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terça-feira, 4 de novembro de 2014

A mensagem está além do simbolo fonético

Para mim, a meditação tem dois passos: primeiro, um ativo (que não é, realmente, de modo algum, meditação) e segundo, um completamente não-ativo (a consciência passiva, que é, realmente, meditação). A consciência, ou conhecimento, é sempre passiva, e, no momento em que te tornas ativo perdes teu conhecimento. É possível estar ativo e consciente apenas quando a consciência chegou a um tal ponto que agora já há, necessidade da meditação para conquistá-la, ou conhecê-la, ou senti-la. Quando a meditação se torna inútil, tu, simplesmente, pões de lado a meditação. Agora, estás consciente. Só então podes estar ao mesmo tempo consciente e ativo — de outra maneira não é possível. Enquanto a meditação ainda for necessária, não serás capaz de estar consciente durante a atividade. Mas, quando a meditação já não é necessária...

Se tu te tornaste meditação, já não precisarás dela. Então, podes ser ativo, mas mesmo nessa atividade és sempre o expectador passivo. Agora, jamais és o ator: és, sempre, uma consciência que testemunha. 

A consciência é passiva... e a meditação está fadada a ser passiva porque é apenas uma porta para a consciência — a perfeita consciência. Assim, quando as pessoas falam em meditação "ativa", estão erradas. Meditação é passividade. Podes precisar de alguma atividade, de algum "fazer" para chegar a ela — isso pode ser compreendido — mas isso não se dá porque a meditação seja, em si, ativa. Isso, antes, se dá, porque estiveste ativo em tantas e tantas vidas — a atividade tornou-se de tal forma parte e parcela de tua mente — que precisas até mesmo da atividade para alcançar a não-atividade. 

Estivestes tão envolvido em atividade que não podes abandoná-la. Assim, pessoas como Krishnamurti podem continuar a dizer: "Abandone isso", mas continuarás a perguntar como abandonar isso. Krishnamurti dirá: "Não perguntes como. Estou dizendo que abandones isso! Não há um 'como' para tanto. Não há necessidade de nenhum 'como'."

De certa forma ele está certo. Consciência passiva ou meditação passiva não têm um "como". Não podem ter, porque se houver um "como" então não pode ser passiva. Mas está certo, também, porque não leva em conta seu ouvinte. Ele está falando de si próprio. 

A meditação se faz sem "como", sem tecnologia, sem qualquer técnica. Assim, Krishnamurti está totalmente correto, mas o ouvinte não foi levado em conta. O ouvinte nada mais tem senão atividade; para ele, tudo é atividade. Assim, quando dizes "A meditação é passiva, não-ativa, sem escolha. Podes apenas estar nela. Não há necessidade de esforço, de nenhum esforço, ela é sem esforço", estás falando uma linguagem que o ouvinte é capaz de entender. Ele entende a parte linguística do que dizes — e isso é que torna tudo tão difícil. Ele diz: "Intelectualmente, compreendo tudo. Tudo o que o senhor está dizendo está sendo inteiramente compreendido", mas ele é incapaz de compreender o significado. 

Não há nada de misterioso nos ensinamentos de Krishnamurti. Ele é o menos místico dos mestres. Nada há de misterioso! Tudo é obviamente claro, exato, analisado, lógico, racional, de forma que todos podem entender. E isso tornou-se uma das grande barreiras, porque o ouvinte pensa que compreendeu. Compreendeu a parte linguística, mas não compreende a linguagem da passividade. 

Compreende o que lhe está sendo dito — as palavras. Ouve-as, compreende-as, conhece o sentido daquelas palavras. Faz correlações. Um quadro inteiramente correlato vem à sua mente. O que está sendo dito é compreendido, há uma comunicação intelectual. Mas ele não compreende a linguagem da passividade. Não pode compreender. Só pode compreender a linguagem da ação — da atividade.

Osho em, Meditação: a arte do êxtase
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"Quando você compreende, quando chega a saber,
então traz toda a beleza do passado de volta
e dá a esse passado o renascimento, renova-o,
de forma que todos os que o conheceram
possam estar de novo sobre a terra
e viajar por aqui, e ajudar as pessoas." (Tilopa)



"Nos momentos tranqüilos da meditação, a vontade de DEUS pode tornar-se evidente para nós. Acalmar a mente, através da meditação, traz uma paz interior que nos põe em contato com DEUS dentro de nós. Uma premissa básica da meditação, é que é difícil, senão impossível, alcançar um contato consciente, à não ser que a mente esteja sossegada. Para que haja um progresso, a comum sucessão ininterrupta de pensamentos tem de parar. Por isso, a nossa prática preliminar será sossegar a mente e deixar os pensamentos que brotam morrerem de morte natural. Deixamos nossos pensamentos para trás, à medida que a meditação do Décimo Primeiro Passo se torna uma realidade para nós. O equilíbrio emocional é um dos primeiros resultados da meditação, e a nossa experiência confirma isso." (11º Passo de NA)


"O Eu Superior pode usar algum evento, alguma pessoa ou algum livro como seu mensageiro. Pode fazer qualquer circunstância nova agir da mesma forma, mas o indivíduo deve ter a capacidade de reconhecer o que está acontecendo e ter a disposição para receber a mensagem". (Paul Brunton)



Observe Krishnamurti, em conversa com David Bohn, apontando para um "processo", um "caminho de transformação", descrevendo suas etapas até o estado de prontificação e a necessária base emocional para a manifestação da Visão Intuitiva, ou como dizemos no paradigma, a Retomada da Perene Consciência Amorosa Integrativa...


Krishnamurti: Estávamos discutindo o que significa para o cérebro não ter movimento. Quando um ser humano ESTEVE SEGUINDO O CAMINHO DA TRANSFORMAÇÃO, e PASSOU por TUDO isso, e esse SENTIDO DE VAZIO, SILÊNCIO E ENERGIA, ele ABANDONOU QUASE TUDO e CHEGOU AO PONTO, à BASE. Como, então, essa VISÃO INTUITIVA afeta a sua vida diária? Qual é o seu relacionamento com a sociedade? Como ele age em relação à guerra, e ao mundo todo — um mundo em que está realmente vivendo e lutando na escuridão? Qual a sua ação? Eu diria, como concordamos no outro dia, que ele é o não-movimento.

David Bohn: Sim, dissemos que a base era movimento SEM DIVISÃO.

K: Sem divisão. Sim, correto. (Capítulo 8 do livro, A ELIMINAÇÃO DO TEMPO PSICOLÓGICO)


A IMPORTÂNCIA DA RENDIÇÃO DIANTE DA MENTE ADQUIRIDA
Até praticar a rendição, a dimensão espiritual de você é algo sobre o que você lê, de que fala, com que fica entusiasmado, tema para escrita de livros, motivo de pensamento, algo em que acredita... ou não, seja qual for o caso. Não faz diferença. Só quando você se render é que a dimensão espiritual se tornará uma realidade viva na sua vida. Quando o fizer, a energia que você emana e que então governa a sua vida é de uma frequência vibratória muito superior à da energia mental que ainda comanda o nosso mundo. Através da rendição, a energia espiritual entra neste mundo. Não gera sofrimento para você, para os outros seres humanos, nem para qualquer forma de vida no planeta. (Eckhart Tolle em , A Prática do Poder do Agora, pág. 118)


O IMPOPULAR DRAMA OUTSIDER — O encontro direto com a Verdade absoluta parece, então, impossível para uma consciência humana comum, não mística. Não podemos conhecer a realidade ou mesmo provar a existência do mais simples objeto, embora isto seja uma limitação que poucas pessoas compreendem realmente e que muitas até negariam. Mas há entre os seres humanos um tipo de personalidade que, esta sim, compreende essa limitação e que não consegue se contentar com as falsas realidades que nutrem o universo das pessoas comuns. Parece que essas pessoas sentem a necessidade de forjar por si mesmas uma imagem de "alguma coisa" ou do "nada" que se encontra no outro lado de suas linhas telegráficas: uma certa "concepção do ser" e uma certa teoria do "conhecimento". Elas são ATORMENTADAS pelo Incognoscível, queimam de desejo de conhecer o princípio primeiro, almejam agarrar aquilo que se esconde atrás do sombrio espetáculo das coisas. Quando alguém possui esse temperamento, é ávido de conhecer a realidade e deve satisfazer essa fome da melhor forma possível, enganando-a, sem contudo jamais poder saciá-la. — Evelyn Underhill