Se você se sente grato por este conteúdo e quiser materializar essa gratidão, em vista de manter a continuidade do mesmo, apoie-nos: https://apoia.se/outsider - informações: outsider44@outlook.com - Visite> Blog: https://observacaopassiva.blogspot.com

Mostrando postagens com marcador vícios. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador vícios. Mostrar todas as postagens

quinta-feira, 18 de julho de 2013

Sobre a superação do hábito de fumar

Pergunta: Você disse que quando vemos uma coisa como falsa, essa coisa falsa cai por si. Eu vejo todos os dias que o hábito de fumar é “falso”; entretanto, ele ainda não caiu por si.

Krishnamurti: Você já observou os adultos quando fumam — seus pais, seus mestres, seu vizinho ou outros? Isso se tornou um hábito para eles, não é exato? Prosseguem fumando, dia após dia, ano após ano, pois se tornaram escravos desse hábito. Muitos, compreendendo o quanto é estúpido ser escravo de alguma coisa, lutam contra o hábito, disciplinam-se contra ele, procuram por todos os meios para se libertarem dele. Mas, veja, o hábito é uma coisa morta, uma ação que se tornou mecânica e que, quanto mais a combatemos, tanto mais forte se torna. Mas se a pessoa que fuma se tornar consciente de seu hábito, estiver consciente de quando leva a mão ao bolso, retira um cigarro, “bate-o”, coloca-o na boca, acende-o e tira a primeira “fumaça” — se, cada vez que percorrer essa rotina, observá-la sem condenação, sem dizer como é terrível fumar — não estará dando mais vitalidade a esse hábito. Mas, para você poder largar de fato alguma coisa que se tornou hábito, tem de investigar muito mais profundamente, quer dizer, tem de examinar todo o problema de por que a mente cultiva um hábito; e esse problema é: Por que a mente é desatenta? Se você limpa os dentes todas as manhãs, olhando ao mesmo tempo pela janela, o escovar os dentes se torna um hábito; mas se você limpa os dentes muito cuidadosa e atentamente, então esse ato não se torna um hábito, uma rotina que se repete sem pensar.

Experimente isso, observe como a mente deseja “colocar-se a dormir”, por meio do hábito, a fim de não ser perturbada. A mente da maioria das pessoas está sempre funcionando na rotina do hábito, o qual, quanto mais velhos ficamos, pior se torna. Provavelmente você já adquiriu dúzias de hábitos. Você tem medo do que possa acontecer, se não fizer o que seus pais mandam, se não se casar conforme os desejos paternos; por conseguinte, sua mente já está funcionando numa rotina; e quando uma pessoa funciona numa rotina, ainda que só tenha dez ou quinze anos de idade, interiormente já está velha, em declínio. Poderá ter um corpo são, porém, nada mais. Seu corpo poderá ser jovem e aprumado, mas sua mente já está dobrada sob seu próprio peso.

Por conseguinte, revela compreender o inteiro problema de por que a mente permanece em seus hábitos e rotinas, seguindo sempre uma determinada “linha”, qual um carro elétrico, e tem medo de indagar, de investigar. Se você diz, “Meu pai é sikh (¹), e por isso eu sou sikh e vou deixar crescer os cabelos, usar turbante” — se você diz tal coisa, sem investigar, sem indagar, sem nenhuma intenção de se libertar, você é então semelhante a uma máquina. O fumar também lhe torna semelhante a uma máquina, escarvo do hábito, e é só quando se compreende tudo isso que a mente se torna fresca, jovem, ativa, viva, de modo que cada dia é um novo dia, cada alvorada refletida no rio um deleitável espetáculo.

Krishnamurti - A cultura e o problema humano


(¹) sikh - Adepto do sikhismo, seita fundada pelo guru Nanak, no século XVI, que não reconhece a supremacia bramânica

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Inventariando o processo formador de hábitos

A maioria de nós tem inúmeros hábitos. Temos hábitos e idiossincrasias, físicos, e, ao mesmo tempo, hábitos de pensamento. Cremos nisto e não cremos naquilo; somos patriotas, nacionalistas; e observamos tenazmente o seu especial padrão de pensamento. (…) Uma vez firmada numa série de hábitos, a mente parece funcionar um pouco mais livremente, mas, na realidade, ela é irrefletida, “não cônscia”.(1)

Em parte por nossa educação escolar, em parte pelo condicionamento que a sociedade psicologicamente nos impõe, e também por nossa própria indolência, a nossa mente funciona numa série de hábitos. Se não aprovamos determinado hábito de que estamos bem cônscios, lutamos para quebrá-lo, e, quando quebramos um hábito, formamos outro. Parece não haver momento em que a mente esteja livre do hábito.(2) 

Consideremos um hábito muito simples, que muita gente tem: o hábito de fumar. Se você fuma e deseja abandonar o hábito, a idéia de abandoná-lo cria uma resistência contra o fumar. Agora, pelo conflito ou pela resistência, você pode quebrar um hábito, mas isso não liberta sua mente do processo formador de hábitos; o mecanismo criador dos hábitos não deixou de existir.(3)

Temos hábitos de pensamento, hábitos sexuais - uma infinidade de hábitos, que tanto podem ser conscientes como inconscientes; e é sobretudo difícil ficarmos cônscios dos hábitos inconscientes.(4)

Se não estamos libertos do passado, não há liberdade nenhuma, porque, assim, a mente nunca está nova, fresca, “inocente”. (…) A liberdade nada tem que ver com a idade da pessoa (…) com a experiência; e quer-me parecer que a própria essência da liberdade reside na compreensão de todo o mecanismo do hábito, consciente e inconsciente.(5)

Mas, como, de que maneira e em que nível irá se realizar essa revolução? (…) E se observa, também, que a mente, o próprio cérebro se tornou mecânico e, por conseguinte, repetitivo: lhe ensine certo padrão de comportamento, certas normas de conduta, atitudes, desejos, ambições, etc., e ele ficará funcionando dentro desse canal, desse padrão.(6)

O problema, pois, consiste no seguinte: Meu pensamento está condicionado, fixado num padrão; e a qualquer estímulo, que é sempre novo, o meu pensamento só pode reagir de acordo com o seu condicionamento, transformando o novo no velho, modificado. Dessa maneira, o meu pensamento nunca pode ser livre. Meu pensamento, que é o produto de ontem, só é capaz de reagir nas mesmas condições de ontem.(7)

A mente subordinada à autoridade, sujeita à compulsão, não pode absolutamente ter ordem. Veja, pois, que o ajustamento a um padrão, por melhor, mais nobre e mais completo que seja, não produz ordem. Por conseguinte, temos de investigar, dentro de nós mesmos, todo esse “processo” de submissão a um padrão de vida, pois é isso, de fato, o que está acontecendo. Você está na sujeição de uma idéia, como nacional de um país, como hinduísta, como muçulmano. (…) Você está submisso a uma idéia e, portanto, ajustado a uma tradição.(8)

Ora, essa mente, até onde posso ver, funciona tão só como atividade egocêntrica; quer meditando em Deus, quer buscando satisfação sexual, praticando o ideal da “não-violência”, se lançando a reformas sociais. (…) E é possível a mente se libertar dessa atividade egocêntrica, sem compulsão, sem a disciplina do ajustamento a um padrão?(9)

Portanto, qual é a condição interna necessária para sermos nós mesmos, para sermos espontâneos? A primeira condição interna necessária, é que o mecanismo formador de hábitos deve cessar. Qual é a força motriz atrás desse mecanismo?(10) 
O desejo dá uma falsa continuidade ao nosso pensamento, e a mente apega-se a essa continuidade, cujas ações são apenas o seguimento de padrões, ideais, princípios, e o estabelecimento de hábito. Assim, a experiência jamais é nova, fresca, alegre, criativa.(11)

Se existe esse hábito (da vaidade), quando dele vocês se tornarem conscientes, ele desaparecerá se realmente vocês amam todo esse processo de viver. (…) Mas aqueles de vocês que se acham profundamente interessados, (…) observem como este ou qualquer outro hábito cria uma cadeia de memórias que se tornam cada vez mais fortes, até que somente permanece o “eu”, o “mim”. Esse mecanismo é o “eu”, e, enquanto existir esse processo, não pode haver o êxtase do amor, da verdade.(12)

O poder-motor que está por trás da vontade é o medo, e, quando começamos a compreender isso, o mecanismo do hábito intervém, oferecendo novas fugas, novas esperanças. (…) Quando há apenas medo, sem nenhuma esperança de fuga, nos mais negros momentos, na mais completa solidão do medo, aí surge, como do interior de si próprio, a luz que o dissipará. (13)

O ciúme, em quase todos nós, tornou-se um hábito e, como todo hábito, tem continuidade. Quebrar o hábito significa, meramente, estar cônscio do hábito. (…) Estar cônscio de um hábito significa não o condenar, porém, simplesmente, observá-lo. (…) Nesse estado de total percebimento (…) você descobrirá ter eliminado completamente aquele sentimento habitualmente identificado com a palavra “ciúme”.(14)
É só a mente embotada, sonolenta, que cria o hábito e a ele se apega. A mente que está atenta momento a momento - atenta para o que ela própria está dizendo, atenta para o movimento de suas mãos, de seus pensamentos, de seus sentimentos - descobrirá que se terá acabado a formação de hábitos. (…) A mente que se limita a freqüentar a igreja, a recitar orações, que está apegada a dogmas ou que abandona uma seita para ingressar noutra, não é uma mente religiosa. (…) Religiosa é a mente livre, num estado de constante “explosão”.(15)

Um indivíduo é hinduísta, cristão, alemão, russo, suíço, americano, etc., com o respectivo conjunto de hábitos, do qual em geral está inconsciente. Como poderá o indivíduo ficar cônscio desse condicionamento? Como você pode se tornar cônscio do inconsciente, onde se encontra essa imensa série de hábitos não revelados? Como pode ficar cônscio do padrão inconsciente que se acha profundamente enraizado em você? Você procurará um psicanalista (…) para que ele lhe “arranque” o padrão do inconsciente? Isso adiantará? Ou você mesmo se analisará?(16)

O importante é romper essa muralha de condicionamento, de hábito. E muitos de nós achamos que poderemos rompê-la por meio da análise, quer feita por nós mesmos, quer por outrem; mas isso não é possível. A muralha do hábito só pode ser rompida quando a pessoa está completamente cônscia, sem escolha, negativamente vigilante.(17)

Existe um “método de quebrar o hábito”? Ora, método implica tempo, movimento de um ponto de partida para um ponto de chegada. Se você ver por si mesmo que o tempo não lhe liberta do hábito e que, por conseguinte, os métodos e sistemas para nada servem, ficará então frente a frente com a realidade, o fato de que sua mente está enredada no hábito.(18)

E, então, que acontece? Você não está procurando modificar o hábito, não está tentando quebrá-lo. Está simplesmente em presença do fato de que sua mente funciona na rotina do hábito. (…) Se você não tentar alterá-lo, o próprio fato lhe dará uma extraordinária energia, com a qual você pode quebrá-lo completamente. Compreende? (…) Por conseguinte, sua atenção é completa, toda a vossa energia se concentrou, e essa energia destroça totalmente o fato.(19)

Não sei se você já se observou no ato de fumar. Com “se observar” quero dizer “estar cônscio de cada movimento que você faz”: como a sua mão vai ao bolso, retira um cigarro, coloca-o na boca, volta ao bolso para apanhar os fósforos, acende o cigarro, e como, então, “você puxa umas fumaças” e atira fora o fósforo. O importante é se dar conta de todo esse processo, sem lhe resistir, sem rejeitá-lo, sem desejar ficar livre dele - estando, apenas, totalmente cônscio de cada movimento inerente ao hábito.(20)

De modo idêntico, você pode estar cônscio do hábito da inveja, do hábito de adquirir, do hábito do medo; e então, observando, você poderá ver o que está implicado nesse hábito. Verá instantaneamente tudo o que a inveja implica; mas não poderá ver tudo o que a inveja implica, se, na sua observação da inveja, entrar o elemento tempo.(21)

Pensamos que podemos nos libertar da inveja gradualmente e nos esforçamos por afastá-la pouco a pouco, introduzindo assim a idéia do tempo. Dizemos: “Tentarei me livrar da inveja amanhã, ou um pouco mais tarde” - e, entrementes, continuamos invejosos. (…) Ou quebramos um hábito imediatamente, ou ele continua existente, embotando gradualmente a mente e criando novos hábitos.(22)

Se pudermos compreender, nos seu todo, o processo do hábito, talvez tenhamos a possibilidade de pôr fim à formação dos hábitos. Pôr fim a determinado hábito, apenas, é relativamente fácil, mas o problema não fica resolvido. Todos temos vários hábitos, dos quais estamos ou não estamos cônscios; por conseqüência, devemos descobrir se nossa mente se deixou apanhar na armadilha do hábito, e a razão por que cria hábitos.(23)

O nosso pensar não é, na maior parte, “habitual”? Desde crianças, nos têm ensinado a pensar numa certa direção, como cristãos, comunistas (…) e não ousamos nos desviar dessa direção, porque qualquer desvio, em si, representa temor. Assim, o nosso pensar é basicamente “habitual”, condicionado; nossa mente está funcionando dentro de rotinas fixas, e naturalmente temos também hábitos superficiais, que procuramos suprimir.(24)

Se você está agora investigando, procurando descobrir se sua mente pensa sob a influência dos hábitos, (…) então qualquer hábito, como, por exemplo, o de fumar, terá significação toda diferente. Isto é, se lhe interessa investigar o processo do hábito, que se acha num nível mais profundo, você saberá atender ao hábito de fumar de um modo completamente diferente.(25)

Estando bem claro para você, interiormente, que deseja pôr fim não só ao hábito de fumar, mas ao inteiro processo de pensar pela rotina dos hábitos, você já não luta contra o movimento automático de apanhar o cigarro, etc., pois sabe que, quanto mais combatemos um hábito, mais vitalidade lhe damos. Mas, se você está atento e bem cônscio desse hábito, sem combatê-lo, verá que ele desaparecerá por si, no tempo próprio; a mente não está mais ocupada com ele.(26)

A mente detesta a incerteza e necessita, portanto, dos hábitos como meio de segurança. Mas nunca está livre do hábito a mente que se sente segura, e, sim, só aquela que se acha em completa insegurança. (…) A mente que se acha na mais completa insegurança, incerteza; que está sempre a investigar e a descobrir algo; que morre para cada experiência, cada aquisição, e por conseguinte se acha sempre num estado de “não saber” - só essa mente pode ser livre do hábito.(27)

A questão não é de acabar com o hábito, porém, antes, de ver totalmente a estrutura do hábito. Você deve observar como se formam os hábitos e como, pela rejeição de um hábito ou pela resistência a ele, outro hábito se forma. O relevante é estar totalmente cônscio do hábito; porque então, como você mesmo verá, já não há formação de hábitos. O resistir ao hábito, o combatê-lo, ou rejeitá-lo, só pode dar continuidade ao hábito. (…) Mas, se você fica simplesmente cônscio de toda a estrutura do hábito, sem resistência nenhuma, verá então que estará livre do hábito e que, nessa liberdade, ocorre uma coisa nova. (28)

Podem-se quebrar hábitos, sem se criar outro hábito? Meu problema, por certo, não se refere à possibilidade de abandonar um hábito doloroso, ou de conservar um hábito aprazível, mas sim à possibilidade de me tornar livre de todo o mecanismo formador de hábitos. (…) Isto é, posso quebrar, abandonar o pensamento, o padrão que se formou, que se criou através de séculos, sem criar um novo padrão? É isso o que, em geral, gostamos de fazer. (…) Se sou hinduísta, quebro esse padrão e me torno comunista.(29)

Por conseguinte, para eu poder ser livre de todos os padrões, torna-se necessária uma revolta isenta de qualquer incentivo e de qualquer idéia nova. Tal revolta é criadora; esse estado é o “estado de criação”, é o estado puro, não adulterado, não corrompido; porque, aí, não há (…) esperança, (…) oposição, sujeição a nenhum padrão.(30)

A formação da idéia a que a mente se apega, a adesão a uma crença, um hábito, um prazer - tudo isso cria, (…) forma o molde em que a mente se aprisiona. (…) O pensamento é o criador do padrão; o pensamento é sempre condicionado; (…) porque o que penso é resultado do meu acervo mental, e todo pensar é reação a esse fundo. A questão, pois, não é de saber “como me libertar de um padrão ou hábito de pensamento”, mas, sim, “se a mente pode ficar livre da criação de idéias.” (…) Só então há possibilidade de quebrar o padrão e ficar inteiramente livre de todos os padrões.(31)

Em geral, não estamos nada cônscios de nossos hábitos e, por isso, eles se tornaram inconscientes. No momento em que você se torna cônscio de um hábito, você o “arrancou” do inconsciente (…) Mas, no momento em que me torno plenamente cônscio desse hábito e não lhe resisto, mas me limito a observá-lo, então foi ele “arrancado” do inconsciente.(32)

Ora, é porque quase todos os nossos hábitos são inconscientes, que nós não os despedaçamos, não os “dinamitamos”. (…) A questão, pois, é de como estarmos cônscios, plenamente cônscios de todos os hábitos “animalescos”.(33)

Textos de Krishnamurti, extraídos de: Seleta de Krishnamurti
Fontes das citações:
(1) O Homem e seus Desejos em Conflito, 1ª ed., pág. 155
(2) O Homem e seus Desejos em Conflito, 1ª ed., pág. 155
(3) O Homem e seus Desejos em Conflito, 1ª ed., pág. 155-156
(4) O Homem e seus Desejos em Conflito, 1ª ed., pág. 156-157
(5) O Homem e seus Desejos em Conflito, 1ª ed., pág. 158
(6) Uma Nova Maneira de Agir, 1ª ed., pág. 90-91
(7) Da Insatisfação à Felicidade, pág. 26
(8) A Suprema Realização, pág. 178
(9) O Homem Livre, pág. 146
(10) Palestras em Ommen, Holanda, 1937-1938, pág. 87-88
(11) Palestras em Ommen, Holanda, 1937-1938, pág. 88
(12) Palestras em Ommen, Holanda, 1937-1938, pág. 93-94
(13) Palestras em Ommen, Holanda, 1937-1938, pág. 104
(14) O Homem e seus Desejos em Conflito, 1ª ed., pág. 151
(15) O Homem e seus Desejos em Conflito, 1ª ed., pág. 158
(16) O Homem e seus Desejos em Conflito, 1ª ed., pág. 163
(17) O Homem e seus Desejos em Conflito, 1ª ed., pág. 164
(18) O Homem e seus Desejos em Conflito, 1ª ed., pág. 175-176
(19) O Homem e seus Desejos em Conflito, 1ª ed., pág. 176
(20) O Homem e seus Desejos em Conflito, 1ª ed., pág. 155-156
(21) O Homem e seus Desejos em Conflito, 1ª ed., pág. 156
(22) O Homem e seus Desejos em Conflito, 1ª ed., pág.156
(23) Realização sem Esforço, pág. 68
(24) Realização sem Esforço, pág. 68-69
(25) Realização sem Esforço, pág. 69
(26) Realização sem Esforço, pág. 69
(27) Realização sem Esforço, pág. 70
(28) O Homem e seus Desejos em Conflito, 1ª ed., pág. 158
(29) Poder e Realização, pág. 73
(30) Poder e Realização, pág. 75
(31) Poder e Realização, pág. 75
(32) O Homem e seus Desejos em Conflito, lª ed., pág. 162-163
(33) O Homem e seus Desejos em Conflito, lª ed., pág. 163
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...
"Quando você compreende, quando chega a saber,
então traz toda a beleza do passado de volta
e dá a esse passado o renascimento, renova-o,
de forma que todos os que o conheceram
possam estar de novo sobre a terra
e viajar por aqui, e ajudar as pessoas." (Tilopa)



"Nos momentos tranqüilos da meditação, a vontade de DEUS pode tornar-se evidente para nós. Acalmar a mente, através da meditação, traz uma paz interior que nos põe em contato com DEUS dentro de nós. Uma premissa básica da meditação, é que é difícil, senão impossível, alcançar um contato consciente, à não ser que a mente esteja sossegada. Para que haja um progresso, a comum sucessão ininterrupta de pensamentos tem de parar. Por isso, a nossa prática preliminar será sossegar a mente e deixar os pensamentos que brotam morrerem de morte natural. Deixamos nossos pensamentos para trás, à medida que a meditação do Décimo Primeiro Passo se torna uma realidade para nós. O equilíbrio emocional é um dos primeiros resultados da meditação, e a nossa experiência confirma isso." (11º Passo de NA)


"O Eu Superior pode usar algum evento, alguma pessoa ou algum livro como seu mensageiro. Pode fazer qualquer circunstância nova agir da mesma forma, mas o indivíduo deve ter a capacidade de reconhecer o que está acontecendo e ter a disposição para receber a mensagem". (Paul Brunton)



Observe Krishnamurti, em conversa com David Bohn, apontando para um "processo", um "caminho de transformação", descrevendo suas etapas até o estado de prontificação e a necessária base emocional para a manifestação da Visão Intuitiva, ou como dizemos no paradigma, a Retomada da Perene Consciência Amorosa Integrativa...


Krishnamurti: Estávamos discutindo o que significa para o cérebro não ter movimento. Quando um ser humano ESTEVE SEGUINDO O CAMINHO DA TRANSFORMAÇÃO, e PASSOU por TUDO isso, e esse SENTIDO DE VAZIO, SILÊNCIO E ENERGIA, ele ABANDONOU QUASE TUDO e CHEGOU AO PONTO, à BASE. Como, então, essa VISÃO INTUITIVA afeta a sua vida diária? Qual é o seu relacionamento com a sociedade? Como ele age em relação à guerra, e ao mundo todo — um mundo em que está realmente vivendo e lutando na escuridão? Qual a sua ação? Eu diria, como concordamos no outro dia, que ele é o não-movimento.

David Bohn: Sim, dissemos que a base era movimento SEM DIVISÃO.

K: Sem divisão. Sim, correto. (Capítulo 8 do livro, A ELIMINAÇÃO DO TEMPO PSICOLÓGICO)


A IMPORTÂNCIA DA RENDIÇÃO DIANTE DA MENTE ADQUIRIDA
Até praticar a rendição, a dimensão espiritual de você é algo sobre o que você lê, de que fala, com que fica entusiasmado, tema para escrita de livros, motivo de pensamento, algo em que acredita... ou não, seja qual for o caso. Não faz diferença. Só quando você se render é que a dimensão espiritual se tornará uma realidade viva na sua vida. Quando o fizer, a energia que você emana e que então governa a sua vida é de uma frequência vibratória muito superior à da energia mental que ainda comanda o nosso mundo. Através da rendição, a energia espiritual entra neste mundo. Não gera sofrimento para você, para os outros seres humanos, nem para qualquer forma de vida no planeta. (Eckhart Tolle em , A Prática do Poder do Agora, pág. 118)


O IMPOPULAR DRAMA OUTSIDER — O encontro direto com a Verdade absoluta parece, então, impossível para uma consciência humana comum, não mística. Não podemos conhecer a realidade ou mesmo provar a existência do mais simples objeto, embora isto seja uma limitação que poucas pessoas compreendem realmente e que muitas até negariam. Mas há entre os seres humanos um tipo de personalidade que, esta sim, compreende essa limitação e que não consegue se contentar com as falsas realidades que nutrem o universo das pessoas comuns. Parece que essas pessoas sentem a necessidade de forjar por si mesmas uma imagem de "alguma coisa" ou do "nada" que se encontra no outro lado de suas linhas telegráficas: uma certa "concepção do ser" e uma certa teoria do "conhecimento". Elas são ATORMENTADAS pelo Incognoscível, queimam de desejo de conhecer o princípio primeiro, almejam agarrar aquilo que se esconde atrás do sombrio espetáculo das coisas. Quando alguém possui esse temperamento, é ávido de conhecer a realidade e deve satisfazer essa fome da melhor forma possível, enganando-a, sem contudo jamais poder saciá-la. — Evelyn Underhill