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segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Sobre conflito e sofrimento

Somos pessoas que foram educadas para viver em conflito. Toda a nossa vida é conflito, dentro e fora de nós - com o próximo, com nós mesmos, e em nossas relações. Tudo o que tocamos, tanto psicológica como ideologicamente, gera conflito. E o conflito é o maior fator de deterioração.

Ora, ao meu ver, a compreensão desse conflito, compreensão não parcial, porém total, é mais importante tarefa da mente humana. Porque só com a completa terminação do conflito podem terminar todas as ilusões; só então tem a mente a possibilidade de penetrar fundo, na investigação da Verdade, no investigar se algo existe além do tempo. E só essa mente é capaz de descobrir o que é o amor e de descobrir o estado mental criador, porque tudo o mais, em qualquer forma que seja, é pura especulação. A mente religiosa não especula; move-se tão-somente, de fato para fato. E não é possível observar o fato quando há conflito ou tensão de qualquer espécie. —Krishnamurti - O Despertar da Sensibilidade - ICK

Todos nós estamos colhidos nas malhas do sofrimento e do conflito, mas a maioria dos indivíduos não está consciente desse conflito porque vive a procurar substituições, soluções e refúgios. Se, entretanto, deixarem de procurar refúgio e começarem a interrogar o ambiente, que é a causa do conflito, tornar-se-á, então, a mente penetrante, ativa, inteligente. Nessa intensidade a mente se torna inteligente e capaz, portanto, de discernir o exato valor e significado do ambiente, causador do conflito... se estiverdes em conflito, é claro que deveis interrogar o ambiente, mas a mente da maioria já de tal modo se desvirtuou que não percebe que está à cata de soluções e meios de fuga, com maravilhosas teorias. É perfeito o seu raciocinar, porém, baseado, embora inconsciente, no desejo de fuga... Se há, pois, conflito e desejais descobrir-lhe a causa, deixai que a mente descubra pela intensidade do pensamento e, interrogando tudo o que o ambiente põe em torno de vós – vossa família, vossos semelhantes, vossas religiões, vossas autoridades políticas; no interrogar haverá ação contra o ambiente. Tendes a família, o semelhante, o Estado, e, interrogando o significado dessas coisas, vereis como é espontânea a inteligência, que ela não é coisa que se adquire ou cultive. Lançada a semente do percebimento, nasce a flor da inteligência. — Krishnamurti – Ojai, Califórnia - 1934 - Do livro: A Luta do Homem

Nossa vida é um campo de batalha, da hora de nascermos à hora da morte; é agonia, desespero, sentimento de "culpa", medo, competição incessante, comparação de nós mesmos com outros, esforço para sermos mais e cada vez mais, esforço para controlar-nos, libertar-nos, alcançar novos alvos, conservar o que consquistamos. Nossa vida diária, a cotidiana rotina de nossa existência, é competição, brutalidade, agonia, desespero; solidão; uma constante aflição que não conseguimos resolver, afastar de nós. Tal é o fato, o que realmete é, e nunca fomos capazes de transcendê-lo. Temos uma verdadeira rede de "vias de fuga": campo de futebol, igrejas, religião organizada, museus e concertos e, naturalmente, também a investigação intelectual, que não leva a parte alguma. Tal é a nossa vida, mas isso, evidentemente, não é viver. O viver implica um estado mental inteiramente livre de conflito; livre de todo e qualquer conflito - viver! — Krishnamurti - A Essência da Maturidade - ICK

Para mim, quando estou em conflito, voltar-me para um livro, ir a um guru ou mergulhar na meditação é o mesmo que começar a beber. — Krishnamurti - Sobre a Verdade - Cultrix

Não pense apenas por desejar a paz, você a terá, quando em sua vida de relações diária você é agressivo, ambicioso e procura segurança psicológica aqui e em tudo. Você tem que entender a causa central do conflito e do sofrimento, e então tudo se dissolve, e não meramente olhar para o exterior buscando paz. Mas veja só, a maioria de nós somos indolentes. Somos preguiçosos demais para observarmos-nos seriamente e compreendermos-nos a nós próprios, e ser preguiçoso realmente, é uma forma de convencimento, pensamos que outros resolverão o problema para nós e nos dará paz, ou que devemos destruir aparentemente as poucas pessoas que causam guerras. Quando o indivíduo está em conflito interior inevitavelmente deve criar conflito no exterior, assim só ele pode ocasionar paz em seu interior e no mundo, pois ele é o mundo. — Krishnamurti - O livro da Vida

“Sofrimento é ... dor, incerteza, percepção de completo abandono. Existe o sofrimento da morte, o sofrimento de não ser capaz de ser bem sucedido, o sofrimento de não ser reconhecido, o sofrimento de amar e não ser amado. Há inúmeras formas de sofrimento e parece-me que sem compreender o sofrimento, não há fim do conflito, miséria e da luta cotidiana de corrupção e deterioração. Existe o sofrimento consciente e também sofrimento inconsciente, sofrimentos que parecem não ter nenhuma base, nenhuma causa imediata. A maioria de nós conhece o sofrimento consciente e sabemos como lidar com ele. Ou fugimos através de convicções, crenças religiosas, racionalizações, ou nos aplicamos algum tipo de atividade intelectual ou física, nos envolvendo com palavras, com diversões, e entretenimentos superficiais. Fazemos todas estas coisas, e no entanto, não conseguimos afastar o sofrimento consciente. Depois existe ainda o sofrimento inconsciente que temos herdado através dos séculos. O homem sempre procurou superar esta coisa extraordinária chamada sofrimento, dor, miséria, mas, e mesmo quando está superficialmente feliz quando têm tudo o que quer, no fundo do inconsciente existe ainda as raízes do sofrimento. Portanto, quando falamos sobre o fim do sofrimento, significa o fim de todo sofrimento tanto consciente como inconsciente. Para terminar com o sofrimento é preciso ter a mente muito clara e muito simples. Simplicidade não é uma mera idéia. Para ser simples exige uma grande dose de inteligência e sensibilidade”. — Krishnamurti – O Livro da Vida

Todos nós temos tentado dominar a raiva, mas de alguma forma, não parecemos dissolvê-la. Existe uma abordagem diferente para dissiparmos a raiva? A raiva pode surgir de causas físicas ou psicológicas. Alguém está irritado porque, talvez esteja frustrado, suas reações defensivas foram minadas, a própria segurança mental cuidadosamente construída está ameaçada e assim por diante. Todos somos familiarizados com raiva. Como é que alguém compreende e elimina a raiva? Se você considerar suas crenças, conceitos, opiniões, como de grande importância então você é obrigado a reagir violentamente se questionado. Se em vez de se agarrar a crenças, opiniões, começarmos a nos perguntar se elas são essenciais para a compreensão da vida, e em seguida pela compreensão de suas causas ocorre a cessação de raiva. Assim se começam a dissolver as próprias resistências que criam conflito e dor. Outra vez isso exige seriedade. Estamos habituados a controlar-nos por razões religiosas, sociológicas ou por conveniência, mas livarmo-nos a raiva exige uma profunda conscientização. Você se irrita quando vê uma injustiça. É porque ama a humanidade, porque você tem compaixão? A compaixão e raiva andam juntas? Pode haver justiça quando há raiva e ódio? Talvez esteja irritado com pensamento geral de injustiça, de crueldade, mas sua raiva não altera a injustiça nem a crueldade, ela pode somente ocasionar o mal. Para promovermos a ordem, temos de ser ponderados, compassivos. A ação nascida do ódio só pode criar mais ódio. Não pode haver nenhuma retidão onde existe raiva. A retidão e raiva não podem coexistir juntas. — Krishnamurti – O Livro da Vida

Se você achar difícil estar atento, então experimente escrever todo pensamento e sentimento que surge ao longo do dia, anote suas reações de ciúme, inveja, vaidade, sensualidade, as intenções atrás de suas palavras, e assim por diante. Reserve algum tempo antes do café para escrever isto – o que pode exigir sair mais cedo da cama e abandonar alguma atividade social. Se você anota estas coisas sempre que pode, e à noite antes de adormecer olha tudo que escreveu durante o dia, estuda e examina isto sem julgamento, sem condenação, você começará a descobrir as causas ocultas de seus pensamentos e sentimentos, desejos e palavras. ... Agora, o importante nisto é estudar com a inteligência livre tudo que você escreveu, e estudando isto você se dará conta de seu próprio estado. Na chama da autoconsciência, do autoconhecimento, as causas do conflito são expostas e consumidas. Você deveria continuar a escrever seus pensamentos e percepções, intenções e reações, não uma vez ou outra, mas por um número considerável de dias até que você possa estar imediatamente atento a eles ... Meditação não é só autoconsciência constante, mas abandono constante do ego. Além do pensamento de comum conhecido, existe a meditação, da qual provém a tranqüilidade da sabedoria, e na serenidade a algo maior acontece. Ao escrever o que a pessoa pensa e sente, os seus desejos e suas reações, propicia a consciência interior, a cooperação do inconsciente com o consciente, e isto por sua vez conduz em troca à integração e à compreensão. — Krishnamurti - O Livro da Vida

Todos nós sofremos. Você não sofre em uma forma ou de outra? Você quer conhecer sobre isso? Se quiser, você pode observar e explicar-se por que você sofre. Pode ler livros no assunto, ou ir à igreja, e você logo conhecerá algo sobre o sofrimento. Mas não estou falando sobre isso, estou falando sobre o fim do sofrimento. O conhecimento não acaba com o sofrimento. O fim do sofrimento começa com o enfrentar psicológico dos fatos dentro de si mesmo, e estar totalmente consciente de todas as implicações destes fatos momento a momento. Isto significa nunca fugir do fato de que você está sofrendo, nunca racionalizar, nem aceitar uma opinião sobre ele, mas viver com esse fato completamente. Você sabe, viver com a beleza das montanhas e não se acostumar é muito difícil. Você viu aquelas montanhas, ouviu o córrego, e vê as sombras rastejando através do vale, dia após dia, você não nota como facilmente se acostuma com tudo isso? Você diz: "Sim, é muito bonito", e segue adiante. Para viver com a beleza, ou a viver com a fealdade, e não se acostumar exige enorme energia – uma conscientização que não permita a sua mente desenvolver-se negligentemente. O mesmo acontece com o sofrimento negligente da mente, se você apenas se entorpece com isso – e a maior parte de nós se acostuma. Mas você não precisa se acostumar o sofrimento. Você pode viver com o sofrimento, e entendê-lo, enfrente isso – mas não no sentido de conhecer sobre isso. Você sabe que o sofrimento está presente isso é um fato, e não nada mais há para saber. Você tem que viver.” — Krishnamurti – O Livro da Vida

Sofrimento é o resultado de um atrito, é a perturbação temporária da mente que se firmou na rotina que aceitou da vida. Algo acontece – uma morte, a perda do emprego, a duvida da crença nutrida – e a mente fica perturbada. Mas o que faz uma mente perturbada? Ela encontra uma maneira de ser não perturbada novamente, busca refúgio em outra crença, em um trabalho mais seguro, em um novo relacionamento. Mais uma vez uma onda de vida vem e quebra suas garantias, mas a mente novamente logo acha mais defesa e assim por diante. Isto não é uma forma de inteligência, é? Nenhum tipo de compulsão externa ou interna vai ajudar. Certo? Toda compulsão, embora sutil, é o resultado da ignorância, que nasce do desejo de recompensa ou o medo do castigo. Compreender a natureza inteira dessa armadilha é estar livre dela, ninguém, nenhum sistema, nenhuma crença pode torná-lo livre. A verdade disso é o único fator libertador – mas você tem que ver isso por você mesmo, e não apenas ser convencido. Você tem que fazer a viagem por esse mar desconhecido. — Krishnamurti – O Livro da Vida

Como você encara o sofrimento? Receio que a maioria de nós o veja muito superficialmente. Nossa educação, nossa instrução, nosso conhecimento, as influências sociológicas a que somos expostos, tudo nos faz superficial. Uma mente superficial é a que foge para a igreja, para alguma conclusão, conceito, alguma convicção ou idéia. Todos estes são refúgios da mente superficial que sofre. E se você não puder encontrar um refúgio, você constrói uma parede ao redor de si e torna-se cínico, duro, indiferente ou você foge com alguma reação superficial, neurótica. Todas estas defesas contra sofrimento previnem novas investidas. Por favor, observe sua própria mente, observe como você explica seu sofrimento, aplica-se ao trabalho, às idéias, ou adere a uma crença em D-us ou na vida futura. E se nenhuma explicação, nenhuma opinião for satisfatória, você foge através da bebida, através do sexo, ou torna-se duro, cínico, amargo ... Geração após geração ele foi passado de pai a filho e a mente superficial nunca examina essa ferida, não a conhece realmente, não é familiarizada com o sofrimento. Apenas tem uma idéia sobre o sofrer. Tem uma imagem, um símbolo do sofrimento, mas nunca enfrenta o sofrer, encara somente a palavra sofrimento. — Krishnamurti – O Livro da Vida

"Há muitas variedades, complicações e graus de sofrimentos. Todos nós sabemos disso. Conhecemos isso muito bem, carregamos esse fardo ao longo da vida, praticamente a partir do momento que nascemos até o momento de caímos na sepultura... Se dissermos que isso é inevitável, então não existe nenhuma resposta, se você o aceita isso, parou investigar. Você fechou a porta a novas questões, e se foge disso, também fecha a porta. Você pode fugir disso arranjando um homem ou uma mulher, pela bebida, nas diversões, nas variadas formas de poder, posição, prestígio, e internamente tagarelando sobre nada. Desta forma suas fugas tornam importantíssimas, seus objetivos assumem desmedida importância. Assim você procura parar de sofrer, é o que fazemos a maioria de nós. Agora, podemos parar com qualquer forma de fuga e enfrentarmos o sofrimento? Isso significa não procurarmos uma solução para o sofrimento. Há sofrimento físico - uma dor de dente, dor de barriga, uma cirurgia, acidentes, diversas formas de sofrimentos físicos, a que damos a resposta apropriada. Existe também o medo da dor futura que poderia causar sofrimento. O sofrimento está intimamente relacionado com o medo e, sem a compreensão destes dois fatores importantes na vida, jamais compreenderemos o que é ter compaixão, o que é amor. Assim mente que está preocupada com a compreensão do que é compaixão, amor, e tudo o mais, deve certamente compreender o que é o medo e o que é o sofrimento". — Krishnamurti – O Livro da Vida

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"Quando você compreende, quando chega a saber,
então traz toda a beleza do passado de volta
e dá a esse passado o renascimento, renova-o,
de forma que todos os que o conheceram
possam estar de novo sobre a terra
e viajar por aqui, e ajudar as pessoas." (Tilopa)



"Nos momentos tranqüilos da meditação, a vontade de DEUS pode tornar-se evidente para nós. Acalmar a mente, através da meditação, traz uma paz interior que nos põe em contato com DEUS dentro de nós. Uma premissa básica da meditação, é que é difícil, senão impossível, alcançar um contato consciente, à não ser que a mente esteja sossegada. Para que haja um progresso, a comum sucessão ininterrupta de pensamentos tem de parar. Por isso, a nossa prática preliminar será sossegar a mente e deixar os pensamentos que brotam morrerem de morte natural. Deixamos nossos pensamentos para trás, à medida que a meditação do Décimo Primeiro Passo se torna uma realidade para nós. O equilíbrio emocional é um dos primeiros resultados da meditação, e a nossa experiência confirma isso." (11º Passo de NA)


"O Eu Superior pode usar algum evento, alguma pessoa ou algum livro como seu mensageiro. Pode fazer qualquer circunstância nova agir da mesma forma, mas o indivíduo deve ter a capacidade de reconhecer o que está acontecendo e ter a disposição para receber a mensagem". (Paul Brunton)



Observe Krishnamurti, em conversa com David Bohn, apontando para um "processo", um "caminho de transformação", descrevendo suas etapas até o estado de prontificação e a necessária base emocional para a manifestação da Visão Intuitiva, ou como dizemos no paradigma, a Retomada da Perene Consciência Amorosa Integrativa...


Krishnamurti: Estávamos discutindo o que significa para o cérebro não ter movimento. Quando um ser humano ESTEVE SEGUINDO O CAMINHO DA TRANSFORMAÇÃO, e PASSOU por TUDO isso, e esse SENTIDO DE VAZIO, SILÊNCIO E ENERGIA, ele ABANDONOU QUASE TUDO e CHEGOU AO PONTO, à BASE. Como, então, essa VISÃO INTUITIVA afeta a sua vida diária? Qual é o seu relacionamento com a sociedade? Como ele age em relação à guerra, e ao mundo todo — um mundo em que está realmente vivendo e lutando na escuridão? Qual a sua ação? Eu diria, como concordamos no outro dia, que ele é o não-movimento.

David Bohn: Sim, dissemos que a base era movimento SEM DIVISÃO.

K: Sem divisão. Sim, correto. (Capítulo 8 do livro, A ELIMINAÇÃO DO TEMPO PSICOLÓGICO)


A IMPORTÂNCIA DA RENDIÇÃO DIANTE DA MENTE ADQUIRIDA
Até praticar a rendição, a dimensão espiritual de você é algo sobre o que você lê, de que fala, com que fica entusiasmado, tema para escrita de livros, motivo de pensamento, algo em que acredita... ou não, seja qual for o caso. Não faz diferença. Só quando você se render é que a dimensão espiritual se tornará uma realidade viva na sua vida. Quando o fizer, a energia que você emana e que então governa a sua vida é de uma frequência vibratória muito superior à da energia mental que ainda comanda o nosso mundo. Através da rendição, a energia espiritual entra neste mundo. Não gera sofrimento para você, para os outros seres humanos, nem para qualquer forma de vida no planeta. (Eckhart Tolle em , A Prática do Poder do Agora, pág. 118)


O IMPOPULAR DRAMA OUTSIDER — O encontro direto com a Verdade absoluta parece, então, impossível para uma consciência humana comum, não mística. Não podemos conhecer a realidade ou mesmo provar a existência do mais simples objeto, embora isto seja uma limitação que poucas pessoas compreendem realmente e que muitas até negariam. Mas há entre os seres humanos um tipo de personalidade que, esta sim, compreende essa limitação e que não consegue se contentar com as falsas realidades que nutrem o universo das pessoas comuns. Parece que essas pessoas sentem a necessidade de forjar por si mesmas uma imagem de "alguma coisa" ou do "nada" que se encontra no outro lado de suas linhas telegráficas: uma certa "concepção do ser" e uma certa teoria do "conhecimento". Elas são ATORMENTADAS pelo Incognoscível, queimam de desejo de conhecer o princípio primeiro, almejam agarrar aquilo que se esconde atrás do sombrio espetáculo das coisas. Quando alguém possui esse temperamento, é ávido de conhecer a realidade e deve satisfazer essa fome da melhor forma possível, enganando-a, sem contudo jamais poder saciá-la. — Evelyn Underhill