O ateísmo é a forma mais baixa de religião. Por que digo que é a forma mais baixa de religião? Porque é a menos produtiva, a menos criativa. Você já observou? Em todos estes séculos, as religiões teístas têm sido tão produtivas, tão criativas Khajuraho, Ajanta, Ellora, Michaelangelo, Mozart, Leonardo da Vinci, as grandes igrejas e catedrais, os grandes templos do Oriente, as grandes estátuas de Buda. Toda a pintura, toda a escultura, toda a música, todo o teatro, toda a poesia, saíram das religiões teístas. O ateísmo não criou nada. É por isso que digo que é a forma mais baixa de filosofia. Os ateus não criaram nada; têm sido as pessoas mais inférteis e impotentes. Não criaram nenhum livro comparado ao Geeta, à Bíblia ou ao Alcorão. Não criaram nada. Todo o esforço deles tem sido este: Deus não existe. É suficiente ficar declarado que Deus não existe? Eles não desafiaram a inteligência do homem.
(...) Tudo o que é belo saiu das pessoas religiosas, dos teístas.
Existem no mundo trezentas religiões — tanta variedade, tantas possibilidades. O ateísmo é simplesmente monótono. Não tem nenhuma outra variedade. Não se pode escolher; não há nada para escolher. Ateísmo é só ateísmo... Na religião há uma tremenda variedade. Mahavir diz alguma coisa, Buda diz alguma coisa, Jesus também diz alguma coisa, Muhammad traz uma outra dimensão. Moisés abre outra porta e Zaratustra o chama para ver através de seus olhos. Uma tremenda variedade, tantas dimensões, tantas possibilidades desafiam a humanidade, fazem surgir o melhor que há em você.
O ateísmo é não-criativo. Na verdade tem que ser assim porque a partir de uma atividade negativa não pode haver criação. A atitude negativa é mais como a morte do que como a vida. 'Não' é morte; 'sim' é vida. Quando você diz sim, as portas se abrem; quando diz não, todas elas se fecham. A religião tem sido muito produtiva; e ainda continua produzindo, ainda é criativa, ainda não está gasta e cansada. E o ateísmo? — nunca esteve vivo, é uma filosofia morta e repetitiva.
E a beleza ou a ironia disso é que se o ateísmo desaparecer, o teísmo poderá sobreviver porque não depende dos ateus. Veja só. Se não existirem ateus, não haverá problema para aquele que crê em Deus, mas se ninguém acreditar em Deus, o ateísmo desaparecerá. É dependente; não tem independência. Se o mundo inteiro abandonar as atitudes religiosas e todos disserem: "Sim, não acreditamos em Deus", o que acontecerá ao ateísmo? É uma atitude negativa; ela depende do teísmo. O teísta diz "Deus existe", e o ateu diz "Deus não existe". Toda a sua energia vem do teísmo. Se os teístas desaparecerem, o ateísmo desaparecerá, simplesmente, sem deixar nenhum vestígio.
O 'não' não pode existir sem o sim, mas o sim pode existir sem o não. Por isso digo que o sim é poderoso. Ele tem vida própria; o 'não' não tem vida própria.
E somente as pessoas estúpidas ficam tão presas ao não — pessoas que não podem criar. E é muito fácil dizer não, lembre-se, porque nada está envolvido ao se dizer não. Dizer sim é perigoso porque você se árduo. Aquele que diz sim tem que explorar o imensurável. Aquele que diz não estagnou a si mesmo; não está indo a nenhum lugar, ficou bloqueado, tornou-se velho e estanque. Fede. compromete. Se você diz não, não há comprometimento, não há nenhuma exploração, você não se aventura. Se diz sim, então a jornada começa e você se move no perigo. É árduo. Aquele que diz sim tem que explorar o imensurável. Aquele que diz não estagnou a si mesmo; não está indo a nenhum lugar, ficou bloqueado, tornou-se velho e estanque. Fede.
OSHO