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terça-feira, 12 de novembro de 2013

A única maneira de não ter medo é aceitar o medo

Perguntaram a Osho:

O medo e a culpa são a mesma coisa? Assim como a luz ilumina a escuridão, Jesus deve ter deixado as pessoas conscientes de sua culpa.

O medo e a culpa não são a mesma coisa. O medo aceito se transforma em liberdade; o medo negado, rejeitado, condenado, transforma-se em culpa. Se você aceitar o medo como parte da situação...

Ele é parte da situação. O homem é uma parte, uma parte muito pequena, minúscula e o todo é amplo: uma gota, uma gotícula, e o todo é o oceano inteiro. Um medo surge: “Posso me perder no todo; minha identidade pode se perder.” Esse é o medo da morte. Todo medo é o medo da morte. E o medo da morte é o medo da aniquilação.

É natural que o homem seja assustado, temeroso. Se você o aceitar, se disser que a vida é assim, se o aceitar totalmente, o temor pára imediatamente e o medo - a mesma energia que estava se transformando em medo - retrocede e se transforma em liberdade. Então você percebe que, mesmo que a gota desapareça no oceano, ela estará lá. Na verdade, ela se tornará o oceano inteiro. E então, a morte se transforma em nirvana, e você não tem medo de se perder. E entende a frase de Jesus: “Se salvar sua vida, irá perdê-la, e se perdê-la, irá salvá-la.”

A única maneira de superar a morte é aceitar a morte. E então, ela desaparecerá. A única maneira de não ter medo é aceitar o medo. Assim, a energia é liberada e transformada em liberdade. Mas se você o condena, se o reprime, se esconde o fato de estar com medo - se você usa uma armadura para se proteger e ser defensivo - então surge a culpa.

Qualquer coisa reprimida cria a culpa; qualquer coisa não permitida dá espaço para a culpa; tudo que vai contra a natureza cria culpa. E então, você se sente culpado por ter mentido para os outros e para si mesmo. Essa falta de autenticidade é a culpa.

Você pergunta: “O medo e a culpa são a mesma coisa?” Não. O medo pode ser a culpa, mas pode não ser. Depende do que você faz com o medo. Se faz alguma coisa errada com ele, ele se transforma em culpa. Se simplesmente o aceita e não faz nada a seu respeito - não há nada a se fazer! - então ele se transforma em liberdade, se transforma na ausência de medo.

“Assim como a luz ilumina a escuridão, Jesus deve ter deixado as pessoas conscientes de sua culpa.” Não, de maneira alguma. Jesus tentava ajudar as pessoas a não se sentirem culpadas. Esse era seu objetivo. Seu objetivo era dizer para as pessoas aceitarem a si mesmas e não se sentirem culpadas, não se sentirem condenadas. Não diga a si mesmo que você é feio, errado, um pecador. Não condene. Seja lá o que você for, você é. Aceite o fato, e a simples aceitação torna-se uma transformação.

Jesus nunca criou a culpa nas pessoas. Esse foi um de seus crimes. Ele tentava alegrar as pessoas culpadas - esse foi seu crime. Ele tentava dizer a elas: “Não seja culpado, não se sinta culpado. Mesmo que haja algo de errado, você não está errado. Talvez você tenha agido de maneira errada, mas seu ser não é errado por causa disso.” Algumas ações podem estar erradas, mas o ser está sempre certo.

Ele aceitava as pessoas; os pecadores ficavam à vontade com ele, sentiam-se bem com ele. Isso se transformou em um problema. Os rabinos, bispos, padres começaram a dizer: “Por quê? Por que você permite que os pecadores fiquem com você? Por que você come com eles, por que dorme com eles? Por que existem tantos párias seguindo você?”

Jesus dizia: “É assim que tem de ser. Eu vim para aqueles que estão doentes. Os doentes procuram o médico, aqueles que já estão saudáveis não precisam. Vá e pense sobre isso.” Jesus dizia: “Eu vim para os doentes, para os enfermos. Preciso apoiá-los e deixá-los fortes. Tenho de trazê-los à luz, preciso trazer vida a eles outra vez, para que a energia deles se torne dinâmica e fluente.”

Não, Jesus é uma luz que não mostra a escuridão. Na verdade, quando a luz está presente, a escuridão desaparece. A escuridão não é mostrada pela luz; ela desaparece diante da luz.

Essa é a diferença. Se um sacerdote está presente, ele mostrará a escuridão. Ele não é uma luz; não pode destruir a escuridão. Ele fará com que você se sinta culpado. Ele criará pecadores - ele condenará e vai deixá-lo morrendo de medo. Ele criará uma ganância e um desejo pelo céu e suas recompensas. No mais, ele pode criar mais medo e mais ganância em você. Isso é o que o céu e o inferno são: projeções de medo e ganância.

Mas quando um Jesus, um sábio, aparece, a escuridão é simplesmente destruída. Quando a luz está presente, a escuridão não é mostrada. A escuridão não existe, porque a escuridão é apenas a ausência de luz.

Se há uma escuridão na sala e eu dou a você uma lâmpada dizendo: “Vá. E leve a lâmpada com você, porque com ela será fácil ver a escuridão...” Se você entrar na escuridão, como conseguirá ver a escuridão? - parece lógico. Mas é absurdo! A escuridão só pode ser vista quando não existe luz. Se você levar a luz consigo, nunca será capaz de ver a escuridão, porque uma vez que a luz estiver presente, a escuridão não existirá mais.

Jesus simplesmente destrói a escuridão, ele destrói a culpa. Ele cria esperança, ele cria confiança. As pessoas que são condenadas há muito tempo perderam sua esperança. Aceitaram seu pecado, aceitaram sua vida feia, e sabem que nada pode ser feito agora. Elas só podem esperar o inferno. Elas aceitaram a idéia de que serão jogadas no inferno e que têm de sofrer.

Jesus vem e ajuda as pessoas a saírem de sua escuridão fechada. Ele diz: “Não existe inferno.” Ele diz: “Saia. Exceto por sua ignorância, não existe inferno; exceto por sua própria reclusão, não existe inferno. Saia dele, flua novamente. Descongele-se e derreta-se, e viva a vida outra vez. Venha para a luz do sol. Deus está disponível.”

É por isso que ele diz: “Volte, o reino de Deus está à disposição.” Ele não diz que, se você for um pecador, então a volta levará muito tempo, e se for um homem religioso e respeitável, a volta levará menos tempo, não.

Pense em tudo isso como se tivesse tido um longo sonho no qual você fosse um pecador. Outra pessoa no mesmo quarto está sonhando que ele é um santo. Você levará mais tempo para acordar do seu sono do que o homem que está sonhando ser um santo? O santo e o pecador estavam sonhando. Eles demorarão o mesmo tempo para acordar de seu sono.

Paradoxalmente, às vezes tomará mais tempo o santo, porque ele está tendo um sonho muito bonito. Ele não quer deixá-lo. O pecador já está em um pesadelo. Ele gostaria de deixá-lo; está chorando, gritando, para que, de alguma forma, consiga sair. Está fazendo muito esforço para sair. O sonho não é bonito, o sonho é feio. Ele está em um inferno. Mas o santo pode não querer ser interrompido. Ele gostaria de virar para o lado e dormir mais um pouco.

Lembre-se, quando você se sente feliz, voltar é difícil; quando se sente infeliz, voltar é fácil. Esse é o sentido do ditado: “Há males que vêm para o bem.” Quando alguém está feliz e tudo está indo bem, quem se preocupa em transformar a si mesmo?

Quando alguém está triste, com um pesar profundo, sentindo-se muito mal, chorando, então essa pessoa gostaria de sair dessa tristeza. O sofrimento também é bom, pois ele dá uma oportunidade de acordar, de sair de seu sono. Não há nada de errado se você puder usá-lo corretamente. Até mesmo venenos podem ser usados como remédios e podem tornar-se bons para a vida.

Se você se sente culpado, tente ver porque está se sentindo assim. Sim, o homem é impotente. Certo! O homem é ignorante - isso está certo, também. Em sua ignorância, ele tem feito muitas coisas que não são como deveriam ser - isso também está certo. Aceite essa impotência, essa ignorância, e reze. Deixe suas lágrimas rolarem, confesse, se arrependa, diga a Deus: “Eu fui impotente, eu fui ignorante, e não consegui fazer melhor. E ainda não posso fazer melhor, a menos que o Senhor me ajude. Como estou, vou voltar a errar. Como estou, novamente vou traí-lo. Não posso contar comigo mesmo. Ajude-me. Apenas sua graça pode me salvar.”

É por isso que o ensinamento de Jesus é: peça a graça de Deus, não acredite em si mesmo - porque foi exatamente essa crença que foi o seu erro.

Não, ele nunca criou a culpa em ninguém. Ele tentava livrar as pessoas da culpa.

Osho, em "Viva ao Máximo

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"Quando você compreende, quando chega a saber,
então traz toda a beleza do passado de volta
e dá a esse passado o renascimento, renova-o,
de forma que todos os que o conheceram
possam estar de novo sobre a terra
e viajar por aqui, e ajudar as pessoas." (Tilopa)



"Nos momentos tranqüilos da meditação, a vontade de DEUS pode tornar-se evidente para nós. Acalmar a mente, através da meditação, traz uma paz interior que nos põe em contato com DEUS dentro de nós. Uma premissa básica da meditação, é que é difícil, senão impossível, alcançar um contato consciente, à não ser que a mente esteja sossegada. Para que haja um progresso, a comum sucessão ininterrupta de pensamentos tem de parar. Por isso, a nossa prática preliminar será sossegar a mente e deixar os pensamentos que brotam morrerem de morte natural. Deixamos nossos pensamentos para trás, à medida que a meditação do Décimo Primeiro Passo se torna uma realidade para nós. O equilíbrio emocional é um dos primeiros resultados da meditação, e a nossa experiência confirma isso." (11º Passo de NA)


"O Eu Superior pode usar algum evento, alguma pessoa ou algum livro como seu mensageiro. Pode fazer qualquer circunstância nova agir da mesma forma, mas o indivíduo deve ter a capacidade de reconhecer o que está acontecendo e ter a disposição para receber a mensagem". (Paul Brunton)



Observe Krishnamurti, em conversa com David Bohn, apontando para um "processo", um "caminho de transformação", descrevendo suas etapas até o estado de prontificação e a necessária base emocional para a manifestação da Visão Intuitiva, ou como dizemos no paradigma, a Retomada da Perene Consciência Amorosa Integrativa...


Krishnamurti: Estávamos discutindo o que significa para o cérebro não ter movimento. Quando um ser humano ESTEVE SEGUINDO O CAMINHO DA TRANSFORMAÇÃO, e PASSOU por TUDO isso, e esse SENTIDO DE VAZIO, SILÊNCIO E ENERGIA, ele ABANDONOU QUASE TUDO e CHEGOU AO PONTO, à BASE. Como, então, essa VISÃO INTUITIVA afeta a sua vida diária? Qual é o seu relacionamento com a sociedade? Como ele age em relação à guerra, e ao mundo todo — um mundo em que está realmente vivendo e lutando na escuridão? Qual a sua ação? Eu diria, como concordamos no outro dia, que ele é o não-movimento.

David Bohn: Sim, dissemos que a base era movimento SEM DIVISÃO.

K: Sem divisão. Sim, correto. (Capítulo 8 do livro, A ELIMINAÇÃO DO TEMPO PSICOLÓGICO)


A IMPORTÂNCIA DA RENDIÇÃO DIANTE DA MENTE ADQUIRIDA
Até praticar a rendição, a dimensão espiritual de você é algo sobre o que você lê, de que fala, com que fica entusiasmado, tema para escrita de livros, motivo de pensamento, algo em que acredita... ou não, seja qual for o caso. Não faz diferença. Só quando você se render é que a dimensão espiritual se tornará uma realidade viva na sua vida. Quando o fizer, a energia que você emana e que então governa a sua vida é de uma frequência vibratória muito superior à da energia mental que ainda comanda o nosso mundo. Através da rendição, a energia espiritual entra neste mundo. Não gera sofrimento para você, para os outros seres humanos, nem para qualquer forma de vida no planeta. (Eckhart Tolle em , A Prática do Poder do Agora, pág. 118)


O IMPOPULAR DRAMA OUTSIDER — O encontro direto com a Verdade absoluta parece, então, impossível para uma consciência humana comum, não mística. Não podemos conhecer a realidade ou mesmo provar a existência do mais simples objeto, embora isto seja uma limitação que poucas pessoas compreendem realmente e que muitas até negariam. Mas há entre os seres humanos um tipo de personalidade que, esta sim, compreende essa limitação e que não consegue se contentar com as falsas realidades que nutrem o universo das pessoas comuns. Parece que essas pessoas sentem a necessidade de forjar por si mesmas uma imagem de "alguma coisa" ou do "nada" que se encontra no outro lado de suas linhas telegráficas: uma certa "concepção do ser" e uma certa teoria do "conhecimento". Elas são ATORMENTADAS pelo Incognoscível, queimam de desejo de conhecer o princípio primeiro, almejam agarrar aquilo que se esconde atrás do sombrio espetáculo das coisas. Quando alguém possui esse temperamento, é ávido de conhecer a realidade e deve satisfazer essa fome da melhor forma possível, enganando-a, sem contudo jamais poder saciá-la. — Evelyn Underhill