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quarta-feira, 18 de novembro de 2015

Buscar o tal do "Eu Sou", uma ova!

Para irmos muito longe, temos de começar com o que está muito perto. Devemos começar aqui e não do outro lado da existência. Deveis começar com a Terra, conosco, com os entes humanos, com vós mesmo, e nunca tentar descobrir a "beleza transcendental" da vida. Para se achar a beleza transcendental da vida, é preciso primeiramente conhecer a própria vida. Só através de nossa existência diária e pela compreensão da beleza dessa vida, só por essa porta se pode descobrir o imensurável.

Nossa mente busca sempre algo não transitório, algo chamado "Deus", algo chamado "Verdade". E vemo-nos tão desesperados, tão ansiosos, tão assediados pelo medo, que todos os esforços fazemos por achar isso que chamamos "Deus" ou "Verdade". Mas, para achá-lo, precisamos lançar a base correta, e a base correta é a ação correta, na conduta. Não devemos, pois, lançar as bases sobre a areia, porém aceitando a responsabilidade de nossa vida diária e diligenciando promover nessa vida uma extraordinária revolução. 

Para a maioria de nós, toda mudança consiste numa espécie de transação mercantil. Desejo mudar e começo a "especular" sobre se isso será "lucrativo", se "valerá" a pena, etc. Portanto, para nós, mudança significa "transação". Refleti sobre isso, e vereis de que maneira extraordinária a vossa mente funciona em relação a qualquer mudança. Mudamos, quando o consideramos proveitoso, aprazível; ou mudamos, se é doloroso o nosso atual estado. Mas toda mudança especulativa não é mudança, de modo nenhum. Por conseguinte, se nossa mente deseja encontrar a Realidade, deve começar por si própria. 

E existe algo não mensurável pela mente ou pelos instrumentos inventados pelo homem. Existe a Verdade, a Bem-Aventurança. Mas não é por meio de orações nem de esperanças que a alcançaremos, porém pelo nos tornarmos totalmente responsáveis por cada uma de nossas ações, em cada dia, em cada minuto do dia. E, então, dessa responsabilidade desponta a flor da compreensão, que é o verdadeiro caminho da vida. Esse caminho tem de ser descoberto por cada um de nós, pois só por ele se alcançará a realidade, a iluminação, a profundeza do espírito.

Krishnamurti em, A Sublime Realização

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

Longe da multidão, quem é você?

Todos os esforços feitos para evitar a solidão falharam, e falharão, porque eles são contra os princípios básicos da vida. Você precisa não de algo que o ajude a esquecer a solidão. Você precisa é ficar consciente da sua solitude, que é uma realidade. E é tão belo experimentá-la, senti-la, porque ela é sua liberdade da multidão e dos outros. Ela é sua liberdade do medo de ficar só.
O primeiro ponto a perceber é que, querendo ou não, você está sozinho. A solitude é sua verdadeira natureza. Você pode tentar esquecê-la, tentar não ficar sozinho fazendo amigos, tendo amantes, misturando-se à multidão... Mas tudo o que você fizer fica apenas na superfície. No fundo de você, sua solitude é inatingível, intocável.

(...) O ser humano nasce numa família, entre seres humanos. Desde o primeiro momento, ele não está sozinho; portanto, ele ADQUIRE um certo PADRÃO psicológico de sempre permanecer com pessoas. Em solitude, ele começa a ficar com medo... medos desconhecidos. Ele não está exatamente consciente do que está com medo, mas, quando ele se afasta da multidão, algo dentro dele fica pouco à vontade. Quando está com outros, ele se sente aconchegado, à vontade, confortável. 

Por essa razão, ele nunca vem a conhecer a beleza da solitude; o medo o impede. Por ter nascido num grupo, ele continua fazendo parte de um grupo. E, à medida que envelhece, começa a formar novos grupos, novas associações, novos amigos. As coletividades já existentes não o satisfizeram — a nação, a religião, o partido político — e ele cria as suas próprias associações, Rotary Club, Lions Club... Mas todas essas estratégias estão a serviço de um único objetivo: nunca ficar sozinho. 

Toda a experiência de vida é a de conviver com outras pessoas. A solitude parece uma morte. De certa maneira, ela é uma morte, a morte da personalidade que você criou na multidão. Esse é um presente das outras pessoas para você. No momento em que você se afasta da multidão, também se afasta da sua personalidade.

Na multidão, você sabe exatamente quem você é; sabe seu nome, sua posição social, sua profissão, sabe tudo o que é necessário para seu passaporte, para sua carteira de identidade. Mas, no momento em que você se afasta da multidão, qual é a sua identidade? Quem é você? De repente, você fica consciente de que você não é seu nome — seu nome foi dado a você. Você não é sua raça — que relação tem a raça com sua consciência? Seu coração não é hindu ou muçulmano, seu ser não está confinado à fronteira política de uma nação, sua consciência não é parte de alguma organização ou igreja. Quem é você?

De repente, sua personalidade começa a se dispensar. Este é o medo: a morte da personalidade. Agora você precisará começar a descobrir , precisará, pela primeira vez, perguntar quem você é. Você precisará começar a meditar sobre a questão, quem sou eu? — existe o temor de que você possa não ser absolutamente nada! Talvez você não seja nada, mas uma cominação de todas as opiniões da multidão; nada, exceto sua personalidade. 

Ninguém quer ser nada, ninguém quer ser ninguém e, na verdade todo mundo É um ninguém.

(...) Assim, o primeiro problema para um buscador é entender exatamente a natureza da solitude. Ela significa ser ninguém, significa abandonar sua personalidade, que é um presente a você da multidão. Quando você se afasta, quando sai da multidão, não pode levar esse presente com você em sua solitude. Em sua solitude, precisará descobrir de novo, descobrir outra vez, e ninguém pode garantir que você encontrará alguém ali dentro ou não.

Aqueles que atingiram a solitude não encontraram ninguém lá. REALMENTE quero dizer ninguém — sem nome, sem forma, mas uma PURA PRESENÇA, uma pura vida, inominável, amorfa. Essa é exatamente a verdadeira ressurreição e ela certamente precisa de coragem. Somente pessoas muito corajosas foram capazes de aceitar com alegria o seu ser ninguém, o seu ser nada. O ser nada delas é o puro ser delas; é uma morte e uma ressurreição, as duas coisas.

(...) Na solitude, você desaparecerá como ego e como personalidade e descobrirá a si mesmo como a própria vida, imortal e eterna. A menos que você seja capaz de ficar só, sua busca pela verdade será um fracasso.

Sua solitude é a sua verdade, é a sua divindade.

A função de um mestre é ajudá-lo a ficar só. A meditação é apenas uma estratégia para eliminar sua personalidade, seus pensamentos, sua mente, sua identidade com o corpo e deixá-lo absolutamente só por dentro, apenas um fogo vivo. E, depois de encontrar seu fogo vivo, você conhecerá todas as alegrias e todos os êxtases que que a consciência humana é capaz.

OSHO

terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Você não pode ser aquilo que você possui

Se você tentar compreender a vida do homem, você verá a persistência dessa simples pergunta. Sim, o homem que é louco por dinheiro também está tentando responder à pergunta 'Quem sou eu?'. Ele pensa que ao ter dinheiro ele saberá quem ele é, ele saberá que ele é rico. Ele terá uma certa identidade. O homem que está buscando o poder está basicamente tentando responder à pergunta 'Quem eu sou?'. Ao se tornar o Primeiro Ministro de um país ele saberá que ele é o Primeiro Ministro.

Mas essas respostas são superficiais e não irão satisfazê-lo realmente. Elas podem satisfazer apenas ao medíocre. Elas não podem satisfazer a uma pessoa verdadeiramente inteligente. Mesmo quando você tiver se tornado muito rico, a sua inteligência persistirá em perguntar 'Quem é você? Sim, você tem dinheiro, mas quem é você? Você não é o dinheiro. Você não pode ser aquilo que você possui. Quem é essa pessoa que possui? Sim, você se tornou o Primeiro Ministro de um país, mas aquilo é só uma função, aquilo não é o seu ser. Quem é você? Quem é essa pessoa que não era Primeiro Ministro e que agora é um Primeiro Ministro, e que amanhã talvez possa não ser mais? Essa função de Primeiro Ministro é só um episódio... na vida de quem?'

A pergunta persiste. Ela não pode ser respondida por esses empenhos e esforços superficiais. Mas basicamente o homem está tentando fazer isso. Ele se torna um marido, se torna uma mãe, um pai, isso e aquilo... mas o desejo básico é de alguma maneira ter uma identidade: 'eu sou a esposa, eu sou o marido, eu sou o pai, eu sou a mãe.' Mas você ainda não teve a pergunta respondida. Ser uma mãe ou um pai, é simplesmente acidental, é a superfície. O seu centro mais interior permanece intocado.

Essa não é a real identidade. Essa é uma identidade falsa. A criança morrerá, então quem é você? Você já não será mais mãe. O marido pode deixá-la, então quem é você? Você já não será mais uma esposa.

Essas identidades são muito frágeis e o homem vive constantemente enfrentando crises de identidade. Ele tenta arduamente se ajustar a alguma definição quanto a si mesmo, mas ela acaba escorregando de suas mãos.

Somente a pessoa religiosa formula realmente a pergunta, e a formula na direção certa.

sábado, 22 de março de 2014

O esquecimento de quem somos na excitação do cotidiano



Se um homem sensato inclina-se a cair sob o fascínio das "coisas" e dos prazeres, esse descuido, obscurecendo o seu intelecto, o levará a perder sua defesa, como uma adúltera perde seu amante. Tal como a espuma em movimento sobre a superfície da água não se afasta sequer por um minuto, a ilusão (Maya) domina mesmo aquele que tem discernimento, se não se mantiver constantemente alerta. — Vivekachudamani

...Bem no fundo todos nós conhecemos o vazio de todas as coisas, todos nós o experimentamos, mas, de certa forma, parecemos esquecer essa experiência e suas lições — esquecemos quem somos — na "excitação" da vida cotidiana. Talvez nossa percepção não tenha sido suficientemente clara, ou foi apenas parcial, incipiente, de forma que aquela compreensão ainda não se tornou uma "segunda natureza" e, assim, parte integrante do nosso ser. E, insistimos, o fato de que ainda exista o dualismo entre o estado "excitado" em que nos esquecemos de nós e os momentos mais tranquilos em que podemos nos dar à "auto-recordação", parece dizer-nos algo significativo sobre a nossa natureza. Talvez, então, nosso estado de vigília seja apenas, na verdade, o de uma existência como que de um sonho (na qual conferimos às nossas percepções — e ainda mais às nossas concepções — uma realidade concreta) e isso está, realmente, desenvolvido em certas religiões e filosofias orientais. Parece-me que se o impacto integral desse fato nos houvesse realmente atingido, não estaríamos nos comportando da forma como o fazemos. Para começar, não haveria lugar para qualquer espécie de fanatismo, seja político, sob a forma de nacionalismo ou comunismo, seja religioso, na adesão de um dogma em particular. Tudo isso seria visto como expressões de limitações, incapazes, portanto, de nos "fascinar", ou mesmo, de no motivar. E, o que é mais importante: se vivêssemos verdadeiramente com o Vazio, nossa atitude em relação à questão da vida e da morte seria totalmente transformada — e tal coisa poderia bem ser o aspecto mais interessante de todo esse caso. O que geralmente chamamos "eu" (que, realmente, é "ego") seria visto sob um prisma inteiramente diferente, no qual não haveria auto-afirmação nem a necessidade de nos tornarmos "sem-eu" ou libertos do "eu" pela autodestruição. Os velhos truísmos sobre a vida e a morte, sobre a limitação do "eu" e sobre a sua transcendência, e assim por diante, seriam, então, vistos como irrelevantes, porque baseados em uma visão absoluta do mundo.      


domingo, 1 de setembro de 2013

A pergunta que importa: que sou eu?

Pergunta: Que é autoconhecimento? A tradicional via de acesso ao autoconhecimento é o conhecimento do Atman como distinto do "ego". É isso o que você entende por autoconhecimento? 

Krishnamurti: Senhores, todos vocês são muito lidos, não é verdade? Leram todos os livros religiosos, e foi assim que vieram a conhecer a ideia do ATMAN; do contrário, não teriam nenhuma noção dele. Encontraram essa ideia nos livros, ela lhes agradou, e por isso a adotaram; mas, em verdade, não sabem se o ATMAN existe ou não. Desejam permanência, e o ATMAN a garante-lhes.Suponhamos agora, que vocês nunca tivessem lido um único livro religioso a respeito do ATMAN, o SUPER-ATMAN, e tudo o mais — o que fariam? Poderiam inventar; mas se não tivessem nenhum conhecimento prévio, qual seria a atitude de vocês?... Por outro lado, como sabem que Sancarachária, ou Buda, ou outra autoridade mais em moda, não estão errados? 

(...) Desejam saber o que é autoconhecimento. Não é conhecimento do "ego", não é conhecimento do ATMAN, — não sabem o que isso significa. Só sabem que existem, que são uma entidade em relação com outras pessoas, com sua esposa e seus filhos, com o mundo — é tudo o que sabem. Este é o fato real. Se o ATMAN existe ou não existe, é uma mera teoria, uma especulação e toda especulação é desperdício de tempo; é coisa para os indolentes, os que não pensam. 

Agora, que sou eu? É isso o que importa: que sou eu? Vou verificar o que sou; vou ver até onde posso penetrar, nesse sentido, e ver onde sou levado. Porque, este é que é o fato — e não o ATMAN, o "ego", o SUPER-SUPER-SUPER. Não penso nestas coisas, embora Buda e Cristo e quem mais seja, tenham falado a seu respeito. O que me é possível conhecer são as minhas relações com a propriedade, com pessoas e ideias. Temos, portanto, que o começo do autoconhecimento está na compreensão das relações, e que as relações funcionam em todos os níveis, e não num só nível determinado. Tenho de averiguar o que são as minhas relações com minha esposa, com meus filhos, minha propriedade, a sociedade, as ideias. As relações são o espelho no qual vejo a mim mesmo assim como sou, e o ver-me tal como sou é o começo da sabedoria. A sabedoria não é coisa adquirível nem por meio de livros nem por intermédio de um GURU; isso é mera aquisição de conhecimento, e a sabedoria não é conhecimento. A sabedoria é o começo do autoconhecimento, e vem essa sabedoria quando compreendemos as nossas relações. 

Jiddu Krishnamurti – O que estamos buscando?

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"Quando você compreende, quando chega a saber,
então traz toda a beleza do passado de volta
e dá a esse passado o renascimento, renova-o,
de forma que todos os que o conheceram
possam estar de novo sobre a terra
e viajar por aqui, e ajudar as pessoas." (Tilopa)



"Nos momentos tranqüilos da meditação, a vontade de DEUS pode tornar-se evidente para nós. Acalmar a mente, através da meditação, traz uma paz interior que nos põe em contato com DEUS dentro de nós. Uma premissa básica da meditação, é que é difícil, senão impossível, alcançar um contato consciente, à não ser que a mente esteja sossegada. Para que haja um progresso, a comum sucessão ininterrupta de pensamentos tem de parar. Por isso, a nossa prática preliminar será sossegar a mente e deixar os pensamentos que brotam morrerem de morte natural. Deixamos nossos pensamentos para trás, à medida que a meditação do Décimo Primeiro Passo se torna uma realidade para nós. O equilíbrio emocional é um dos primeiros resultados da meditação, e a nossa experiência confirma isso." (11º Passo de NA)


"O Eu Superior pode usar algum evento, alguma pessoa ou algum livro como seu mensageiro. Pode fazer qualquer circunstância nova agir da mesma forma, mas o indivíduo deve ter a capacidade de reconhecer o que está acontecendo e ter a disposição para receber a mensagem". (Paul Brunton)



Observe Krishnamurti, em conversa com David Bohn, apontando para um "processo", um "caminho de transformação", descrevendo suas etapas até o estado de prontificação e a necessária base emocional para a manifestação da Visão Intuitiva, ou como dizemos no paradigma, a Retomada da Perene Consciência Amorosa Integrativa...


Krishnamurti: Estávamos discutindo o que significa para o cérebro não ter movimento. Quando um ser humano ESTEVE SEGUINDO O CAMINHO DA TRANSFORMAÇÃO, e PASSOU por TUDO isso, e esse SENTIDO DE VAZIO, SILÊNCIO E ENERGIA, ele ABANDONOU QUASE TUDO e CHEGOU AO PONTO, à BASE. Como, então, essa VISÃO INTUITIVA afeta a sua vida diária? Qual é o seu relacionamento com a sociedade? Como ele age em relação à guerra, e ao mundo todo — um mundo em que está realmente vivendo e lutando na escuridão? Qual a sua ação? Eu diria, como concordamos no outro dia, que ele é o não-movimento.

David Bohn: Sim, dissemos que a base era movimento SEM DIVISÃO.

K: Sem divisão. Sim, correto. (Capítulo 8 do livro, A ELIMINAÇÃO DO TEMPO PSICOLÓGICO)


A IMPORTÂNCIA DA RENDIÇÃO DIANTE DA MENTE ADQUIRIDA
Até praticar a rendição, a dimensão espiritual de você é algo sobre o que você lê, de que fala, com que fica entusiasmado, tema para escrita de livros, motivo de pensamento, algo em que acredita... ou não, seja qual for o caso. Não faz diferença. Só quando você se render é que a dimensão espiritual se tornará uma realidade viva na sua vida. Quando o fizer, a energia que você emana e que então governa a sua vida é de uma frequência vibratória muito superior à da energia mental que ainda comanda o nosso mundo. Através da rendição, a energia espiritual entra neste mundo. Não gera sofrimento para você, para os outros seres humanos, nem para qualquer forma de vida no planeta. (Eckhart Tolle em , A Prática do Poder do Agora, pág. 118)


O IMPOPULAR DRAMA OUTSIDER — O encontro direto com a Verdade absoluta parece, então, impossível para uma consciência humana comum, não mística. Não podemos conhecer a realidade ou mesmo provar a existência do mais simples objeto, embora isto seja uma limitação que poucas pessoas compreendem realmente e que muitas até negariam. Mas há entre os seres humanos um tipo de personalidade que, esta sim, compreende essa limitação e que não consegue se contentar com as falsas realidades que nutrem o universo das pessoas comuns. Parece que essas pessoas sentem a necessidade de forjar por si mesmas uma imagem de "alguma coisa" ou do "nada" que se encontra no outro lado de suas linhas telegráficas: uma certa "concepção do ser" e uma certa teoria do "conhecimento". Elas são ATORMENTADAS pelo Incognoscível, queimam de desejo de conhecer o princípio primeiro, almejam agarrar aquilo que se esconde atrás do sombrio espetáculo das coisas. Quando alguém possui esse temperamento, é ávido de conhecer a realidade e deve satisfazer essa fome da melhor forma possível, enganando-a, sem contudo jamais poder saciá-la. — Evelyn Underhill