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quinta-feira, 21 de março de 2013

Diálogo sobre a percepção do movimento do pensamento


Out: Oi, leu a conversa que tiver com o IG?

Deca: sim, show de bola!

Out: gostei demais da conversa.

Deca: ficou demais mesmo; ele é muito engraçado; sincero.

Out: ele é muito cômico.

Deca: sim.

Out: eu estava aqui em silêncio observando a profunda ansiedade que bateu sem motivo.

Deca: e?

Out: Estava notando que ela sempre esteve aqui, desde menininho.

Deca: sim, aqui também, desde que me conheço por gente.

Out: só que a mente tenta adequá-la a algo que não seja a própria mente; ela direciona a ansiedade para algo, para alguém, para alguma situação externa.

Deca: como se tivesse uma causa externa.

Out: sim. É assim que ele se garante.

Deca: sim, a mente tem que se preservar.

Out: e nos mantém num constante estado de fuga.

Deca: sempre procurando causas externas; sempre tentando achar pelo em ovo.

Out: buscando por uma “novocaína”, a xilocaína do novo...

Deca: que de novo não tem nada, pois vem do pensamento.

Out: um novo texto, um novo e-mail, um novo site, um novo blog, uma nova comida, uma nova transada, uma nova camisa, uma nova bota, um novo carro, um novo emprego, um novo cliente, uma nova viagem; sempre algo novo para tentar a placar o “novo velho sentimento”.

Deca: e todas essas coisas nunca podem ser novas, porque são ele mesmo, são as várias vestimentas do pensamento.

Out: as coisas podem ser novas e muitas delas, de fato são, mas, o que move a busca é sempre o velho motivo: a fuga da percepção de si mesmo.

Deca: nosso velho conhecido, que torna velha todas as coisas novas, em questão de segundos.

Out: Sim! Tendo como resultado o velho resultado: a continuidade desse sentimento de ansiedade. E a cada hora ele dispara a identificação ilusória para esse sentimento na direção de algo diferente; uma hora a causa é isso, outra é aquilo, noutra é aquilo outro... Depois é isso novamente e assim retoma o ciclo compulsivo, o triângulo da obsessão.

Deca: sim.

Out: e, quase sempre, olhamos para isso e não para aquilo que aponta para isso. Estou louco? Estou vendo coisas?

Deca: porque a intenção dele é justamente nos dispersar, para não olhar para o que é.

Out: faz sentido?

Deca: esses momentos de observação, são de grande ameaça para o pensamento.

Out: é como um delegado incendiário buscando no local do incêndio um agente externo como sendo o incendiário; a cada momento ele cria uma ideia fixa como sendo a causa da ansiedade. Sua malandragem está em criar a ilusão de que ele — o pensamento —é separado da ansiedade que observa.

Deca: a cada segundo surge um suspeito.

Out: como se ele não fosse a ansiedade.

Deca: sim

Out: Desse modo, antes desse paradigma, éramos hipnotizados pelo enredo dessa ilusão. Agora, está sendo facultada a capacidade de percepção desse movimento do pensamento, na qual ele se transveste, se disfarça feito um camaleão e, assim, acaba passando despercebido. É muito louco ver tudo isso. Fico aqui pensando: como conseguir transmitir isso aos demais que nem sequer sonham com essa realidade? E que, por causa dessa inconsciência, estão por ai se fragmentando e fragmentando os demais que também, de forma inconsciente desse processo, com estas pessoas acabam entram em contato dualista, fragmentador, quase sempre gerando uma cadeia infindável de reações, quase sempre inconscientes e inconsequentes.

Deca: dá para falar apenas com quem já está “desperto” para isso; do contrário, é criar confusão.

Out: Na percepção disso, ocorre, sem esforço algum de nossa parte, um estado de centramento na presença, onde ocorre o cessar desses sintomas dolorosos, desconfortantes e profundamente estressantes.

Deca: sim. Olha, não vou ter carona hoje; devo chegar ai por volta das 19horas. Nos falamos mais tarde. Beijos.

Out: Até mais, nega! Beijos!
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"Quando você compreende, quando chega a saber,
então traz toda a beleza do passado de volta
e dá a esse passado o renascimento, renova-o,
de forma que todos os que o conheceram
possam estar de novo sobre a terra
e viajar por aqui, e ajudar as pessoas." (Tilopa)



"Nos momentos tranqüilos da meditação, a vontade de DEUS pode tornar-se evidente para nós. Acalmar a mente, através da meditação, traz uma paz interior que nos põe em contato com DEUS dentro de nós. Uma premissa básica da meditação, é que é difícil, senão impossível, alcançar um contato consciente, à não ser que a mente esteja sossegada. Para que haja um progresso, a comum sucessão ininterrupta de pensamentos tem de parar. Por isso, a nossa prática preliminar será sossegar a mente e deixar os pensamentos que brotam morrerem de morte natural. Deixamos nossos pensamentos para trás, à medida que a meditação do Décimo Primeiro Passo se torna uma realidade para nós. O equilíbrio emocional é um dos primeiros resultados da meditação, e a nossa experiência confirma isso." (11º Passo de NA)


"O Eu Superior pode usar algum evento, alguma pessoa ou algum livro como seu mensageiro. Pode fazer qualquer circunstância nova agir da mesma forma, mas o indivíduo deve ter a capacidade de reconhecer o que está acontecendo e ter a disposição para receber a mensagem". (Paul Brunton)



Observe Krishnamurti, em conversa com David Bohn, apontando para um "processo", um "caminho de transformação", descrevendo suas etapas até o estado de prontificação e a necessária base emocional para a manifestação da Visão Intuitiva, ou como dizemos no paradigma, a Retomada da Perene Consciência Amorosa Integrativa...


Krishnamurti: Estávamos discutindo o que significa para o cérebro não ter movimento. Quando um ser humano ESTEVE SEGUINDO O CAMINHO DA TRANSFORMAÇÃO, e PASSOU por TUDO isso, e esse SENTIDO DE VAZIO, SILÊNCIO E ENERGIA, ele ABANDONOU QUASE TUDO e CHEGOU AO PONTO, à BASE. Como, então, essa VISÃO INTUITIVA afeta a sua vida diária? Qual é o seu relacionamento com a sociedade? Como ele age em relação à guerra, e ao mundo todo — um mundo em que está realmente vivendo e lutando na escuridão? Qual a sua ação? Eu diria, como concordamos no outro dia, que ele é o não-movimento.

David Bohn: Sim, dissemos que a base era movimento SEM DIVISÃO.

K: Sem divisão. Sim, correto. (Capítulo 8 do livro, A ELIMINAÇÃO DO TEMPO PSICOLÓGICO)


A IMPORTÂNCIA DA RENDIÇÃO DIANTE DA MENTE ADQUIRIDA
Até praticar a rendição, a dimensão espiritual de você é algo sobre o que você lê, de que fala, com que fica entusiasmado, tema para escrita de livros, motivo de pensamento, algo em que acredita... ou não, seja qual for o caso. Não faz diferença. Só quando você se render é que a dimensão espiritual se tornará uma realidade viva na sua vida. Quando o fizer, a energia que você emana e que então governa a sua vida é de uma frequência vibratória muito superior à da energia mental que ainda comanda o nosso mundo. Através da rendição, a energia espiritual entra neste mundo. Não gera sofrimento para você, para os outros seres humanos, nem para qualquer forma de vida no planeta. (Eckhart Tolle em , A Prática do Poder do Agora, pág. 118)


O IMPOPULAR DRAMA OUTSIDER — O encontro direto com a Verdade absoluta parece, então, impossível para uma consciência humana comum, não mística. Não podemos conhecer a realidade ou mesmo provar a existência do mais simples objeto, embora isto seja uma limitação que poucas pessoas compreendem realmente e que muitas até negariam. Mas há entre os seres humanos um tipo de personalidade que, esta sim, compreende essa limitação e que não consegue se contentar com as falsas realidades que nutrem o universo das pessoas comuns. Parece que essas pessoas sentem a necessidade de forjar por si mesmas uma imagem de "alguma coisa" ou do "nada" que se encontra no outro lado de suas linhas telegráficas: uma certa "concepção do ser" e uma certa teoria do "conhecimento". Elas são ATORMENTADAS pelo Incognoscível, queimam de desejo de conhecer o princípio primeiro, almejam agarrar aquilo que se esconde atrás do sombrio espetáculo das coisas. Quando alguém possui esse temperamento, é ávido de conhecer a realidade e deve satisfazer essa fome da melhor forma possível, enganando-a, sem contudo jamais poder saciá-la. — Evelyn Underhill