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sábado, 8 de novembro de 2014

Conscientemente, deixe a loucura subir!

Alguém disse que as meditações que estamos fazendo aqui parecem ser uma loucura total. E são. Isso tem um propósito. É uma loucura com método; uma opção consciente. 

lembre-se: você não pode enlouquecer porque quer. A loucura toma conta de você. Só assim você pode ficar louco. Se você enlouquece porque quer, isso é algo totalmente diferente. Você está basicamente no controle e quem pode controlar sua própria loucura nunca ficará louco. 

Você pode ficar louco a qualquer momento porque acumulou tudo o que é necessário para enlouquecer. Todos estão exatamente no limiar da loucura.

(...) Qualquer um pode ficar louco a qualquer momento... Fique louco voluntariamente! Use a loucura como um método para se ver livre da loucura. Jogue a loucura fora do seu sistema; não continue acumulando e reprimindo a loucura. Permita que ela se liberte de você; não a retenha. 

Isto parece paradoxal. As pessoas que parecem muito sadias são internamente loucas. A qualquer momento essa camada de sanidade pode se romper. Ela é apenas superficial; qualquer coisa pode trincá-la. E, temporariamente, todos vocês ficam loucos. Se alguém o insulta, a camada se parte. A raiva estoura; você explode. O que é a sua raiva? Loucura temporária. Então você se recompõe, tapa o buraco, o vazamento, e fica bom de novo. Mas a sua sanidade é precária. A qualquer momento, qualquer coisa pode fazê-lo ficar louco. Sua sanidade é apenas uma loucura oculta. 

Meu método ensina você a jogar fora essa loucura armazenada. Não permita que ela permaneça em seu organismo; ela é venenosa. Não a acumule; libere-a. Se a sua loucura total é liberada, não há possibilidade de você jamais se tornar louco. Uma vez que você possa sentir um ser interior não-louco, você terá ido além da loucura, você terá transcendido. 

É impossível que um Buda se torne louco. Todos os outros podem se tornar loucos; só um Buda, não. Por que só um Buda? Porque ele expeliu toda a sua loucura. 

Meditação significa jogar fora a sua loucura. Quando não houver mais veneno dentro de você, você terá uma qualidade diferente de ser. Você será capaz de voar, tornar-se-á leve. Então, bem-aventurança não será algo que acontece para você; não será algo que lhe vem de fora. Ela nascerá de você, será a sua própria natureza. Então, a bem-aventurança não será acidental. Ela é você; é a sua natureza, o seu tao, o seu ser, a sua verdadeira existência. E então, ninguém poderá tomar essa bem-aventurança de você. 

A menos que essa camada oculta de loucura seja lançada fora, completamente, a sua fonte de bem-aventurança não pode começar a funcionar, a jorrar. Não pode se tornar um fluxo contínuo, um rio. Jogue fora essa rocha, esse bloco, esse peso morto, e permita que a fonte interior de bem-aventurança flua. Não será apenas você o bem-aventurado. Outros também serão contagiados pela sua bem-aventurança(...) Estamos todos ligados; a existência é uma conjunção. Nada lhe acontece sem que aconteça a outros também. Nós vibramos uns nos outros, penetramos uns nos outros. Sua tristeza, sua insanidade, afetam os outros. 

(...) Somos parte de um mundo insano. Terapia familiar não será suficiente; precisamos de uma terapia mundial,mas quem irá ajudar? O próprio psicanalista é louco; o ajudante também precisa de ajuda; o guia também está sem rumo. Tudo não passa de um arranjo provisório: um louco ajudando o outro e esperando ajuda de algum outro. O cego conduzindo o cego. 

Você não pode esperar até que o mundo todo seja tratado. Você morrerá antes, não estará aqui para sempre. Se o mundo todo está louco, se a loucura é como um oceano que nos envolve a todos, você não pode esperar; não há tempo. Portanto, terapia familiar, ou mesmo terapia mundial, não irão resolver.  Só uma coisa pode ajudar. Você, como um indivíduo, por favor, não acumule loucura. Jogue-a fora, libere-a. Uma vez liberada a loucura, a fonte da sua bem-aventurança se abrirá, tornar-se-á fluente. Será como um rio. Você será preenchido por ele e, então, transbordará. E sua bem-aventurança transbordante auxiliará a todos à sua volta; ela os penetrará. 

(...) Libere a sua insanidade e cedo perceberá que está liberando também uma corrente de bem-aventurança, como fluxo ininterrupto de um rio. Sempre que alguém se torna um Buda, o mundo toma parte nisso. O mundo pode saber disso ou não mas, sempre que há um Buda, o mundo todo floresce de uma certa forma. Torna-se mais consciente, mais alerta, mais bem-aventurado, mais silencioso.

Osho em, A Nova Alquimia 


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"Quando você compreende, quando chega a saber,
então traz toda a beleza do passado de volta
e dá a esse passado o renascimento, renova-o,
de forma que todos os que o conheceram
possam estar de novo sobre a terra
e viajar por aqui, e ajudar as pessoas." (Tilopa)



"Nos momentos tranqüilos da meditação, a vontade de DEUS pode tornar-se evidente para nós. Acalmar a mente, através da meditação, traz uma paz interior que nos põe em contato com DEUS dentro de nós. Uma premissa básica da meditação, é que é difícil, senão impossível, alcançar um contato consciente, à não ser que a mente esteja sossegada. Para que haja um progresso, a comum sucessão ininterrupta de pensamentos tem de parar. Por isso, a nossa prática preliminar será sossegar a mente e deixar os pensamentos que brotam morrerem de morte natural. Deixamos nossos pensamentos para trás, à medida que a meditação do Décimo Primeiro Passo se torna uma realidade para nós. O equilíbrio emocional é um dos primeiros resultados da meditação, e a nossa experiência confirma isso." (11º Passo de NA)


"O Eu Superior pode usar algum evento, alguma pessoa ou algum livro como seu mensageiro. Pode fazer qualquer circunstância nova agir da mesma forma, mas o indivíduo deve ter a capacidade de reconhecer o que está acontecendo e ter a disposição para receber a mensagem". (Paul Brunton)



Observe Krishnamurti, em conversa com David Bohn, apontando para um "processo", um "caminho de transformação", descrevendo suas etapas até o estado de prontificação e a necessária base emocional para a manifestação da Visão Intuitiva, ou como dizemos no paradigma, a Retomada da Perene Consciência Amorosa Integrativa...


Krishnamurti: Estávamos discutindo o que significa para o cérebro não ter movimento. Quando um ser humano ESTEVE SEGUINDO O CAMINHO DA TRANSFORMAÇÃO, e PASSOU por TUDO isso, e esse SENTIDO DE VAZIO, SILÊNCIO E ENERGIA, ele ABANDONOU QUASE TUDO e CHEGOU AO PONTO, à BASE. Como, então, essa VISÃO INTUITIVA afeta a sua vida diária? Qual é o seu relacionamento com a sociedade? Como ele age em relação à guerra, e ao mundo todo — um mundo em que está realmente vivendo e lutando na escuridão? Qual a sua ação? Eu diria, como concordamos no outro dia, que ele é o não-movimento.

David Bohn: Sim, dissemos que a base era movimento SEM DIVISÃO.

K: Sem divisão. Sim, correto. (Capítulo 8 do livro, A ELIMINAÇÃO DO TEMPO PSICOLÓGICO)


A IMPORTÂNCIA DA RENDIÇÃO DIANTE DA MENTE ADQUIRIDA
Até praticar a rendição, a dimensão espiritual de você é algo sobre o que você lê, de que fala, com que fica entusiasmado, tema para escrita de livros, motivo de pensamento, algo em que acredita... ou não, seja qual for o caso. Não faz diferença. Só quando você se render é que a dimensão espiritual se tornará uma realidade viva na sua vida. Quando o fizer, a energia que você emana e que então governa a sua vida é de uma frequência vibratória muito superior à da energia mental que ainda comanda o nosso mundo. Através da rendição, a energia espiritual entra neste mundo. Não gera sofrimento para você, para os outros seres humanos, nem para qualquer forma de vida no planeta. (Eckhart Tolle em , A Prática do Poder do Agora, pág. 118)


O IMPOPULAR DRAMA OUTSIDER — O encontro direto com a Verdade absoluta parece, então, impossível para uma consciência humana comum, não mística. Não podemos conhecer a realidade ou mesmo provar a existência do mais simples objeto, embora isto seja uma limitação que poucas pessoas compreendem realmente e que muitas até negariam. Mas há entre os seres humanos um tipo de personalidade que, esta sim, compreende essa limitação e que não consegue se contentar com as falsas realidades que nutrem o universo das pessoas comuns. Parece que essas pessoas sentem a necessidade de forjar por si mesmas uma imagem de "alguma coisa" ou do "nada" que se encontra no outro lado de suas linhas telegráficas: uma certa "concepção do ser" e uma certa teoria do "conhecimento". Elas são ATORMENTADAS pelo Incognoscível, queimam de desejo de conhecer o princípio primeiro, almejam agarrar aquilo que se esconde atrás do sombrio espetáculo das coisas. Quando alguém possui esse temperamento, é ávido de conhecer a realidade e deve satisfazer essa fome da melhor forma possível, enganando-a, sem contudo jamais poder saciá-la. — Evelyn Underhill