O nosso mundo, teu e meu, é a imagem da nossa consciência. Se esta nossa consciência estiver repleta de verdade, então se manifestam em nosso mundo ordem, harmonia, prosperidade, paz, alegria, poder e domínio. Mas, se em nossa consciência não estiver presente a verdade, e sim conceitos de valores materiais e ideologias mundanas, então o nosso mundo assumirá o colorido do acaso, da instabilidade e do caos, que caracterizam os conceitos dos mundanos. Todas as circunstâncias refletem a atividade da consciência do respectivo homem.
O teu mundo está contido em tua consciência; é o reflexo da tua conscientização, porque a tua consciência é que governa o teu mundo. O conhecimento que tens da verdade se torna lei para o teu mundo; mas, por outro, também o teu desconhecimento da verdade se torna lei para o teu mundo. Assim, por exemplo, não existe nenhuma lei das trevas, porquanto, como sabemos, a luz dissipa as trevas; a presença da luz é a ausência das trevas. Mas, na ausência da luz, as trevas firmariam a sua (suposta) presença. Da mesma forma, na ausência da verdade em tua consciência, estariam presentes em ti a ignorância, mentiras, ilusões, confusão e desarmonia. Por isto, em face da deficiente atividade da verdade em tua consciência, o teu mundo será o reflexo de casualidades, de sorte fortuita, de opiniões humanas, conceitos sobre medicina, convicções astrológicas. Mas a verdade, quando atua em tua consciência, se torna em lei de harmonia para a totalidade do teu mundo, e tudo que te concerne espelha essa harmonia da tua consciência.
Suponhamos que te encontres numa sala cheia de pessoas com as quais tenhas de tratar por esta ou aquela razão, falando-lhes, instruindo-as ou trabalhando para elas. Aos teus olhos, representam essas pessoas uma miscelânea de formas e fenômenos — bons e maus, sadios e doentes, ricos e pobres. Como poderás sentir unidade no meio de tanta diversidade? Para que te sintas unido a alguma dessas pessoas, terás de entrar em contato, antes de tudo, com o espírito dentro de ti mesmo e ter consciência da tua própria inteireza; terás de sentir a presença do Pai¹ dentro de ti; e depois, com espontânea naturalidade, entrarás em contato com todos aqueles que tua consciência abrange.
Joel Goldsmith
(¹) Pai = Princípio Amoroso Integrativo