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quinta-feira, 11 de julho de 2013

O que é autoconhecimento, e como alcança-lo?

Pergunta: O que é autoconhecimento, e como alcança-lo?

Krishnamurti: Percebem a mentalidade que inspira esta pergunta? Não estou desacatando o interrogante, mas, consideremos essa mentalidade que pergunta: “Como posso obter isso, por quanto posso compra-lo?” O que devo fazer, que sacrifício, que disciplina ou meditação devo praticar a fim de obtê-lo” ? É uma mente mecânica, medíocre, aquela diz: “Farei isto afim de obter aquilo”. As pessoas chamadas “religiosas” pensam desta maneira. Mas, por este caminho, ninguém chega ao autoconhecimento. Vocês não podem compra-lo mediante um certo esforço ou prática. O autoconhecimento vem quando vocês observam a si mesmos nas relações com seus colegas e seus mestres, com todas as pessoas que os cercam; vem ao observarem as maneiras de outrem, seus gestos, seu modo de trajar, de falar, seu desprezo ou lisonja e sua reação; vem quando observam tudo o que se passa em vocês e ao redor de vocês e se veem tal como veem seus rostos num espelho. Quando se olham ao espelho, se veem como são, não é verdade? Podem desejar que a cabeça de vocês fosse de forma diferente, com um pouco mais de cabelo, e que o rosto de vocês fosse um pouquinho menos feio; mas, o fato está na frente de vocês, claramente refletido no espelho, e vocês não podem afastá-lo para o lado, dizendo: “Que belo que sou!”


Ora, se puderem se olhar no espelho das relações da mesma maneira como se olham num espelho comum, então nunca terá fim o autoconhecimento. É como entrar num oceano insondável e sem praias. O mais de nós desejamos alcançar um fim, queremos nos habilitar a dizer: “Alcancei o autoconhecimento e sou feliz”; mas, assim não é, de modo nenhum. Se puderem se olhar sem condenar aquilo que veem, sem se compararem com outra pessoa, sem desejarem serem mais belos ou mais virtuosos; se puderem simplesmente olhar o que são e seguir o caminho de vocês com isso, verão que então é possível ir infinitamente longe. Não há então fim à jornada, e nisso é que consiste o mistério, a beleza do autoconhecimento.

Krishnamurti — A Cultura e o problema humano

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"Quando você compreende, quando chega a saber,
então traz toda a beleza do passado de volta
e dá a esse passado o renascimento, renova-o,
de forma que todos os que o conheceram
possam estar de novo sobre a terra
e viajar por aqui, e ajudar as pessoas." (Tilopa)



"Nos momentos tranqüilos da meditação, a vontade de DEUS pode tornar-se evidente para nós. Acalmar a mente, através da meditação, traz uma paz interior que nos põe em contato com DEUS dentro de nós. Uma premissa básica da meditação, é que é difícil, senão impossível, alcançar um contato consciente, à não ser que a mente esteja sossegada. Para que haja um progresso, a comum sucessão ininterrupta de pensamentos tem de parar. Por isso, a nossa prática preliminar será sossegar a mente e deixar os pensamentos que brotam morrerem de morte natural. Deixamos nossos pensamentos para trás, à medida que a meditação do Décimo Primeiro Passo se torna uma realidade para nós. O equilíbrio emocional é um dos primeiros resultados da meditação, e a nossa experiência confirma isso." (11º Passo de NA)


"O Eu Superior pode usar algum evento, alguma pessoa ou algum livro como seu mensageiro. Pode fazer qualquer circunstância nova agir da mesma forma, mas o indivíduo deve ter a capacidade de reconhecer o que está acontecendo e ter a disposição para receber a mensagem". (Paul Brunton)



Observe Krishnamurti, em conversa com David Bohn, apontando para um "processo", um "caminho de transformação", descrevendo suas etapas até o estado de prontificação e a necessária base emocional para a manifestação da Visão Intuitiva, ou como dizemos no paradigma, a Retomada da Perene Consciência Amorosa Integrativa...


Krishnamurti: Estávamos discutindo o que significa para o cérebro não ter movimento. Quando um ser humano ESTEVE SEGUINDO O CAMINHO DA TRANSFORMAÇÃO, e PASSOU por TUDO isso, e esse SENTIDO DE VAZIO, SILÊNCIO E ENERGIA, ele ABANDONOU QUASE TUDO e CHEGOU AO PONTO, à BASE. Como, então, essa VISÃO INTUITIVA afeta a sua vida diária? Qual é o seu relacionamento com a sociedade? Como ele age em relação à guerra, e ao mundo todo — um mundo em que está realmente vivendo e lutando na escuridão? Qual a sua ação? Eu diria, como concordamos no outro dia, que ele é o não-movimento.

David Bohn: Sim, dissemos que a base era movimento SEM DIVISÃO.

K: Sem divisão. Sim, correto. (Capítulo 8 do livro, A ELIMINAÇÃO DO TEMPO PSICOLÓGICO)


A IMPORTÂNCIA DA RENDIÇÃO DIANTE DA MENTE ADQUIRIDA
Até praticar a rendição, a dimensão espiritual de você é algo sobre o que você lê, de que fala, com que fica entusiasmado, tema para escrita de livros, motivo de pensamento, algo em que acredita... ou não, seja qual for o caso. Não faz diferença. Só quando você se render é que a dimensão espiritual se tornará uma realidade viva na sua vida. Quando o fizer, a energia que você emana e que então governa a sua vida é de uma frequência vibratória muito superior à da energia mental que ainda comanda o nosso mundo. Através da rendição, a energia espiritual entra neste mundo. Não gera sofrimento para você, para os outros seres humanos, nem para qualquer forma de vida no planeta. (Eckhart Tolle em , A Prática do Poder do Agora, pág. 118)


O IMPOPULAR DRAMA OUTSIDER — O encontro direto com a Verdade absoluta parece, então, impossível para uma consciência humana comum, não mística. Não podemos conhecer a realidade ou mesmo provar a existência do mais simples objeto, embora isto seja uma limitação que poucas pessoas compreendem realmente e que muitas até negariam. Mas há entre os seres humanos um tipo de personalidade que, esta sim, compreende essa limitação e que não consegue se contentar com as falsas realidades que nutrem o universo das pessoas comuns. Parece que essas pessoas sentem a necessidade de forjar por si mesmas uma imagem de "alguma coisa" ou do "nada" que se encontra no outro lado de suas linhas telegráficas: uma certa "concepção do ser" e uma certa teoria do "conhecimento". Elas são ATORMENTADAS pelo Incognoscível, queimam de desejo de conhecer o princípio primeiro, almejam agarrar aquilo que se esconde atrás do sombrio espetáculo das coisas. Quando alguém possui esse temperamento, é ávido de conhecer a realidade e deve satisfazer essa fome da melhor forma possível, enganando-a, sem contudo jamais poder saciá-la. — Evelyn Underhill