Seus pensamentos são como fantasmas; você simplesmente insiste em acreditar neles sem jamais tentar encontrá-los, sem jamais se voltar para eles e encará-los. Você ficará simplesmente surpreso com o fato de que qualquer pensamento em que você fixar a atenção simplesmente se dissolve. Ele não consegue suportar sua observação.
(...) Estar fora da pirâmide da mente é entrar no templo do seu ser.
A pirâmide é para o morto. Em realidade, as pirâmides foram feitas para serem túmulos de reis e rainhas egípcios. Elas são sepulturas, e, quando uso a palavra pirâmide para a mente, uso-a conscientemente. A mente também é uma sepultura de coisas mortas, de memórias passadas, de experiências, de sombras... tudo sombra. Mas, aos poucos, elas ficam tão espessas que criam uma cortina à sua volta.
Se você quer escapar de sua sombra, o que você acha que precisa fazer? Correr? A sombra o seguirá para onde você for, ela estará com você; é a sua sombra. E uma sombra não é existencial, mas um fantasma. A única maneira de se livrar dela é voltar-se para trás, olhar para ela e tentar descobrir se existe alguma substância nela. Não há! Ela é pura negatividade. Apenas por você estar no caminho dos raios do sol cria a sombra.
Exatamente essa é a situação com relação aos seus pensamentos. Por você não ser observador, por você não estar em silêncio, por você não poder perceber as coisas claramente sem nenhuma perturbação, os pensamentos são substitutos da percepção. A menos que você fique consciente, os pensamentos continuarão.
A mente não é você; ela é um outro alguém. Você é somente um observador. E apenas alguns vislumbres de observação o preparará para sair da pirâmide sem nenhuma luta, sem nenhuma contenda, sem nenhuma prática. Você simplesmente se levanta e sai.
As pessoas insistem em acreditar em qualquer coisa que console. Seus fantasmas, seus deuses, seu paraíso e inferno — esses são apenas consolos. Seus santos, seus homens sagrados, seus sábios — tudo consolo. Uma pessoa verdadeira precisa de coragem para sair de toda essa confusão apodrecida. E a única maneira de sair dela é se tornar uma testemunha de seu próprio processo de pensamento. E isso é fácil, é a coisa mais fácil do mundo. Você apenas precisa fazê-lo uma vez, mas você nunca tenta nem mesmo por uma vez e fica achando que isso é a coisa mais difícil do mundo.
Eu também achava que era uma coisa muito difícil, porque todo o mundo me disse que era difícil; foi isso que li em todos os livros — que esse é um fenômeno imensamente difícil, que leva vidas para uma pessoa chegar ao estado de não-mente. Quando todos estão dizendo a mesma coisa, sem exceção, é muito natural você começar a acreditar que é assim.
Mas sou um pouco excêntrico, minha lógica não segue o curso comum; ela anda em ziguezague. Quando constatei que todos dizem que é difícil, que todas as escrituras dizem que é difícil... Minha mente funciona de maneira diferente, e a primeira ideia que me veio foi que é possível que ninguém tenha tentado; senão, haveria opiniões diferentes. Alguém diria que é difícil em uma certa medida, outro diria que é mais difícil do que aquilo, um outro diria que é menos difícil do que aquilo... É impossível ter unanimidade em todo o mundo no apoio a essa dificuldade, e a única possibilidade é que ninguém tenha tentado — mas ninguém quer confessar sua ignorância. Então, o melhor caminho é concordar com o consenso coletivo de que é difícil, muito difícil, de que isso leva vidas.
Descartei a ideia e disse: "Precisa acontecer nesta vida; senão, não deixarei que aconteça em nenhuma outra vida; eu lutarei contra. Nesta vida ou nunca. "Agora ou nunca" se tornou minha abordagem constante, e no dia em que decidi "agora ou nunca", aconteceu. Desde então fico simplesmente surpreso ao perceber como as pessoas foram enganadas.
A coisa mais simples foi transformada na mais impossível — e a mais simples abre a porta para a terceira alternativa, ela o tira da pirâmide: você deixa de ser uma mente. E somente então você sabe quem é você, e saber quem é você é alcançar tudo o que vale a pena alcançar.
(...) Meditação significa sair da mente, olhar para a mente a partir de fora. Este é exatamente o significado da palavra êxtase: ficar de fora. Ficar fora da mente o deixa extasiado, traz o estado de graça até você e muita inteligência é liberada... Quando você fica identificado com a mente, não pode ser muito inteligente, pois se identificou com um instrumento; você ficou confinado pelo instrumento e pelas suas limitações. E você é ilimitado — você é consciência.
Use a mente, mas não se torne a mente; use-a como você usa outras máquinas. A mente é uma bela máquina e, se você puder usá-la, ela o servirá; se você não puder usá-la, ela começará a usar você e se tornará destrutiva, perigosa e fatalmente o levará a algum problema, a alguma calamidade, a algum sofrimento e infelicidade, porque uma máquina é algo cego, não tem olhos, não tem discernimento.
A mente não pode perceber, mas apenas insistir em repetir o que foi programada nela. Ela é como um computador; primeiro você precisa programá-la. Sua pretensa educação é isto: uma contínua programação da mente. Ela se torna um grande armazém de memórias; assim, sempre que você precisa se lembrar de algo, ela pode lhe fornecer a informação. Mas você deveria permanecer como o mestre, a fim de poder usá-la; caso contrário, ela começa a direcioná-lo.
Não seja direcionado pelo seu carro; seja como o motorista. Você precisa decidir a direção, decidir o objetivo, decidir qual será a velocidade, quando começar a andar e quando parar. Quando você perde o controle o carro assume o comando e começa a ir por si mesmo, você se arruína.
(...) Um meditador é mais inteligente do que qualquer outra pessoa e é capaz de usar a mente tanto objetiva quanto subjetivamente. Ele é capaz de se mover dentro de si tão facilmente quanto é capaz de se mover fora de si; ele é mais flexível e é o mestre, podendo levar o carro para frente ou para trás (...) Um meditador se torna mais fluído, mais flexível, sua vida se torna mais rica.
(...) Não sou contra o intelecto, não sou contra a inteligência, mas sou contra a intelectualidade. Não se identifique com a mente, permaneça sempre como um observador na colina — uma testemunha do corpo e da mente, uma testemunha do exterior e do interior, de tal modo que possa transcender ambos, o exterior e o interior, e possa saber que você não é nenhum deles — você está além de ambos.
Osho
(...) Estar fora da pirâmide da mente é entrar no templo do seu ser.
A pirâmide é para o morto. Em realidade, as pirâmides foram feitas para serem túmulos de reis e rainhas egípcios. Elas são sepulturas, e, quando uso a palavra pirâmide para a mente, uso-a conscientemente. A mente também é uma sepultura de coisas mortas, de memórias passadas, de experiências, de sombras... tudo sombra. Mas, aos poucos, elas ficam tão espessas que criam uma cortina à sua volta.
Se você quer escapar de sua sombra, o que você acha que precisa fazer? Correr? A sombra o seguirá para onde você for, ela estará com você; é a sua sombra. E uma sombra não é existencial, mas um fantasma. A única maneira de se livrar dela é voltar-se para trás, olhar para ela e tentar descobrir se existe alguma substância nela. Não há! Ela é pura negatividade. Apenas por você estar no caminho dos raios do sol cria a sombra.
Exatamente essa é a situação com relação aos seus pensamentos. Por você não ser observador, por você não estar em silêncio, por você não poder perceber as coisas claramente sem nenhuma perturbação, os pensamentos são substitutos da percepção. A menos que você fique consciente, os pensamentos continuarão.
A mente não é você; ela é um outro alguém. Você é somente um observador. E apenas alguns vislumbres de observação o preparará para sair da pirâmide sem nenhuma luta, sem nenhuma contenda, sem nenhuma prática. Você simplesmente se levanta e sai.
As pessoas insistem em acreditar em qualquer coisa que console. Seus fantasmas, seus deuses, seu paraíso e inferno — esses são apenas consolos. Seus santos, seus homens sagrados, seus sábios — tudo consolo. Uma pessoa verdadeira precisa de coragem para sair de toda essa confusão apodrecida. E a única maneira de sair dela é se tornar uma testemunha de seu próprio processo de pensamento. E isso é fácil, é a coisa mais fácil do mundo. Você apenas precisa fazê-lo uma vez, mas você nunca tenta nem mesmo por uma vez e fica achando que isso é a coisa mais difícil do mundo.
Eu também achava que era uma coisa muito difícil, porque todo o mundo me disse que era difícil; foi isso que li em todos os livros — que esse é um fenômeno imensamente difícil, que leva vidas para uma pessoa chegar ao estado de não-mente. Quando todos estão dizendo a mesma coisa, sem exceção, é muito natural você começar a acreditar que é assim.
Mas sou um pouco excêntrico, minha lógica não segue o curso comum; ela anda em ziguezague. Quando constatei que todos dizem que é difícil, que todas as escrituras dizem que é difícil... Minha mente funciona de maneira diferente, e a primeira ideia que me veio foi que é possível que ninguém tenha tentado; senão, haveria opiniões diferentes. Alguém diria que é difícil em uma certa medida, outro diria que é mais difícil do que aquilo, um outro diria que é menos difícil do que aquilo... É impossível ter unanimidade em todo o mundo no apoio a essa dificuldade, e a única possibilidade é que ninguém tenha tentado — mas ninguém quer confessar sua ignorância. Então, o melhor caminho é concordar com o consenso coletivo de que é difícil, muito difícil, de que isso leva vidas.
Descartei a ideia e disse: "Precisa acontecer nesta vida; senão, não deixarei que aconteça em nenhuma outra vida; eu lutarei contra. Nesta vida ou nunca. "Agora ou nunca" se tornou minha abordagem constante, e no dia em que decidi "agora ou nunca", aconteceu. Desde então fico simplesmente surpreso ao perceber como as pessoas foram enganadas.
A coisa mais simples foi transformada na mais impossível — e a mais simples abre a porta para a terceira alternativa, ela o tira da pirâmide: você deixa de ser uma mente. E somente então você sabe quem é você, e saber quem é você é alcançar tudo o que vale a pena alcançar.
(...) Meditação significa sair da mente, olhar para a mente a partir de fora. Este é exatamente o significado da palavra êxtase: ficar de fora. Ficar fora da mente o deixa extasiado, traz o estado de graça até você e muita inteligência é liberada... Quando você fica identificado com a mente, não pode ser muito inteligente, pois se identificou com um instrumento; você ficou confinado pelo instrumento e pelas suas limitações. E você é ilimitado — você é consciência.
Use a mente, mas não se torne a mente; use-a como você usa outras máquinas. A mente é uma bela máquina e, se você puder usá-la, ela o servirá; se você não puder usá-la, ela começará a usar você e se tornará destrutiva, perigosa e fatalmente o levará a algum problema, a alguma calamidade, a algum sofrimento e infelicidade, porque uma máquina é algo cego, não tem olhos, não tem discernimento.
A mente não pode perceber, mas apenas insistir em repetir o que foi programada nela. Ela é como um computador; primeiro você precisa programá-la. Sua pretensa educação é isto: uma contínua programação da mente. Ela se torna um grande armazém de memórias; assim, sempre que você precisa se lembrar de algo, ela pode lhe fornecer a informação. Mas você deveria permanecer como o mestre, a fim de poder usá-la; caso contrário, ela começa a direcioná-lo.
Não seja direcionado pelo seu carro; seja como o motorista. Você precisa decidir a direção, decidir o objetivo, decidir qual será a velocidade, quando começar a andar e quando parar. Quando você perde o controle o carro assume o comando e começa a ir por si mesmo, você se arruína.
(...) Um meditador é mais inteligente do que qualquer outra pessoa e é capaz de usar a mente tanto objetiva quanto subjetivamente. Ele é capaz de se mover dentro de si tão facilmente quanto é capaz de se mover fora de si; ele é mais flexível e é o mestre, podendo levar o carro para frente ou para trás (...) Um meditador se torna mais fluído, mais flexível, sua vida se torna mais rica.
(...) Não sou contra o intelecto, não sou contra a inteligência, mas sou contra a intelectualidade. Não se identifique com a mente, permaneça sempre como um observador na colina — uma testemunha do corpo e da mente, uma testemunha do exterior e do interior, de tal modo que possa transcender ambos, o exterior e o interior, e possa saber que você não é nenhum deles — você está além de ambos.
Osho