Conhecer o Ser é ser o Ser pois Ele é não-dual.
sexta-feira, 14 de agosto de 2015
Qual é a diferença entre a mente e o Ser
Conhecer o Ser é ser o Ser pois Ele é não-dual.
sábado, 21 de fevereiro de 2015
Corpo e mente: nossa ignorância dual
A ilusão da busca de conhecimento externo
(...) Ramana Maharshi diagnostica a doença — escravidão aos desejos e temores — como devida à ignorância sobre o que é o nosso Eu real, e à consequente premissa falsa de que o corpo é o Eu. E isso se confirma pela observação de que desejo e medo surgem em virtude do corpo.
sexta-feira, 14 de novembro de 2014
Há um meio para superar a mente?
Sucesso é ficar livre do desânimo criado por pensamentos
Largue os pensamentos e simplesmente seja!
segunda-feira, 2 de dezembro de 2013
Quem sou eu?
Eu tenho um corpo, mas eu não sou meu corpo.
Eu posso ver e sentir meu corpo,
E o que pode ser visto e sentido não é o verdadeiro Vidente.
Meu corpo pode estar cansado ou excitado,
Doente ou saudável, pesado ou leve,
mas isso nada tem a ver com meu Eu interior.
Eu tenho um corpo, mas eu não sou meu corpo.
Eu tenho desejos, mas eu não sou meus desejos, eu posso conhecer meus desejos,
e o que pode ser conhecido não é o verdadeiro Conhecido.
Desejos vêm e vão, flutuando através de minha percepção,
mas eles não afetam meu Eu interior.
Eu tenho desejos, mas não sou desejos.
Eu tenho emoções, mas eu não sou minhas emoções.
Eu posso sentir minhas emoções,
e o que pode ser sentido não é o verdadeiro Senciente.
As emoções passam através de mim,
mas elas não afetam meu Eu interior.
Eu tenho emoções, mas eu não sou emoções.
Eu tenho pensamentos, mas eu não sou meus pensamentos.
Eu posso conhecer e intuir meus pensamentos,
E o que pode ser conhecido não é o verdadeiro Conhecedor.
Pensamentos vêm a mim e pensamentos me deixam,
mas eles não afetam meu Eu interior.
Eu tenho pensamentos, mas não sou meus pensamentos.
Eu sou o que permanece, um centro puro de percepção,
uma testemunha impassível de todos esses
pensamentos, emoções, sentimentos e desejos."
(Ramana Maharshi)
quinta-feira, 29 de novembro de 2012
Por que os pensamentos penetram a mente mesmo quando indesejados?
Todas as pesquisas sobre o não-Ser são vãs, se não daninhas, porque retardam a empreita principal, a Busca do SER. E, assim acontece, mesmo se chegarmos à conclusão correta sobre a natureza do mundo, se, pelo menos até então, não tivermos iniciado essa Busca.
Mas, para os que estão seriamente interesados em achar o SER, sem poder prosseguir, com determinação mental na Busca, esta pesquisa não é desnecessária nem incoveniente. Isso acontece porque a maioria dos seres, mesmo os que pretendem, seriamente, libertar-se do jugo, são estorvados, na Busca, por pensamentos indesejáveis, que surgem e preenchem a mente.
O fluxo habitual da mente dirigi-se para o mundo e não para o SER. mesmo quando conseguimos afastar a mente do mundo, concentrando-a no SER, ela se solta e vagueia até voltar para o mundo.
Mas, por que os pensamentos penetram na mente mesmo quando não são desejados? Os Sábios dizem que é porque alimentamos a crença de que o mundo é real.
O Sábio de Arunachala nos diz em uma de suas composições que se não fosse pela nossa crença de que o mundo é real, seria muito mais fácil para nós obtermos a Revelação do Ser. O maior assombro, diz o Sábio, é este — que nós, apesar de sermos sempre o SER REAL, esforçamo-nos para nos unir a Ele. Diz-nos que surgirá o dia em que riremos de nossos esforços atuais para atingirmos essa finalidade. Mas, isso que acontecerá nesse dia de risos, existe mesmo atualmente — a Verdade. Pois não temos que nos transformar nesse SER? Nós somos Ele.
Poder-se-á perguntar que essa crença nossa tem a ver com a Busca. Uma das razões é esta: Tudo que julgamos ser real tem entrada indubitavelmente franca em nossas mentes. Não podemos negar admissão aos pensamentos concernentes a coisas reais, por meio de uma simples aão da vontade. Mas, isso não é tudo. Atualmente, consideramos o mundo como Real num sentido em que ele não o é. E, por considerá-lo assim, tornamos impossível para nós a compreensão do SER. até que abandonemos essa crença. Acontece, assim, que é o próprio mundo que obscurece o SER para nós.
Como pode ser isso? Os Sábios dizem que o SER é a Realidade que sustenta o mundo. Assim como, quando se julga, por engano, que uma corda é uma cobra, a cobra obscurece a corda, da mesma forma, o mundo obscurece o SER. Só existe uma Realidade, que em nossa ignorância se apresenta como o mundo, e que aparecerá como realmente é — o SER — quando transcendermos a ignorância. Ao experimentarmos a Verdade, descobriremos que o que agora nos parece este mundo múltiplo, de nomes e formas, no tempo e no espaço, não passa do SER Real, que é a indivisível Realidade, sem nome, sem forma, sem tempo, sem espaço e sem mutações. E é axiomático que a aparência exclui a realidade. Enquanto supusermos que a corda é uma cobra, ela não pode aparecer como corda que realmente é? A falsa cobra efetivamente oculta a corda real. O mesmo acontece com o SER. Enquanto o SER nos parecer o mundo, não o reconheceremos como o SER. A aparência do mundo oculta efetivamente o SER. E continuará a fazê-lo até que nos libertemos da aparência. E não podemos realizar isso a menos que compreendamos que essa aparência não é o Real. Por essa razão, a Realidade — que também é o Ser — não existe para aquele que acredita que o mundo é real, assim como a corda não tem existência para aquele que a vê como uma cobra. Por esse motivo, ele nega a ordem moral do universo, ainda que ele possa crer honestamente que exista uma Realidade.
Assim,acontece que, devido a uma falsa crença, o SER — que é infinitamente grande e venturoso, a nossa mais valiosa propriedade — se pudermos chamá-LO de propriedade — está, por enquanto, perdido para nós. E que perda maior pode haver?
WHO
O intelecto é um excelente instrumento a serviço da ignorância
A validade do intelecto é limitada por sua origem, isto é, pela ignorância primordial. Aos que não têm a consciência de sua sujeião a essa ignorância, e aos que se sentem satisfeitos continuando submissos a ela, o intelecto é o instrumento mais do que suficiente para todos os seus objetivos. Isto é, o intelecto é um instrumento excelente a serviço dessa ignorância. Mas para a finalidade de transcendê-la, tem pouco valor. O máximo que o intelecto pode fazer por nós é reconhecer suas limitações e deixar de obstar nossa Busca da Verdade. Pode fazer isso, tão logo comece a perceber a verdade da sua própria origem impura e a necessidade de confiar nas evidências dos Sábios como um passo em direção à Busca, pela qual podemos obter uma Revelação autêntica do Ser Real. Assim, a controvérsia entre a razão e a Revelação é apenas aparente.
WHO
quarta-feira, 28 de novembro de 2012
O conhecimento falso é o inimigo do despertar da Verdade
Dizem-nos os Sábios que deixaremos de identificar-nos com o nosso corpo — e assim nos libertaremos de uma vez por todas dos sofrimentos que surgem por intermédio dele — apenas quando alcançarmos a experiência direta do Ser Real. Assim como agora temos a experiência direta do corpo, devemos ter a experiência direta desse Ser como ele realmente é. Essa ignorância, que nos leva a identificar-nos com o corpo, é um hábito mental arraigado, engendrado na mente durante longo tempo de ações e pensamentos errôneos. Deles surgiram os vários apegos às coisas. Tais hábitos mentais formam a própria estrutura da mente; e a simples introdução de um pensamento contrário — que é muito fraco, igual a um recém-nascido — fará pouca diferença. A mente fluirá pelos mesmos canais habituais. Continuará sujeitas às mesmas atrações e repulsões. E isso acontecerá porque enquanto é possível ao filósofo livresco sentir às vezes que ele não é o seu corpo, não pode, com a mesma facilidade, chegar a sentir que não é a sua mente. E esta dupla ignorância só terá fim quando conhecermos o Ser — não teórica mas praticamente, isto é, pela experiência real do Ser.
Até surgir essa compreensão, não se pode dizer que o filósofo tenha se descartado de sua ignorância. Ela sobrevive com todo vigor. Seu conhecimento filosófico não faz qualquer diferença no seu caráter. De fato, como assinala o sábio, o filósofo livresco está até mesmo em piores condições do que outros homens. Seu coração é assediado por novos apegos — dos quais o iletrado está livre — que não lhe dão tempo para dedicar-se à tarefa de descobrir o Ser Real. Muitas vezes não têm nem mesmo consciência da premente necessidade de se prepararem para tal empresa, harmonizando o conteúdo de sua mente e dirigindo suas energias para o Ser, e não para o mundo. Interfere-se daí que, quem conhece o Ser apenas por intermédio de livros, não o conhece mais do que a gente simples. Por essa razão o sábio compara o filósofo livresco ao gramofone. Não é melhor do que ninguém pela sua erudição, assim como o gramofone não é melhor pelas boas coisas que repete.
Os livros, devemos lembrar, não passam de sinais indicadores na estrada para a sabedoria, que nos liberta; logo, essa sabedoria não pode ser encontrada nos livros. O Ser que precisamos conhecer está no interior e não no exterior. Caso a sabedoria desperte, nessa oportunidade, o Ser, refulgindo em todo o seu esplendor, mostrar-se-á diretamente, sem qualquer agente intermediário. Os estudos dos livros porém engendra a idéia de que o Ser é algo externo, que se precise conhecer como um objeto, por intermédio da mente.
A vasta confusão que reina nas especulações filosóficas e teológicas é devida a essa ignorância. Todos estão totalmente convencidos de que as questões abstrusas, referentes ao mundo, à alma e a Deus, podem ser resolvidas, final e satisfatoriamente, pelas especulações intelectuais sustentadas por argumentos tirados da experiência humana comum, a qual é o que é, devido a essa ignorância. Filósofos e teólogos discutem desde o início da criação — se é que houve criação — sobre a causa primeira, o modo da criação, a natureza do tempo e do espaço, a realidade ou irrealidade do mundo, a discordância entre o determinismo e o livre-arbítrio, o estado de libertação, e assim por diante, numa sucessão infinita. E não chegam a nenhuma conclusão… Não pode haver conclusão final — uma conclusão que possa não ser derrubada por argumentos novos, ou aparentemente novos, enunciados por outros contendores, a menos que o Ser real seja alcançado. Para aquele que atingiu o Ser real, estas controvérsias chegaram ao fim. Mas para os outros, elas devem continuar, a menos que ouçam o conselho do Sábio, cuja finalidade é fazer com que deixem de lado todas essas questões e se dediquem de coração a busca do Ser. Ou aceitamos o ensino dos Sábios sobre essas especulações, pelo menos a título de hipótese, de modo a não sermos desviados, por elas, da nossa busca, ou reconhecemos a profunda verdade de que esses assuntos não têm a menor importância e não precisam de respostas — que a única coisa necessária é encontrar o Ser. Essas questões surgem, se é que isso acontece, apenas para aqueles que consideram a mente ou o corpo como o Ser.
Compreendemos, assim, que todos os nossos sofrimentos são devidos à nossa ignorância sobre o Ser Real. Devemos vencê-la se quisermos gozar a verdadeira felicidade, pois a remoção da causa é a única forma de cura radical que existe. O mais é tratamento paliativo, que pode até mesmo, no final de contas, ser maléfico, agravando, na verdade, a doença. E só poderemos ser livres dessa ignorância, por meio da experiência com o Ser.
Não é empresa fácil, pois o instrumento a ser usado nesse trabalho é a mente. Ela tem que se desligar de tudo o mais e dirigir-se para o Ser Real. Mas a mente não se desliga facilmente de suas preocupações costumeiras. Se for forçada a isso, não se concentra, e logo volta ao ponto de partida. Assim é porque está cheia de idéias que são frutos da ignorância; e tais idéias rebelam-se para defender a vida de sua geratriz, a ignorância, porque a vida desta é também delas. Temos, portanto, de liquidar todas essas idéias.
Por serem causadas pela ignorância primordial, provavelmente tais idéias são falsas. E é lógico que o conhecimento falso é o inimigo do despertar da Verdade. Portanto, é necessário que examinemos essas idéias e as rejeitemos, se julgadas incorretas; ou mesmo apenas duvidosas. Somente assim, estaremos seguros contra sublevações traiçoeiras, ao empreendermos a busca do Ser Real.
Nessa análise, devemos guiar-nos pela absoluta devoção à Verdade. O Gita nos diz: “Aquele que ama a Verdade e submete todo o seu ser ao amor da Verdade, A encontrará.” Essa condição é muito importante. É claro que não pode haver amor parcial pela Verdade. Um amor à Verdade sendo limitado implica amor também pela inverdade, em maior ou menor grau. O amor perfeito pela Verdade significa uma total boa-vontade para renunciar a tudo que se julgue ser falso, em decorrência de uma análise justa. Implica, também, a capacidade de submeter a exame completo e imparcial todas as crenças que temos agora quanto ao mundo, à alma e a Deus. O amante da Verdade caracteriza-se por não ter maior apego às suas crenças do que as crenças alheias. Conserva-as a título de hipótese e pode claramente refletir sobre a possibilidade de achar que são insustentáveis e dignas de renúncia. É a isenção de apego às suas próprias crenças que lhe permite fazer uma análise imparcial de sua validade. E, se em decorrência dessa análise, julgar que não são válidas, não somente renúncia a elas, como também fica sempre alerta contra a possibilidade de que voltem, até que venham perder influência sobre ele. Por conseguinte, devemos cuidar para que sejamos devotos somente da Verdade, e livres de erros. E em prol da Verdade, renunciar ao amor que devotamos às nossas crenças, de modo que a Verdade possa reinar suprema em nossos corações quando a tivermos encontrado.
O que se conhece como filosofia é apenas este exame imparcial de todas as nossas idéias — do conteúdo inteiro de nossa mente. Somente isso é verdadeira filosofia. Tudo o mais não passa de pseudofilosofia. E podemos afirmar com segurança que pseudofilósofos são aqueles que, ou não compreenderam o fato de que ignoram o Ser, ou estão completamente satisfeitos de permanecerem sujeitos a tal ignorância.
Consideremos agora como nos certificarmos de que, em nosso filosofar, evitaremos os engodos que se emboscam em nosso caminho, e de que chegaremos a idéias que não serão adversárias da nossa Busca do Ser Real.
WHO
então traz toda a beleza do passado de volta
e dá a esse passado o renascimento, renova-o,
de forma que todos os que o conheceram
possam estar de novo sobre a terra
e viajar por aqui, e ajudar as pessoas." (Tilopa)
"Nos momentos tranqüilos da meditação, a vontade de DEUS pode tornar-se evidente para nós. Acalmar a mente, através da meditação, traz uma paz interior que nos põe em contato com DEUS dentro de nós. Uma premissa básica da meditação, é que é difícil, senão impossível, alcançar um contato consciente, à não ser que a mente esteja sossegada. Para que haja um progresso, a comum sucessão ininterrupta de pensamentos tem de parar. Por isso, a nossa prática preliminar será sossegar a mente e deixar os pensamentos que brotam morrerem de morte natural. Deixamos nossos pensamentos para trás, à medida que a meditação do Décimo Primeiro Passo se torna uma realidade para nós. O equilíbrio emocional é um dos primeiros resultados da meditação, e a nossa experiência confirma isso." (11º Passo de NA)
"O Eu Superior pode usar algum evento, alguma pessoa ou algum livro como seu mensageiro. Pode fazer qualquer circunstância nova agir da mesma forma, mas o indivíduo deve ter a capacidade de reconhecer o que está acontecendo e ter a disposição para receber a mensagem". (Paul Brunton)
Observe Krishnamurti, em conversa com David Bohn, apontando para um "processo", um "caminho de transformação", descrevendo suas etapas até o estado de prontificação e a necessária base emocional para a manifestação da Visão Intuitiva, ou como dizemos no paradigma, a Retomada da Perene Consciência Amorosa Integrativa...
Krishnamurti: Estávamos discutindo o que significa para o cérebro não ter movimento. Quando um ser humano ESTEVE SEGUINDO O CAMINHO DA TRANSFORMAÇÃO, e PASSOU por TUDO isso, e esse SENTIDO DE VAZIO, SILÊNCIO E ENERGIA, ele ABANDONOU QUASE TUDO e CHEGOU AO PONTO, à BASE. Como, então, essa VISÃO INTUITIVA afeta a sua vida diária? Qual é o seu relacionamento com a sociedade? Como ele age em relação à guerra, e ao mundo todo — um mundo em que está realmente vivendo e lutando na escuridão? Qual a sua ação? Eu diria, como concordamos no outro dia, que ele é o não-movimento.
David Bohn: Sim, dissemos que a base era movimento SEM DIVISÃO.
K: Sem divisão. Sim, correto. (Capítulo 8 do livro, A ELIMINAÇÃO DO TEMPO PSICOLÓGICO)
A IMPORTÂNCIA DA RENDIÇÃO DIANTE DA MENTE ADQUIRIDA
Até praticar a rendição, a dimensão espiritual de você é algo sobre o que você lê, de que fala, com que fica entusiasmado, tema para escrita de livros, motivo de pensamento, algo em que acredita... ou não, seja qual for o caso. Não faz diferença. Só quando você se render é que a dimensão espiritual se tornará uma realidade viva na sua vida. Quando o fizer, a energia que você emana e que então governa a sua vida é de uma frequência vibratória muito superior à da energia mental que ainda comanda o nosso mundo. Através da rendição, a energia espiritual entra neste mundo. Não gera sofrimento para você, para os outros seres humanos, nem para qualquer forma de vida no planeta. (Eckhart Tolle em , A Prática do Poder do Agora, pág. 118)