segunda-feira, 7 de janeiro de 2013
Experiência, satisfação, dualidade e meditação
A Transformação do Homem (7 vídeos)
1 - Estamos conscientes de que estamos fragmentados?
2 - Um Modo Mecânico de Viver leva a Vida à Desordem.
3 - A Consciência pode esvaziar a si própria?
4 - Sobre a Criação de Imagens.
5 - Existe o Cérebro Inconsciente?
6 - O Observador é a coisa Observada?
7 - O que é a Morte? A Morte tem algum significado?
Introdução
Estamos conscientes de que estamos fragmentados?
Existe Segurança Pscológica?
Posso Mudar Completamente na Própria Raiz?
Na solidão você pode estar completamente seguro
Existe o Cérebro Inconsciente?
O Observador é a coisa Observada?
O que é a Morte? A Morte tem algum significado?
domingo, 6 de janeiro de 2013
sexta-feira, 4 de janeiro de 2013
Questionário da Criança ferida
A IDENTIDADE
1. Sinto-me ansioso/a e temeroso/a sempre que tenho de fazer alguma coisa nova.
( ) SIM ( ) NÃO
2. Gosto de agradar as pessoas (uma pessoa legal) e não tenho identidade própria.
( ) SIM ( ) NÃO
3. Sou um/a rebelde. Sinto-me vivo/a quando estou em conflito.
( ) SIM ( ) NÃO
Nas profundezas do meu eu secreto, sinto que há alguma coisa errada comigo.
( ) SIM ( ) NÃO
4. Tenho mania de guardar tudo, é difícil para mim me desfazer de alguma coisa.
( ) SIM ( ) NÃO
5. Sinto-me inadequado/a como homem/mulher.
( ) SIM ( ) NÃO
6. Sinto-me confuso/a sobre minha identidade sexual.
( ) SIM ( ) NÃO
7. Sinto-me culpado/a quando defendo meus pontos de vista e teria preferido ceder sempre.
( ) SIM ( ) NÃO
8. Tenho dificuldade em começar alguma coisa.
( ) SIM ( ) NÃO
9. Tenho dificuldade em terminar as coisas.
( ) SIM ( ) NÃO
10. Raramente tenho um pensamento realmente meu.
( ) SIM ( ) NÃO
11. Estou sempre criticando minha incapacidade.
( ) SIM ( ) NÃO
12. Considero-me um/uma grande pecador/a e tenho medo de ir para o inferno.
( ) SIM ( ) NÃO
13. Sou rígido/a e perfeccionista.
( ) SIM ( ) NÃO
14. Sinto que nunca correspondo às expectativas, nunca faço a coisa certa.
( ) SIM ( ) NÃO
15. Sinto-me como se não soubesse o que quero realmente.
( ) SIM ( ) NÃO
16. Sinto-me impulsionado/a a ser um/a grande realizador/a.
( ) SIM ( ) NÃO
17. Acredito que só tenho valor quando pratico sexo. Tenho medo de ser rejeitado/a e abandonado/a se não for eficiente nessa atividade.
( ) SIM ( ) NÃO
18. Minha vida é vazia.
( ) SIM ( ) NÃO
19. Sinto-me deprimido/a a maior pane do tempo.
( ) SIM ( ) NÃO
20. Não sei realmente quem eu sou. Não tenho certeza de quais são os meus valores nem de que penso sobre as coisas.
( ) SIM ( ) NÃO
EXIGÊNCIAS BÁSICAS
21. Não tenho contato com as necessidades do meu corpo. Não sei quando estou cansado/a, com fome ou com vontade de fazer sexo.
( ) SIM ( ) NÃO
22. Não gosto de ser tocado/a.
( ) SIM ( ) NÃO
23. Geralmente faço sexo sem ter vontade.
( ) SIM ( ) NÃO
24. Tive ou tenho atualmente distúrbios digestivos.
( ) SIM ( ) NÃO
25. Sou viciado/a em sexo oral.
( ) SIM ( ) NÃO
26. Raramente sei o que estou sentindo.
( ) SIM ( ) NÃO
27. Envergonho-me sempre que fico zangado/a.
( ) SIM ( ) NÃO
28. Raramente fico zangado/a, mas quando acontece, sou uma fúria.
( ) SIM ( ) NÃO
29. Tenho medo da raiva de outras pessoas e sou capaz de qualquer coisa para controlá-las.
( ) SIM ( ) NÃO
30. Tenho vergonha de chorar.
( ) SIM ( ) NÃO
31. Tenho vergonha de ficar assustado/a.
( ) SIM ( ) NÃO
32. Quase nunca demonstro emoções desagradáveis.
( ) SIM ( ) NÃO
33. Sou obcecado/a por sexo anal.
( ) SIM ( ) NÃO
34. Sou obcecado/a por sexo sadomasoquista.
( ) SIM ( ) NÃO
35. Tenho vergonha das funções do meu corpo.
( ) SIM ( ) NÃO
36. Sofro de perturbações do sono.
( ) SIM ( ) NÃO
37. Passo muito tempo olhando pornografia.
( ) SIM ( ) NÃO
38. Tenho me exibido sexualmente de forma a ofender outras pessoas.
( ) SIM ( ) NÃO
39. Sinto-me sexualmente atraído por crianças e tenho medo de ceder a essa atração.
( ) SIM ( ) NÃO
40. Acredito que comida e/ou sexo são minhas maiores necessidades.
SOCIAL
41. Basicamente desconfio de todos, inclusive de mim mesmo.
( ) SIM ( ) NÃO
42. Fui casado/a ou estou casado/a com um/a viciado/a.
( ) SIM ( ) NÃO
43. Sou obsessivo/a e controlador/a nos meus relacionamentos.
( ) SIM ( ) NÃO
44. Sou viciado/a.
( ) SIM ( ) NÃO
45. Eu me isolo e tenho medo das pessoas, especialmente, dos representantes da autoridade.
( ) SIM ( ) NÃO
46. Detesto ficar sozinho/a e sou capaz de qualquer coisa para ter companhia.
( ) SIM ( ) NÃO
47. Geralmente faço o que os outros esperam que eu faça.
( ) SIM ( ) NÃO
48. Evito conflitos a todo custo.
( ) SIM ( ) NÃO
49. Raramente digo não e sinto que as sugestões dos outros são como ordens a que devo obedecer. ( ) ( ) SIM ( ) NÃO
50. Tenho um exagerado senso de responsabilidade; é mais fácil para mim me preocupar com outra pessoa do que comigo.
( ) SIM ( ) NÃO
51. Geralmente não digo não e depois me recuso a fazer o que os outros pedem, usando uma variedade de meios manipuladores, indiretos e passivos.
( ) SIM ( ) NÃO
52. Não sei resolver conflitos com outras pessoas. Ou domino meu oponente ou me afasto dele completamente.
( ) SIM ( ) NÃO
53. Raramente peço explicação de coisas que não entendo.
( ) SIM ( ) NÃO
54. Freqüentemente adivinho o significado do que os outros dizem e respondo baseado/a nessa adivinhação.
( ) SIM ( ) NÃO
55. Nunca me senti muito chegado/a a meu pai ou a minha mãe.
( ) SIM ( ) NÃO
56. Confundo amor com piedade e amo as pessoas das quais posso ter pena.
( ) SIM ( ) NÃO
57. Ridicularizo meus erros e os dos outros.
( ) SIM ( ) NÃO
58. Cedo com facilidade e concordo com o grupo.
( ) SIM ( ) NÃO
59. Sou extremamente competitivo/a e não sei perder.
( ) SIM ( ) NÃO
60. Meu maior medo é de ser abandonado/a e faço qualquer coisa para não terminar um relacionamento.
Se você respondeu sim a dez perguntas, ou mais, precisa começar um trabalho muito sério. Este livro (VOLTA AO LAR - Como resgatar e defender sua criança interior) é para você.
Sobre o ficar-consigo-mesmo e ir fundo na inquietação
1. A akedia
Relato sobre o estado de consciência elevado e ampliado
Tal como no fenômeno de ampliação das imagens visuais, eu estava totalmente desorientado e não encontrava uma explicação satisfatória para a aparência esbranquiçada dos objetos percebidos. Nenhuma mudança de tempo, lugar ou condições atmosférica exercia qualquer efeito sobre casa transformação. Ela era tão evidente à luz das lâmpadas quanto ao sol, tão sensível sob a clara luz da manhã quanto sob o crepúsculo. De fato, a mudança era interior e não era afetada pelas variações de influências externas. Perplexo e permanecendo calado, continuei passando os dias e as noites em Jammu a ocupar-me de meus deveres e a aplicar-me às minhas tarefas como faziam todos os outros. A única razão plausível que eu podia entrever naquela mudança em minha faculdade cognitiva era esta: o princípio que anima o corpo e reside nele, agora fazia funcionar esse mecanismo através de um meio vital modificado; este conduzia a uma modificação na qualidade e no comportamento das correntes nervosas que comandam as funções dos órgãos, assim como na qualidade das impressões sensoriais e de sua interpretação pelo espírito observador. Mas tudo o que acontecera e que ainda acontecia era de tal forma despido de precedentes e inacreditável, que eu me sentia mais à vontade em mim mesmo, tratando tudo aquilo como uma anomalia, do que considerando o como um crescimento natural governado por leis biológicas – o que ao final viria a se confirmar.
Desta maneira, preso de dúvidas e inquietude, eu continuava a passar meu tempo em diversas atividades, até certo dia ensolarado em que estava a caminho de meu escritório: eu olhava ao acaso a fachada do Palácio Rajgarh, no qual estão instaladas as repartições do governo, e passeava o olhar pelo céu, pelo telhado e pela parte superior dos edifícios. A princípio olhava de relance, displicentemente; depois, tocado por alguma coisa estranha em sua aparência, com maior atenção, incapaz de desviar meu olhar; por último cravado no lugar, eu fixava com espanto aquele espetáculo, incapaz de acreditar no que meus olhos testemunhavam. Olhava uma cena que me era familiar antes de minha experiência maior e durante os últimos meses, mas o que eu via agora era tão extraordinário que fiquei completamente paralisado pela surpresa. Contemplava uma cena que não pertencia a este mundo mas a algum reino feérico: a fachada do edifício, antiga, degradada pelo tempo, sem ornamentação e banal, e a abóbada do céu acima dela, banhada pela viva luz do sol, estavam ambas iluminadas por um brilhante clarão prateado que lhes conferia uma beleza e um fausto gloriosos, e criava um efeito maravilhoso de sombras e claridade, impossível de se descrever. Ofuscado, encantado, voltei meus olhos para outras direções, para ser de novo fascinado pelo reflexo prateado que transfigurava todas as coisas. Certamente, eu era a testemunha de uma nova fase de minha transformação. O resplendor que percebia de todos os lados e em todos os objetos não emanava deles mas devia ser, sem nenhuma dúvida, a projeção de minha própria luminosidade interior.
Pandit Gopi Krishna. Koundalini, L’Enegie évolutrice en l’homme, Courrier du Livre, Paris, 1978.
Inteligência Integral
Roberto Crema
Alfabetização Psíquica
por: Roberto Crema
A educação psíquica
A Mãe
Revista “Ananda”, Caderno Especial VII, Novembro-Dezembro 1977
quinta-feira, 3 de janeiro de 2013
Celebração
Você algum dia já pensou por que, em todo o mundo, em todas as culturas, todas as sociedades, há sempre alguns dias no ano destinados à celebração? Esses dias de celebração são apenas uma compensação, porque essas sociedades tiraram toda a celebração de suas vidas e, se não houver alguma forma de compensação, a vida de um indivíduo poderá tornar-se um perigo para uma determinada cultura. Essa compensação lhe é dada para que você não se sinta completamente imerso em miséria, em tristeza. Mas essas compensações são falsas. O show de fogos e luzes não fará com que você fique feliz. É coisa para crianças. Para você, é apenas um aborrecimento. Mas em seu mundo interior pode haver fogos, canções e alegrias. Lembre-se sempre de que a sociedade compensa você quando ela sente que aquilo que foi reprimido pode explodir em uma situação perigosa se não houver alguma compensação. A sociedade, então, encontra alguma forma de permitir que você deixe vazar o que está reprimido. Mas isso não é uma verdadeira celebração, não pode nunca ser verdadeira. Uma verdadeira celebração deve vir de sua vida, deve estar na sua vida. A vida deve ser uma celebração contínua, um festival de fogos e luzes durante o ano inteiro.
Osho, em "Osho de A a Z: Um Dicionário Espiritual do Aqui e Agora"
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quarta-feira, 2 de janeiro de 2013
Apontamentos sobre a experiência mística
Gopi Krishna fala sobre a kundalini
Trechos de uma entrevista conduzida por Tom Kay a GOPI KRISHNA
Tk: Sr. Krishna, você teve uma experiência de Kundalini. Eu desejo que você possa explicar o que é uma experiência de Kundalini e o que são suas ramificações.
GK: Antes que eu comece descrever minha própria experiência, talvez seria melhor dar um detalhe pequeno sobre o que significa o Kundalini. Nós não estamos usando a totalidade do cérebro humano. De acordo com várias estimativas, a maioria de nós usa somente dez por cento do cérebro e de acordo com uns somente oito por cento. Isso significa que 90 por cento do cérebro são inutilizados, isso é ainda uma margem grande no cérebro que poderia ser usado para outras finalidades, e a natureza forneceu-o para determinadas finalidades que não são conhecidas ainda pela ciência. De acordo com a tradição indiana, há uma região no cérebro abaixo da coroa e sobre o pallette que é chamado Brahmarendra ou a cavidade de brahman. Esta região pode ser ativada por determinadas disciplinas e quando ativada pode dar ao indivíduo a mesma visão do universo que todos os grandes místicos da terra descreveram. Quando do Despertar, a Ascensão, a energia normal do corpo ou do sangue não pode abastecer o centro. Necessita um combustível psíquico mais poderoso e mais confiável. Este combustível vem do sistema reprodutivo, que é transformado em um tipo de radiação e essa radiação desperta faz a função central.
Em meu caso o despertar ocorreu na idade de 34 anos, em 1937. Eu meditava há 17 anos e então repentinamente, durante o Natal, quando eu estava sentado com as pernas cruzadas, em estado de meditação, uma coisa estranha aconteceu. Algo explodiu em meu cérebro numa corrente de luz prata que elevou-se pela minha espinha, de maneira cintilante, até atingir meu cérebro inteiro e eu senti-me expandir em todos os sentidos. Esta expansão era tão incrível, tão espantosa que eu pensei de que algo incomum tinha acontecido em meu ouvido internamente. Depois que isto ocorreu em mim, tive outras duas experiências do mesmo tipo que se sucedeu, então, em intervalos curtos e longos.
Mas algo estava mudando em mim e eu poderia perceber esta mudança por muito tempo, dia e noite. O fato, é que eu passei por crises graves durante esse período. Finalmente, tornei-me estável nessas condições de consciência aos 49 anos de idade. Desde então tenho vivido nesta circunstância. Devo dizer que antes dos meus 30 anos eu vivi neste mundo pensado, visto e percebido da mesma maneira que as pessoas normais , mas depois dos 49 anos, eu tenho vivido em dois mundos diferentes. Um é o mundo normal dos sentidos e da razão, e o outro é um mundo muito mais elevado, muito mais feliz e totalmente à parte de qualquer coisa que podemos conhecer na da terra. É o mundo da consciência una.
Tk: Como você vê o mundo?
GK: Nós sabemos o que todas as pessoas percebem deste mundo. Eu posso compreender o que você percebe dele, você pode compreender o que eu percebo dele. Isto é, esta percepção é uniforme. Todos têm a mesma percepção. Mas esta outra percepção é diferente. Nesta outra percepção você não vê o mundo como uma criação contínua, real, objetiva. A criação objetiva real é a consciência una. Você vê a consciência em toda parte. Você vê o oceano como um ser... Você vê o oceano com vida; você vê uma montanha com vida; você vê o céu com vida; você vê a terra com vida; você vê a vida ou a consciência em toda parte. E esta vida ou consciência una não é algo inoperante ou que é algo que você pode compreender. É o despertar amável. É maravilhoso e a cada momento você o vê, você o percebe. A maravilha do despertar cresce mais profundamente. Nunca me canso de sentar-me quieto e de refletir em meu próprio Eu. Nunca me canso de olhar o céu. O céu, para mim, não é como era antes de meus 30 anos; é algo fascinante. É uma visão tão bonita, extremamente fascinante de se ver por dias e meses. Ou seja, há no ar uma fonte de felicidade, um reino novo, eu devo dizer, uma fonte aberta. Isto é provavelmente o significado que Cristo quis mostrar quando disse, "o reino do Céu está dentro de você." Este é o Nirvana de Buda; e este é o estado de vida oculto, transcendental, mencionado pelos místicos sufis. No ato, neste estado inativo, o que nós percebemos é que somos a consciência em seu formato mais mágico, em seu formato glorioso, e não consciências como um ponto que olha só através dos olhos ou na audição através das orelhas, mas uma consciência que tem seus próprios canais e que sabe que é mestre e não escrava das forças do mundo material, consciência que sabe quem é o criador. É infinito: é imortal. Neste estado não nos sentimos como um rei, mas como o mestre do que vê. Não é o ego. Eu devo dizer que não é o ego; é a condição verdadeira desta consciência. Esta é a razão porque se diz que nenhum místico mudaria sua condição nem por um reino. É algo ultra original, tão glorioso, tão elevado que não tenho nenhuma palavras para descrever este estado.
Tk: Que tipo de vida deve viver uma pessoa que desperta a Kundalini?
GK: A fim de tornar este espaço livre, eu gostaria de dizer que não é a Kundalini em si, Kundalini é o poder, o mecanismo. Mas realmente, é despertada a atividade de uma determinada região no cérebro. Isto significa que a natureza já fornece um potencial no cérebro que tem que despertar. Isto significa que o cérebro pode evoluir organicamente e ter um desempenho mais elevado. Esta é minha experiência, que o cérebro humano ainda está evoluindo organicamente no sentido dos grandes místicos, no mesmo sentido dos grandes gênios. Para esta evolução algum tipo de vida é necessário. Por exemplo, durante toda nossa vida esta evolução já acontece branda, lenta, fora do alcance, e nós temos que cooperar com ela. Quando nós não cooperamos com a evolução interna nós criamos problemas para nós. Foi para essa finalidade, que nos últimos 5.000 anos, pelo menos, grandes profetas grandes vem nascendo. Começando com os Vedas, então o Buda, então o Cristo, então Mohammed, então o guru Nanak, e todos os profetas antigos da Bíblia, foram de tempos em tempos nascendo e dando à humanidade um sentido de como viver quando o cérebro evoluir além do normal. Ensinamentos como o sermão da montanha, os dez mandamentos, os discursos de Buda, o Bhagavad-Gita, e todos ensinamentos contidos nas escrituras religiosas da terra -- todos são significativos ensinamentos para regular nossa vida de modo que nós possamos viver na harmonia com a lei da evolução que governa a vida. Estes revolucionários vem regular a vida dos seres humanos de modo que possam trabalhar em harmonia com a lei da evolução que se realiza dia e noite na atividade de seus cérebros. Quando partem desta lei da evolução, trazem sempre calamidades ou problemas... No tempo atual ,tal ocasião é resultado dos nossos desvios das leis da evolução e o resultado é que nós estamos ameaçados em muitos sentidos. A vida a ser vivida é justa como você vê no sermão da montanha - uma vida de humildade, uma vida de amor, uma vida de pureza , uma vida em que você deseja para outros o que você deseja para você mesmo, uma vida na qual você é puro, você não é sofisticado, você não se acha completamente inteligente, você não é esperto, você não usa sua inteligência ou vivacidade,astúcia,para fazer exame do que pertence a outro, uma vida de pureza extrema e uma vida do simplicidade,onde você não desperdiça os recursos da terra. Como você sabe, cada animal satisfaz a suas necessidades básicas com os recursos reciclados da terra. O homem é a única criatura que está desperdiçando os recursos básicos para seus próprios luxo e prazer. Isso é o que o sermão da montanha significa : ensinar que essa humanidade deve viver simplesmente, vidas bonitas, puras, compassivas. Esse é o tipo de vida necessário para o despertar de Kundalini....
terça-feira, 1 de janeiro de 2013
Comentários sobre a "experiência mística"
A simples conservação da mente focalizada num ponto único não é, em si mesma, iluminação. Só quando há um fluxo de energia para o cérebro é que a mente pode fugir das cadeias do corpo e observar a transformação desse mesmo cérebro numa entidade oceânica, com estupefação e temeroso respeito.
A sensação de luz, fogo ou de iluminação interior é um sinal que distingue o fluxo dessa força psíquica. O intelecto continua a funcionar ao fundo, pois de que outra forma tal condição poderia ser descrita? Isso está claramente mencionado nas escrituras hindus. Se a intensa concentração e a focalização de um único ponto fossem pré-condições indispensável, então outras formas de ioga — como por exemplo, a ioga da ação destituída do egoísmo, ou a devoção e a descriminação intelectual (a "sabedoria de Platão") — seriam inteiramente ineficazes para induzir ao estado místico.
Nesse caso, como poderíamos explicar as experiências dos que têm relances esporádicos de iluminação? Há todo um exército de homens e mulheres talentosos que, sem qualquer disciplina ou prática de ioga, receberam a experiência que lhes foi imposta de uma forma que deixou marca permanente em todo o curso de suas vidas. O impacto da experiência foi tão forte que eclipsou outros casos extraordinários que tinham vivido. Entre essas pessoas estão notáveis cientistas e eruditos, cuja agudeza de percepção e nitidez de observação não sofrer a menor sombra de dúvida.
Entre eles estão figuras eminentes, tais como Pascal, Tenyson, Wordsworth, Charlotte Brönte, Walt Whitman, Richard M. Bucke, George Elliot, D.H. Lawrence, Nietzsche e muitos outros. Suas descrições desse estado extraordinário possuem certos aspectos que, para quem passou pela mesma experiência, fixam imediatamente o selo da autenticidade.
Algumas sentenças de três ou quatro desses casos vão esclarecer o que quero dizer: "Eu estava tomado de uma satisfação tranquila, quase passiva, sem realmente pensar, mas deixando que as ideias, imagens, emoções, fluíssem por si mesmas, por assim dizer, através da minha mente", diz Bucke. "Súbito, sem qualquer aviso, vi-me envolvido numa nuvem com cor de chama. Por um instante pensei em fogo... Logo depois tive uma sensação de exultação, de júbilo imenso, acompanhada, ou imediatamente seguida, de uma iluminação intelectual impossível de descrever... Vi que o universo não é composto de matéria morta, mas, ao contrário, é uma Presença Viva..."
A experiência de Arthur Koestler é de certa forma diferente, mas refere-se, claramente, à mesma súbita transformação da consciência. "Esse clichê teve um efeito forte e inesperado. Vi a fórmula de Einstein que abalou o mundo — energia igual à massa multiplicada pelo quadrado da velocidade da luz — pairando como uma névoa rarefeita sobre as geleiras, e essa imagem trazia consigo infinita paz e tranquilidade... A sensação de estar sufocado pela indignação foi sucedida por uma quietude relaxada e pela autodissolvente calma da sensação oceânica..."
A versão de Nietzsche também parece diferente, mas se a examinarmos mais detidamente, transmite o mesmo significado e mostra a mesma expansão da consciência. "Alguém já observou que a música liberta o espírito e dá asas ao pensamento?... O céu cinzento da abstração parece fremir com os relances dos relâmpagos, a luz é forte bastante para revelar todos os pormenores das coisas, para permitir que alguém lute com seus problemas, e o mundo é observado como que do alto de uma montanha... Respostas inesperadas tombam sobre seu colo, pequena tempestade de granizo e sabedoria, de problemas resolvidos. Onde estou eu?"
A expansão da consciência não só aparece como uma sensação de beatitude, de calma e paz, uma sensação oceânica ou a percepção de uma Presença Infinita, mas, também, muitas vezes, com problemas resolvidos e enigmas respondidos. Ela tem vindo através da história, e continuará a vir até o fim dos tempos, com novas obras-primas de música, poesia e arte, novas descobertas da ciência e novos horizontes para o pensamento filosófico.
É um erro separar a experiência mística dos impulsos criativos da mente humana. A consciência humana cresce num círculo sempre crescente, e, nesse processo, continua a atirar para o regaço da humanidade tudo quanto é precioso em literatura, arte e ciência. Cada grande intelectual, cada gênio, dotado com criatividade, está muito próximo da fronteira a partir do qual tem início o território místico. A visão e a experiência podem vir a qualquer momento.
O maior obstáculo é a antagônica estrutura mental da própria pessoa. Todos os sistemas de ioga, na Índia, e cada forma de disciplina religiosa, de culto ou de oração são destinados a ultrapassar as barreiras colocadas pelo intelecto supercrítico, pelo dogma, pelo ceticismo, pelo ego, pelo orgulho e por outros traços recalcitrantes da mente.
Há também outras concepções errôneas sobre o estado beatífico. Sobre a realidade do tempo, por exemplo. "Uma terceira característica de todos os místicos metafísicos", diz Bertrand Russell, "é a negação da realidade do tempo. Isso é o resultado da negação da divisão; se tudo é um, a distinção entre passado e futuro deve ser ilusória".
É um erro sério negar a realidade do tempo ou do espaço ou, em outras palavras, a realidade do universo visível, com base na experiência mística. Nenhum astronauta sensível iria negar a realidade do ambiente encontrado na terra baseando-se na sua experiência do espaço exterior. Tal estrutura mental seria desastrosa para a sua própria segurança. No transe místico, o que se observa é o mundo de vida e consciência. É uma proposição diferente do mundo dos fenômenos. Portanto, o que é testemunhado ali não pode ser aplicado, palavra por palavra, ao mundo exterior.
Essa estrutura mental muitas vezes tem levado àquela apatia em relação aos problemas da vida, que segurou com mão de ferro tantas pessoas inteligentes, até que a moderna ciência veio demonstrar as enormes potencialidades presentes na matéria para modelar a vida da humanidade. O místico que pretender ignorar as exigências básicas de seu corpo, sentido o arrebatamento de sua extasiante experiência, perderia, depois de algum tempo, não apenas o arrebatamento, mas talvez também a vida.
A perda do sentido de tempo ocorre, também, nos excitantes jogos de amor, no sono e no sonho, quando observamos uma cena absorvente ou ouvimos música, ou estamos empenhados num trabalho criativo. Amantes que se encontram clandestinamente veem as horas passar como se elas não tivessem duração, enquanto meia hora de espera parece uma eternidade.
No transe místico, o sentido de tempo se perde por causa da intensidade da experiência e da natureza intemporal da própria consciência. O mesmo pode acontecer, em menor grau, quando lemos um livro absorvente, ou ouvimos uma história impressionante narrada por um perfeito contador de histórias. No êxtase perene, a existência do mundo temporal continua no ambiente de uma Presença Intemporal. Se não fosse assim, não haveria possibilidade de uma evolução maior da consciência para um estágio místico.
O Samadhi autêntico, ou experiência transcendental, é como a entrada num país maravilhoso onde a própria consciência, e não o mundo dos sentidos, torna-se o fascinante objeto de contemplação. A mente e o intelecto permanecem inabaláveis na observação de um estonteante espetáculo que se situa além do que quer que se conheça na Terra, mesmo em sonhos. Observem as palavras de Tennyson, quando ele diz: "Senti minha alma e meu espírito crescerem poderosamente com tão vasto círculo de pensamento".
A única chave para a compreensão da consciência mística está no tratar o fenômeno como uma metamorfose na capacidade cognitiva do observador. A alma cresce vigorosamente e o olho mental amplia-se imensamente. Quando a mente de um iluminado se volta para o interior, o panorama que ele descortina é o de um colossal mundo de vida que torna pequeníssima a imagem do mundo exterior — fazendo-o insignificante. O que se sente é uma Presença Viva, um inexprimível oceano de consciência difundido por toda parte. A imagem do mundo parece flutuar, como o reflexo num espelho, ocupando apenas uma pequena porção da sua limitada periferia.
Isso também é verdadeiro em relação ao estado místico com experiências visionárias. A imagem de Deus ou da Deidade, percebida na visão, não é apenas uma imagem terrena, envolvida em espaço e tempo, mas algo supraterrâneo e divino, imanente e majestoso, que reúne forma e feitio por causa da própria consciência do vidente, consciência que se expandiu altamente. Em outras palavras, a visão é uma projeção da própria consciência mística.
O que desejo enfatizar é o fato de que a consciência mística — seja de natureza esporádica, seja um traço permanente da personalidade — não é habitual ou comum como estado de percepção humana. Mesmo que a função do pensamento seja detida pela prática de uma disciplina qualquer, a dimensão da consciência que observa não é materialmente afetada.
Desde que a distinção entre o sujeito e o objeto da contemplação continue a existir, a experiência do Samadhi não se dá. O sujeito e o objeto devem tornar-se um, e a consciência deve fluir para si mesma, levando a uma nova área de percepção nunca antes experimentada. "O eu, harmonizado pela ioga, vê o Eu existente em todos os seres, e em toda a parte vê a mesma coisa", diz o Bhagavd Gita (6.29). Não há ambivalência nessa declaração. A implicação é clara e fica além da dúvida. O objetivo fundamental da ioga é criar uma consciência que vê o mundo visível sob uma nova luz, não como algo alheio ou estranho a ela, mas como parte inseparável dela própria. Isto indica, claramente, a metamorfose do observador.
Olhando para os objetos que o rodeiam, ele agora vê algo novo, que antes jamais observara. Percebe a diferença nas formas, as durações do tempo e as distâncias, tão distintamente como antes, talvez mais nítidas do que antes. Mas, ao mesmo tempo, vê todas essas coisas integradas na consciência como as pérolas de um colar estão integradas no fio que corre através de todas elas. A consciência, agora, torna-se a realidade primordial para o místico em estado de vigília, de sonho ou de transe. É por essa razão que, na Índia, todas as autoridades em estados superiores de consciência concordam no ponto que diz que o estado transcendental cobre todos os outros estados de consciência.
A consciência iluminada, que vê o divino em cada objeto, em cada escaninho e em cada recanto do universo, não perde, portanto, o senso da forma, mas percebe distintamente tudo, como antes. Pelo contrário, outra faculdade é acrescentada à mente, capacitando-a para perceber o que nunca vira antes: o palpitante mundo da vida, os inexprimíveis fluxos da consciência fluindo por todos os lados, como águas transparentes de um lago translúcido que fazem com que numerosas criaturas aquáticas, e as plantas que vivem sob a superfície, se tornem distintamente visíveis sem a menor transformação de suas formas. A sensação de admiração e de respeitoso temor, de uma experiência realizada, de uma alegria sem peias e da convicção da imortalidade flui dessa excitante transformação testemunhada pela própria pessoa.
Para onde quer que a consciência iluminada olhe, ela vê a projeção de si mesma, diversificada nos inumeráveis objetos que observa. Mas isso não é tudo. Quando os contatos externos são excluídos e a consciência paira sobre si mesma, ela deixa depressa a âncora do corpo e, estendendo-se em brilhantes vagas de percepção não diferenciada, assume a proporção do ilimitado oceano, no qual o ego dissolvido retém apenas a individualidade necessária para se sentir uno com um universo estupendo do ser, que não tem princípio nem fim.
A presente confusão entre professores de ioga e alguns cientistas nasce do fato de que a experiência mística não tem sido estudada da mesma forma metódica com que se estuda qualquer outro misterioso fenômeno físico. Tem-se dado demasiada confiança às versões de alguns autores modernos que se colocam em posição de místicos sem terem realmente tido a verdadeira experiência mística. Poucos investigadores dos dias atuais têm qualquer ideia concreta sobre a topografia da região que estão explorando. Quase todos os investigadores têm opiniões próprias sobre o caso e tentam encontrar uma evidência confirmadora para mostrar que estão com a razão. Isso é a própria antítese do que seja a abordagem correta do numinoso.
O intelecto deveria apresentar-se como uma lousa limpa, pois tratamos aqui com aquelas áreas da criação que se situam além da sondagem da razão. Isso eliminaria a possibilidade de julgamento apressado e irrefletido, posição que tem sido adotada recentemente.
Considera-se, por exemplo, esta declaração de Aldous Huxley: "Isso acontecerá como resultado de descobertas bioquímicas que tornarão possível, para grande número de homens e mulheres, alcançar uma autotranscendência radical e uma compreensão mais profunda da natureza das coisas. E essa revivescência da região será, ao mesmo tempo, uma revolução. De atividade que se ocupava principalmente com símbolos, a religião se transformará numa atividade preocupada principalmente com a experiência e a intuição — e com o misticismo cotidiano, fundamentando e dando significação ao raciocínio do cotidiano, às tarefas e deveres cotidianos, às cotidianas relações humanas".
A inferência óbvia é que o uso de reagentes bioquímicos ou drogas tornaria possível aos seres humanos provarem o sabor da experiência mística. Nada pode ser mais errado nem estar mais distante da resposta verdadeira. Não há dúvida de que a experiência mística implica, essencialmente, uma transformação biológica do cérebro, mas essa transformação é do mesmo tipo da concepção e do crescimento de um embrião.
A criança vem a ser, sem dúvida, como o resultado de certos processos bioquímicos, mas poderemos acaso fazê-la sem o auxílio do sêmen humano? A transformação do cérebro, que leva à consciência transcendental, precisa do toque superinteligente, orientador, da força vital que está na base de todos os fenômenos da vida.
É esse elemento misterioso no sêmen humano o responsável por toda a agitada atividade que ocorre no útero. Trata-se de um meio cósmico que nenhum engenho humano jamais conseguiu criar. Vindas da pena de escritores de tanta popularidade como Aldous Huxley, declarações como as que fez têm prejudicado grandemente a investigação de fenômenos místicos, descrevendo-os como uma alteração da consciência que as drogas poderiam tornar possível.
"O elemento criativo da mente humana, esse estado latente, que pode conceber deuses, esculpir estátuas, mover o coração dentro dos símbolos da grande poesia, ou inventar fórmulas da física moderna", diz Loren Eiseley, "emerge de forma misteriosa, como partículas elementares que saltam, em momentânea existência, em grandes cíclotrons, para desvanecerem-se outra vez como fantasmas infinitesimais. A realidade que conhecemos em nosso limitado prazo de existência apouca-se diante do potencial invisível dos abismos, cuja margem a ciência se detém".
O estado místico autêntico assinala uma mudança na profundidade de toda a personalidade humana e o desenvolvimento de um novo órgão de percepção, conhecido desde tempos imemoriais com diversos nomes, tais como Terceiro Olho, Sexto Sentido, Olho da Sabedoria, Visão Divina e outros.
(...) Acreditar que métodos superficiais, tais como drogas, hipnose, meditação orientada, mantras ou estados mentais passivos e sonolentos possam levar à iluminação é ter um conhecimento superficial da experiência mística. A experiência mística, mesmo quando esporádica, denota um salto para uma dimensão mais ampla da consciência que é alvo da evolução da raça humana.
"Se Deus e a alma humana fossem completamente diferentes, nenhuma quantidade de raciocínio lógico e de meditação poderiam levar-nos à realidade de Deus", diz Radhakrishnan. A consciência de Deus é tanto um dom original dos seres humanos quanto a autoconsciência. Há degraus na consciência de Deus, como há degraus de autoconsciência. Em muitos homens, elas são enevoadas e confusas; somente na alma redimida elas se manifestam por completo".
Portanto, na experiência mística, testemunhamos uma nova variedade de consciência que é absolutamente indescritível por aqueles que não a experimentaram alguma vez. "Tudo quanto podemos observar diretamente no mundo físico acontece dentro da nossa cabeça e consiste em eventos mentais, pelo menos num sentido da palavra mental", diz Bertrand Russell. "Consiste, também, em eventos que forma parte do mundo físico. O desenvolvimento deste ponto de vista leva-nos à conclusão de que a distinção entre mente e matéria é ilusória. A matéria do mundo pode ser chamada de física ou de mental, ou de nenhuma das duas, como quisermos; na verdade, as palavras não servem para nenhum propósito".
Na consciência mística perene, a posição do sujeito e do objeto permanece a mesma, com uma diferença: agora, a consciência subjetiva domina a cena... O panorama que se estende até o derradeiro limite do horizonte e o vácuo do céu circundante, ao lado de todos os objetos físicos amontoados nele, parecem estar repletos de imanência, de uma gloriosa e inexprimível Presença, calma, serena e beatificante, intocada pelos acontecimentos e sublevações, por mais violentos que sejam. É como o leito profundo de um oceano que permanece imperturbado mesmo quando a mais furiosa tempestade chicoteia a superfície das águas, levantando massas, agitadas violentamente, de ondas em turbilhão.
Para o iluminado, portanto, o mundo divino e o das formas existem lado a lado, sem causar a menor confusão. A mudança em profundidade da consciência observadora revela um mundo novo e sutil, um mundo vivo e palpitante de indizível beleza, harmonia, felicidade e paz.
A Melhor Resolução de Ano Novo
Permita que o amanhã tenha sua própria existência. Deixe que ele venha à maneira dele! Deixe-o trazer seus próprios presentes.
Resolução significa que você irá permitir apenas isso e que você não irá permitir aquilo. Resolução significa que você gostaria que o sol nascesse no oeste e não no leste. Se ele nasce no leste, você não vai abrir as suas janelas, você vai manter as janelas abertas para o oeste.
O que é resolução? Resolução é luta. Resolução é ego. Resolução é dizer: "Eu não posso viver de forma espontânea." E se você não pode viver de forma espontânea, você absolutamente não vive - você só finge.
Então, deixe apenas uma resolução estar lá: eu nunca vou fazer quaisquer resoluções. JOGUE FORA TODAS AS RESOLUÇÕES! DEIXE A VIDA SER UMA ESPONTANEIDADE VERDADEIRA. A única regra de ouro é que não existem regras de ouro.
Osho, em "Walk without Feet, Fly without Wings and Think without Mind"
então traz toda a beleza do passado de volta
e dá a esse passado o renascimento, renova-o,
de forma que todos os que o conheceram
possam estar de novo sobre a terra
e viajar por aqui, e ajudar as pessoas." (Tilopa)
"Nos momentos tranqüilos da meditação, a vontade de DEUS pode tornar-se evidente para nós. Acalmar a mente, através da meditação, traz uma paz interior que nos põe em contato com DEUS dentro de nós. Uma premissa básica da meditação, é que é difícil, senão impossível, alcançar um contato consciente, à não ser que a mente esteja sossegada. Para que haja um progresso, a comum sucessão ininterrupta de pensamentos tem de parar. Por isso, a nossa prática preliminar será sossegar a mente e deixar os pensamentos que brotam morrerem de morte natural. Deixamos nossos pensamentos para trás, à medida que a meditação do Décimo Primeiro Passo se torna uma realidade para nós. O equilíbrio emocional é um dos primeiros resultados da meditação, e a nossa experiência confirma isso." (11º Passo de NA)
"O Eu Superior pode usar algum evento, alguma pessoa ou algum livro como seu mensageiro. Pode fazer qualquer circunstância nova agir da mesma forma, mas o indivíduo deve ter a capacidade de reconhecer o que está acontecendo e ter a disposição para receber a mensagem". (Paul Brunton)
Observe Krishnamurti, em conversa com David Bohn, apontando para um "processo", um "caminho de transformação", descrevendo suas etapas até o estado de prontificação e a necessária base emocional para a manifestação da Visão Intuitiva, ou como dizemos no paradigma, a Retomada da Perene Consciência Amorosa Integrativa...
Krishnamurti: Estávamos discutindo o que significa para o cérebro não ter movimento. Quando um ser humano ESTEVE SEGUINDO O CAMINHO DA TRANSFORMAÇÃO, e PASSOU por TUDO isso, e esse SENTIDO DE VAZIO, SILÊNCIO E ENERGIA, ele ABANDONOU QUASE TUDO e CHEGOU AO PONTO, à BASE. Como, então, essa VISÃO INTUITIVA afeta a sua vida diária? Qual é o seu relacionamento com a sociedade? Como ele age em relação à guerra, e ao mundo todo — um mundo em que está realmente vivendo e lutando na escuridão? Qual a sua ação? Eu diria, como concordamos no outro dia, que ele é o não-movimento.
David Bohn: Sim, dissemos que a base era movimento SEM DIVISÃO.
K: Sem divisão. Sim, correto. (Capítulo 8 do livro, A ELIMINAÇÃO DO TEMPO PSICOLÓGICO)
A IMPORTÂNCIA DA RENDIÇÃO DIANTE DA MENTE ADQUIRIDA
Até praticar a rendição, a dimensão espiritual de você é algo sobre o que você lê, de que fala, com que fica entusiasmado, tema para escrita de livros, motivo de pensamento, algo em que acredita... ou não, seja qual for o caso. Não faz diferença. Só quando você se render é que a dimensão espiritual se tornará uma realidade viva na sua vida. Quando o fizer, a energia que você emana e que então governa a sua vida é de uma frequência vibratória muito superior à da energia mental que ainda comanda o nosso mundo. Através da rendição, a energia espiritual entra neste mundo. Não gera sofrimento para você, para os outros seres humanos, nem para qualquer forma de vida no planeta. (Eckhart Tolle em , A Prática do Poder do Agora, pág. 118)