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sábado, 9 de junho de 2012

Uma mente brilhante é uma mente silenciosa

"É somente nas misteriosas equações do amor, que alguma lógica real pode ser encontrada...
Nem sempre foi fácil ter uma mente brilhante, mas isso me deu um presente...
que foi descobrir um brilhante coração. - Fala do Filme: Uma Mente Brilhante,"
Nossa mente, tal qual "pensamos" vivenciá-la agora, é como um mecânico, acelerado e desgastado aparelho "3D", processador de minuciosas imagens e conflituosa soronidade, as quais são sempre projetadas em forma de conjecturas, de modo contínuo e inconsciente, na ilusória tela de plasma do "tempo psicológico", tendo por repetido enredo e elenco a carga das experiências de nosso passado morto, estas, armazenadas na memória, a qual foi convencionada como fundo psicológico, background ou se preferir, "quarto escuro de projeção". O interessante é notar que, este mecânico e desgastado aparelho — "natureza exata" e fator "X" de intermináveis, dolorososos e separatistas conflitos —, aparelho este que para facilitar a comunicação e compreensão de seu funcionamento, por agora chamaremos de "MP3" — um modo cômico de simbolizar a ilusória "mente parasita trifásica, passado/presente/futuro" — que, na turva tela do tempo psicológico, projeta seu infectuoso conteúdo, sem ao menos solicitar a participação da "Consciência que somos", tornando assim impossível o uso inteligente, amoroso e criativamente responsável de suas teclas "play" e "Off"; teclas estas que só passamos a usá-las, quando desperta na Consciência que somos, pela prática consciente da reparação e meditação, momento à momento, na vida de relação, aquilo que convencionamos chamar de "observador e coisa observada".

Para que possa cessar o conflito natural das falas e imagens de nosso "MP3 mental", há que ocorrer a absolvição, tanto do observador como da coisa observada, e em última análise, tal absolvição só pode se manifestar quando ocorre a luz instântanea da observação sem escolhas — acontecimento esse fora da ação do desejo e da disfuncional tridimensionalidade temporal —, o qual convencionamos chamar de "Percepção Pura", "Despertar da Inteligência Amorosa Criativa" e "Insight".  Só por meio da percepção pura é que a mente passa a ser puro espaço, vazio fecundo, imaculado silêncio, passando assim a cunprir seu devido papel que é a de ser uma servidora de confiança da Consciência Amorosa que somos, não tendo assim, mais poderes para nos governar e, como resultado, a revelação de um estado de ser dotado de unidade interna, bem estar comum, autonomia, autosuficiência psicológica/ emocional, o que em outras palavras, podemos chamar de amor/compaixão. Esse brilhante estado de silêncio mental é o que chamamos de "Mente Religiosa".

Outsider44


Sugestão de filme para estudo:
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"Quando você compreende, quando chega a saber,
então traz toda a beleza do passado de volta
e dá a esse passado o renascimento, renova-o,
de forma que todos os que o conheceram
possam estar de novo sobre a terra
e viajar por aqui, e ajudar as pessoas." (Tilopa)



"Nos momentos tranqüilos da meditação, a vontade de DEUS pode tornar-se evidente para nós. Acalmar a mente, através da meditação, traz uma paz interior que nos põe em contato com DEUS dentro de nós. Uma premissa básica da meditação, é que é difícil, senão impossível, alcançar um contato consciente, à não ser que a mente esteja sossegada. Para que haja um progresso, a comum sucessão ininterrupta de pensamentos tem de parar. Por isso, a nossa prática preliminar será sossegar a mente e deixar os pensamentos que brotam morrerem de morte natural. Deixamos nossos pensamentos para trás, à medida que a meditação do Décimo Primeiro Passo se torna uma realidade para nós. O equilíbrio emocional é um dos primeiros resultados da meditação, e a nossa experiência confirma isso." (11º Passo de NA)


"O Eu Superior pode usar algum evento, alguma pessoa ou algum livro como seu mensageiro. Pode fazer qualquer circunstância nova agir da mesma forma, mas o indivíduo deve ter a capacidade de reconhecer o que está acontecendo e ter a disposição para receber a mensagem". (Paul Brunton)



Observe Krishnamurti, em conversa com David Bohn, apontando para um "processo", um "caminho de transformação", descrevendo suas etapas até o estado de prontificação e a necessária base emocional para a manifestação da Visão Intuitiva, ou como dizemos no paradigma, a Retomada da Perene Consciência Amorosa Integrativa...


Krishnamurti: Estávamos discutindo o que significa para o cérebro não ter movimento. Quando um ser humano ESTEVE SEGUINDO O CAMINHO DA TRANSFORMAÇÃO, e PASSOU por TUDO isso, e esse SENTIDO DE VAZIO, SILÊNCIO E ENERGIA, ele ABANDONOU QUASE TUDO e CHEGOU AO PONTO, à BASE. Como, então, essa VISÃO INTUITIVA afeta a sua vida diária? Qual é o seu relacionamento com a sociedade? Como ele age em relação à guerra, e ao mundo todo — um mundo em que está realmente vivendo e lutando na escuridão? Qual a sua ação? Eu diria, como concordamos no outro dia, que ele é o não-movimento.

David Bohn: Sim, dissemos que a base era movimento SEM DIVISÃO.

K: Sem divisão. Sim, correto. (Capítulo 8 do livro, A ELIMINAÇÃO DO TEMPO PSICOLÓGICO)


A IMPORTÂNCIA DA RENDIÇÃO DIANTE DA MENTE ADQUIRIDA
Até praticar a rendição, a dimensão espiritual de você é algo sobre o que você lê, de que fala, com que fica entusiasmado, tema para escrita de livros, motivo de pensamento, algo em que acredita... ou não, seja qual for o caso. Não faz diferença. Só quando você se render é que a dimensão espiritual se tornará uma realidade viva na sua vida. Quando o fizer, a energia que você emana e que então governa a sua vida é de uma frequência vibratória muito superior à da energia mental que ainda comanda o nosso mundo. Através da rendição, a energia espiritual entra neste mundo. Não gera sofrimento para você, para os outros seres humanos, nem para qualquer forma de vida no planeta. (Eckhart Tolle em , A Prática do Poder do Agora, pág. 118)


O IMPOPULAR DRAMA OUTSIDER — O encontro direto com a Verdade absoluta parece, então, impossível para uma consciência humana comum, não mística. Não podemos conhecer a realidade ou mesmo provar a existência do mais simples objeto, embora isto seja uma limitação que poucas pessoas compreendem realmente e que muitas até negariam. Mas há entre os seres humanos um tipo de personalidade que, esta sim, compreende essa limitação e que não consegue se contentar com as falsas realidades que nutrem o universo das pessoas comuns. Parece que essas pessoas sentem a necessidade de forjar por si mesmas uma imagem de "alguma coisa" ou do "nada" que se encontra no outro lado de suas linhas telegráficas: uma certa "concepção do ser" e uma certa teoria do "conhecimento". Elas são ATORMENTADAS pelo Incognoscível, queimam de desejo de conhecer o princípio primeiro, almejam agarrar aquilo que se esconde atrás do sombrio espetáculo das coisas. Quando alguém possui esse temperamento, é ávido de conhecer a realidade e deve satisfazer essa fome da melhor forma possível, enganando-a, sem contudo jamais poder saciá-la. — Evelyn Underhill