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domingo, 13 de janeiro de 2013

A educação, torna-nos pouco inteligentes

Saiba que intelectualidade não é inteligência. Ser intelectual é ser falso, é fingir ser inteligente. A intelectualidade não é real porque não é sua, mas emprestada.

Inteligência é o crescimento da consciência interior. Ela nada tem a ver com conhecimento, mas algo a ver com meditatividade. Uma pessoa inteligente não age a partir de sua experiência passada; ela age no presente. Ela não reage, mas responde. Daí ela ser sempre imprevisível; não há como saber o que ela irá fazer.

(...) A inteligência é intrínseca à vida, é uma qualidade natural da vida. Assim como o fogo é quente, o ar é invisível e a água flui para baixo, assim a vida é inteligente.

A inteligência não é uma conquista. Você nasce inteligente...

(...) O universo é inteligente, existe inteligência oculta em todos os lugares. E, se você tiver olhos para ver, poderá vê-la em todos os lugares. A vida é inteligente.

Somente o ser humano se tornou não-inteligente. Ele danificou o fluxo natural da vida. Exceto no ser humano, não existe ausência de inteligência... Algo saiu errado: a inteligência do ser humano foi danificada, corrompida, mutilada.

A meditação nada mais é do que desfazer esse dano. A meditação não será necessária se o ser humano for deixado por sua própria conta. Se o sacerdote e o político não interferirem na inteligência do ser humano, não haverá necessidade de nenhuma meditação. A meditação é medicinal — primeiro a doença precisa ser criada, então a meditação é necessária. Se a doença não estiver presente, a meditação não será necessária. E não é por acaso que as palavras medicina e meditação vêm da mesma raiz. Ela é medicinal.

Toda criança nasce inteligente, e, no momento em que ela nasce, saltamos sobre ela e começamos a destruir sua inteligência, pois ela é perigosa para as estruturas políticas, social e religiosa. Ela é perigosa para o papa, para o sacerdote, para o líder; ela é perigosa para o status quo, para o sistema. A inteligência é naturalmente rebelde e não pode ser forçada a ser servil. Ela é muito assertiva e individual e não pode ser forçada a imitar de maneira mecânica.

As pessoas precisam ser convertidas em cópias; sua originalidade precisa ser destruída; não fosse isso, todas as tolices que aconteceram sobre a terra seriam impossíveis. Você precisa de um líder porque, em primeiro lugar, fizeram de você uma pessoa não-inteligente — senão, não haveria necessidade de nenhum líder. Por que você deveria seguir alguém? Você seguirá sua inteligência. Se alguém deseja ser um líder, então uma coisa precisa ser feita: de algum modo sua inteligência precisa ser destruída. Você precisa ser chacoalhado a partir de suas próprias raízes, precisa que lhe provoquem medo, precisa que lhe tirem a confiança de si mesmo — essa é uma necessidade, e somente então o líder poderá entrar em cena.

Se você for inteligente, você mesmo solucionará os problemas. A inteligência é suficiente para soluciona todos os problemas. Na verdade, sejam quais forem os problemas criados pela vida, você tem mais inteligência do que esses problemas. Ela é uma provisão, é uma dádiva da natureza. Mas há pessoas ambiciosas que desejam ditar as regras, que desejam dominar; há loucos ambiciosos — eles criam medo em você. O medo é como a ferrugem: ele destrói toda a inteligência. Se você quiser destruir a inteligência de alguém, a primeira providência necessária é criar medo: crie o inferno e deixe as pessoas com medo. Quando as pessoas ficam com medo do inferno, irão ao sacerdote e se curvarão diante dele. Elas ouvirão o sacerdote, pois, se não o ouvirem, irão para o inferno — naturalmente elas ficam com medo. Elas precisam se proteger do fogo do inferno, e o sacerdote é necessário para isso. Ele passa a ser uma necessidade.

(...) O medo precisa ser criado, a ganância precisa ser criada. A inteligência não é gananciosa. Você ficará surpreso ao saber que uma pessoa inteligente nunca é gananciosa. A ganância é parte da ausência de inteligência. Você armazena para o amanhã por não ter confiança de que amanhã será capaz de lidar com a vida; senão, por que armazenar? Você fica avarento e ganancioso por não saber se amanhã sua inteligência será capaz de enfrentar ou não a vida. Quem sabe? Você não tem confiança em sua inteligência, então armazena e fica ganancioso. Uma pessoa inteligente não tem medo, não é gananciosa.

(...) Pedir segurança para o amanhã significa permanecer em constante medo. A segurança não é possível; dessa maneira, quando você tem medo da insegurança, seu medo não pode ser destruído. O medo estará presente, você estará trêmulo de medo — e, enquanto isso, o momento presente está sendo perdido. Ao desejar segurança para o futuro, você destrói o presente, que é a única vida disponível. E você ficará cada vez mais perturbado, temeroso e ganancioso.

Uma criança que nasce é um fenômeno muito, muito aberto e completamente inteligente. Mas saltamos sobre ela e começamos a destruir sua inteligência. Começamos a criar medo nela. Você chama isso de ensinamento, chama isso de tornar a criança capaz de enfrentar a vida. Ela não está com medo, mas você cria medo nela.

E suas escolas, colégios, universidades — todas elas a deixam cada vez menos inteligentes. Elas exigem tolices, exigem que tolices sejam memorizadas, coisas que a criança e sua inteligência natural não podem perceber o sentido. Para quê? A criança não pode perceber o sentido daquilo. Por que sobrecarregar a cabeça dela com essas coisas? Mas a universidade, a escola, o lar, a família, os bem-intencionados, todos dizem: “Sobrecarregue! Agora você não sabe o motivo e só mais tarde saberá por que tudo isso é necessário.”

Encha sua cabeça com História, com todas as tolices que pessoas fizeram a outras, com toda loucura — estude isso! E a criança não pode perceber o sentido disso. Para que saber que determinado monarca governou a Inglaterra do ano tal ao ano tal? Ela precisa memorizar essas coisas estúpidas. Naturalmente sua inteligência fica cada vez mais sobrecarregada e mutilada. Cada vez mais poeira se junta sobre sua inteligência. E, quando a pessoa sai da universidade, ela não é mais inteligente — a universidade fez o seu papel. É muito raro alguém se graduar em uma universidade e ainda permanecer inteligente. Muito poucas pessoas foram capazes de escapar da universidade, de evita-la, de passar pela universidade e, ainda assim, salvar sua inteligência — muito raramente. Ela é um enorme mecanismo para destruí-lo.

No momento em que você se educa, torna-se pouco inteligente.

Você não pode perceber isso? A pessoa instruída se comporta de maneira muito pouco inteligente. Entre em contato com pessoas que nunca receberam educação e descobrirá o funcionamento de uma inteligência pura.

(...) Quando a pessoa não sabe ler, precisa usar a inteligência. O que mais você pode fazer? No momento em que você começa a ler, não precisa mais ser inteligente; o livro dará todas as respostas...

(...) Entre em contato com pessoas simples, pessoas sem instrução, pessoas do campo, e descobrirá uma inteligência sutil. Sim, elas não são muito informadas, isso é verdade; não são eruditas, isso é verdade — mas são imensamente inteligentes. As inteligência é como uma chama sem fumaça à volta.

A sociedade fez algo errado com o ser humano — por certas razões. Ela deseja que você seja escravizado, que sempre tenha medo, que sempre seja ganancioso, ambicioso, competitivo. Ela deseja que você não seja amoroso, que esteja repleto de raiva e ódio, que permaneça fraco, que imite os outros — cópias. Ela não deseja que você se torne original, único e rebelde, não. É por isso que sai inteligência foi destruída.

A meditação é necessária somente para desfazer o que a sociedade fez. A meditação é uma anulação: ela simplesmente anula o dano, destrói a doença. E, quando a doença desaparece, seu bem-estar se firma por si mesmo.

Osho – Inteligência – A Resposta Criativa ao Agora - Editora Cultrix

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"Quando você compreende, quando chega a saber,
então traz toda a beleza do passado de volta
e dá a esse passado o renascimento, renova-o,
de forma que todos os que o conheceram
possam estar de novo sobre a terra
e viajar por aqui, e ajudar as pessoas." (Tilopa)



"Nos momentos tranqüilos da meditação, a vontade de DEUS pode tornar-se evidente para nós. Acalmar a mente, através da meditação, traz uma paz interior que nos põe em contato com DEUS dentro de nós. Uma premissa básica da meditação, é que é difícil, senão impossível, alcançar um contato consciente, à não ser que a mente esteja sossegada. Para que haja um progresso, a comum sucessão ininterrupta de pensamentos tem de parar. Por isso, a nossa prática preliminar será sossegar a mente e deixar os pensamentos que brotam morrerem de morte natural. Deixamos nossos pensamentos para trás, à medida que a meditação do Décimo Primeiro Passo se torna uma realidade para nós. O equilíbrio emocional é um dos primeiros resultados da meditação, e a nossa experiência confirma isso." (11º Passo de NA)


"O Eu Superior pode usar algum evento, alguma pessoa ou algum livro como seu mensageiro. Pode fazer qualquer circunstância nova agir da mesma forma, mas o indivíduo deve ter a capacidade de reconhecer o que está acontecendo e ter a disposição para receber a mensagem". (Paul Brunton)



Observe Krishnamurti, em conversa com David Bohn, apontando para um "processo", um "caminho de transformação", descrevendo suas etapas até o estado de prontificação e a necessária base emocional para a manifestação da Visão Intuitiva, ou como dizemos no paradigma, a Retomada da Perene Consciência Amorosa Integrativa...


Krishnamurti: Estávamos discutindo o que significa para o cérebro não ter movimento. Quando um ser humano ESTEVE SEGUINDO O CAMINHO DA TRANSFORMAÇÃO, e PASSOU por TUDO isso, e esse SENTIDO DE VAZIO, SILÊNCIO E ENERGIA, ele ABANDONOU QUASE TUDO e CHEGOU AO PONTO, à BASE. Como, então, essa VISÃO INTUITIVA afeta a sua vida diária? Qual é o seu relacionamento com a sociedade? Como ele age em relação à guerra, e ao mundo todo — um mundo em que está realmente vivendo e lutando na escuridão? Qual a sua ação? Eu diria, como concordamos no outro dia, que ele é o não-movimento.

David Bohn: Sim, dissemos que a base era movimento SEM DIVISÃO.

K: Sem divisão. Sim, correto. (Capítulo 8 do livro, A ELIMINAÇÃO DO TEMPO PSICOLÓGICO)


A IMPORTÂNCIA DA RENDIÇÃO DIANTE DA MENTE ADQUIRIDA
Até praticar a rendição, a dimensão espiritual de você é algo sobre o que você lê, de que fala, com que fica entusiasmado, tema para escrita de livros, motivo de pensamento, algo em que acredita... ou não, seja qual for o caso. Não faz diferença. Só quando você se render é que a dimensão espiritual se tornará uma realidade viva na sua vida. Quando o fizer, a energia que você emana e que então governa a sua vida é de uma frequência vibratória muito superior à da energia mental que ainda comanda o nosso mundo. Através da rendição, a energia espiritual entra neste mundo. Não gera sofrimento para você, para os outros seres humanos, nem para qualquer forma de vida no planeta. (Eckhart Tolle em , A Prática do Poder do Agora, pág. 118)


O IMPOPULAR DRAMA OUTSIDER — O encontro direto com a Verdade absoluta parece, então, impossível para uma consciência humana comum, não mística. Não podemos conhecer a realidade ou mesmo provar a existência do mais simples objeto, embora isto seja uma limitação que poucas pessoas compreendem realmente e que muitas até negariam. Mas há entre os seres humanos um tipo de personalidade que, esta sim, compreende essa limitação e que não consegue se contentar com as falsas realidades que nutrem o universo das pessoas comuns. Parece que essas pessoas sentem a necessidade de forjar por si mesmas uma imagem de "alguma coisa" ou do "nada" que se encontra no outro lado de suas linhas telegráficas: uma certa "concepção do ser" e uma certa teoria do "conhecimento". Elas são ATORMENTADAS pelo Incognoscível, queimam de desejo de conhecer o princípio primeiro, almejam agarrar aquilo que se esconde atrás do sombrio espetáculo das coisas. Quando alguém possui esse temperamento, é ávido de conhecer a realidade e deve satisfazer essa fome da melhor forma possível, enganando-a, sem contudo jamais poder saciá-la. — Evelyn Underhill