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quarta-feira, 17 de junho de 2020

Carecemos de criativa e integrativa lucidez.

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Out: Estamos percebendo a estrutura, que sempre esteve aí, funcionando sempre nesse mesmo modo: inadequação, falta de sentido e de comunhão com a vida, em qualquer forma de manifestação.

F.: Out, isso é o que está sendo visto aqui. Não tem como negar, nem como não ver.

Out: Isso ocorre não só com você, mas com o resto da humanidade.

F.: Entendi, hoje é bem claro que é isso.

Out: a diferença é que você está vendo e se permitindo SENTIR.

F.: Melancolia é o que é visto e sentido

A.: Sem espontaneidade

Out: Tudo o que fazemos (fora o que é para a real sustentação do corpo), nada mais é do que uma forma de fuga de si mesmo, através de atividades não essenciais. Não conseguimos sentar e, apenas, SER... pois a inquietude não deixa.

F.: sem fuga.

Out: Por causa da constante inquietude, inventamos o que comprar, o que fazer, o que consumir, o que assistir, com quem conversar... tudo, menos, sentar e ser com a inquietude; vamos tentando dar sentido a um modo de ser que é percebido sem sentido, pelo fato de não ser holisticamente sentido.

F.: Eu vejo que o processo permitiu isso: nos deixar com a inquietude. Já não conseguimos mais ler nem assistir nada.

C.: Sim

Out: Não é que não conseguimos... É que não faz mais sentido.

F.: Não faz. mas, não vejo que há o que fazer. Sinceramente, não encontro uma atividade que permita algo de novo; não saímos mais fazendo por fazer.

Out: Chega-se num ponto, em que precisa ocorrer “algo além” do observador.

F.: Tudo se mostra mais do mesmo, portanto, não dá!

Out: Precisamos de uma percepção além do condicionado percebedor, pois é percebido que toda percepção é sempre limitada aos nossos condicionamentos.

F.: É o que é, vero!

Out: Precisamos de algo fora do eu, ou dos “eus” (D-eus); a vinda do que é chamado de “espírito santo” (não adulterado).

F.: Você tem razão e, no momento, temos que ficar com o que se tem.

Out: Precisamos do que chamam e “a salva-ação”, ou seja, a revelação daquilo que tira a ação, da antiga ação que, em última análise, é uma forma de escapismo; algo que coloque a ação em seu real propósito de ser. Fora disso, toda ação não é ação, mas sim, reação; e como já vimos, toda reação é uma ação em ré, portanto, só cristaliza o viver na limitação e na inquietude.

F.: fundo de medo, ansiedade e inquietude; o sentimento gira nisso.

Out: Portanto, sem o que chamamos de "integrativa percepção libertária", permanecemos adictos de um inquietante e incompleto modo de perceber a realidade, atividades, acontecimentos e relações.

F.: A percepção de que o medo toma grande parte.

Out: O medo se dá pela estrutura estar vendo ameaçado, tudo aquilo que ela construiu, de inconsciente e inconsequente, para se proteger, para se autoafirmar como realidade.

F.: isso: autoproteção da imagem.

Out: Mas qualquer coisa feita pela estrutura, neste momento, é outra forma de proteção para se autoafirmar, para se proteger, para se assegurar.

F.: Isso está muito claro, assim como de que não há o que fazer!

Out: só a integrativa percepção libertária, tem o PODER SUPERIOR de tornar nova todas as coisas.

F.: Interessante: nem morrer sou capaz!

Out: O querer morrer, é uma forma de querer se autoafirmar em outro mundo.

F.: Isso está bem claro também: nem morrer para a estrutura.

Out: Isso é a própria estrutura querendo se autoafirmar em algo que ela projeta não ser ela mesma. Isto é XEQUE-MATE!

F.: É!

Out: Vamos subir dois filmes hoje, que mostram bem essa questão. Nossa educação fez de nós seres psicologicamente dependentes, calculistas, separatistas e usuários. Isso fez sentido durante um tempo, e agora, com o esclarecimento de que isso é um modo insano de viver, não faz mais. No entanto, carecemos de LUCIDEZ isenta do cálculo autocentrado e, sem ela, tudo que fazemos, retroalimenta o cálculo e a medição.  Portanto, a limitação, o vazio, a total ausência de comunhão. Chegamos com isso, num modo moral de ser... mas a moral, só impede o conflito externo, não tem poder de acabar com o conflito interno, e quando este se amplifica, dá-se a recaída no padrão moral. É preciso algo que nos leve muito mais além da forçosa e titubeante moral. Para chegarmos até o presente modo de perceber a realidade, algo se manifestou em forma de ferramenta depuradora da percepção. Esse algo estava sempre no externo, mas agora, o externo foi percebido como limitante. Agora, o algo tem que ser interno, nisso que somos; fora disso, só perpetuamos o ciclo de ilusão, limitação e sofrimento, tanto para nós, como para os demais que nos cercam.

Carência de liberdade mental e emocional, carência de criativa e integrativa lucidez. Não dá mais para imitar, não dá mais para simular, e não dá mais para fingir acreditar na simulação alheia, pois está tudo desmascarado. A estrutura sempre será insegura, sempre preocupada consigo mesma, sempre intranquila, limitada e imitativa, sempre com fortes tendências de ajustamento, e no ajustamento, não há como ter liberdade expressão. Sem liberdade, é um viver pisando em ovos.

F.: Por aí não dá mais! É só observar, ver como é, como funciona e pronto: Impotência! Não tem o que fazer. E vimos que não tem nem quem faça o que... já tentamos na prática, e não adiantou... Ilusão de controle, de escolha e de decisão.

A: Exatamente! Na mosca!

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"Quando você compreende, quando chega a saber,
então traz toda a beleza do passado de volta
e dá a esse passado o renascimento, renova-o,
de forma que todos os que o conheceram
possam estar de novo sobre a terra
e viajar por aqui, e ajudar as pessoas." (Tilopa)



"Nos momentos tranqüilos da meditação, a vontade de DEUS pode tornar-se evidente para nós. Acalmar a mente, através da meditação, traz uma paz interior que nos põe em contato com DEUS dentro de nós. Uma premissa básica da meditação, é que é difícil, senão impossível, alcançar um contato consciente, à não ser que a mente esteja sossegada. Para que haja um progresso, a comum sucessão ininterrupta de pensamentos tem de parar. Por isso, a nossa prática preliminar será sossegar a mente e deixar os pensamentos que brotam morrerem de morte natural. Deixamos nossos pensamentos para trás, à medida que a meditação do Décimo Primeiro Passo se torna uma realidade para nós. O equilíbrio emocional é um dos primeiros resultados da meditação, e a nossa experiência confirma isso." (11º Passo de NA)


"O Eu Superior pode usar algum evento, alguma pessoa ou algum livro como seu mensageiro. Pode fazer qualquer circunstância nova agir da mesma forma, mas o indivíduo deve ter a capacidade de reconhecer o que está acontecendo e ter a disposição para receber a mensagem". (Paul Brunton)



Observe Krishnamurti, em conversa com David Bohn, apontando para um "processo", um "caminho de transformação", descrevendo suas etapas até o estado de prontificação e a necessária base emocional para a manifestação da Visão Intuitiva, ou como dizemos no paradigma, a Retomada da Perene Consciência Amorosa Integrativa...


Krishnamurti: Estávamos discutindo o que significa para o cérebro não ter movimento. Quando um ser humano ESTEVE SEGUINDO O CAMINHO DA TRANSFORMAÇÃO, e PASSOU por TUDO isso, e esse SENTIDO DE VAZIO, SILÊNCIO E ENERGIA, ele ABANDONOU QUASE TUDO e CHEGOU AO PONTO, à BASE. Como, então, essa VISÃO INTUITIVA afeta a sua vida diária? Qual é o seu relacionamento com a sociedade? Como ele age em relação à guerra, e ao mundo todo — um mundo em que está realmente vivendo e lutando na escuridão? Qual a sua ação? Eu diria, como concordamos no outro dia, que ele é o não-movimento.

David Bohn: Sim, dissemos que a base era movimento SEM DIVISÃO.

K: Sem divisão. Sim, correto. (Capítulo 8 do livro, A ELIMINAÇÃO DO TEMPO PSICOLÓGICO)


A IMPORTÂNCIA DA RENDIÇÃO DIANTE DA MENTE ADQUIRIDA
Até praticar a rendição, a dimensão espiritual de você é algo sobre o que você lê, de que fala, com que fica entusiasmado, tema para escrita de livros, motivo de pensamento, algo em que acredita... ou não, seja qual for o caso. Não faz diferença. Só quando você se render é que a dimensão espiritual se tornará uma realidade viva na sua vida. Quando o fizer, a energia que você emana e que então governa a sua vida é de uma frequência vibratória muito superior à da energia mental que ainda comanda o nosso mundo. Através da rendição, a energia espiritual entra neste mundo. Não gera sofrimento para você, para os outros seres humanos, nem para qualquer forma de vida no planeta. (Eckhart Tolle em , A Prática do Poder do Agora, pág. 118)


O IMPOPULAR DRAMA OUTSIDER — O encontro direto com a Verdade absoluta parece, então, impossível para uma consciência humana comum, não mística. Não podemos conhecer a realidade ou mesmo provar a existência do mais simples objeto, embora isto seja uma limitação que poucas pessoas compreendem realmente e que muitas até negariam. Mas há entre os seres humanos um tipo de personalidade que, esta sim, compreende essa limitação e que não consegue se contentar com as falsas realidades que nutrem o universo das pessoas comuns. Parece que essas pessoas sentem a necessidade de forjar por si mesmas uma imagem de "alguma coisa" ou do "nada" que se encontra no outro lado de suas linhas telegráficas: uma certa "concepção do ser" e uma certa teoria do "conhecimento". Elas são ATORMENTADAS pelo Incognoscível, queimam de desejo de conhecer o princípio primeiro, almejam agarrar aquilo que se esconde atrás do sombrio espetáculo das coisas. Quando alguém possui esse temperamento, é ávido de conhecer a realidade e deve satisfazer essa fome da melhor forma possível, enganando-a, sem contudo jamais poder saciá-la. — Evelyn Underhill