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sexta-feira, 11 de julho de 2014

Liberte-se das influências

Estamos cercados de influências por todos os lados, e estamos sendo influenciados. Quando abris um jornal, ledes um livro, escutais o rádio ou olhais a televisão, consciente ou inconscientemente estais sendo influenciado. Vossa educação é toda ela uma série de influências e diretrizes; e, com esse condicionamento, como podeis ver um fato como fato? Naturalmente, não podeis. Assim, deveis começar por compreender a influência.

Ora, é possível ficar-se livre de influência? Só podeis fazer esta pergunta, quando percebeis que estais sendo influenciado, e não antes disso. Provavelmente estais sendo influenciado por este orador. Se estais, neste caso não estais olhando o fato. Se, porque o orador tem uma certa reputação, aceitais o que ele diz, estais obviamente sendo influenciado. Esta é a natureza da propaganda — mas aqui não estamos fazendo propaganda. Ou vedes por vós mesmo o que é verdadeiro, ou não o vedes. Depende de vós. Não é minha intenção influenciar-vos; mas tudo na vida constitui influência. Vossa mulher e vossos filhos vos influenciam, assim como vós os influenciais. A influência pode ser consciente ou inconsciente. Se consciente, tendes alguma possibilidade de vos livrardes dela; isso é relativamente fácil. Se vossa mulher vos importuna, podeis conformar-vos com isso, ou fazer alguma coisa — sair para a rua, por exemplo. Mas, se estais sendo influenciado inconscientemente, se a influência é profunda e não tendes conhecimento dela, é muito mais difícil vos libertardes — e nosso problema é este. A influência assume mil formas. Há a influência da tradição, a influência de palavras, como “comunista”, “católico”, “protestante”, a influência do partido a que pertenceis, etc, etc.

Ora, é possível estarmos cônscios da torrente de influências que sobre nós se despeja continuamente? Tende a bondade, não digais imediatamente “sim” ou “não”, porque não sabeis. É possível isso? Por certo, para estardes livre de influências, deveis possuir um corpo altamente sensível, e também uma mente, um cérebro não embotado pela tradição, pela sociedade, pela Igreja, com suas crenças e dogmas. Todas estas influências, e muitas outras mais, estão embotando o cérebro. Para nos tornarmos cônscios dessas inúmeras influências, e compreendê-las, temos de libertar-nos do embotamento, da letargia que se apoderou da mente — e a maioria de nós não deseja tal coisa. Muitos de nós estamos confortavelmente instalados na vida. Somos católicos, protestantes comunistas — oh! Sabeis a quantas coisas estamos apegados: nossas nacionalidades, nossas divisões de classes, etc. etc. Instalamo-nos com agrado e conforto numa mente em estagnação. Só sabemos dizer “sim”; tudo aceitamos e nunca contestamos nada.

Assim, precisamos estar cônscios das numerosas influências, cônscios, simplesmente, nunca dizendo: “Sou a favor disto e contra aquilo”. Para estarmos cônscios, temos de observar. Uma pessoa pode tornar-se cônscia das influências que lhe são “despejadas” no inconsciente — completamente cônscia delas. Como outro dia verificamos, só quando o cérebro está quieto (não resistindo, não embotado, porém altamente sensível, muito alertado e vigilante) pode perceber todas as influências inconscientes e, assim, livrar-se delas. Pode-se então ver cada fato como fato — e isso não é muito difícil. Isto é, o indivíduo pode tornar-se cônscio de si próprio, com todas as tortuosidades da ambição. Qualquer pessoa pode observar em si mesma tudo isso, e observar todas as influências inconscientes. Vê-se, então, o fato como fato, a verdade no falso, e a verdade como verdade. Não há divisão, é um processo total.

Krishnamurti - 14 de julho de 1963 – SAANEN, Suíça
Do livro: Experimente um novo caminho - ICK
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"Quando você compreende, quando chega a saber,
então traz toda a beleza do passado de volta
e dá a esse passado o renascimento, renova-o,
de forma que todos os que o conheceram
possam estar de novo sobre a terra
e viajar por aqui, e ajudar as pessoas." (Tilopa)



"Nos momentos tranqüilos da meditação, a vontade de DEUS pode tornar-se evidente para nós. Acalmar a mente, através da meditação, traz uma paz interior que nos põe em contato com DEUS dentro de nós. Uma premissa básica da meditação, é que é difícil, senão impossível, alcançar um contato consciente, à não ser que a mente esteja sossegada. Para que haja um progresso, a comum sucessão ininterrupta de pensamentos tem de parar. Por isso, a nossa prática preliminar será sossegar a mente e deixar os pensamentos que brotam morrerem de morte natural. Deixamos nossos pensamentos para trás, à medida que a meditação do Décimo Primeiro Passo se torna uma realidade para nós. O equilíbrio emocional é um dos primeiros resultados da meditação, e a nossa experiência confirma isso." (11º Passo de NA)


"O Eu Superior pode usar algum evento, alguma pessoa ou algum livro como seu mensageiro. Pode fazer qualquer circunstância nova agir da mesma forma, mas o indivíduo deve ter a capacidade de reconhecer o que está acontecendo e ter a disposição para receber a mensagem". (Paul Brunton)



Observe Krishnamurti, em conversa com David Bohn, apontando para um "processo", um "caminho de transformação", descrevendo suas etapas até o estado de prontificação e a necessária base emocional para a manifestação da Visão Intuitiva, ou como dizemos no paradigma, a Retomada da Perene Consciência Amorosa Integrativa...


Krishnamurti: Estávamos discutindo o que significa para o cérebro não ter movimento. Quando um ser humano ESTEVE SEGUINDO O CAMINHO DA TRANSFORMAÇÃO, e PASSOU por TUDO isso, e esse SENTIDO DE VAZIO, SILÊNCIO E ENERGIA, ele ABANDONOU QUASE TUDO e CHEGOU AO PONTO, à BASE. Como, então, essa VISÃO INTUITIVA afeta a sua vida diária? Qual é o seu relacionamento com a sociedade? Como ele age em relação à guerra, e ao mundo todo — um mundo em que está realmente vivendo e lutando na escuridão? Qual a sua ação? Eu diria, como concordamos no outro dia, que ele é o não-movimento.

David Bohn: Sim, dissemos que a base era movimento SEM DIVISÃO.

K: Sem divisão. Sim, correto. (Capítulo 8 do livro, A ELIMINAÇÃO DO TEMPO PSICOLÓGICO)


A IMPORTÂNCIA DA RENDIÇÃO DIANTE DA MENTE ADQUIRIDA
Até praticar a rendição, a dimensão espiritual de você é algo sobre o que você lê, de que fala, com que fica entusiasmado, tema para escrita de livros, motivo de pensamento, algo em que acredita... ou não, seja qual for o caso. Não faz diferença. Só quando você se render é que a dimensão espiritual se tornará uma realidade viva na sua vida. Quando o fizer, a energia que você emana e que então governa a sua vida é de uma frequência vibratória muito superior à da energia mental que ainda comanda o nosso mundo. Através da rendição, a energia espiritual entra neste mundo. Não gera sofrimento para você, para os outros seres humanos, nem para qualquer forma de vida no planeta. (Eckhart Tolle em , A Prática do Poder do Agora, pág. 118)


O IMPOPULAR DRAMA OUTSIDER — O encontro direto com a Verdade absoluta parece, então, impossível para uma consciência humana comum, não mística. Não podemos conhecer a realidade ou mesmo provar a existência do mais simples objeto, embora isto seja uma limitação que poucas pessoas compreendem realmente e que muitas até negariam. Mas há entre os seres humanos um tipo de personalidade que, esta sim, compreende essa limitação e que não consegue se contentar com as falsas realidades que nutrem o universo das pessoas comuns. Parece que essas pessoas sentem a necessidade de forjar por si mesmas uma imagem de "alguma coisa" ou do "nada" que se encontra no outro lado de suas linhas telegráficas: uma certa "concepção do ser" e uma certa teoria do "conhecimento". Elas são ATORMENTADAS pelo Incognoscível, queimam de desejo de conhecer o princípio primeiro, almejam agarrar aquilo que se esconde atrás do sombrio espetáculo das coisas. Quando alguém possui esse temperamento, é ávido de conhecer a realidade e deve satisfazer essa fome da melhor forma possível, enganando-a, sem contudo jamais poder saciá-la. — Evelyn Underhill