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segunda-feira, 24 de agosto de 2015

A porta estreita que conduz à Vida

A mente sempre está no passado ou no futuro. Não pode estar no presente, é absolutamente impossível para a mente estar o presente. Quando está no presente, a mente já não está aí, porque mente equivale a pensar. Como pode pensar no presente? Pode pensar no passado; já se converteu em parte da memória e a mente pode trabalhar com isso. Pode pensar no futuro; ainda não está aqui e a mente pode sonhar com isso. A mente pode fazer duas coisas: pode mover-se para o passado, onde há espaço de sobra para mover-se, o vasto espaço do passado, no que pode seguir e seguir penetrando; ou pode mover-se para o futuro, onde também há um espaço infinito, no que pode imaginar e sonhar sem limites. Mas como vai funcionar a mente no presente? No presente não há espaço para que a mente faça nenhum movimento.

O presente é sozinho uma linha divisória, nada mais. Separa o passado do futuro, não é mais que uma linha divisória. Pode estar no presente, mas não pode pensar nele; para pensar se necessita espaço. Os pensamentos necessitam espaço, são como os objetos. Recorda-o: os pensamentos são coisas materiais, muito sutis, mas são materiais. Não pode pensar no presente. No instante em que começa a pensar, já é passado. Vê sair o sol e diz: «Que belo amanhecer.» Quando o diz já é o passado.

Quando o sol está saindo não há espaço suficiente nem sequer, para dizer «Que bonito», porque quando pronuncia essas duas palavras, «que bonito», a experiência já se converteu em passado. A mente já o arquivou na memória; mas no momento exato em que sai o sol, o momento exato em que o sol aparece sobre a linha, como pode pensar? O que pode pensar? Pode estar com o sol que sai, mas não pode pensar. Há espaço suficiente para ti, mas não para os pensamentos.

Vê uma formosa flor no jardim e diz: «Que bonita rosa.» Nesse momento já não está com a rosa; é já uma lembrança. Quando a flor está aí e você está aí, os dois pressente ante o outro, como poderia pensar? O que poderia pensar? Como vai ser possível o pensamento? Não há espaço para ele. O espaço é tão estreito - de fato, não há nada de espaço - que você e a flor não podem nem sequer existir como dois seres, porque não há espaço suficiente para dois; solo pode existir um. Por isso, em uma presença profunda, você é a flor e a flor se converte em ti. Quando não há pensamento, quem é a flor e quem é o observador? O observador se converte em observado. de repente, desaparecem as fronteiras. de repente, encontra-te com que penetraste na flor e a flor penetrou em ti. de repente: já não são dois; solo existe um.

Se começar a pensar, convertem-lhes de novo em dois. Se não pensar, onde está a dualidade? Quando existe com a flor, sem pensar, é um diálogo.

E a porta é estreita. A porta do presente é estreita. Por ela não podem entrar dois juntos, só um. No presente não é possível pensar, não é possível sonhar, porque sonhar-não é mais que pensar com imagens. As duas coisas são materiais.

Osho
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"Quando você compreende, quando chega a saber,
então traz toda a beleza do passado de volta
e dá a esse passado o renascimento, renova-o,
de forma que todos os que o conheceram
possam estar de novo sobre a terra
e viajar por aqui, e ajudar as pessoas." (Tilopa)



"Nos momentos tranqüilos da meditação, a vontade de DEUS pode tornar-se evidente para nós. Acalmar a mente, através da meditação, traz uma paz interior que nos põe em contato com DEUS dentro de nós. Uma premissa básica da meditação, é que é difícil, senão impossível, alcançar um contato consciente, à não ser que a mente esteja sossegada. Para que haja um progresso, a comum sucessão ininterrupta de pensamentos tem de parar. Por isso, a nossa prática preliminar será sossegar a mente e deixar os pensamentos que brotam morrerem de morte natural. Deixamos nossos pensamentos para trás, à medida que a meditação do Décimo Primeiro Passo se torna uma realidade para nós. O equilíbrio emocional é um dos primeiros resultados da meditação, e a nossa experiência confirma isso." (11º Passo de NA)


"O Eu Superior pode usar algum evento, alguma pessoa ou algum livro como seu mensageiro. Pode fazer qualquer circunstância nova agir da mesma forma, mas o indivíduo deve ter a capacidade de reconhecer o que está acontecendo e ter a disposição para receber a mensagem". (Paul Brunton)



Observe Krishnamurti, em conversa com David Bohn, apontando para um "processo", um "caminho de transformação", descrevendo suas etapas até o estado de prontificação e a necessária base emocional para a manifestação da Visão Intuitiva, ou como dizemos no paradigma, a Retomada da Perene Consciência Amorosa Integrativa...


Krishnamurti: Estávamos discutindo o que significa para o cérebro não ter movimento. Quando um ser humano ESTEVE SEGUINDO O CAMINHO DA TRANSFORMAÇÃO, e PASSOU por TUDO isso, e esse SENTIDO DE VAZIO, SILÊNCIO E ENERGIA, ele ABANDONOU QUASE TUDO e CHEGOU AO PONTO, à BASE. Como, então, essa VISÃO INTUITIVA afeta a sua vida diária? Qual é o seu relacionamento com a sociedade? Como ele age em relação à guerra, e ao mundo todo — um mundo em que está realmente vivendo e lutando na escuridão? Qual a sua ação? Eu diria, como concordamos no outro dia, que ele é o não-movimento.

David Bohn: Sim, dissemos que a base era movimento SEM DIVISÃO.

K: Sem divisão. Sim, correto. (Capítulo 8 do livro, A ELIMINAÇÃO DO TEMPO PSICOLÓGICO)


A IMPORTÂNCIA DA RENDIÇÃO DIANTE DA MENTE ADQUIRIDA
Até praticar a rendição, a dimensão espiritual de você é algo sobre o que você lê, de que fala, com que fica entusiasmado, tema para escrita de livros, motivo de pensamento, algo em que acredita... ou não, seja qual for o caso. Não faz diferença. Só quando você se render é que a dimensão espiritual se tornará uma realidade viva na sua vida. Quando o fizer, a energia que você emana e que então governa a sua vida é de uma frequência vibratória muito superior à da energia mental que ainda comanda o nosso mundo. Através da rendição, a energia espiritual entra neste mundo. Não gera sofrimento para você, para os outros seres humanos, nem para qualquer forma de vida no planeta. (Eckhart Tolle em , A Prática do Poder do Agora, pág. 118)


O IMPOPULAR DRAMA OUTSIDER — O encontro direto com a Verdade absoluta parece, então, impossível para uma consciência humana comum, não mística. Não podemos conhecer a realidade ou mesmo provar a existência do mais simples objeto, embora isto seja uma limitação que poucas pessoas compreendem realmente e que muitas até negariam. Mas há entre os seres humanos um tipo de personalidade que, esta sim, compreende essa limitação e que não consegue se contentar com as falsas realidades que nutrem o universo das pessoas comuns. Parece que essas pessoas sentem a necessidade de forjar por si mesmas uma imagem de "alguma coisa" ou do "nada" que se encontra no outro lado de suas linhas telegráficas: uma certa "concepção do ser" e uma certa teoria do "conhecimento". Elas são ATORMENTADAS pelo Incognoscível, queimam de desejo de conhecer o princípio primeiro, almejam agarrar aquilo que se esconde atrás do sombrio espetáculo das coisas. Quando alguém possui esse temperamento, é ávido de conhecer a realidade e deve satisfazer essa fome da melhor forma possível, enganando-a, sem contudo jamais poder saciá-la. — Evelyn Underhill