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sábado, 4 de abril de 2015

Pela razão, não podemos conhecer o Infinito

(...) Você me pergunta como podemos conhecer o Infinito. Eu repondo que não é pela razão. A tarefa da razão é distinguir e definir. Assim, o Infinito não pode fazer parte de seus objetivos. O Infinito só pode ser apreendido por uma faculdade superior à razão, que nos faz entrar em um estado no qual você já não é o seu eu finito, estado no qual a essência divina lhe é comunicada. Esse é o êxtase (Consciência Cósmica). É a sua mente, liberta de sua consciência finita. O semelhante só pode apreender o semelhante. Assim, quando você deixa de ser finito, você se torna uno com o Infinito. Na redução de sua alma ao eu mais simples, sua essência divina, você realiza essa união — essa identidade. 

Mas essa condição sublime não tem duração permanente. Só podemos desfrutar dessa elevação de vez em quando (misericordiosamente posta ao nossa alcance), elevação que se acha acima dos limites de nosso corpo e do mundo. Eu próprio, até agora, só a desfrutei por três vezes e Porfírio não foi contemplado nem uma só vez. Tudo aquilo que contribui para purificar e elevar a mente, ajudá-lo-á a atingi-la e facilitará a aproximação e a reincidência desses felizes intervalos. Há, pois, diferentes caminhos pelos quais podemos alcançar esse fim (¹). O amor à beleza, que exalta o poeta; a devoção ao Único e o desejo de ciência, que constituem a ambição do filósofo; o amor e as orações de uma alma devotada e ardente que busca a perfeição moral de purificação. Esses são os grandes caminhos que conduzem ao que está acima do presente e do particular, quando nos vemos face a face com o Infinito, que brilha além das profundezas da alma.

Plotinus, 204 à 274 D.C.
______________

(¹) Plotinus (como ele mesmo nos diz) havia passado por três períodos de iluminação, quando escreveu esta carta a Flacus, ou seja, quando tinha 56 anos de idade. Porfírio nos conta que entre 59 e 64 anos (ou seja, durante os seis anos de duração da relação deles) ele havia passado por quatro períodos de iluminação, o que perfaz um total de sete. É importante observar que os conselhos de Plotinus quanto ao que se deve fazer para facilitar o surgimento da Consciência Cósmica coincidem com os ensinamentos de Gautama, Jesus, Paulo de Tarso e outros.

Richard Maurice Bucke em, Consciência Cósmica
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"Quando você compreende, quando chega a saber,
então traz toda a beleza do passado de volta
e dá a esse passado o renascimento, renova-o,
de forma que todos os que o conheceram
possam estar de novo sobre a terra
e viajar por aqui, e ajudar as pessoas." (Tilopa)



"Nos momentos tranqüilos da meditação, a vontade de DEUS pode tornar-se evidente para nós. Acalmar a mente, através da meditação, traz uma paz interior que nos põe em contato com DEUS dentro de nós. Uma premissa básica da meditação, é que é difícil, senão impossível, alcançar um contato consciente, à não ser que a mente esteja sossegada. Para que haja um progresso, a comum sucessão ininterrupta de pensamentos tem de parar. Por isso, a nossa prática preliminar será sossegar a mente e deixar os pensamentos que brotam morrerem de morte natural. Deixamos nossos pensamentos para trás, à medida que a meditação do Décimo Primeiro Passo se torna uma realidade para nós. O equilíbrio emocional é um dos primeiros resultados da meditação, e a nossa experiência confirma isso." (11º Passo de NA)


"O Eu Superior pode usar algum evento, alguma pessoa ou algum livro como seu mensageiro. Pode fazer qualquer circunstância nova agir da mesma forma, mas o indivíduo deve ter a capacidade de reconhecer o que está acontecendo e ter a disposição para receber a mensagem". (Paul Brunton)



Observe Krishnamurti, em conversa com David Bohn, apontando para um "processo", um "caminho de transformação", descrevendo suas etapas até o estado de prontificação e a necessária base emocional para a manifestação da Visão Intuitiva, ou como dizemos no paradigma, a Retomada da Perene Consciência Amorosa Integrativa...


Krishnamurti: Estávamos discutindo o que significa para o cérebro não ter movimento. Quando um ser humano ESTEVE SEGUINDO O CAMINHO DA TRANSFORMAÇÃO, e PASSOU por TUDO isso, e esse SENTIDO DE VAZIO, SILÊNCIO E ENERGIA, ele ABANDONOU QUASE TUDO e CHEGOU AO PONTO, à BASE. Como, então, essa VISÃO INTUITIVA afeta a sua vida diária? Qual é o seu relacionamento com a sociedade? Como ele age em relação à guerra, e ao mundo todo — um mundo em que está realmente vivendo e lutando na escuridão? Qual a sua ação? Eu diria, como concordamos no outro dia, que ele é o não-movimento.

David Bohn: Sim, dissemos que a base era movimento SEM DIVISÃO.

K: Sem divisão. Sim, correto. (Capítulo 8 do livro, A ELIMINAÇÃO DO TEMPO PSICOLÓGICO)


A IMPORTÂNCIA DA RENDIÇÃO DIANTE DA MENTE ADQUIRIDA
Até praticar a rendição, a dimensão espiritual de você é algo sobre o que você lê, de que fala, com que fica entusiasmado, tema para escrita de livros, motivo de pensamento, algo em que acredita... ou não, seja qual for o caso. Não faz diferença. Só quando você se render é que a dimensão espiritual se tornará uma realidade viva na sua vida. Quando o fizer, a energia que você emana e que então governa a sua vida é de uma frequência vibratória muito superior à da energia mental que ainda comanda o nosso mundo. Através da rendição, a energia espiritual entra neste mundo. Não gera sofrimento para você, para os outros seres humanos, nem para qualquer forma de vida no planeta. (Eckhart Tolle em , A Prática do Poder do Agora, pág. 118)


O IMPOPULAR DRAMA OUTSIDER — O encontro direto com a Verdade absoluta parece, então, impossível para uma consciência humana comum, não mística. Não podemos conhecer a realidade ou mesmo provar a existência do mais simples objeto, embora isto seja uma limitação que poucas pessoas compreendem realmente e que muitas até negariam. Mas há entre os seres humanos um tipo de personalidade que, esta sim, compreende essa limitação e que não consegue se contentar com as falsas realidades que nutrem o universo das pessoas comuns. Parece que essas pessoas sentem a necessidade de forjar por si mesmas uma imagem de "alguma coisa" ou do "nada" que se encontra no outro lado de suas linhas telegráficas: uma certa "concepção do ser" e uma certa teoria do "conhecimento". Elas são ATORMENTADAS pelo Incognoscível, queimam de desejo de conhecer o princípio primeiro, almejam agarrar aquilo que se esconde atrás do sombrio espetáculo das coisas. Quando alguém possui esse temperamento, é ávido de conhecer a realidade e deve satisfazer essa fome da melhor forma possível, enganando-a, sem contudo jamais poder saciá-la. — Evelyn Underhill