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sábado, 21 de outubro de 2017

Será que, de fato, buscamos pela Verdade?

quarta-feira, 18 de outubro de 2017

Na escuta do chamado, a purificadora Chama do Amado

terça-feira, 17 de outubro de 2017

Sobre liderança, autoritarismo e vivência da Graça

sábado, 14 de outubro de 2017

Permita-se um período sabático de ego-esvaziamento

quinta-feira, 12 de outubro de 2017

O resgate da sensibilidade e a percepção dos sinais

segunda-feira, 9 de outubro de 2017

O xeque-mate do Ser que somos

sábado, 7 de outubro de 2017

Sobre a normose esquizofrênica, sexo e relacionamento

sexta-feira, 6 de outubro de 2017

Somente o transcendental pode nos tirar do mental

quinta-feira, 5 de outubro de 2017

A comunhão dos sanos e a remissão da mente aquirida

terça-feira, 3 de outubro de 2017

A relação entre amor humano e amor Divino


O amor é uma das grandes forças universais; existe por si mesmo e seu movimento é livre e independente dos objetos nos quais e através dos quais se manifesta. Manifesta-se em qualquer lugar onde encontre uma possibilidade de manifestação, onde quer que haja receptividade, onde quer que haja alguma abertura para ele. O que você chama de amor, e pensa ser uma coisa individual e pessoal, é apenas a sua capacidade de receber e manifestar esta força universal. Entretanto, apesar de universal, não é uma força inconsciente; é um Poder sumamente consciente. Conscientemente, ele procura sua manifestação na terra; conscientemente escolhe seus instrumentos, desperta para suas vibrações aqueles que são capazes de uma resposta, esforça-se para realizar neles aquilo que é sua meta eterna, e quando o instrumento não é adequado, deixa-o e volta-se para procurar outros. Os homens pensam que, de repente, se apaixonam; veem seu amor chegar e crescer e gradualmente desaparecer — ou, talvez, durar um pouco mais naqueles que são especialmente capacitados para seu movimento mais durável. Mas a sensação de ser uma experiência pessoal toda sua era uma ilusão. Nada mais era do que uma onda do mar sem fim do amor universal.

O Amor é universal e eterno; está sempre se manifestando e é sempre idêntico na sua essência. É uma Força Divina; porque as deformações que vemos nas suas aparentes expressões pertencem a seus instrumentos. O amor não se manifesta apenas em seres humanos; está em todo lugar. Seu movimento está nas plantas, talvez nas próprias pedras; nos animais é fácil notar sua presença. Todas as deformações deste grande Poder Divino vêm da obscuridade e ignorância e egoísmo do instrumento limitado. O amor, a força eterna, não tem apego ou desejo, não tem fome de posse nem ligação egoística; é no seu movimento puro, a procura da união do ser com o Divino, uma procura absoluta, indiferente a todas as outras coisas. O Amor Divino dá-se e não pede nada. O que os seres humanos fizeram dele não é preciso dizer — transformaram-no em algo feio e repulsivo. E, entretanto, mesmo nos seres humanos, o primeiro contato com o amor traz para baixo algo da sua substância mais pura; por um momento eles se tornam capazes de esquecer de si mesmos, por um momento seu toque divino desperta e amplia tudo que é bom e bonito. Mas depois vem à tona a natureza humana, cheia de suas exigências impuras, pedindo alguma coisa em troca, negociando com o que dá, clamando por suas próprias satisfações inferiores, distorcendo e denegrindo o que era divino.

Para manifestar o Amor Divino você deve ser capaz de receber o Amor Divino, pois somente podem manifestá-lo aqueles que por sua natureza são abertos a seu movimento natural. Quanto mais vasta e clara a abertura, mais eles manifestam o Amor Divino na sua pureza original; quanto mais misturado com os baixos sentimentos humanos, maior será sua deformação. Aquele que não é aberto ao amor na sua essência e na sua verdade, não pode se aproximar do Divino. Mesmo aqueles que buscam, através do caminho do conhecimento, chegar a um ponto além do qual, se quiserem avançar mais longe, são obrigados a entrar ao mesmo tempo no amor e sentir os dois como um só: o conhecimento, a luz da união divina e o amor, o próprio cerne do conhecimento. Existe um momento no progresso da alma em que eles se encontram e você não pode distinguir um do outro. A divisão, a distinção que você faz entre os dois, a princípio é uma criação da mente: no momento que você se eleva a um plano mais alto, elas desaparecerão.

Entre aqueles que vieram a este mundo procurando revelar o Divino aqui e transformar a vida terrena, alguns há que manifestaram o Amor Divino em uma plenitude mais vasta. Em alguns a pureza da manifestação é tão grande que são mal compreendidos por toda a humanidade e até mesmo são acusados de ser duros e sem coração, embora o Amor Divino esteja lá. Porque neles, esse amor é divino e não humana em sua forma e em sua substância. Pois quando o homem fala de amor, ele o associa a uma fraqueza emocional e sentimental. Mas a intensidade divina de auto-esquecimento, esta capacidade de se dar inteiramente, sem nenhuma restrição ou reserva, como uma doação, não pedindo nada em troca, é muito pouco conhecida dos seres humanos. E quando não está misturado com emoções fracas e sentimentais, acham-no duro e frio; não podem reconhecer nele o mais alto grau e intensidade do poder de amor.

O grande holocausto, a suprema doação, foi a manifestação do amor do Divino no mundo. A Consciência Perfeita aceitou mergulhar e ser absorvida na inconsciência da matéria, para que a consciência pudesse ser despertada nas profundezas de sua obscuridade e pouco a pouco um Poder Divino crescer nela e fazer de todo este universo manifestado a mais alta expressão da Consciência Divina e do Amor Divino. Este foi o amor supremo: aceitar a perda da condição perfeita da divindade suprema, de sua consciência absoluta, de seu conhecimento infinito, para unir-se à inconsciência, co-habitar no mundo com a ignorância e a escuridão. E no entanto, ninguém talvez chamaria a isto de amor; porque não se reveste de um sentimento superficial; não faz exigências em troca do que fez, não demonstra seu sacrifício. A força do amor no mundo está tentando encontrar consciências que sejam capazes de receber este movimento divino na sua pureza, e de expressá-lo. Esta corrida de todos os seres em busca de amor, este empurrão irresistível e a procura no coração do mundo e em todos os corações é o impulso dado pelo Amor Divino, que se esconde atrás do anseio e busca dos homens. Ele experimenta milhões de instrumentos, tentando sempre e sempre falhando; mas este toque constante prepara esses instrumentos e subitamente acordará neles um dia a capacidade de autodoação, a capacidade de amar.

O movimento do amor não é limitado aos seres humanos e é talvez menos distorcido em outros mundos. Olhe para as flores e árvores. Quando o sol se põe e tudo se torna silencioso, sente-se por um momento e coloque-se em comunhão com a natureza: você sentirá, subindo da terra, de debaixo das raízes das árvores, ascendendo e caminhando através de suas fibras até os mais altos galhos espalhados, a aspiração de um amor intenso e saudade — saudade de algo que traz luz e dá felicidade, pela luz que se foi e que você gostaria de ter de volta. Há um anseio tão puro e intenso que se você puder sentir o movimento nas árvores, seu próprio ser também se elevará numa prece ardente pela paz e luz e amor que ainda não são manifestados aqui. Se você entrar em contato com este verdadeiro amor divino, vasto e puro, se você o tiver sentido mesmo por um momento e na sua forma mais íntima, tomará consciência da coisa abjeta na qual o desejo humano o transformou. Tornou-se, na natureza humana, algo baixo, brutal, egoísta, violento, feio, ou então, algo fraco e sentimental, formado de sentimentos mesquinhos, frágeis, superficiais e exigentes. E a esta torpeza e brutalidade ou a esta fraqueza egoísta chamam-na de amor!


A Mãe 

Como lidar com a força dos condicionamentos?


Muito depende do estágio de desenvolvimento de sua consciência. No começo, se você não tiver nenhum poder ou conhecimento oculto especial, o melhor que você pode fazer é permanecer tão quieto e tranquilo quanto possível. Se o ataque tomar a forma de sugestões adversas, tente afastá-las tranquilamente, como faria com algum objeto material. Quanto mais quieto você ficar, mais forte se tornará. A base firme de todo poder espiritual é equanimidade. Você não deve deixar que nada perturbe seu equilíbrio: então você pode resistir a qualquer espécie de ataque. Se, além disso, você possuir discernimento suficiente e puder ver e apanhar as más sugestões quando elas chegarem a você, tornar-se-á muito mais fácil afastá-las; mas algumas vezes elas vêm desapercebidas e então é mais difícil combatê-las. Quando isto acontece, você deve sentar-se quieto, fazer descer a paz e uma profunda quietude interior. Mantenha-se firme e invoque com confiança e fé: se sua aspiração for pura e firme, você certamente receberá ajuda.

Os ataques das focas adversas são inevitáveis: você deve aceitá-los como testes no caminho e prosseguir corajosamente através da provação. A luta pode ser dura, mas quando você sair dela, terá ganho alguma coisa, terá avançado um passo. Há mesmo uma necessidade da existência das forças hostis. Elas tornam a sua determinação mais forte, sua aspiração mais clara.

É verdade, entretanto, que elas existem porque você lhes deu razão de existir. Enquanto houver algo em você que responda a elas, sua intervenção é perfeitamente legítima. Se nada em você respondesse, e não tivessem apoio em nenhuma parte de sua natureza, elas se retirariam e o deixariam. De qualquer forma, elas não devem parar ou entravar seu progresso espiritual. O único meio de perder a batalha contra as forças hostis é não ter verdadeira confiança no auxílio Divino. Sinceridade na aspiração sempre traz o socorro requerido. Um chamado quieto, uma convicção de que, nesta ascensão em direção à realização, você nunca caminha sozinho e uma fé de que toda vez que o auxílio for necessário ele aparecerá, hão de conduzi-lo fácil e seguramente pelo caminho.

Se você pensa ou sente que as forças hostis vêm de dentro, possivelmente você se abriu a elas e elas se instalaram sem você percebê-las. A verdadeira natureza das coisas é de harmonia; mas há uma distorção em certos mundos que produzem perversão e hostilidade. Se você tiver uma forte afinidade com estes mundos de distorção, você pode fazer amizade com os seres que vivem lá e responder plenamente às suas sugestões. Isso acontece, mas não é uma condição muito feliz. A consciência torna-se imediatamente obscurecida e não pode distinguir entre o verdadeiro e o falso; você não pode nem mesmo dizer o que é mentira e o que não é.

De qualquer jeito, quando um ataque vier, a atitude mais sábia é considerar que ele veio de fora, e dizer: “Isso não sou eu e não tenho nada a ver com isto”. Você deve lidar, da mesma forma, com todos os impulsos e desejos inferiores e todas as dúvidas e indagações da mente. Se você se identificar com elas, a dificuldade em lutar contra elas tornar-se-á muito maior; pois então você tem a sensação de que está enfrentando a sempre difícil tarefa de superar sua própria natureza. Mas desde que você possa dizer =, “Não, isto não sou eu, não tenho nada com isto”, será muito mais fácil dispensá-las.


A Mãe

domingo, 1 de outubro de 2017

Sobre o medo de entrar em contato com a verdade de nossas mentiras

sábado, 30 de setembro de 2017

Cozinheiro que é cozinheiro respeita a cozinha alheia

quarta-feira, 27 de setembro de 2017

A trave de tropeço chamada automistificação

terça-feira, 26 de setembro de 2017

A mente adquirida desconhece a realidade do Amor

segunda-feira, 25 de setembro de 2017

Educação Sentimental 44

Do limitado olhar sensorial ao ilimitado Olhar Espiritual

domingo, 24 de setembro de 2017

Estar no mundo da mente adquirida, sem ser da mente adquirida

sábado, 23 de setembro de 2017

Fomos criados para sermos seres inseguros e dependentes

Conversa sobre arte, vocação e o sentido da vida

segunda-feira, 18 de setembro de 2017

A sociedade não incentiva a transcendência do ego

domingo, 17 de setembro de 2017

A pergunta que não se cala: o que estamos buscando?

sábado, 16 de setembro de 2017

Compreendendo a emergência que nos tira da inconsciência

quarta-feira, 13 de setembro de 2017

sábado, 9 de setembro de 2017

Decifrando a ansiedade da dependência emocional

terça-feira, 5 de setembro de 2017

Em busca da Sabedoria para além do egoconhecimento

segunda-feira, 4 de setembro de 2017

A mente adquirida desqualifica a expressão de si mesma

sábado, 2 de setembro de 2017

Observando a poderosa dinâmica do ego

quinta-feira, 31 de agosto de 2017

A mente adquirida e a ilusão de uma vida pessoal

domingo, 27 de agosto de 2017

Recado aos Confrades em Crise Iniciática

sexta-feira, 25 de agosto de 2017

Diálogo sobre as manifestações da mente adquirida

quinta-feira, 24 de agosto de 2017

Diálogo sobre a importância da escuta atenta

sábado, 19 de agosto de 2017

Da prisão da mente à liberdade do Espírito que somos

quinta-feira, 17 de agosto de 2017

A instituição "Família" e o "Pecado Original"

quarta-feira, 16 de agosto de 2017

Recado aos confrades que vivenciam um estado de conflito

Não confunda egoassociação com o relacionamento real

terça-feira, 15 de agosto de 2017

Sobre o vazio e a dependência de relacionamentos

domingo, 13 de agosto de 2017

A importância da fidelidade e do comprometimento

sábado, 12 de agosto de 2017

O que motiva a não aceitação do mundo espiritual?


[...] Deve haver um determinado clima, uma imponderável atmosfera em certas pessoas; e neste ambiente germina com facilidade a semente da certeza espiritual, sem nenhuma argumentação violenta. Em outras pessoas, a mesma semente não brota. 

Será que A é de natureza crédula, emocional, ao passo que B é naturalmente incrédulo, cético? 

Entretanto, a mais profunda razão dessa diferença é outra. 

Um vive habitualmente num clima propício à aceitação do mundo espiritual, e por isso enxerga facilmente os fatos que têm afinidade com a sua atitude positiva; toda a moralidade do seu ser interno, mesmo inconsciente, é favorável à aceitação do fato. O que na verdade, determina o assentimento do homem não é este ou aquele argumento analítico — que não passa de um catalisador, de uma espoleta de ignição, que lança a faísca na massa explosiva preexistente. O interno Eu do homem espiritual é como a lenha seca que pega fogo com a aproximação de uma pequenina chama de fósforo — ao passo que em outra alma essa lenha está muito úmida, e não reage facilmente à ignição da chama. 

Em nossos cursos de filosofia cósmica tenho feito, através de muitos anos, a observação que "compreender" não quer dizer ter ouvido ou lido; "compreender" não é um ato isolado, desconexo, mas supõe uma longa série de atos, até que esses atos formem uma atitude, uma longa cadeia de elos concatenados. Finalmente, quando todo o ambiente está saturado de atitude propícia, surge essa coisa misteriosa e indescritível que se chama "compreensão". 

Essa compreensão não vem de provas, demonstrações, argumentos analíticos — que podem servir de lenha, mas a lenha, por mais seca, não ateia fogo em si mesma. Todos esses preliminares conscientes são necessáriosmas nenhum deles é suficiente para a ignição ou compreensão final. Algo do extraconsciente deve acontecer para que o consciente pegue fogo.

É, pois, de suma importância essa creação de ambiente, porque "quando o discípulo está pronto, o Mestre aparece"...
(Clique no nome do autor para adquirir original do livro deste texto)      

sexta-feira, 11 de agosto de 2017

O chute psíquico e o mistério da compreensão


Compreender — que é isto?

Não é apenas inteligir, entender, pensar, analisar. 

É "com-preender" — prender totalmente. 

Compreender é uma tremenda experiência — mortal e vital ao mesmo tempo. 

É um misterioso morrer e nascer. 

É um sofrimento redentor — porque morrer e nascer são sofrimento. 

Sofrimento rumo a uma vida maior...

Ninguém compreende algo de grande sem passar por um grande sofrimento — por um morrer e por um nascer.

Quem não é crucificado, morto e sepultado não pode ressuscitar para uma páscoa de compreensão. 

Quantas vezes defrontamos com esse tenebroso enigma: queremos fazer alguém compreender uma grande verdade, e não o conseguimos; essa verdade o poderia preservar de uma tragédia existencial — mas ele não nos compreende...

Por que não?

Porque ainda não sofreu devidamente as dores de parto — e por isto não pode dar à luz a prole da Verdade redentora. Falta-lhe ainda um fator preliminar — quiçá um grande terremoto, uma tempestade, um incêndio de Pentecostes. E ninguém lhe pode dar esse abalo redentor; terá de vir de dentro dele mesmo...

Para que o homem possa ver as estrelas do céu, tem de descer primeiro às profundezas do inferno, de um inferno de sofrimento, aceito e compreendido... 

Só pelo terrível contraste das trevas é que o homem enxergará a luz. 

Tudo quanto o egoísmo creou de terrífico sobre a face da terra — guerras, devastação, tragédia, miséria, angústias, morte — por tudo isto tem de o homem passar antes que o filho pródigo amadureça para a grande eclosão do reino de Deus. 

Na verdade, o homem só aceita aquilo que ele mesmo sofre e experimenta nas mais profundas profundezas do seu ser; ninguém se converte com bons conselhos de amigos; só o trágico dilema de ser ou não-ser o fará mudar de rumo.

É a crise redentora...

O homem só compreende realmente aquilo que ele mesmo sofreu em angústias mortíferas e salutíferas...

Quando me encontro com um homem assim, redimido pelo sofrimento aceito e compreendido, sinto que estou diante de um novo mundo, de inaudita grandeza e formosura. E não tenho a menor vontade de falar, de analisar, de pensar — só tenho vontade de calar, admirar, gozar, adorar... Vontade de ser deliciosamente...

Um homem assim é um redentor. O seu silencioso ser é muito mais poderoso que todo ruidoso dizer ou fazer de outros. Ninguém se converte por causa de belas palavras, ou elevados pensamentos — só se converte aquele que entrou no campo imantado de um homem divinizado por uma compreensão da Verdade libertadora. 

Ao Tabor — só através do Getsêmane e do Gólgota...

(Clique no nome do autor para adquirir original do livro deste texto)   

quinta-feira, 10 de agosto de 2017

Da impotência do ego à onipotência do Ser


Toda verdadeira YOGA, meditação, contemplação, ou que outro nome tenha, visa essencialmente a isto: remover de dentro do homem todos os impedimentos e entraves creados pelo seu ego e que lhe vedam realizar a experiência do seu Eu central. O homem que não realiza essa experiência de profundidade, mas se limita ao círculo vicioso das suas periferias, está radicalmente desviado da sua órbita, do seu verdadeiro destino, entregue à tirania do mundo objetivo e às potências do caos, por mais próspera que talvez seja a sua vida terrestre. Abriu falência no plano central da sua verdadeira razão-de-ser. Vitorioso talvez nos secundários, é derrotado no primário.

Somente pela experiência vital do seu centro entra o homem na sua órbita cósmica, que lhe garante harmonia existencial e imortalidade.

De dentro dessa experiência vital do seu Eu central pode o homem crear, também aqui na terra e em todos os setores da vida, um destino feliz e harmonioso; deixa de ser joguete da tirania da causalidade mecânica que rege o mundo inferior, e tornar-se autor e ator da causalidade dinâmica, da auto-determinação do seu livre-arbítrio; passa da velha escravidão da heteronomia para a nova liberdade da autonomia. Verifica que tudo é possível àquele que tem fides, fidelidade a seu verdadeiro Ser, e nada lhe é impossível. Quem liga os seus canais com a Fonte da Onipotência torna-se onipotente por participação.

Nesta nova dimensão da sua vida, experimenta o homem, pela primeira vez, a sua total alteridade em face de todas as coisas do mundo circunjacente; verifica, talvez com jubilosa surpresa, que ele não é uma peça na máquina do mundo objetivo e impessoal que o rodeia; mas que, pelo poder do seu livre-arbítrio, ele está desligado do automatismo escravizante dos objetos externos; nasceu, finalmente, para a onipotência do seu Eu central e morreu para todas as impotências ou semi-potências do seu ego periférico. Verifica que essa onipotência estava sempre dentro dele, mas ele a ignorava — e uma onipotência ignorada funciona como impotência. O que redime o homem de todas as suas misérias tradicionais não é o fato da sua onipotência central, mas é somente a consciência desse fato; não é o fato dormente, mas é o fato plenamente acordado, que é a consciência do fato. A Verdade é universal e onipotente — mas somente o conhecimento consciente da verdade é que liberta o homem de todas as suas escravidões.

E esse conhecimento consciente não é apenas uma análise mental, mas sim uma realização vital. É necessário que o Verbo mental se faça carne vital, cheio de graça e de verdade.

(Clique no nome do autor para adquirir original do livro deste texto)
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"Quando você compreende, quando chega a saber,
então traz toda a beleza do passado de volta
e dá a esse passado o renascimento, renova-o,
de forma que todos os que o conheceram
possam estar de novo sobre a terra
e viajar por aqui, e ajudar as pessoas." (Tilopa)



"Nos momentos tranqüilos da meditação, a vontade de DEUS pode tornar-se evidente para nós. Acalmar a mente, através da meditação, traz uma paz interior que nos põe em contato com DEUS dentro de nós. Uma premissa básica da meditação, é que é difícil, senão impossível, alcançar um contato consciente, à não ser que a mente esteja sossegada. Para que haja um progresso, a comum sucessão ininterrupta de pensamentos tem de parar. Por isso, a nossa prática preliminar será sossegar a mente e deixar os pensamentos que brotam morrerem de morte natural. Deixamos nossos pensamentos para trás, à medida que a meditação do Décimo Primeiro Passo se torna uma realidade para nós. O equilíbrio emocional é um dos primeiros resultados da meditação, e a nossa experiência confirma isso." (11º Passo de NA)


"O Eu Superior pode usar algum evento, alguma pessoa ou algum livro como seu mensageiro. Pode fazer qualquer circunstância nova agir da mesma forma, mas o indivíduo deve ter a capacidade de reconhecer o que está acontecendo e ter a disposição para receber a mensagem". (Paul Brunton)



Observe Krishnamurti, em conversa com David Bohn, apontando para um "processo", um "caminho de transformação", descrevendo suas etapas até o estado de prontificação e a necessária base emocional para a manifestação da Visão Intuitiva, ou como dizemos no paradigma, a Retomada da Perene Consciência Amorosa Integrativa...


Krishnamurti: Estávamos discutindo o que significa para o cérebro não ter movimento. Quando um ser humano ESTEVE SEGUINDO O CAMINHO DA TRANSFORMAÇÃO, e PASSOU por TUDO isso, e esse SENTIDO DE VAZIO, SILÊNCIO E ENERGIA, ele ABANDONOU QUASE TUDO e CHEGOU AO PONTO, à BASE. Como, então, essa VISÃO INTUITIVA afeta a sua vida diária? Qual é o seu relacionamento com a sociedade? Como ele age em relação à guerra, e ao mundo todo — um mundo em que está realmente vivendo e lutando na escuridão? Qual a sua ação? Eu diria, como concordamos no outro dia, que ele é o não-movimento.

David Bohn: Sim, dissemos que a base era movimento SEM DIVISÃO.

K: Sem divisão. Sim, correto. (Capítulo 8 do livro, A ELIMINAÇÃO DO TEMPO PSICOLÓGICO)


A IMPORTÂNCIA DA RENDIÇÃO DIANTE DA MENTE ADQUIRIDA
Até praticar a rendição, a dimensão espiritual de você é algo sobre o que você lê, de que fala, com que fica entusiasmado, tema para escrita de livros, motivo de pensamento, algo em que acredita... ou não, seja qual for o caso. Não faz diferença. Só quando você se render é que a dimensão espiritual se tornará uma realidade viva na sua vida. Quando o fizer, a energia que você emana e que então governa a sua vida é de uma frequência vibratória muito superior à da energia mental que ainda comanda o nosso mundo. Através da rendição, a energia espiritual entra neste mundo. Não gera sofrimento para você, para os outros seres humanos, nem para qualquer forma de vida no planeta. (Eckhart Tolle em , A Prática do Poder do Agora, pág. 118)


O IMPOPULAR DRAMA OUTSIDER — O encontro direto com a Verdade absoluta parece, então, impossível para uma consciência humana comum, não mística. Não podemos conhecer a realidade ou mesmo provar a existência do mais simples objeto, embora isto seja uma limitação que poucas pessoas compreendem realmente e que muitas até negariam. Mas há entre os seres humanos um tipo de personalidade que, esta sim, compreende essa limitação e que não consegue se contentar com as falsas realidades que nutrem o universo das pessoas comuns. Parece que essas pessoas sentem a necessidade de forjar por si mesmas uma imagem de "alguma coisa" ou do "nada" que se encontra no outro lado de suas linhas telegráficas: uma certa "concepção do ser" e uma certa teoria do "conhecimento". Elas são ATORMENTADAS pelo Incognoscível, queimam de desejo de conhecer o princípio primeiro, almejam agarrar aquilo que se esconde atrás do sombrio espetáculo das coisas. Quando alguém possui esse temperamento, é ávido de conhecer a realidade e deve satisfazer essa fome da melhor forma possível, enganando-a, sem contudo jamais poder saciá-la. — Evelyn Underhill