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segunda-feira, 1 de junho de 2015

A normose tem cura para quem procura

"Ninguém precisa se envergonhar de estar mental e emocionalmente doente, pois é a coisa que normalmente acontece com os que fazem parte da grande massa, isto é 95% da população. E fazer parte da grande massa, isto é 95% da população. E fazer parte dos 5% restantes pode até ser uma sensação de isolamento." - Livro Bronze de N/A.
Quando o normótico começa a tomar consciência da sua verdadeira natureza e do significado da sua existência, observa-se uma aceleração do seu processo evolutivo. E isso ocorre porque o mesmo começa a colaborar com o impulso evolutivo e a se tornar consciente, sentindo cada vez mais forte e irresistível a premência de reencontrar a realidade de si mesmo capaz e lhe proporcionar a Unidade interna necessária para a conquista de um modo de vida equilibrado, efetivo e feliz. 

O processo de recuperação da normose, num primeiro momento, inclui um minucioso e destemido questionamento quanto ao atual sistema de crenças, a coragem de recusar a submissão às mesmas que se mostram disfuncionais e obsoletas, o destemor dos resultados da opinião social a seu respeito e a coragem suficiente para rejeitar ideias religiosas bem como os costumes de terceiros e um questionamento destemido e minucioso quanto aos padrões que se encontram subjacentes às insatisfações pessoais, e descobrir o que está limitando a realização e o prazer de viver. Traz consigo a responsabilidade de buscar por ideias avançadas capazes de suplantar sua insanidade estagnante. Os que se interessam o suficiente para enfrentar este processo indiferente ao desprezo social, assim como explorar o que está além das ideias institucionalizadas, estão aptos para exercerem a divina missão de não mais perpetuar essa condição em si mesmos e no mundo que os rodeia. Para o exercício desta missão, se faz necessário a conscientização de que o grosso da sociedade sofre de uma espécie de alergia diante de conversas que levem ao questionamento quanto à normose e que apenas poucos são capazes de ousar por uma independência e juízo individual. Precisa ter em mente que muitos normóticos (assim como ele mesmo no decorrer do exercício da própria normose), por medo de perder a estabilidade financeira ou por medo do abandono e da solidão se afastam de práticas e de pessoas que possam colocar em xeque a sua atual maneira de viver, chegando muitas vezes, até mesmo a hostilizá-las, pois sentem que as mesmas, colocam em perigo as coisas e os relacionamentos dos quais dependem para ter segurança e uma boa imagem. Com razão diria Thomaz Merton, em seu livro Na liberdade da Solidão - Editora Vozes
"Não pode o homem dar seu assentimento a uma mensagem espiritual enquanto tem a mente e o coração escravizados pelo automatismo". 
É preciso ter em mente que o normótico só irá procurar por ajuda para a limitação imposta por sua disfuncional maneira de viver, quando não tiver mais com o que anestesiar a dor do tédio, a insatisfação e a falta de sentido existencial. Transcrevo abaixo, pensamentos de alguns escritores que elucidam bem este ponto de vista. São eles:
"Via de regra só o fazem sob o impacto de uma grande dor, crise emocional ou outra perturbação que temporariamente os faça voltarem-se para dentro de si mesmos e torne toda a atividade centrada no eu, fútil e sem sentido. É estranho que ao atingir aquele ponto em que a vida não parece mais valer a penas ser vivida é que as pessoas começam a interessar-se deveras pelo aspecto espiritual da existência, quando anteriormente só ligavam para o seu lado material. É nesse ponto que recorrem à religião em busca de lenitivo, à filosofia em busca de compreensão, e, quando ambas as coisas não aparecem suficientes, a cultos estranhos e heterodoxos em busca de uma luz qualquer. Contudo, qualquer que seja a fonte a que recorrem a fim de obter orientação interior e esclarecimento, ver-se-ão sempre em última instância face a face com o mistério do eu, o qual exigirá sempre, conquanto de forma silenciosa, investigações mais profundas. Torna-se portanto obrigatório, que o homem entenda tal coisa e faça da autocompreensão uma das razões primordiais de sua vida. Até que assim faça, religião, filosofia, psicologia superior, em suma, todas as trilhas do conhecimento não-sensorial continuarão a confundi-lo e intrigá-lo." — Paul Brunton — A Busca do Eu Superior - Ed. Pensamento.
"Como é triste  que a maioria de nós apenas comece a apreciar a vida quando estamos a ponto de morrer!... Não há comentário mais desalentador sobre o mundo moderno do que esse: a maioria das pessoas morre despreparada para morrer, como viveu despreparada para viver". — Sogyal Rinpoche — O Livro Tibetano do Viver e do Morrer 
"Há um lugar no seu interior onde se pode permanecer calmo e de lá olhar com equilíbrio e discernimento as perturbações da consciência de superfície e agir sobre ela para mudá-la. Se você puder aprender a viver nesta calma do ser interior, você terá encontrado sua base estável." — Sri-Aurobindo
"Ao enxergar sob uma luz bem mais abrangente os padrões que condicionam a vida, é possível que não ficássemos tão dispostos a participar de ações que sempre resultaram em sofrimento... Com um entendimento assim, não haveria limites para a nossa visão do ser humano, nem limites para a liberdade humana." — Tartangh Tulku - Conhecimento da Liberdade - Editora Dharma
"...Quem tiver a coragem e a paciência para permitir que sua mente raciocine por essa forma, livre da ideologia convencional, será em última instância gratificado com a descoberta da verdade eterna a cerca do homem. Dar-se por satisfeito com as teorias científicas e filosóficas correntes, que podem e devem ser completamente modificadas nas próximas décadas ou então ser taxadas de errôneas e incompletas pela geração seguinte, é demonstrar inércia e covardia mental. A verdade não é para os preguiçosos ou tímidos". — Paul Brunton - A Busca do Eu Superior - Editora Pensamento
"Esta normalidade é uma mediocridade que não admite ou até mesmo condena tudo o que se encontra fora de suas normas e o considera como anormal sem levar em conta que muitos comportamentos ditos como anormais são em realidade começos ou tentativas para ultrapassar a mediocridade." — Roberto Assagiolli
O normótico que quer se recuperar precisa buscar por momentos de solidão onde possa praticar uma qualidade de escuta interior pela qual possa se manifestar a Presença do que está presente, no mais profundo de sua essência, abrindo-se cada vez mais "Àquele que É". Ele precisa superar o estadio de identificação corporal para uma maior identificação com o Transpessoal. Precisa entrar num estado de apatia, ou seja, um estado onde não mais se deixa enganar pelas promessas de satisfação vindas do externo, o qual faz com que o normótico saia da sua horizontalidade em busca do Essencial, acima de todas as coisas — a busca da ação da verticalidade do SER. 

O normótico não consegue perceber a realidade da prisão em que vive, do mesmo modo que o peixe não se percebe prisioneiro num aquário. Por essa razão, o normótico submete sua liberdade à autoridade grupal em detrimento de sua autonomia. Não consegue perceber que são nas escolhas individuais, na mais ampla liberdade do homem que se encontra o potencial de saúde. 

Outsider
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"Quando você compreende, quando chega a saber,
então traz toda a beleza do passado de volta
e dá a esse passado o renascimento, renova-o,
de forma que todos os que o conheceram
possam estar de novo sobre a terra
e viajar por aqui, e ajudar as pessoas." (Tilopa)



"Nos momentos tranqüilos da meditação, a vontade de DEUS pode tornar-se evidente para nós. Acalmar a mente, através da meditação, traz uma paz interior que nos põe em contato com DEUS dentro de nós. Uma premissa básica da meditação, é que é difícil, senão impossível, alcançar um contato consciente, à não ser que a mente esteja sossegada. Para que haja um progresso, a comum sucessão ininterrupta de pensamentos tem de parar. Por isso, a nossa prática preliminar será sossegar a mente e deixar os pensamentos que brotam morrerem de morte natural. Deixamos nossos pensamentos para trás, à medida que a meditação do Décimo Primeiro Passo se torna uma realidade para nós. O equilíbrio emocional é um dos primeiros resultados da meditação, e a nossa experiência confirma isso." (11º Passo de NA)


"O Eu Superior pode usar algum evento, alguma pessoa ou algum livro como seu mensageiro. Pode fazer qualquer circunstância nova agir da mesma forma, mas o indivíduo deve ter a capacidade de reconhecer o que está acontecendo e ter a disposição para receber a mensagem". (Paul Brunton)



Observe Krishnamurti, em conversa com David Bohn, apontando para um "processo", um "caminho de transformação", descrevendo suas etapas até o estado de prontificação e a necessária base emocional para a manifestação da Visão Intuitiva, ou como dizemos no paradigma, a Retomada da Perene Consciência Amorosa Integrativa...


Krishnamurti: Estávamos discutindo o que significa para o cérebro não ter movimento. Quando um ser humano ESTEVE SEGUINDO O CAMINHO DA TRANSFORMAÇÃO, e PASSOU por TUDO isso, e esse SENTIDO DE VAZIO, SILÊNCIO E ENERGIA, ele ABANDONOU QUASE TUDO e CHEGOU AO PONTO, à BASE. Como, então, essa VISÃO INTUITIVA afeta a sua vida diária? Qual é o seu relacionamento com a sociedade? Como ele age em relação à guerra, e ao mundo todo — um mundo em que está realmente vivendo e lutando na escuridão? Qual a sua ação? Eu diria, como concordamos no outro dia, que ele é o não-movimento.

David Bohn: Sim, dissemos que a base era movimento SEM DIVISÃO.

K: Sem divisão. Sim, correto. (Capítulo 8 do livro, A ELIMINAÇÃO DO TEMPO PSICOLÓGICO)


A IMPORTÂNCIA DA RENDIÇÃO DIANTE DA MENTE ADQUIRIDA
Até praticar a rendição, a dimensão espiritual de você é algo sobre o que você lê, de que fala, com que fica entusiasmado, tema para escrita de livros, motivo de pensamento, algo em que acredita... ou não, seja qual for o caso. Não faz diferença. Só quando você se render é que a dimensão espiritual se tornará uma realidade viva na sua vida. Quando o fizer, a energia que você emana e que então governa a sua vida é de uma frequência vibratória muito superior à da energia mental que ainda comanda o nosso mundo. Através da rendição, a energia espiritual entra neste mundo. Não gera sofrimento para você, para os outros seres humanos, nem para qualquer forma de vida no planeta. (Eckhart Tolle em , A Prática do Poder do Agora, pág. 118)


O IMPOPULAR DRAMA OUTSIDER — O encontro direto com a Verdade absoluta parece, então, impossível para uma consciência humana comum, não mística. Não podemos conhecer a realidade ou mesmo provar a existência do mais simples objeto, embora isto seja uma limitação que poucas pessoas compreendem realmente e que muitas até negariam. Mas há entre os seres humanos um tipo de personalidade que, esta sim, compreende essa limitação e que não consegue se contentar com as falsas realidades que nutrem o universo das pessoas comuns. Parece que essas pessoas sentem a necessidade de forjar por si mesmas uma imagem de "alguma coisa" ou do "nada" que se encontra no outro lado de suas linhas telegráficas: uma certa "concepção do ser" e uma certa teoria do "conhecimento". Elas são ATORMENTADAS pelo Incognoscível, queimam de desejo de conhecer o princípio primeiro, almejam agarrar aquilo que se esconde atrás do sombrio espetáculo das coisas. Quando alguém possui esse temperamento, é ávido de conhecer a realidade e deve satisfazer essa fome da melhor forma possível, enganando-a, sem contudo jamais poder saciá-la. — Evelyn Underhill