugares, sumiu. Tudo parece absurdamente novo.
E.R.: Legal!
N.J.: A pressa, sumiu, a resistência, sumiu, a necessidade de dar a última palavra, sumiu, a necessidade de estar sempre com a razão, sumiu... Aquela seriedade ácida, sumiu; a disputa por conhecimento, sumiu...
E.R.: Eita! Muito bom. Então, você está na paz! Está tranqüilo!
N.J.: Sinto que tudo isso só pode ser mantido, se mantido for este contato consciente com esta Presença. Quando esta consciência desta Presença se torna fraca, forte se torna as investidas mentais para a re-identificação com o passado modo de ser. Mas, há agora, um "despertador interno", tipo um splinker da alma, que dispara quando percebe que o contato está ficando fraco. Instala-se de modo natural uma profunda necessidade de silêncio. Há uma visão imediata e muito mais criativa.
E.R.: Sim.
N.J.: Há um Espaço entre os pensamentos; eles não sumiram, mas estão espaçados e sem a antiga violência. Os pensamentos agora são mais referentes a isto que está acontecendo, em como compartilhar... A criatividade explodiu feito milho em óleo quente... É pipoca cósmica para todo lado... Uns se deliciam com elas, outros satirizam, outros rejeitam, poucos hostilizam; menor ainda é a quantidade de pessoas que estão prontos para "intuir em si" isso que estou tentando compartilhar. Mas, não me importo se aceitem ou não; o lance, a alegria, está no ato de tornar disponível ao outro, numa espécie de "pegue e faça você mesmo". Sinta-se à vontade para desfrutar, ou então, seguir com sua vida presa nas garras deste John Mclane, o ego duro de matar... A escolha é do freguês, não sou mais responsável por consertar o mundo. No entanto, posso compartilhar do que vejo agora, sempre aberto para novos olhares mais aprofundados, com a mão aberta, sem me agarrar a nada... É isso que está rolando... Isso e mais um pouco que as palavras não alcançam.
E.R.: hum...
N.J.: Outro fator importantíssimo... Estou muito sensível a energia do outro, mesmo pela tela do computador... Isso parece loucura, mas, bastam duas ou três palavras e já pesco logo o espírito que movimento sua fala.
E.R.: rsrs... Que legal! Isso é fantástico, é maravilhoso!
N.J.: Sim! Se vejo que ali tem espaço para troca nutritiva, vamos juntos... Caso contrário, vou para o silêncio, não o silêncio rancoroso de outrora... Isso é muito simples, muito simples... Nada de desperdiçar a lenha... A lenha, agora, é para acender este Fogo, este Fogo do Ser e não para atacar o outro... Você não bate em sonambulo, bate?... Também não impeço seus tropeços; quem sabe, acorde! Pescou? Minha responsabilidade agora é a de levar a lenha, e o Ser traz o fogo que está queimando todas as impurezas da mente... Sinto isso como um processo de cura... Também sinto que se instalou, uma nova capacidade de exercitar um "olhar relâmpago", um "desidentidicado inventariar relâmpago" diante dos pensamentos, sentimentos e emoções"... Nesse olhar, não sobra tempo e espaço para a identificação. Isso é uma benção, uma benção qualitativa. Textos, poemas, idéias de arte e fotografia, explodem sem o mínimo esforço... A criatividade me tira da cama de madrugada, por várias vezes, sempre por volta das 4:00h da manhã.
E.R.: Entendi!
N.J.: Sem querer ser místico, mas é a única forma que acho para falar sobre isso... parece que abriu-se um Portal, podemos dizer assim... Sinto que o fator primordial para que isso acontecesse foi estar me sentindo totalmente impotente diante da solução do meu tédio, da minha insatisfação, mediante a ação do pensamento condicionado, mediante a ação da mente. Cheguei num instante em que senti que não tinha mais onde ir, o que ler, ou o que assistir. Estava me sentido totalmente impotente para conseguir uma mudança em minha vida que a tornasse significativa através da observação da mente. Sentia no mais fundo de meu ser, a necessidade de algo além mente.
E.R.: hum.
N.J.: Na observação, me sentia como um cachorro correndo atrás do próprio rabo... Eu perseguia um pensamento, quando ele estava quase findando, vinha com outros sete pela porta dos fundos e pelas janelas laterais... Pescou?
E.R.: Sim!
N.J.: Cheguei num ponto de exaustão. Foi quando encontrei o M., e, com poucas palavras suas, ou com poucas palavras manifestas através dele, me rendi. Quando me rendi, quando soltei o controle, algo aconteceu... E dai pra frente, você pode conferir nos textos do blog.
E.R.: Legal, muito bom, maravilhoso!
N.J.: É como se a visão, o estado de ser, passasse da digital para o 6D...
E.R.: Quero te agradecer também pelo seu trabalho e pela força que você tem dado. Você anda conosco nisso e eu fico muito grato pelo seu trabalho aí junto com o M.
N.J.: Cara, como não posso fazer isso? Como não tentar facilitar que outros bebam disso? De que jeito? Isso não pode ser retido! Isso precisa ser manifesto, compartilhado!
E.R.: É verdade, concordo com você!
N.J.: Estou dando de graça, o que me foi dado pela ação da Graça! Sinto que quanto mais faço, mais me abro para que isto me derreta por inteiro... Para que isto dissolva qualquer achismo, qualquer ranso mental, qualquer ranso de resistência, qualquer entrave de disputas egóicas, de disputas imaturas de conhecimento livresco, ou de conhecimento institucionalizado... Quanto mais faço, mais observo,  mais absorvo; quanto mais observo, mais me absolvo e me dissolvo... Isso está me levando a um processo de dissolver e, nesse dissolver, isso está me deixando muito leve, leve, livre e solto.
E.R.: Muito bom!
N.J.: Não há preocupações... Isso é fantástico... Nada de mundo da lua, tudo muito pé no chão, pé no chão e a mente no coração. Bem, agora preciso ir buscar a Deca no Metrô. Você vai para o Satsang de hoje a noite?
E.R.: Estarei sim.
N.J.: Nem preciso dizer que nosso bate-papo vai pro Blog...
E.R.: Abraços, irmão! É isso aí, valeu!
N.J.: Um abração e um chute búdico nas canelas!
E.R.: rsrs, legal! Valeu
N.J.: Fui

Conversa com um Confrade Desperto pelo MSN
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"Quando você compreende, quando chega a saber,
então traz toda a beleza do passado de volta
e dá a esse passado o renascimento, renova-o,
de forma que todos os que o conheceram
possam estar de novo sobre a terra
e viajar por aqui, e ajudar as pessoas." (Tilopa)



"Nos momentos tranqüilos da meditação, a vontade de DEUS pode tornar-se evidente para nós. Acalmar a mente, através da meditação, traz uma paz interior que nos põe em contato com DEUS dentro de nós. Uma premissa básica da meditação, é que é difícil, senão impossível, alcançar um contato consciente, à não ser que a mente esteja sossegada. Para que haja um progresso, a comum sucessão ininterrupta de pensamentos tem de parar. Por isso, a nossa prática preliminar será sossegar a mente e deixar os pensamentos que brotam morrerem de morte natural. Deixamos nossos pensamentos para trás, à medida que a meditação do Décimo Primeiro Passo se torna uma realidade para nós. O equilíbrio emocional é um dos primeiros resultados da meditação, e a nossa experiência confirma isso." (11º Passo de NA)


"O Eu Superior pode usar algum evento, alguma pessoa ou algum livro como seu mensageiro. Pode fazer qualquer circunstância nova agir da mesma forma, mas o indivíduo deve ter a capacidade de reconhecer o que está acontecendo e ter a disposição para receber a mensagem". (Paul Brunton)



Observe Krishnamurti, em conversa com David Bohn, apontando para um "processo", um "caminho de transformação", descrevendo suas etapas até o estado de prontificação e a necessária base emocional para a manifestação da Visão Intuitiva, ou como dizemos no paradigma, a Retomada da Perene Consciência Amorosa Integrativa...


Krishnamurti: Estávamos discutindo o que significa para o cérebro não ter movimento. Quando um ser humano ESTEVE SEGUINDO O CAMINHO DA TRANSFORMAÇÃO, e PASSOU por TUDO isso, e esse SENTIDO DE VAZIO, SILÊNCIO E ENERGIA, ele ABANDONOU QUASE TUDO e CHEGOU AO PONTO, à BASE. Como, então, essa VISÃO INTUITIVA afeta a sua vida diária? Qual é o seu relacionamento com a sociedade? Como ele age em relação à guerra, e ao mundo todo — um mundo em que está realmente vivendo e lutando na escuridão? Qual a sua ação? Eu diria, como concordamos no outro dia, que ele é o não-movimento.

David Bohn: Sim, dissemos que a base era movimento SEM DIVISÃO.

K: Sem divisão. Sim, correto. (Capítulo 8 do livro, A ELIMINAÇÃO DO TEMPO PSICOLÓGICO)


A IMPORTÂNCIA DA RENDIÇÃO DIANTE DA MENTE ADQUIRIDA
Até praticar a rendição, a dimensão espiritual de você é algo sobre o que você lê, de que fala, com que fica entusiasmado, tema para escrita de livros, motivo de pensamento, algo em que acredita... ou não, seja qual for o caso. Não faz diferença. Só quando você se render é que a dimensão espiritual se tornará uma realidade viva na sua vida. Quando o fizer, a energia que você emana e que então governa a sua vida é de uma frequência vibratória muito superior à da energia mental que ainda comanda o nosso mundo. Através da rendição, a energia espiritual entra neste mundo. Não gera sofrimento para você, para os outros seres humanos, nem para qualquer forma de vida no planeta. (Eckhart Tolle em , A Prática do Poder do Agora, pág. 118)


O IMPOPULAR DRAMA OUTSIDER — O encontro direto com a Verdade absoluta parece, então, impossível para uma consciência humana comum, não mística. Não podemos conhecer a realidade ou mesmo provar a existência do mais simples objeto, embora isto seja uma limitação que poucas pessoas compreendem realmente e que muitas até negariam. Mas há entre os seres humanos um tipo de personalidade que, esta sim, compreende essa limitação e que não consegue se contentar com as falsas realidades que nutrem o universo das pessoas comuns. Parece que essas pessoas sentem a necessidade de forjar por si mesmas uma imagem de "alguma coisa" ou do "nada" que se encontra no outro lado de suas linhas telegráficas: uma certa "concepção do ser" e uma certa teoria do "conhecimento". Elas são ATORMENTADAS pelo Incognoscível, queimam de desejo de conhecer o princípio primeiro, almejam agarrar aquilo que se esconde atrás do sombrio espetáculo das coisas. Quando alguém possui esse temperamento, é ávido de conhecer a realidade e deve satisfazer essa fome da melhor forma possível, enganando-a, sem contudo jamais poder saciá-la. — Evelyn Underhill