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domingo, 18 de novembro de 2012

Seus pensamentos são como fantasmas

Seus pensamentos são como fantasmas; você simplesmente insiste em acreditar neles sem jamais tentar encontrá-los, sem jamais se voltar para eles e encará-los. Você ficará simplesmente surpreso com o fato de que qualquer pensamento em que você fixar a atenção simplesmente se dissolve. Ele não consegue suportar sua observação.

(...) Estar fora da pirâmide da mente é entrar no templo do seu ser.

A pirâmide é para o morto. Em realidade, as pirâmides foram feitas para serem túmulos de reis e rainhas egípcios. Elas são sepulturas, e, quando uso a palavra  pirâmide para a mente, uso-a conscientemente. A mente também é uma sepultura de coisas mortas, de memórias passadas, de experiências, de sombras... tudo sombra. Mas, aos poucos, elas ficam tão espessas que criam uma cortina à sua volta.

Se você quer escapar de sua sombra, o que você acha que precisa fazer? Correr? A sombra o seguirá para onde você for, ela estará com você; é a sua sombra. E uma sombra não é existencial, mas um fantasma. A única maneira de se livrar dela é voltar-se para trás, olhar para ela e tentar descobrir se existe alguma substância nela. Não há! Ela é pura negatividade. Apenas por você estar no caminho dos raios do sol cria a sombra.

Exatamente essa é a situação com relação aos seus pensamentos. Por você não ser observador, por você não estar em silêncio, por você não poder perceber as coisas claramente sem nenhuma perturbação, os pensamentos são substitutos da percepção. A menos que você fique consciente, os pensamentos continuarão.

A mente não é você; ela é um outro alguém. Você é somente um observador. E apenas alguns vislumbres de observação o preparará para sair da pirâmide sem nenhuma luta, sem nenhuma contenda, sem nenhuma prática. Você simplesmente se levanta e sai.

As pessoas insistem em acreditar em qualquer coisa que console. Seus fantasmas, seus deuses, seu paraíso e inferno — esses são apenas consolos. Seus santos, seus homens sagrados, seus sábios — tudo consolo. Uma pessoa verdadeira precisa de coragem para sair de toda essa confusão apodrecida. E a única maneira de sair dela é se tornar uma testemunha de seu próprio processo de pensamento. E isso é fácil, é a coisa mais fácil do mundo. Você apenas precisa fazê-lo uma vez, mas você nunca tenta nem mesmo por uma vez e fica achando que isso é a coisa mais difícil do mundo.

Eu também achava que era uma coisa muito difícil, porque todo o mundo me disse que era difícil; foi isso que li em todos os livros — que esse é um fenômeno imensamente difícil, que leva vidas para uma pessoa chegar ao estado de não-mente. Quando todos estão dizendo a mesma coisa, sem exceção, é muito natural você começar a acreditar que é assim.

Mas sou um pouco excêntrico, minha lógica não segue o curso comum; ela anda em ziguezague. Quando constatei que todos dizem que é difícil, que todas as escrituras dizem que é difícil... Minha mente funciona de maneira diferente, e a primeira ideia que me veio foi que é possível que ninguém tenha tentado; senão, haveria opiniões diferentes. Alguém diria que é difícil em uma certa medida, outro diria que é mais difícil do que aquilo, um outro diria que é menos difícil do que aquilo... É impossível ter unanimidade em todo o mundo no apoio a essa dificuldade, e a única possibilidade é que ninguém tenha tentado — mas ninguém quer confessar sua ignorância. Então, o melhor caminho é concordar com o consenso coletivo de que é difícil, muito difícil, de que isso leva vidas.

Descartei a ideia e disse: "Precisa acontecer nesta vida; senão, não deixarei que aconteça em nenhuma outra vida; eu lutarei contra. Nesta vida ou nunca. "Agora ou nunca" se tornou minha abordagem constante, e no dia em que decidi "agora ou nunca", aconteceu. Desde então fico simplesmente surpreso ao perceber como as pessoas foram enganadas.

A coisa mais simples foi transformada na mais impossível — e a mais simples abre a porta para a terceira alternativa, ela o tira da pirâmide: você deixa de ser uma mente. E somente então você sabe quem é você, e saber quem é você é alcançar tudo o que vale a pena alcançar.

(...) Meditação significa sair da mente, olhar para a mente a partir de fora. Este é exatamente o significado da palavra êxtase: ficar de fora. Ficar fora da mente o deixa extasiado, traz o estado de graça até você e muita inteligência é liberada... Quando você fica identificado com a mente, não pode ser muito inteligente, pois se identificou com um instrumento; você ficou confinado pelo instrumento e pelas suas limitações. E você é ilimitado — você é consciência.

Use a mente, mas não se torne a mente; use-a como você usa outras máquinas. A mente é uma bela máquina e, se você puder usá-la, ela o servirá; se você não puder usá-la, ela começará a usar você e se tornará destrutiva, perigosa e fatalmente o levará a algum problema, a alguma calamidade, a algum sofrimento e infelicidade, porque uma máquina é algo cego, não tem olhos, não tem discernimento.

A mente não pode perceber, mas apenas insistir em repetir o que foi programada nela. Ela é como um computador; primeiro você precisa programá-la. Sua pretensa educação é isto: uma contínua programação da mente. Ela se torna um grande armazém de memórias; assim, sempre que você precisa se lembrar de algo, ela pode lhe fornecer a informação. Mas você deveria permanecer como o mestre, a fim de poder usá-la; caso contrário, ela começa a direcioná-lo.

Não seja direcionado pelo seu carro; seja como o motorista. Você precisa decidir a direção, decidir o objetivo, decidir qual será a velocidade, quando começar a andar e quando parar. Quando você perde o controle o carro assume o comando e começa a ir por si mesmo, você se arruína.

(...) Um meditador é mais inteligente do que qualquer outra pessoa e é capaz de usar a mente tanto objetiva quanto subjetivamente. Ele é capaz de se mover dentro de si tão facilmente quanto é capaz de se mover fora de si; ele é mais flexível e é o mestre, podendo levar o carro para frente ou para trás (...) Um meditador se torna mais fluído, mais flexível, sua vida se torna mais rica.

(...) Não sou contra o intelecto, não sou contra a inteligência, mas sou contra a intelectualidade. Não se identifique com a mente, permaneça sempre como um observador na colina — uma testemunha do corpo e da mente, uma testemunha do exterior e do interior, de tal modo que possa transcender ambos, o exterior e o interior, e possa saber que você não é nenhum deles — você está além de ambos.

Osho 
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"Quando você compreende, quando chega a saber,
então traz toda a beleza do passado de volta
e dá a esse passado o renascimento, renova-o,
de forma que todos os que o conheceram
possam estar de novo sobre a terra
e viajar por aqui, e ajudar as pessoas." (Tilopa)



"Nos momentos tranqüilos da meditação, a vontade de DEUS pode tornar-se evidente para nós. Acalmar a mente, através da meditação, traz uma paz interior que nos põe em contato com DEUS dentro de nós. Uma premissa básica da meditação, é que é difícil, senão impossível, alcançar um contato consciente, à não ser que a mente esteja sossegada. Para que haja um progresso, a comum sucessão ininterrupta de pensamentos tem de parar. Por isso, a nossa prática preliminar será sossegar a mente e deixar os pensamentos que brotam morrerem de morte natural. Deixamos nossos pensamentos para trás, à medida que a meditação do Décimo Primeiro Passo se torna uma realidade para nós. O equilíbrio emocional é um dos primeiros resultados da meditação, e a nossa experiência confirma isso." (11º Passo de NA)


"O Eu Superior pode usar algum evento, alguma pessoa ou algum livro como seu mensageiro. Pode fazer qualquer circunstância nova agir da mesma forma, mas o indivíduo deve ter a capacidade de reconhecer o que está acontecendo e ter a disposição para receber a mensagem". (Paul Brunton)



Observe Krishnamurti, em conversa com David Bohn, apontando para um "processo", um "caminho de transformação", descrevendo suas etapas até o estado de prontificação e a necessária base emocional para a manifestação da Visão Intuitiva, ou como dizemos no paradigma, a Retomada da Perene Consciência Amorosa Integrativa...


Krishnamurti: Estávamos discutindo o que significa para o cérebro não ter movimento. Quando um ser humano ESTEVE SEGUINDO O CAMINHO DA TRANSFORMAÇÃO, e PASSOU por TUDO isso, e esse SENTIDO DE VAZIO, SILÊNCIO E ENERGIA, ele ABANDONOU QUASE TUDO e CHEGOU AO PONTO, à BASE. Como, então, essa VISÃO INTUITIVA afeta a sua vida diária? Qual é o seu relacionamento com a sociedade? Como ele age em relação à guerra, e ao mundo todo — um mundo em que está realmente vivendo e lutando na escuridão? Qual a sua ação? Eu diria, como concordamos no outro dia, que ele é o não-movimento.

David Bohn: Sim, dissemos que a base era movimento SEM DIVISÃO.

K: Sem divisão. Sim, correto. (Capítulo 8 do livro, A ELIMINAÇÃO DO TEMPO PSICOLÓGICO)


A IMPORTÂNCIA DA RENDIÇÃO DIANTE DA MENTE ADQUIRIDA
Até praticar a rendição, a dimensão espiritual de você é algo sobre o que você lê, de que fala, com que fica entusiasmado, tema para escrita de livros, motivo de pensamento, algo em que acredita... ou não, seja qual for o caso. Não faz diferença. Só quando você se render é que a dimensão espiritual se tornará uma realidade viva na sua vida. Quando o fizer, a energia que você emana e que então governa a sua vida é de uma frequência vibratória muito superior à da energia mental que ainda comanda o nosso mundo. Através da rendição, a energia espiritual entra neste mundo. Não gera sofrimento para você, para os outros seres humanos, nem para qualquer forma de vida no planeta. (Eckhart Tolle em , A Prática do Poder do Agora, pág. 118)


O IMPOPULAR DRAMA OUTSIDER — O encontro direto com a Verdade absoluta parece, então, impossível para uma consciência humana comum, não mística. Não podemos conhecer a realidade ou mesmo provar a existência do mais simples objeto, embora isto seja uma limitação que poucas pessoas compreendem realmente e que muitas até negariam. Mas há entre os seres humanos um tipo de personalidade que, esta sim, compreende essa limitação e que não consegue se contentar com as falsas realidades que nutrem o universo das pessoas comuns. Parece que essas pessoas sentem a necessidade de forjar por si mesmas uma imagem de "alguma coisa" ou do "nada" que se encontra no outro lado de suas linhas telegráficas: uma certa "concepção do ser" e uma certa teoria do "conhecimento". Elas são ATORMENTADAS pelo Incognoscível, queimam de desejo de conhecer o princípio primeiro, almejam agarrar aquilo que se esconde atrás do sombrio espetáculo das coisas. Quando alguém possui esse temperamento, é ávido de conhecer a realidade e deve satisfazer essa fome da melhor forma possível, enganando-a, sem contudo jamais poder saciá-la. — Evelyn Underhill