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segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Você é senhor de sua mente?

O poder do pensamento concentrado, aplicado à vida cotidiana, é amplamente reconhecido. Não há, pois, necessidade de provas ou explicações especiais. mas o homem comum não usa convenientemente nem mesmo uma fração desse poder. Se o leitor discordasse disso, gostaria que me explicasse, ou, melhor, explicasse a si próprio, se sabe por que está pensando de certo modo particular e não de outro, por que os pensamentos lhe surgem na mente, "convidados" ou não, e se é capaz de prever em que estará pensando ao cabo de alguns instantes. Pode de fato fechar a mente, segundo sua vontade, a um pensamento que o importune? De onde vêm os pensamentos? 

Se estas perguntas ficarem sem resposta, teremos de reconhecer que não somos senhores de nossa mente. Um dos principais objetivos deste estudo é pôr fim a essa condição indesejável. 

Controlar uma máquina significa ser capaz de pô-la em ação, modificar sua velocidade e, finalmente, fazê-la parar quando necessário. E isso é exatamente o que se exige da mente disciplinada. 

O verdadeiro poder de concentração não é apenas a habilidade de dirigir e manter, por alguns minutos, toda a atenção focalizada exclusivamente sobre, por exemplo, a cabeça de um alfinete, e sim a capacidade de fazer parar a máquina pensante e observá-la enquanto parada. O artista sente-se seguro de que suas mãos lhe obedecem e executam exatamente o movimento exigido. Por isso nem sequer pensa no assunto e trabalha sem preocupar-se, sabendo que as mãos, em dado momento, farão precisamente o que ele deseja. Sob tais condições, as mãos e os órgãos, trabalhando convenientemente, constituem uma unidade harmoniosa, capaz de funcionar em sua própria esfera de ação. 

Suponhamos que uma parte de seu corpo se recuse a obedecer os impulsos emitidos do cérebro, o centro de controle. Poer exemplo: em vez de apanhar um copo de água, quando você está com sede, sua mão acende um cigarro ou então recusa-se a mover-se. Você certamente concluirá que ela é de pouca utilidade. 

Observemos mais de perto as funções de nossa mente-cérebro. Você é capaz de afirmar, com plena certeza, que pensa sempre quando quer e só no que realmente quer e que, portanto, sabe onde os pensamentos surgem à luz de sua consciência? Poderá impedir a entrada dos pensamentos ou limitar sua duração na mente pelo tempo que desejar? Se for capaz de analisar o processo do pensamento, a resposta será negativa. 

Assim, pode parecer que o homem comum não é bom artífice porque não consegue controlar seu instrumento principal: a mente e os pensamentos. Passa a vida usando e aceitando algo que se origina além do alcance da compreensão.

Mouni Sadhu        

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"Quando você compreende, quando chega a saber,
então traz toda a beleza do passado de volta
e dá a esse passado o renascimento, renova-o,
de forma que todos os que o conheceram
possam estar de novo sobre a terra
e viajar por aqui, e ajudar as pessoas." (Tilopa)



"Nos momentos tranqüilos da meditação, a vontade de DEUS pode tornar-se evidente para nós. Acalmar a mente, através da meditação, traz uma paz interior que nos põe em contato com DEUS dentro de nós. Uma premissa básica da meditação, é que é difícil, senão impossível, alcançar um contato consciente, à não ser que a mente esteja sossegada. Para que haja um progresso, a comum sucessão ininterrupta de pensamentos tem de parar. Por isso, a nossa prática preliminar será sossegar a mente e deixar os pensamentos que brotam morrerem de morte natural. Deixamos nossos pensamentos para trás, à medida que a meditação do Décimo Primeiro Passo se torna uma realidade para nós. O equilíbrio emocional é um dos primeiros resultados da meditação, e a nossa experiência confirma isso." (11º Passo de NA)


"O Eu Superior pode usar algum evento, alguma pessoa ou algum livro como seu mensageiro. Pode fazer qualquer circunstância nova agir da mesma forma, mas o indivíduo deve ter a capacidade de reconhecer o que está acontecendo e ter a disposição para receber a mensagem". (Paul Brunton)



Observe Krishnamurti, em conversa com David Bohn, apontando para um "processo", um "caminho de transformação", descrevendo suas etapas até o estado de prontificação e a necessária base emocional para a manifestação da Visão Intuitiva, ou como dizemos no paradigma, a Retomada da Perene Consciência Amorosa Integrativa...


Krishnamurti: Estávamos discutindo o que significa para o cérebro não ter movimento. Quando um ser humano ESTEVE SEGUINDO O CAMINHO DA TRANSFORMAÇÃO, e PASSOU por TUDO isso, e esse SENTIDO DE VAZIO, SILÊNCIO E ENERGIA, ele ABANDONOU QUASE TUDO e CHEGOU AO PONTO, à BASE. Como, então, essa VISÃO INTUITIVA afeta a sua vida diária? Qual é o seu relacionamento com a sociedade? Como ele age em relação à guerra, e ao mundo todo — um mundo em que está realmente vivendo e lutando na escuridão? Qual a sua ação? Eu diria, como concordamos no outro dia, que ele é o não-movimento.

David Bohn: Sim, dissemos que a base era movimento SEM DIVISÃO.

K: Sem divisão. Sim, correto. (Capítulo 8 do livro, A ELIMINAÇÃO DO TEMPO PSICOLÓGICO)


A IMPORTÂNCIA DA RENDIÇÃO DIANTE DA MENTE ADQUIRIDA
Até praticar a rendição, a dimensão espiritual de você é algo sobre o que você lê, de que fala, com que fica entusiasmado, tema para escrita de livros, motivo de pensamento, algo em que acredita... ou não, seja qual for o caso. Não faz diferença. Só quando você se render é que a dimensão espiritual se tornará uma realidade viva na sua vida. Quando o fizer, a energia que você emana e que então governa a sua vida é de uma frequência vibratória muito superior à da energia mental que ainda comanda o nosso mundo. Através da rendição, a energia espiritual entra neste mundo. Não gera sofrimento para você, para os outros seres humanos, nem para qualquer forma de vida no planeta. (Eckhart Tolle em , A Prática do Poder do Agora, pág. 118)


O IMPOPULAR DRAMA OUTSIDER — O encontro direto com a Verdade absoluta parece, então, impossível para uma consciência humana comum, não mística. Não podemos conhecer a realidade ou mesmo provar a existência do mais simples objeto, embora isto seja uma limitação que poucas pessoas compreendem realmente e que muitas até negariam. Mas há entre os seres humanos um tipo de personalidade que, esta sim, compreende essa limitação e que não consegue se contentar com as falsas realidades que nutrem o universo das pessoas comuns. Parece que essas pessoas sentem a necessidade de forjar por si mesmas uma imagem de "alguma coisa" ou do "nada" que se encontra no outro lado de suas linhas telegráficas: uma certa "concepção do ser" e uma certa teoria do "conhecimento". Elas são ATORMENTADAS pelo Incognoscível, queimam de desejo de conhecer o princípio primeiro, almejam agarrar aquilo que se esconde atrás do sombrio espetáculo das coisas. Quando alguém possui esse temperamento, é ávido de conhecer a realidade e deve satisfazer essa fome da melhor forma possível, enganando-a, sem contudo jamais poder saciá-la. — Evelyn Underhill