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domingo, 5 de agosto de 2012

A importância de ser uma luz para si mesmo


Áudio da reunião de estudo pelo Paltalk em 06/08/2012 referente ao texto abaixo:

Que significa ser livre? Será liberdade fazer o que lhe convém, ir onde lhe agrada, pensar o que lhe apetece? De qualquer modo, é isso o que você faz. Ter independência, simplesmente significará liberdade? Muitas pessoas no mundo são independentes, mas poucas são livres. Liberdade implica uma grande inteligência, não é? Assim, ser livre é ser inteligente, mas a inteligência não vem apenas pelo desejo de ser livre. Ela vem só quando você começa a compreender totalmente o meio que lhe rodeia, as influências sociais, religiosas, familiares e tradicionais que lhe estão constantemente pressionando. Mas para compreender as várias influências do meio cultural a que você pertence, das crenças e superstições, da tradição à qual você se conforma sem pensar - para as compreender todas, e se libertar delas, é preciso uma visão profunda. Mas geralmente você se submete a elas porque interiormente está com medo. Você tem medo de não obter uma boa posição na vida; tem medo do que os outros poderão dizer; tem medo de não seguir a tradição, de não fazer a coisa certa. Mas liberdade é, verdadeiramente, um estado de espírito em que não há medo ou compulsão, nem ansiedade de estar seguro.(1)

Ora, há possibilidade de nos libertarmos do sofrimento? Eu digo que há - mas não porque alguém o afirmou, pois essa é a maneira tradicional de pensar. A aflição, a meu ver, pode findar. E que relação tem o homem para quem o sofrimento terminou com o homem sujeito ao penar? Tem qualquer relação? Podemos estar tentando estabelecer uma impossível relação entre o homem livre do sofrimento e o que dele está cativo, criando, assim, uma série de complexos problemas. Não deve o homem sujeito ao sofrimento saltar para fora do seu mundo, em vez de procurar valer-se de quem se acha livre da angústia? E isso significa que todo ente humano deve deixar de depender psicologicamente. Tal coisa é possível?(2) 

É muito estranha esta nossa adoração dos exemplos, modelos, dos ídolos. Não queremos o que é puro, verdadeiro em si mesmo; queremos intérpretes, exemplos, mestres, gurus, para, por seu intermédio, alcançarmos alguma coisa - e tudo isso é puro absurdo, um meio de explorar a outros. Se cada um de nós fosse capaz de pensar claramente desde o começo, ou de reeducar-se para pensar claramente, todos esses exemplos, mestres, gurus, sistemas, se tornariam completamente desnecessários, como realmente são.(3)

Já se disse que conhecer a si próprio é a mais alta sabedoria, mas muito poucos dentre nós têm cuidado disso. Falta-nos a necessária paciência, intensidade ou paixão, para descobrirmos o que somos. Nós temos a necessária energia, mas valemo-nos da energia de outros; precisamos que outros nos digam o que somos.(4)

Um homem nunca indaga por que razão depende psicologicamente de outrem. Se você examinar bem isso, verá quanto é infeliz. Você não sabe o que fazer com essa solidão, esse isolamento, que é uma forma de suicídio. E, assim, não sabendo o que fazer, você depende. Essa dependência proporciona consolação, uma relação de companheirismo, mas, se esse companheirismo se altera ligeiramente, ficais enciumado, furioso.(5)

Aceita-se a palavra, a explicação, porque ela conforta; a crença conforta quando há sofrimento ou um estado de ansiedade. As explicações dadas por filósofos, psicólogos, sacerdotes, gurus, professores - é nessas coisas que as pessoas se baseiam para viver; o que significa que se vive uma vida de segunda mão e estão satisfeitas... Lê-se muito sobre o que outras pessoas pensaram, ve-se pela televisão o que está acontecendo. É sempre outrem, alguém lá fora, que diz o que se deve fazer. Com isso, a mente atrofia-se e está-se sempre vivendo uma vida de segunda mão.(6)

Alguém já se perguntou: "Posso ser uma luz para mim mesmo - não a luz de outrem, a luz de Jesus ou de Buda? Pode-se ser a luz para si mesmo? Isso quer dizer que não há sombra, pois ser uma luz para si mesmo significa que esta não é apagada por nenhum meio artificial, por circunstâncias, por tristeza, por acidente. Pode-se ser isso para si mesmo? Sim, mas só quando a mente não é desafiada porque está completamente desperta. A maioria de nós, entretanto, necessita de desafios, porque a maioria de nós está adormecida - adormecida porque fomos adormecidos por todos os filósofos, por todos os santos, por todos os deuses, sacerdotes e políticos. Adormece-se uma pessoa e ela não sabe que está adormecida: pensa que isso é normal. Um homem que quer ser a luz para si mesmo tem que se libertar disso tudo. Pode-se ser a luz para si mesmo somente quando não há "eu". Então, essa luz é a luz eterna, perene, imensurável.(7) Perguntas e Respostas

A dependência de um grupo gera a conformidade; a adoração ou prece em conjunto nos torna acessíveis a sugestões e influências, privando-nos do pensar.(8)

Ansiamos a segurança e esse anseio é um obstáculo à nossa libertação pelo conhecimento da Verdade. Cada um de nós deseja submeter-se a algum padrão; porque a submissão é mais fácil do que a vigilância. A submissão a padrões representa a base de nossa existência social, pois temos medo de estar sós. O temor e a renúncia a pensar acarretam a aceitação e a submissão, a aceitação de autoridade. Tal como acontece com o indivíduo assim também acontece com o grupo, com a nação.(9)

Os que desejam deveras descobrir a Verdade relativa aos seus problemas, devem, naturalmente, por à margem tudo quanto é autoridade. Isto é dificílimo, porque quase todos nós estamos cheios de temor. Precisamos de alguém para nos escorar, para nos dar coragem; precisamos do "irmão mais forte" - aquele que mora na Rússia, ou na Inglaterra, ou na América, ou do outro lado do Himalaya, ou "ali na esquina". Todos precisamos de alguém para ajudar-nos. Enquanto estivermos encostados em alguém, nunca chegaremos a compreender o "processo" do nosso pensar; negaremos, assim, a nós mesmos, o descobrimento da Verdade.(10)

Nossa busca, principalmente em matéria religiosa, afigura-se-me sobremodo superficial. Não parecemos capazes de ir além dos níveis superficiais. A maioria de nós passa os dias a buscar uma certa Realidade, que o nosso pensar condicionado "projetou", ou só é capaz de compreender superficialmente. Não é um problema que interessa à maioria de nós, o de investigarmos muito profundamente, ultrapassarmos os níveis superficiais, livres de todos os psicólogos, todos os profetas, instrutores, Salvadores, Mestres, e disciplinas, de modo que, como indivíduos, possamos realmente descobrir o que é verdadeiro? Parecemos incapazes disso, pois estamos sempre a buscar apoio, confirmação, naqueles que supomos terem já achado a Verdade, ou nos propagandistas das diferentes religiões. Nenhuma confiança temos em nossa própria capacidade de descobrir. Se adquirimos confiança na nossa capacidade, então, possivelmente, estaremos livres para descobrir o que é verdadeiro - aquilo que transcende os limites da mente.(11) Transformação Fundamental

A libertação vem do interior e não exterior. Como mendigos que se sentam nos degraus do santuário com sua paralisia, vacuidade e fome, dando-lhes cada viandante que passa uns níqueis ou uns grãos de arroz para alimentá-los, voltando no dia seguinte de novo, vazios, famintos, tristes, fracos - assim é o homem que depende de outrem, o homem que não viu o fim, e que depende para a sua felicidade, para seu consolo, para a sua libertação, do amparo alheio. Pelo fato de haver eu atingido à libertação, é que posso lhes alimentar, encher os seus vazos. Como, porém, sei que amanhã eles estarão de novo vazios, quero lhes dar, antes, o poder, a força, e a vitalidade para darem os passos que conduzem à realidade da vida, para que, assim, por si próprios se tornem Deuses e possão alimentar a outros, para que aos demais possão dar forças e vitalidade aos que se encontrarem vazios, famintos e esquálidos.(12) O Medo

Depender de outra pessoa, não importa o quão excelente ela seja, o impede de aprender sobre si mesmo e o que você é. E é muito, muito importante aprender o que você é, porque o que você é produz essa sociedade que é tão corrupta, imoral, na qual a violência se espalha enormemente, essa sociedade que é tão agressiva, cada um buscando seu próprio sucesso, sua própria maneira de preenchimento. Aprender o que você é não através dos outros, mas pela observação de si mesmo, sem condenar, sem dizer "isto é assim mesmo, eu sou assim, não posso mudar" e continuar. Quando você observa a si mesmo sem nenhuma forma de reação, de resistência, então o próprio observar atua; como uma chama, ele queima toda a estupidez, todas as ilusões que a pessoa tem.(13)

A maioria de nós não está livre. Somos escravos do hinduísmo, do comunismo, desta ou daquela sociedade, de líderes, de partidos políticos, religiões organizadas, gurus e, assim, acabamos perdendo nossa dignidade de seres humanos. Só temos dignidade como ser humano quando experimentamos, cheiramos e conhecemos essa coisa extraordinária chamada liberdade. Da liberdade florescente é que vem a dignidade humana. Se não conhecemos essa liberdade, vivemos como escravos.(14)

Como é fácil nos satisfazermos com palavras, com explicações! São muitos poucos os que rompem a barreira das explicações, ultrapassando as palavras e descobrindo por si mesmos o que é verdadeiro. A capacidade é produto da aplicação, não é? Mas nós não, nos aplicamos, porque nos satisfazemos com palavras, com especulações, com as tradicionais respostas e explicações com que fomos criados.(15)

Enquanto você está seguindo outra pessoa, não importa quem seja ela, nunca descobrirá o que é eterno, "o outro estado" existente além dos limites da mente. Necessita-se, pois, de liberdade, exatamente no começo - não liberdade para escolher os seus vários gurus, pois isto não é liberdade, - porém, liberdade para investigar, o que significa que não se deve seguir ninguém. Por conseguinte, não deve haver guru, nem mestre, nem livro sagrado. Para ser capaz de descobrir o que é verdade, a mente deve ser livre; e a mente não está livre quando pejada de conhecimentos acumulados e de experiências dela própria. "Aprender" é um constante processo de eliminação do que se está acumulando, eliminação, a fim de se continuar descobrindo.(16)

Você precisa se libertar, não por minha causa mas apesar de mim... Em toda esta vida, sobretudo nos últimos meses, tenho lutado por libertar-me — libertar-me dos meus amigos, dos meus livros, das minhas associações. Precisais lutar pela mesma liberdade. Cumpre que seja permanente a inquietação interior. Mantendo constantemente um espelho à sua frente e se ver refletida nele alguma coisa indigna do ideal que você criou para si mesmo, mude-a... Não faça de mim uma autoridade. Se eu me tornar uma necessidade para você, que fará quando eu for embora?... Talvez você imagine que posso lhe dar uma bebida que lhe deixará livre, que posso lhe dar uma fórmula que lhe libertará — mas não é assim. Pode ser que eu seja a porta, mas você precisará passar por ela para encontrar a libertação que está além dela... A verdade chega como um ladrão - quando menos você a espera. Eu quisera poder inventar uma nova linguagem mas, como não posso fazê-lo, gostaria de destruir sua velha fraseologia e suas antigas concepções. Ninguém pode lhe dar a libertação, você terá que encontrá-la em seu próprio íntimo.(17) Os anos de despertar

Digo que não há nenhuma fonte permanente que possa dar entendimento a alguém. Para mim, a glória do homem é que ninguém o possa salvar, exceto ele mesmo. Por favor, se vocês observarem o homem, por todo o mundo, verão que ele sempre recorreu a outrem para ser ajudado. Em todo o mundo o homem volta-se para alguém que o eleve da sua ignorância. Digo que ninguém pode lhes elevar da sua ignorância. Vocês a criaram pelo medo, pela imitação, pela busca da segurança, e por isso estabeleceram autoridades. Vocês mesmos a criaram, esta ignorância que prende cada um de vocês, e ninguém pode lhes libertar exceto vocês mesmos por meio do próprio entendimento. Os outros podem llhes ibertar momentaneamente, mas enquanto a causa da raiz da ignorância permanece, meramente criam outra série de ilusões... A mente só pode libertar-se desta ignorância quando defrontar a vida totalmente, quando experimentar completamente, sem preconceito, sem idéias preconcebidas, quando já não estiver mutilada por uma crença ou idéia. É uma das ilusões que acalentamos, que alguém nos pode salvar, que não podemos por nós mesmos ascender deste lodo de sofrimento. Durante séculos esperamos auxílio do exterior, e estamos ainda agarrados a esta crença.(18)

Você sabe o que significa depender de alguém para a própria felicidade? Não é a mera dependência física de outra pessoa o que tanto lhe prende, porém a dependência interior, psicológica, da qual recebe sua suposta felicidade; porque, quando depende de alguém dessa maneira, torna-se um escravo. Se, quando você ficar mais velho, depender emocionalmente, de seus pais, ou de sua esposa, aí já estará o começo da servidão. Não compreendemos isso e, no entanto, quase todos nós, principalmente os mais novos, desejamos ser livres. Para sermos livres, temos de revoltar-nos contra toda dependência interior, e não podemos revoltar-nos se não compreendemos por que somos dependentes. Enquanto não compreendermos bem a dependência interior, e dela não nos libertarmos, nunca seremos livres, porquanto só nessa compreensão pode haver liberdade. Mas a liberdade não é mera reação. Você sabe o que é reação? Se digo uma coisa que lhe ofende, se lhe chamo um nome feio e você se zanga comigo; isto é uma reação - reação proveniente da dependência; e a independência é outra reação. Mas, liberdade não é reação; e enquanto não compreendermos e ultrapassarmos a reação, nunca seremos livres. Você sabe o que significa amar alguém? Sabe o que significa amar alguém ao ponto de cuidarmos com desvê-lo do ser que amamos, nutrí-lo, acarinhá-lo, embora ele nada nos dê em troca? Os mais de nós não amamos dessa maneira; em verdade, não sabemos o que isso significa, porque nossos amor é sempre cercado de ansiedade, de ciúme, de medo - e isso implica que estamos dependendo de outrem, interiormente, que desejamos ser amados também. Não amamos simplesmente, sem nada desejarmos. Queremos retribuição; e isso justamente, nos torna dependentes.(19)

A palavra “apegar-se” significa pegar, agarrar, ter a sensação de que você pertence a alguém e de que alguém pertence a você. Cultivar o desapego dá origem à falta de afeição, à frieza, (…) desenvolve o sentimento oposto (…) O desapego é um não-fato, enquanto o apego é um fato. (…) Quando há apego, cultivar o desapego e um movimento rumo à ilusão e você se torna frio, duro(…)Se estamos cônscios de que estamos apegados, vemos todas as conseqüências desse apego - ansiedade, falta de liberdade, ciúme, ira, ódio. No apego há também uma sensação de segurança (…) E, assim, há o possuidor e o possuído (…) Estou apegado a você do fundo de minha solidão e esse apego (…) diz: “Eu amo você” (…)  Você pode estar apegado a uma experiência, a um incidente, uma grande sensação de orgulho, (…) de poder, (…), de segurança (…) Se você percebe tudo isso, sem que ninguém lho diga, sem nenhum motivo, (…) então você verá que o insight revela a coisa toda como num mapa. Havendo esse insight, a coisa desaparece completamente e você não está mais apegado.(20)
 
Quando, consciente ou inconscientemente, utilizamos alguma coisa para fugirmos de nós mesmos, tomamo-nos de paixão por ela. Dependermos de uma pessoa, de uma poesia ou do que quer que seja, como meio de alívio das nossas preocupações e ansiedades, embora possa momentaneamente enriquecer-nos, só cria mais conflito e mais contradição em nossas vidas.(21)

Por que somos tão apegados a alguma coisa, nossos haveres, pessoas, idéias, crenças? (…) Não há um sentimento de temor, se não estamos apegados a alguma coisa? Se não estou apegado a meu amigo, a uma idéia, uma experiência, um filho, irmão, mãe, esposa morta? (…) eu sou apegado; meu apego resulta de temor, de variadas formas de solidão, de vazio, etc. (…) Quando a mente está assim vigilante, cônscia, pode então perceber o inteiro significado do apego. Mas, não se pode discernir todo o significado interior do apego, se há qualquer forma de condenação, comparação, julgamento, avaliação.(22)

(1) This Matter of Culture
(2) O Homem Livre
(3) Da solidão à Plenitude Humana
(4) Fora da Violência
(5) Fora da Violência
(6) Perguntas e Respostas
(7) Perguntas e Respostas
(8) O Egoísmo e o problema da paz
(9) O Egoísmo e o problema da paz
(10) Autoconhecimento - base da Sabedoria
(11) Transformação Fundamental
(12) O Medo
(13) A Arte de Aprender
(14) Sobre A Liberdade
(15) Da solidão à Plenitude Humana
(16) Da solidão à Plenitude Humana
(17) Os anos de despertar
(18) Itália e Noruega
(19) A Cultura e o Problema Humano
(20) A Educação e o Significado da Vida
(22) Transformação Fundamental
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"Quando você compreende, quando chega a saber,
então traz toda a beleza do passado de volta
e dá a esse passado o renascimento, renova-o,
de forma que todos os que o conheceram
possam estar de novo sobre a terra
e viajar por aqui, e ajudar as pessoas." (Tilopa)



"Nos momentos tranqüilos da meditação, a vontade de DEUS pode tornar-se evidente para nós. Acalmar a mente, através da meditação, traz uma paz interior que nos põe em contato com DEUS dentro de nós. Uma premissa básica da meditação, é que é difícil, senão impossível, alcançar um contato consciente, à não ser que a mente esteja sossegada. Para que haja um progresso, a comum sucessão ininterrupta de pensamentos tem de parar. Por isso, a nossa prática preliminar será sossegar a mente e deixar os pensamentos que brotam morrerem de morte natural. Deixamos nossos pensamentos para trás, à medida que a meditação do Décimo Primeiro Passo se torna uma realidade para nós. O equilíbrio emocional é um dos primeiros resultados da meditação, e a nossa experiência confirma isso." (11º Passo de NA)


"O Eu Superior pode usar algum evento, alguma pessoa ou algum livro como seu mensageiro. Pode fazer qualquer circunstância nova agir da mesma forma, mas o indivíduo deve ter a capacidade de reconhecer o que está acontecendo e ter a disposição para receber a mensagem". (Paul Brunton)



Observe Krishnamurti, em conversa com David Bohn, apontando para um "processo", um "caminho de transformação", descrevendo suas etapas até o estado de prontificação e a necessária base emocional para a manifestação da Visão Intuitiva, ou como dizemos no paradigma, a Retomada da Perene Consciência Amorosa Integrativa...


Krishnamurti: Estávamos discutindo o que significa para o cérebro não ter movimento. Quando um ser humano ESTEVE SEGUINDO O CAMINHO DA TRANSFORMAÇÃO, e PASSOU por TUDO isso, e esse SENTIDO DE VAZIO, SILÊNCIO E ENERGIA, ele ABANDONOU QUASE TUDO e CHEGOU AO PONTO, à BASE. Como, então, essa VISÃO INTUITIVA afeta a sua vida diária? Qual é o seu relacionamento com a sociedade? Como ele age em relação à guerra, e ao mundo todo — um mundo em que está realmente vivendo e lutando na escuridão? Qual a sua ação? Eu diria, como concordamos no outro dia, que ele é o não-movimento.

David Bohn: Sim, dissemos que a base era movimento SEM DIVISÃO.

K: Sem divisão. Sim, correto. (Capítulo 8 do livro, A ELIMINAÇÃO DO TEMPO PSICOLÓGICO)


A IMPORTÂNCIA DA RENDIÇÃO DIANTE DA MENTE ADQUIRIDA
Até praticar a rendição, a dimensão espiritual de você é algo sobre o que você lê, de que fala, com que fica entusiasmado, tema para escrita de livros, motivo de pensamento, algo em que acredita... ou não, seja qual for o caso. Não faz diferença. Só quando você se render é que a dimensão espiritual se tornará uma realidade viva na sua vida. Quando o fizer, a energia que você emana e que então governa a sua vida é de uma frequência vibratória muito superior à da energia mental que ainda comanda o nosso mundo. Através da rendição, a energia espiritual entra neste mundo. Não gera sofrimento para você, para os outros seres humanos, nem para qualquer forma de vida no planeta. (Eckhart Tolle em , A Prática do Poder do Agora, pág. 118)


O IMPOPULAR DRAMA OUTSIDER — O encontro direto com a Verdade absoluta parece, então, impossível para uma consciência humana comum, não mística. Não podemos conhecer a realidade ou mesmo provar a existência do mais simples objeto, embora isto seja uma limitação que poucas pessoas compreendem realmente e que muitas até negariam. Mas há entre os seres humanos um tipo de personalidade que, esta sim, compreende essa limitação e que não consegue se contentar com as falsas realidades que nutrem o universo das pessoas comuns. Parece que essas pessoas sentem a necessidade de forjar por si mesmas uma imagem de "alguma coisa" ou do "nada" que se encontra no outro lado de suas linhas telegráficas: uma certa "concepção do ser" e uma certa teoria do "conhecimento". Elas são ATORMENTADAS pelo Incognoscível, queimam de desejo de conhecer o princípio primeiro, almejam agarrar aquilo que se esconde atrás do sombrio espetáculo das coisas. Quando alguém possui esse temperamento, é ávido de conhecer a realidade e deve satisfazer essa fome da melhor forma possível, enganando-a, sem contudo jamais poder saciá-la. — Evelyn Underhill