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quarta-feira, 17 de julho de 2013

O homem inteligente aceita inteligentemente o inevitável

Pergunta: Não acredita nem na posse nem na exploração; mas sem uma ou sem outra como poderia viajar e dar conferência ao mundo?

Krishnamurti: Vou lhes dizer muito simplesmente. Para viver no mundo sem exploração, você têm que se retirar para uma ilha deserta. Tal como é o sistema – como é agora – para viver, se viverem nesse sistema, têm que o explorar.

Compreendamos o que quero dizer com exploração. Ora, para mim, se não descobrirem por vocês próprios inteligentemente quais são as suas necessidades, então tornam-se exploradores. Se descobrirem por vocês próprios, inteligentemente, quais são as suas necessidades, então não são exploradores; mas isso requer muita inteligência. Em primeiro lugar, nós temos muitas coisas porque pensamos que pela posse de muitas coisas, seremos felizes. Portanto para possuir essas muitas coisas temos que explorar; ao passo que, se tiverem realmente considerado quais são as suas necessidades essenciais, nisso não há exploração, de fato, se chegarem a pensar nisso. E eu descobri por mim quais são as minhas necessidades. No que respeita às minhas viagens, os amigos pedem-me para ir a diferentes lugares, e eu vou. Se não me pedirem, não viajo; e mesmo que não fale ou ensine, posso perfeitamente fazer qualquer outra coisa. Agora, se eu quisesse converter todos a uma forma específica de pensamento, e se os forçasse, e recebesse fundos para o alterar – a isso se chamaria exploração. Aquilo de que falo é o inevitável, quer gostem ou não, e o homem inteligente aceita inteligentemente o inevitável. Portanto não sinto que estou a explorar, e sei que não estou, nem sou possessivo.

Mais uma vez esse sentido de possessividade – para se estar realmente livre de tudo isso, tem que se estar tão alerta, tão consciente, para não se enganar a si próprio, porque no pensamento de que se está livre da possessividade pode residir muita auto-ilusão. Pensa-se tantas vezes que se é livre, mas vive-se realmente no manto da auto-ilusão. No momento em que a sua necessidade está satisfeita, não se apegam a ela; não sentem direitos de propriedade sobre ela.

Jiddu Krishnamurti - Auckland, Nova Zelândia, 2ª palestra nos jardins da Escola de Vasanta 31 de março, 1934.

terça-feira, 9 de julho de 2013

O homem ambicioso está destruindo a si próprio

Pergunta: É verdade que a sociedade está baseada na cobiça e na ambição; mas, se não tivéssemos ambição, não nos deterioraríamos?

Krishnamurti: Esta é, em verdade, um pergunta muito importante, que requer toda a atenção.

Vocês sabem o que é atenção? Vejamos. Quando, durante uma aula, vocês olham pela janela ou puxam os cabelos de um companheiro, o mestre lhes manda “prestar atenção”. E o que significa isso? Que não lhes interessa o que estão escutando e, por conseguinte, o mestre lhes obriga a prestar atenção. Mas isso, de modo nenhuma é atenção. Há atenção quando vocês sentem profundo interesse por uma coisa, porque, então, procuram, com amor, descobrir tudo o que a ela diz respeito; então, a mente inteira de vocês, todo o ser, está presente. Analogamente, no momento em que percebem que esta pergunta — se não tivéssemos ambição, não nos deterioraríamos? — é realmente muito importante, ficam interessados e desejam descobrir a verdade a esse respeito.

Ora, o homem ambicioso não está destruindo a si próprio? Isso é que precisa se averiguar em primeiro lugar, e não perguntar se a ambição é “certa” ou “errada”. Olhem ao redor de vocês, observem as pessoas que são ambiciosas. O que acontece quando vocês são ambiciosos? Só pensam em si mesmos, não é verdade? São cruéis, empurram os outros para o lado, porque estão procurando preencher a ambição de vocês, procurando se tornarem “homens importantes”, e criando, assim, na sociedade, o conflito entre os que estão tendo êxito e os que estão ficando para trás. É uma batalha constante entre vocês e os outros, que também desejam o que vocês desejam; e pode esse conflito produzir um viver criador? Compreendem, ou isso está muito difícil?

Vocês são ambiciosos quando gostam de fazer uma coisa por amor a ela própria? Quando estão fazendo alguma coisa com todo o ser de vocês, não pode desejarem chegar a alguma parte ou obter alguma vantagem, porém, simplesmente, por gostarem de fazê-la — aí não há ambição, há? Não há então competição; não estão lutando contra ninguém pelo primeiro lugar. E não deve a educação lhes ajudar a descobrir o que realmente gostam de fazer, de modo que, do começo ao fim de suas vidas, estejam trabalhando em algo que sintam ser valioso e ter, para vocês, profunda significação? Do contrário, serão, até o fim de seus dias, seres dignos de lástima. Quando não sabem o que gostam de fazer, suas mentes caem numa rotina, em que só se encontra tédio, decomposição e morte. Eis por que é tão importante descobrirem, enquanto jovens, o que gostam de fazer. Esta é, realmente, a única maneira de criar uma nova sociedade.

Krishnamurti — A Cultura e o Problema Humano

segunda-feira, 27 de maio de 2013

A realidade não é intelectual

A realidade não é intelectual; mas desde a infância, através da educação, através de todas as assim chamadas formas de aprendizado, desenvolvemos uma mente arguta, competitiva, sobrecarregada de informações — como acontece com os advogados, políticos, técnicos, especialistas. Nossas mentes foram trabalhadas, buriladas, o que se transformou no objetivo mais importante a alcançar e, com isso, todo o nosso sentimento extinguiu-se. Você não tem pena do homem pobre em sua amargura, não se sente jamais feliz por ver um ricaço guiando em seu belo carro; não fica encantado ao ver um lindo rosto; não sente emoção diante do arco-íris, ou do esplendor de um gramado verdinho. Estamos tão absorvidos em nosso trabalho, em nossas misérias, que não temos um momento de lazer para sentir o que é amar, para ser bom, generoso. E, no entanto, desprovidos de tudo isso, queremos saber o que é Deus!... Que coisa incrivelmente estúpida e infantil! De forma que se torna muito mais importante para o indivíduo viver — não reviver; você não pode reviver sentimentos mortos, a glória que passou. Mas não podemos acaso viver intensamente, plenamente, prodigamente mesmo que só por um dia? Pois tal dia abrangeria um milênio. Não se trata de fantasia poética. Você compreenderá isso quando tiver vivido um dia pleno, no qual não existe tempo, nem futuro, nem passado — você conhecerá então a plenitude conferida por esse estado extraordinário. Esse modo de viver não tem nada a ver com conhecimento. 

Krishnamurti — Sobre Deus 

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

O que é a sociedade?

O que é a sociedade? Um conjunto de valores, uma série de normas, regras e tradições, não é mesmo? Você vê essas condições de fora e diz: “Posso ter um relacionamento prático com tudo isso?” Por que não? Afinal, se você simplesmente se enquadrar nesse esquema de valores, acaso será livre? E o que se entende por “prático”? Quererá dizer ganhar o próprio sustento? Há muiats coisas que você pode fazer para ganhar seu sustento; e se você for livre não poderá escolher o que quer fazer? Não será isso prático? Ou você consideraria prático esquecer a própria liberdade e apenas ajustar-se ao quadro, tornar-se advogado, banqueiro, comerciante ou varredor de ruas? Certamente, se você for livre e tiver cultivado a própria inteligência, desobrirá o que lhe será melhor fazer. Colocará de lado todas as tradições e fará algo que verdadeiramente goste de fazer, independente da aprovação ou reprovação de seus pais ou da sociedade. Porque você é livre, tem inteligência, e fará alguma coisa que é totalmente sua, você agirá como um ser humano integrado.

Krishnamurti — O Verdadeiro Objetivo da Vida – Cultrix

domingo, 19 de agosto de 2012

O pensar correto gera a profissão correta

As pessoas destituídas de diplomas acadêmicos são os melhores mestres, porque tem disposição para experimentar. Não sendo especialistas, tem interesse em aprender, em compreender a vida. Para o verdadeiro educador, ensinar não é uma técnica, é vocação; como um grande artista, preferiria morrer à mingua que renunciar ao trabalho criador. Quem não sentir esse ardente desejo de ensinar não deve ser preceptor. É de suma importância que o indivíduo descubra por si mesmo se têm esse dom, em vez de apenas deixar-se impelir para o ensino, por constituir um meio de vida.(1)

A maioria das nossas ocupações são inspiradas pela tradição, pela avidez ou pela ambição. Em nossas atividades, somos desapiedados competidores, embusteiros, ardilosos e altamente preocupados com nossa própria proteção. A qualquer momento (…) correremos o risco de soçobrar e por isso temos de ajustar-nos ao ritmo altamente eficiente da insaciável máquina dos negócios. É uma luta incessante pela manutenção de uma posição.(2)

Mas, na vida de relação está implicado um processo inteiramente diferente. Nela é indispensável que haja afeto, consideração para com os outros, ajustamento, abnegação, condescendência; nela não se trata de vencer, porém de viver feliz.(3)

Mas, como é possível conciliar duas coisas, como o egoísmo e o amor, os negócios e as relações com os semelhantes? Uma é desapiedada, competidora, ambiciosa; a outra, abnegada, delicada, suave. (…) Com uma das mãos contamos dinheiro e derramamos sangue, enquanto procuramos com a outra afagar, testemunhar afeto e consideração.(4)

A ocupação justa não se inspira na tradição, nem na ganância, nem na ambição. Quando cada um estiver verdadeiramente interessado em estabelecer a verdadeira vida de relação, não só com um, mas com todos, achar-se-á, então, a ocupação justa. Esta resulta da regeneração, da transformação do coração, e não apenas da determinação intelectual de encontrá-la.(5)

Mas, embora importante e benéfica, a ocupação justa não constitui, em si, um fim. Podeis ter um justo meio de vida, mas se interiormente fordes incompletos e pobres, sereis uma fonte de miséria para vós mesmos e, portanto, para os outros; sereis irrefletidos, violentos, egoístas. Sem a liberdade interior da Realidade, não encontrareis nem a alegria nem a paz. Na busca e na descoberta daquela Realidade interior, podemos não somente contentar-nos com pouco, mas também adquirir conhecimento de algo que ultrapassa todos os padrões. É isso o que cumpre procurar em primeiro lugar; as outras coisas virão na sua esteira.(6)

Ora, nas condições em que a sociedade existe no presente, não há possibilidade da escolha entre o meio de vida correto e o (…) incorreto. Pegamos o primeiro emprego se temos a boa sorte de achar um. (…) Mas, para aqueles e vós que não sofrem igual premência (…) qual o meio de vida correto numa sociedade que está baseada (…) nas diferenças de classes, no nacionalismo, na ganância, na violência? (7)

É muito importante que cada um de nós descubra qual é a sua relação com a sociedade, se ela está baseada na ganância - que significa auto-expansão, preenchimento do “eu”, que supõe poder, posição, autoridade - ou se simplesmente aceitamos da sociedade as coisas essenciais, tais como alimento, roupa e moradia.(8)

Perguntais-me qual a profissão que vos aconselho (…) Que está acontecendo neste mundo? Há possibilidade de se escolher profissão? Cada um segura aquilo que pode. Já nos consideramos felizes se achamos trabalho. Assim é em todas as partes do mundo. Porque temos um único alvo: ganhar dinheiro, seja como for, para viver.(9) 

O pensar correto gera a profissão correta e a ação correta. Não podeis pensar corretamente, sem autoconhecimento. (…) É extremamente difícil escolher uma profissão num mundo civilizado desta espécie, em que toda ação conduz à destruição e à exploração.(10) 

A maioria das pessoas são forçadas a entregar-se a trabalhos, atividades, profissões, para as quais de forma alguma estão talhadas. Passam o resto da existência batalhando contra essas circunstâncias, disparando assim todas as energias em lutas, dores, sofrimentos (…) Outros homens rompem as limitações do ambiente, depois de compreenderem o seu verdadeiro significado, passando a viver inteligentemente, em atividades criadoras, seja no mundo da arte, da ciência, seja nas profissões.(11)

A maioria das pessoas são forçadas a entregar-se a trabalhos, atividades, profissões, para as quais de forma alguma estão talhadas. Passam o resto da existência batalhando contra essas circunstâncias, disparando assim todas as energias em lutas, dores, sofrimentos (…) Outros homens rompem as limitações do ambiente, depois de compreenderem o seu verdadeiro significado, passando a viver inteligentemente, em atividades criadoras, seja no mundo da arte, da ciência, seja nas profissões.(12) 

Eis porque é importantíssimo achar a vocação justa. Sabeis o que significa “vocação”? É a ocupação que desempenhamos com agrado, com naturalidade. Afinal, tal é a função da educação (…) de uma escola como esta, a saber, ajudar-vos a crescer com independência, para que não sejais ambiciosos e possais achar a vossa verdadeira vocação.(13) 

A verdadeira educação deve ter por fim ajudar-vos a ser tão inteligentes que (…) possais escolher uma ocupação a vosso gosto (…) ou passar fome, mas nunca fazer uma coisa estúpida, que vos fará infeliz para o resto da vida.(14)

Para a maioria dentre nós, a profissão está separada da nossa vida pessoal. Temos o mundo da profissão e da técnica, e a vida dos sentimentos sutis, das idéias, (…) e do amor. Estamos adestrados para o mundo da profissão e só ocasionalmente (…) escutamos uns vagos murmúrios da realidade.(15) 

O mundo da profissão tornou-se, gradualmente, exigente, tomando quase todo o nosso tempo, de modo a deixar pouca margem ao pensamento profundo e à emoção. Por esse modo, a vida da realidade, da felicidade torna-se cada vez mais vaga.(16)

Com raras exceções, o exercer uma profissão não é a expressão natural do indivíduo. Não é a plenitude ou a completa expressão do seu ser integral. Se examinardes isso, haveis de averiguar que tal coisa é apenas o (…) adestramento do indivíduo no sentido de ajustar-se a um sistema rígido, inflexível. Esse sistema está baseado no temor, no espírito da aquisição e na exploração.(17)

Pois bem, a maioria de nós se embota nisso que se chama trabalho, emprego, rotina, (…) Tão identificado (…) que não pode vê-lo objetivamente; (…) Vive numa gaiola (…) isolado (…) O seu trabalho, por conseguinte, é uma forma de fuga da vida: da sua esposa, de seus deveres sociais.(18) 

Enquanto não houvermos descoberto o que é verdadeiro, o que é Deus, essa coisa extraordinária que enche a vida de grandeza, de bondade e beleza, todas as nossas atividades, em qualquer nível que seja, só podem ter uma significação superficial. A menos que estejamos experimentando diretamente o que é verdadeiro, momento a momento, a nossa civilização se torna mecânica e, portanto, destrutiva. Certo, o homem existe para encontrar-se com Deus, e não apenas para ganhar o seu sustento e ajustar-se a um padrão social.(19)

Krishnamurti, em
(1) A Educação e o Significado da Vida
(2) O Egoísmo e o Problema da Paz, pág. 19-20
(3) O Egoísmo e o Problema da Paz, pág. 19-20
(4) O Egoísmo e o Problema da Paz, pág. 19-20
(5) O Egoísmo e o Problema da Paz, pág. 21
(6) O Egoísmo e o Problema da Paz, pág. 34
(7) A Arte da Libertação, pág.170
(8) A Arte da Libertação, pág.173
(9) Uma Nova Maneira de Viver, pág. 95-96
(10) Uma Nova Maneira de Viver, pág. 97
(11) A Luta do Homem, pág. 94
(12) A Luta do Homem, pág. 94
(13) Novos Roteiros em Educação, pág. 68
(14) Novos Roteiros em Educação, pág. 19
(15) Palestras no Uruguai e na Argentina, 1935, pág. 125
(16) Palestras no Uruguai e na Argentina, 1935, pág. 125
(17) Palestras no Uruguai e na Argentina, 1935, pág. 126
(18) Novo Acesso à Vida, pág. 127
(19) Visão da Realidade, pág. 113
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"Quando você compreende, quando chega a saber,
então traz toda a beleza do passado de volta
e dá a esse passado o renascimento, renova-o,
de forma que todos os que o conheceram
possam estar de novo sobre a terra
e viajar por aqui, e ajudar as pessoas." (Tilopa)



"Nos momentos tranqüilos da meditação, a vontade de DEUS pode tornar-se evidente para nós. Acalmar a mente, através da meditação, traz uma paz interior que nos põe em contato com DEUS dentro de nós. Uma premissa básica da meditação, é que é difícil, senão impossível, alcançar um contato consciente, à não ser que a mente esteja sossegada. Para que haja um progresso, a comum sucessão ininterrupta de pensamentos tem de parar. Por isso, a nossa prática preliminar será sossegar a mente e deixar os pensamentos que brotam morrerem de morte natural. Deixamos nossos pensamentos para trás, à medida que a meditação do Décimo Primeiro Passo se torna uma realidade para nós. O equilíbrio emocional é um dos primeiros resultados da meditação, e a nossa experiência confirma isso." (11º Passo de NA)


"O Eu Superior pode usar algum evento, alguma pessoa ou algum livro como seu mensageiro. Pode fazer qualquer circunstância nova agir da mesma forma, mas o indivíduo deve ter a capacidade de reconhecer o que está acontecendo e ter a disposição para receber a mensagem". (Paul Brunton)



Observe Krishnamurti, em conversa com David Bohn, apontando para um "processo", um "caminho de transformação", descrevendo suas etapas até o estado de prontificação e a necessária base emocional para a manifestação da Visão Intuitiva, ou como dizemos no paradigma, a Retomada da Perene Consciência Amorosa Integrativa...


Krishnamurti: Estávamos discutindo o que significa para o cérebro não ter movimento. Quando um ser humano ESTEVE SEGUINDO O CAMINHO DA TRANSFORMAÇÃO, e PASSOU por TUDO isso, e esse SENTIDO DE VAZIO, SILÊNCIO E ENERGIA, ele ABANDONOU QUASE TUDO e CHEGOU AO PONTO, à BASE. Como, então, essa VISÃO INTUITIVA afeta a sua vida diária? Qual é o seu relacionamento com a sociedade? Como ele age em relação à guerra, e ao mundo todo — um mundo em que está realmente vivendo e lutando na escuridão? Qual a sua ação? Eu diria, como concordamos no outro dia, que ele é o não-movimento.

David Bohn: Sim, dissemos que a base era movimento SEM DIVISÃO.

K: Sem divisão. Sim, correto. (Capítulo 8 do livro, A ELIMINAÇÃO DO TEMPO PSICOLÓGICO)


A IMPORTÂNCIA DA RENDIÇÃO DIANTE DA MENTE ADQUIRIDA
Até praticar a rendição, a dimensão espiritual de você é algo sobre o que você lê, de que fala, com que fica entusiasmado, tema para escrita de livros, motivo de pensamento, algo em que acredita... ou não, seja qual for o caso. Não faz diferença. Só quando você se render é que a dimensão espiritual se tornará uma realidade viva na sua vida. Quando o fizer, a energia que você emana e que então governa a sua vida é de uma frequência vibratória muito superior à da energia mental que ainda comanda o nosso mundo. Através da rendição, a energia espiritual entra neste mundo. Não gera sofrimento para você, para os outros seres humanos, nem para qualquer forma de vida no planeta. (Eckhart Tolle em , A Prática do Poder do Agora, pág. 118)


O IMPOPULAR DRAMA OUTSIDER — O encontro direto com a Verdade absoluta parece, então, impossível para uma consciência humana comum, não mística. Não podemos conhecer a realidade ou mesmo provar a existência do mais simples objeto, embora isto seja uma limitação que poucas pessoas compreendem realmente e que muitas até negariam. Mas há entre os seres humanos um tipo de personalidade que, esta sim, compreende essa limitação e que não consegue se contentar com as falsas realidades que nutrem o universo das pessoas comuns. Parece que essas pessoas sentem a necessidade de forjar por si mesmas uma imagem de "alguma coisa" ou do "nada" que se encontra no outro lado de suas linhas telegráficas: uma certa "concepção do ser" e uma certa teoria do "conhecimento". Elas são ATORMENTADAS pelo Incognoscível, queimam de desejo de conhecer o princípio primeiro, almejam agarrar aquilo que se esconde atrás do sombrio espetáculo das coisas. Quando alguém possui esse temperamento, é ávido de conhecer a realidade e deve satisfazer essa fome da melhor forma possível, enganando-a, sem contudo jamais poder saciá-la. — Evelyn Underhill