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sexta-feira, 21 de agosto de 2015

Retorne à sua verdadeira natureza

A verdadeira natureza é a sua natureza eterna. Você não pode tê-la e não tê-la, isso não é algo que vem e vai — é você. Como é que pode vir e ir? É o seu ser. É a sua própria base. Não pode existir às vezes, e não existir outras vezes; ela está sempre presente.

Este deve ser o critério de um buscador da verdade, da natureza, do tao: aquilo que temos chega a um ponto, em nosso ser, em que permanece para sempre; mesmo antes de você nascer já estava lá e, mesmo quando estiver morto, estará lá. Trata-se do centro. A circunferência muda, e o centro continua absolutamente eterno; ele está além do tempo. Nada pode afetá-lo, nada pode modificá-lo; nada realmente o toca; ele permanece além do alcance do mundo exterior. 

Vá e contemple o mar. Milhões de ondas se formam, mas no fundo, em suas profundezas, o mar permanece calmo e sereno, em meditação profunda; apenas na superfície existe tumulto, apenas na superfície, onde o mar se encontra com o mundo exterior, com os ventos. Caso contrário, em si mesmo, nem mesmo uma ondulação; nada muda. 

Acontece a mesma coisa com você. Apenas na superfície, onde você encontra outras pessoas, existe tumulto, ansiedade, raiva, apego, ganância, luxúria — apenas na superfície, onde os ventos vêm e tocam você. E, se permanecer na superfície, você não pode mudar este fenômeno mutante; ele continuará existindo. 

Muitas pessoas tentam mudá-lo aí, na circunferência. Elas lutam com ele, tentam não deixar uma onda surgir. e, por meio dessa luta, mais ondas se acumulam, porque quando o mar briga com o vento há mais turbulência; agora, não só o vento vai contribuir, o mar também vai — haverá um tremendo caos na superfície. 

Todos os moralistas tentam mudar o homem na periferia; o caráter é sua periferia. Você não traz nenhum caráter para o mundo, você vêm absolutamente sem caráter, uma folha em branco, e tudo o que vocês chamam de caráter é escrito pelos outros. Seus pais, a sociedade, professores, ensinamentos — todos são condicionamentos. Você vem como uma folha em branco, e tudo o que está escrito em você vem dos outros; portanto, a não ser que você se torne novamente uma folha em branco, você não vai saber o que é natureza, você não vai saber o que é brahman, você não vai saber o que é o tao. 

Então o problema não é como ter um caráter forte, o problema não é como alcançar a não raiva, como não ser perturbado — não, esse não é o problema. O problema é como mudar a sua consciência da periferia para o centro. De repente, você vê que sempre foi calmo e então pode olhar para a periferia de uma certa distância, e a distância é tão grande, infinita, que você pode só observar como se isso não estivesse acontecendo a você. Na verdade, isso nunca acontece com você. mesmo quando você está completamente perdido nele, ele nunca acontece com você: algo em você permanece intacto, algo em você permanece de fora, algo em você continua a ser uma testemunha. 

Todo o problema do buscador é saber como desviar a atenção da periferia para o centro; como se fundir com o que é imutável e não se identificar com o que é apenas uma fronteira. Na fronteira os outros são muito influentes, porque na fronteira a mudança é natural. A periferia vai continuar mudando — até mesmo a periferia de um buda muda. 

A diferença entre um buda e você não é uma diferença de caráter — lembre-se disso. Não é uma diferença de moralidade, não é uma diferença entre virtude ou não virtude. É uma diferença de onde está a sua base. 

Você faz da periferia a sua base, um Buda faz do centro a sua base. Ele pode olhar para a sua própria periferia de longe; quando você bater nele, ele pode ver isso como se você tivesse batido em outra pessoa, porque o centro está muito distante... como se ele fosse um observador nas colinas e algo estivesse acontecendo nos vales e ele pudesse ver isso de longe.

OSHO

terça-feira, 29 de julho de 2014

A mente é a raiz de todos os problemas - parte 1

O problema-raiz de todos os problemas é a própria mente.

Assim, a primeira coisa a ser compreendida é o que vem a ser a mente, de que matéria é feita, se é uma entidade ou apenas um processo, se é substancial ou apenas ideal. A não ser que você conheça a natureza da mente, não poderá resolver nenhum dos problemas da sua vida. 

Você pode tentar duramente, mas, se você tentar resolver problemas isolados, individuais, estará voltado ao fracasso —  isso é absolutamente certo. Porque, na realidade, não existe problema individual: a mente é o problema. Resolver este ou aquele problema de nada adiantará porque a raiz deles permanece intocada. 

É tal como cortar os galhos de uma árvore, podando as folhas, sem desenraizá-la. Novas folhas virão, novos galhos brotarão — até mais do que antes. A poda ajuda a árvore a se tornar mais espessa. A menos que você saiba como arrancá-la pela raiz, sua luta será injustificada, tola. Destruirá a si mesmo, não a árvore. 

Lutando, você desperdiçará sua energia, seu tempo, sua vida, e a árvore continuará tornando-se cada vez mais forte, mais espessa, mais densa. E você fica surpreendido com o que vai acontecendo. Você trabalha tão duramente, tentando resolver este e aquele problema, e eles continuam crescendo, aumentando. E mesmo quando você consegue que um problema seja resolvido, dez outros, subitamente, ocupam seu lugar.

Não tente resolver problemas individuais, isolados — eles não existem: a própria mente é o problema. A mente, porém, está oculta subterraneamente; por isso eu a chamo raiz, ela não é aparente.  Em qualquer ocasião em que se depare com um problema, ele está acima do solo; você pode vê-lo, por isso é iludido por ele. 

Lembre-se sempre: o visível jamais é a raiz. A raiz sempre permanece invisível, a raiz sempre está oculta. Nunca lute contra o visível, pois você estará lutando contra sombras. Será em vão, não poderá haver nenhuma transformação em sua vida. Os mesmos problemas aflorarão novamente, novamente e novamente. Observe sua própria vida e você verá o que eu quero dizer. Não estou falando de teoria alguma sobre a mente, mas sobre a "artificialidade" da mente. 

As pessoas vêm a mim e perguntam: "Como obter uma mente pacífica?" E eu lhes respondo: "Não existe tal coisa, mente pacífica. Jamais ouvi falar disso."

A mente nunca é pacífica. A "não-mente" é paz. A mente, em si mesma, nunca pode ser pacífica, silente. A própria natureza da mente é estar tensa, confusa. A mente nunca pode ser clara, nem ter clareza , porque a mente é, por natureza, confusão, nevoeiro. A clareza é possível sem a mente, a paz é possível sem a mente, o silêncio é possível sem a mente — portanto, nunca tente obter uma mente silenciosa. Se você o fizer, desde início você estará se movendo num plano impossível. 

Assim, a primeira coisa a compreender é a natureza da mente; e, só então, algo poderá ser feito. 

Se você observar, jamais encontrará uma outra entidade parecida com a mente. Ela não é uma coisa, é apenas um processo; não é uma coisa, é como uma multidão. Pensamentos individuais existem, mas seu movimento é tão rápido que você não pode ver as brechas entre eles. Os intervalos não podem ser vistos porque você não está consciente e alerta; você precisa de uma visão interior mais profunda. Quando seus olhos puderem ver profundamente, você verá, subitamente, um pensamento, outro pensamento e ainda outro pensamento — mas não verá a mente

Pensamentos reunidos, milhões de pensamentos, dão-lhe a ilusão de que a mente existe: como uma multidão, milhões de pessoas em pé, em multidão; há tal coisa, multidão? Você pode encontrar a multidão separada dos indivíduos que estão ali? Mas estão reunidos e a reunião faz com que você sinta que existe algo que é multidão — mas só indivíduos existem. 

Este é o primeiro olhar interior para a mente. Observe e você encontrará pensamentos, mas nunca se deparará com a mente. E, se isso se tornar uma experiência sua... se isso se tornar a sua própria experiência, se isso se tornar um fato de seu próprio conhecimento, então, subitamente, muitas coisas começarão a se modificar. Porque você terá compreendido algo tão profundo sobre a sua mente, que muitas coisas podem seguir-se a isso. 

Observe a mente e veja onde ela está, o que é. Você sentirá pensamentos flutuando e intervalos. E, se você observar por bastante tempo, verá que os intervalos existem em maior número do que os pensamentos, porque cada pensamento precisa estar separado de outro pensamento. De fato, cada palavra precisa estar separada de outra palavra. Quanto mais profundamente você for, mais e maiores brechas encontrará. Um pensamento flutua e, então, surge uma brecha onde não existe pensamento. Então surge outro pensamento e outra brecha se segue. 

Se você estiver inconsciente, não poderá ver os intervalos, as brechas. Você saltará de um pensamento a outro e nunca verá a brecha. Se você se tornar consciente, então, milhares de intervalos lhe serão revelados. 

E nesses intervalos, acontece o satori
Nesses intervalos, a Verdade bate à sua porta. 
Nesses intervalos, Deus é compreendido, 
ou outra forma, seja lá o que for, em que você expresse tal coisa. 
Então, a percepção é absoluta, 
então, haverá apenas um vago intervalo de inanidade. 


O S H O - Tantra — A Suprema Compreensão

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"Quando você compreende, quando chega a saber,
então traz toda a beleza do passado de volta
e dá a esse passado o renascimento, renova-o,
de forma que todos os que o conheceram
possam estar de novo sobre a terra
e viajar por aqui, e ajudar as pessoas." (Tilopa)



"Nos momentos tranqüilos da meditação, a vontade de DEUS pode tornar-se evidente para nós. Acalmar a mente, através da meditação, traz uma paz interior que nos põe em contato com DEUS dentro de nós. Uma premissa básica da meditação, é que é difícil, senão impossível, alcançar um contato consciente, à não ser que a mente esteja sossegada. Para que haja um progresso, a comum sucessão ininterrupta de pensamentos tem de parar. Por isso, a nossa prática preliminar será sossegar a mente e deixar os pensamentos que brotam morrerem de morte natural. Deixamos nossos pensamentos para trás, à medida que a meditação do Décimo Primeiro Passo se torna uma realidade para nós. O equilíbrio emocional é um dos primeiros resultados da meditação, e a nossa experiência confirma isso." (11º Passo de NA)


"O Eu Superior pode usar algum evento, alguma pessoa ou algum livro como seu mensageiro. Pode fazer qualquer circunstância nova agir da mesma forma, mas o indivíduo deve ter a capacidade de reconhecer o que está acontecendo e ter a disposição para receber a mensagem". (Paul Brunton)



Observe Krishnamurti, em conversa com David Bohn, apontando para um "processo", um "caminho de transformação", descrevendo suas etapas até o estado de prontificação e a necessária base emocional para a manifestação da Visão Intuitiva, ou como dizemos no paradigma, a Retomada da Perene Consciência Amorosa Integrativa...


Krishnamurti: Estávamos discutindo o que significa para o cérebro não ter movimento. Quando um ser humano ESTEVE SEGUINDO O CAMINHO DA TRANSFORMAÇÃO, e PASSOU por TUDO isso, e esse SENTIDO DE VAZIO, SILÊNCIO E ENERGIA, ele ABANDONOU QUASE TUDO e CHEGOU AO PONTO, à BASE. Como, então, essa VISÃO INTUITIVA afeta a sua vida diária? Qual é o seu relacionamento com a sociedade? Como ele age em relação à guerra, e ao mundo todo — um mundo em que está realmente vivendo e lutando na escuridão? Qual a sua ação? Eu diria, como concordamos no outro dia, que ele é o não-movimento.

David Bohn: Sim, dissemos que a base era movimento SEM DIVISÃO.

K: Sem divisão. Sim, correto. (Capítulo 8 do livro, A ELIMINAÇÃO DO TEMPO PSICOLÓGICO)


A IMPORTÂNCIA DA RENDIÇÃO DIANTE DA MENTE ADQUIRIDA
Até praticar a rendição, a dimensão espiritual de você é algo sobre o que você lê, de que fala, com que fica entusiasmado, tema para escrita de livros, motivo de pensamento, algo em que acredita... ou não, seja qual for o caso. Não faz diferença. Só quando você se render é que a dimensão espiritual se tornará uma realidade viva na sua vida. Quando o fizer, a energia que você emana e que então governa a sua vida é de uma frequência vibratória muito superior à da energia mental que ainda comanda o nosso mundo. Através da rendição, a energia espiritual entra neste mundo. Não gera sofrimento para você, para os outros seres humanos, nem para qualquer forma de vida no planeta. (Eckhart Tolle em , A Prática do Poder do Agora, pág. 118)


O IMPOPULAR DRAMA OUTSIDER — O encontro direto com a Verdade absoluta parece, então, impossível para uma consciência humana comum, não mística. Não podemos conhecer a realidade ou mesmo provar a existência do mais simples objeto, embora isto seja uma limitação que poucas pessoas compreendem realmente e que muitas até negariam. Mas há entre os seres humanos um tipo de personalidade que, esta sim, compreende essa limitação e que não consegue se contentar com as falsas realidades que nutrem o universo das pessoas comuns. Parece que essas pessoas sentem a necessidade de forjar por si mesmas uma imagem de "alguma coisa" ou do "nada" que se encontra no outro lado de suas linhas telegráficas: uma certa "concepção do ser" e uma certa teoria do "conhecimento". Elas são ATORMENTADAS pelo Incognoscível, queimam de desejo de conhecer o princípio primeiro, almejam agarrar aquilo que se esconde atrás do sombrio espetáculo das coisas. Quando alguém possui esse temperamento, é ávido de conhecer a realidade e deve satisfazer essa fome da melhor forma possível, enganando-a, sem contudo jamais poder saciá-la. — Evelyn Underhill