"Os conflitos e controvérsias que de um lado se desdobram entre um tipo de fé e outro, e do outro, entre a fé e a filosofia deixam-me curioso em saber se será possível que um dia, finalmente, venha a existir uma religião que encerre um apelo adequado para toda a humanidade, religião que fosse aceitável tanto para o filósofo como para o homem comum, que fosse bem-vinda tanto para o racionalista como para o sacerdote. Mas poderá está pergunta ser respondida de outra forma que não a negativa, isto enquanto as verdade fundamentais de tal religião mundial não forem empiricamente demonstradas, tais como foram universalmente aceitas outras leis e fenômenos da natureza? Obviamente não. Para poder persuadir a razão a que se erga acima de si mesmo, é essencial que se consiga a sua transcendência de forma que essa transcendência não repugne à própria razão, violando qualquer dos seus princípios tão ciosamente guardados. Mas nenhuma das religiões existentes está preparada para permitir-se esta espécie de aproximação, mesmo no domínio estritamente temporal, e ainda menos no domínio espiritual, pois no primeiro não se apresenta nenhuma possibilidade de compromisso com o segundo, aceitando-o como tal e, em consequência, não há qualquer possibilidade de que venha a florescer uma fé universal.
A meta que tenho em mente revelou-se-me muito mais elevada e nobre do que o dado mais atrativo que eu pudesse aguardar com a aquisição da mais ambicionada regalia supranormal. Muito desejei alcançar aquela condição de consciência, considerado como objetivo último da ioga, a qual arrasta o espírito incorpóreo para os intraduzíveis planos de glória e bem-aventurança, bastante além da esfera dos pares de opostos, regiões livres do desejo de sobrevivência e do medo da morte. Este extraordinário estado de consciência intimamente consciente de sua própria e inigualável natureza era o prêmio supremo que os verdadeiros aspirantes da ioga aguardavam, em relação ao qual têm que se empenhar com abnegação. A posse de poderes supranormais de aplicação comum e imediata, sejam poderes do corpo ou da mente, mas que ainda mantêm o homem debatendo-se no tormentoso mar da existência, não permitindo que ele se aproxime sequer da solução do grande mistério, pareceu-me ser tão inconsequente quanto a posse de outros tesouros terrestres, todos destinados a desaparecer com a vida. As façanhas da ciência trouxeram assombrosas possibilidades dentro do domínio humano, possibilidades não menos surpreendentes do que as que estão, inclusive, relacionadas com as mais extraordinárias proezas do tipo sobrenatural, com somente uma exceção suprema — o milagre da vivência transcendental e a revelação, periodicamente concedidas a indivíduos especialmente constituídos — as quais, acelerando o progresso moral necessário para uma ordem social pacífica e produtiva, contribuíram não apenas com maior quota no erguimento da humanidade até o seu atual pedestal material, como também tornaram os milagres da ciência possíveis e aprováveis. E foi em direção a este fabuloso estado de pura cognição, livre das limitações do espaço e do tempo, estado em relação ao qual os antigos sábios da Índia haviam se aprofundado, falando dele em termos arrebatadores, alertando que se tratava do mais elevado objetivo da vida humana e do meio ambiente, que com todo o meu coração ansiei elevar-me.
A meta que tenho em mente revelou-se-me muito mais elevada e nobre do que o dado mais atrativo que eu pudesse aguardar com a aquisição da mais ambicionada regalia supranormal. Muito desejei alcançar aquela condição de consciência, considerado como objetivo último da ioga, a qual arrasta o espírito incorpóreo para os intraduzíveis planos de glória e bem-aventurança, bastante além da esfera dos pares de opostos, regiões livres do desejo de sobrevivência e do medo da morte. Este extraordinário estado de consciência intimamente consciente de sua própria e inigualável natureza era o prêmio supremo que os verdadeiros aspirantes da ioga aguardavam, em relação ao qual têm que se empenhar com abnegação. A posse de poderes supranormais de aplicação comum e imediata, sejam poderes do corpo ou da mente, mas que ainda mantêm o homem debatendo-se no tormentoso mar da existência, não permitindo que ele se aproxime sequer da solução do grande mistério, pareceu-me ser tão inconsequente quanto a posse de outros tesouros terrestres, todos destinados a desaparecer com a vida. As façanhas da ciência trouxeram assombrosas possibilidades dentro do domínio humano, possibilidades não menos surpreendentes do que as que estão, inclusive, relacionadas com as mais extraordinárias proezas do tipo sobrenatural, com somente uma exceção suprema — o milagre da vivência transcendental e a revelação, periodicamente concedidas a indivíduos especialmente constituídos — as quais, acelerando o progresso moral necessário para uma ordem social pacífica e produtiva, contribuíram não apenas com maior quota no erguimento da humanidade até o seu atual pedestal material, como também tornaram os milagres da ciência possíveis e aprováveis. E foi em direção a este fabuloso estado de pura cognição, livre das limitações do espaço e do tempo, estado em relação ao qual os antigos sábios da Índia haviam se aprofundado, falando dele em termos arrebatadores, alertando que se tratava do mais elevado objetivo da vida humana e do meio ambiente, que com todo o meu coração ansiei elevar-me.
Gopi Krishna