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sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Todo desejo de pertencer é ilusório

Amado Bhagawan, às vezes vem um sentimento de não pertencer a lugar nenhum, que mesmo as roupas laranja e o mala não servem de consolos. Nós somos realmente tão sós, eu estou sendo negativa e fechada quando sinto isso?
Primeiro: você não pertence a lugar algum; isso é verdade. Todo desejo de pertencer é ilusório. A própria ideia de pertencer cria organizações, cria igrejas, pois você não pode ficar sozinho; então quer mergulhar em algum lugar, numa multidão.

Um sannyasin é aquele que aceitou a própria solidão. Isso é fundamental. Tornando-se um sannyasin, você não está se tornando parte de uma organização; isto aqui não é absolutamente uma organização. Tornando-se um sannyasin, você está se tornando suficientemente corajoso para aceitar um fato: que o homem existe na solidão. E isso é tão fundamental que não há jeito de escapar; é fundamental como a morte. Na verdade, a morte não faz mais do que avisá-lo de que você sempre esteve sozinho e que continua sozinho.

O que é a morte? Durante toda a sua vida você esteve se enganando dizendo para si mesmo que estava com alguém, que pertencia a uma família, a um clã, a uma sociedade, a uma cultura, ao Oriente, ao Ocidente, a uma organização, a um partido... a multidões e multidões. Você se sentia muito bem: "Não estou sozinho".

Então vem a morte e deixa você chocado.Você quer se apegar, começa a chorar, sente-se desamparado. Um sannyasin não se sentirá desamparado quando a morte vier, e, sim, perfeitamente feliz, pois a morte não o deixará chocado. O sannyasin sabe que está sozinho. A morte não pode lhe tirar nada; ela só tira as ilusões que você colocou em sua vida.

Tornar-se um sannyasin significa que você anulou a morte, e pode lhe dizer: "Agora pode vir, que não encontrará nada para destruir, pois eu mesmo destruí tudo." O sannyas é uma morte voluntária, é um suicídio espiritual. É uma declaração: "Estou só, e minha solidão é tão fundamental que não há jeito de perdê-la."

Por momentos você pode esquecer, pode apaixonar-se por uma mulher ou por um homem, e criar a ideia, a ilusão de que está junto. Mas ambos estão sós. Quando duas pessoas se apaixonam, casam-se e começam a viver juntas, são duas solidões vivendo juntas: só isso. Elas não estão juntas; ninguém pode estar junto. Isso não pode acontecer, e é bom que não possa acontecer, senão você perderia a sua alma e não teria mais centro.

Duas pessoas que se amam tocam o ser uma da outra, mas seus seres continuam límpidos e separados. Seus limites podem se sobrepor mas seus centros permanecem distantes. Elas não perdem suas almas; do contrário, o amor não seria belo. Dois amantes não estão juntos no sentido de estarem perdidos um no outro, mas no sentido de que duas solidões estão juntas; de mãos dadas, eles sabem perfeitamente que estão sozinhos, compartilhando a sua solidão, a sua beleza, o seu silêncio, o seu amor, mas sabendo que estão sozinhos. Esse fato é tão fundamental que não pode ser mudado.

As pessoas tentam evitar isso. Da mesma forma que tentam evitar a morte, tentam evitar a solidão.

O S H O em, A Divina Melodia
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"Quando você compreende, quando chega a saber,
então traz toda a beleza do passado de volta
e dá a esse passado o renascimento, renova-o,
de forma que todos os que o conheceram
possam estar de novo sobre a terra
e viajar por aqui, e ajudar as pessoas." (Tilopa)



"Nos momentos tranqüilos da meditação, a vontade de DEUS pode tornar-se evidente para nós. Acalmar a mente, através da meditação, traz uma paz interior que nos põe em contato com DEUS dentro de nós. Uma premissa básica da meditação, é que é difícil, senão impossível, alcançar um contato consciente, à não ser que a mente esteja sossegada. Para que haja um progresso, a comum sucessão ininterrupta de pensamentos tem de parar. Por isso, a nossa prática preliminar será sossegar a mente e deixar os pensamentos que brotam morrerem de morte natural. Deixamos nossos pensamentos para trás, à medida que a meditação do Décimo Primeiro Passo se torna uma realidade para nós. O equilíbrio emocional é um dos primeiros resultados da meditação, e a nossa experiência confirma isso." (11º Passo de NA)


"O Eu Superior pode usar algum evento, alguma pessoa ou algum livro como seu mensageiro. Pode fazer qualquer circunstância nova agir da mesma forma, mas o indivíduo deve ter a capacidade de reconhecer o que está acontecendo e ter a disposição para receber a mensagem". (Paul Brunton)



Observe Krishnamurti, em conversa com David Bohn, apontando para um "processo", um "caminho de transformação", descrevendo suas etapas até o estado de prontificação e a necessária base emocional para a manifestação da Visão Intuitiva, ou como dizemos no paradigma, a Retomada da Perene Consciência Amorosa Integrativa...


Krishnamurti: Estávamos discutindo o que significa para o cérebro não ter movimento. Quando um ser humano ESTEVE SEGUINDO O CAMINHO DA TRANSFORMAÇÃO, e PASSOU por TUDO isso, e esse SENTIDO DE VAZIO, SILÊNCIO E ENERGIA, ele ABANDONOU QUASE TUDO e CHEGOU AO PONTO, à BASE. Como, então, essa VISÃO INTUITIVA afeta a sua vida diária? Qual é o seu relacionamento com a sociedade? Como ele age em relação à guerra, e ao mundo todo — um mundo em que está realmente vivendo e lutando na escuridão? Qual a sua ação? Eu diria, como concordamos no outro dia, que ele é o não-movimento.

David Bohn: Sim, dissemos que a base era movimento SEM DIVISÃO.

K: Sem divisão. Sim, correto. (Capítulo 8 do livro, A ELIMINAÇÃO DO TEMPO PSICOLÓGICO)


A IMPORTÂNCIA DA RENDIÇÃO DIANTE DA MENTE ADQUIRIDA
Até praticar a rendição, a dimensão espiritual de você é algo sobre o que você lê, de que fala, com que fica entusiasmado, tema para escrita de livros, motivo de pensamento, algo em que acredita... ou não, seja qual for o caso. Não faz diferença. Só quando você se render é que a dimensão espiritual se tornará uma realidade viva na sua vida. Quando o fizer, a energia que você emana e que então governa a sua vida é de uma frequência vibratória muito superior à da energia mental que ainda comanda o nosso mundo. Através da rendição, a energia espiritual entra neste mundo. Não gera sofrimento para você, para os outros seres humanos, nem para qualquer forma de vida no planeta. (Eckhart Tolle em , A Prática do Poder do Agora, pág. 118)


O IMPOPULAR DRAMA OUTSIDER — O encontro direto com a Verdade absoluta parece, então, impossível para uma consciência humana comum, não mística. Não podemos conhecer a realidade ou mesmo provar a existência do mais simples objeto, embora isto seja uma limitação que poucas pessoas compreendem realmente e que muitas até negariam. Mas há entre os seres humanos um tipo de personalidade que, esta sim, compreende essa limitação e que não consegue se contentar com as falsas realidades que nutrem o universo das pessoas comuns. Parece que essas pessoas sentem a necessidade de forjar por si mesmas uma imagem de "alguma coisa" ou do "nada" que se encontra no outro lado de suas linhas telegráficas: uma certa "concepção do ser" e uma certa teoria do "conhecimento". Elas são ATORMENTADAS pelo Incognoscível, queimam de desejo de conhecer o princípio primeiro, almejam agarrar aquilo que se esconde atrás do sombrio espetáculo das coisas. Quando alguém possui esse temperamento, é ávido de conhecer a realidade e deve satisfazer essa fome da melhor forma possível, enganando-a, sem contudo jamais poder saciá-la. — Evelyn Underhill