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terça-feira, 19 de março de 2013

A vida só é possível através dos desafios


Conto mais uma pequena estória...

“Era uma vez um fazendeiro que, após uma colheita ruim, reclamou: ‘Se Deus me desse o controle do clima, tudo seria melhor, pois parece que ele não entende muito de agricultura.’”

Isso é verdade! Ninguém jamais ouviu dizer que Deus é um fazendeiro - como ele poderia saber?

“O Senhor disse a ele: ‘Durante um ano eu lhe darei o controle do clima; peça o que você quiser, e seu desejo será concedido.’”

Antigamente, Deus costumava fazer isso. Depois ele se cansou...

“O pobre homem ficou muito feliz e imediatamente disse: ‘Agora eu quero sol!’, e o sol saiu. Mais tarde ele disse: ‘Que chova!’, e choveu. Durante um ano inteiro, o sol brilhava e depois chovia. As sementes cresciam, cresciam... era um prazer observar aquilo! ‘Agora Deus pode entender como se controla o clima’, ele pensou com orgulho. A plantação nunca antes havia crescido tanto, ficando tão verde, e de um verde tão saudável.

Chegou a hora de colher. O fazendeiro pegou a foice para cortar o trigo, mas sentiu um aperto no coração. Os caules estavam praticamente ocos.

O Senhor veio e lhe perguntou: ‘Como estão as suas plantas?’ O homem se queixou: ‘Pobres, meu Senhor, muito pobres!’ ‘Mas você não controlou o clima? As coisas não saíram como você queria?’
‘Claro! E é por isso que estou perplexo - recebi a chuva e o sol que eu pedi, mas não há o que colher.’

Então o Senhor disse: ‘Mas você nunca pediu vento, tempestades, gelo e neve, tudo o que purifica o ar e torna as raízes duras e resistentes! Você pediu chuva e sol, mas não pediu mau tempo. É por isso que não há o que colher.”’

A vida só é possível através dos desafios. A vida só é possível quando você tem tanto o bom tempo quanto o mau tempo; quando tem prazer e dor; quando tem inverno e verão, dia e noite; quando tem tristeza tanto quanto felicidade, desconforto tanto quanto conforto. A vida passa entre essas duas polaridades.

Movendo-se entre essas duas polaridades, você aprende a se equilibrar. Entre essas duas asas, você aprende a voar até a estrela mais distante.

Se você escolhe o conforto, a conveniência, você escolhe a morte. É assim que perde a felicidade real: você escolheu a conveniência no lugar dela.

É muito conveniente seguir a voz dos pais, é conveniente seguir o padre, é conveniente seguir a igreja, é conveniente seguir a sociedade e o Estado. É muito fácil dizer sim a essas autoridades, mas aí você nunca cresce. Você está tentando conseguir o tesouro da vida por um preço muito baixo. Mas é preciso pagar por ele.

Seja um indivíduo e pague por isso. Na verdade, se você ganhar uma coisa sem pagar, não a aceite — isso é insultante para você. Não a aceite; não lhe fica bem. Diga: “Vou pagar por isso - só então, aceitarei.”

Realmente, se uma coisa lhe é dada sem você estar preparado para ela, sem ser capaz de tê-la, sem estar receptivo a ela, você não poderá possuí-la por muito tempo. Vai perdê-la num lugar ou noutro. Você nunca será capaz de apreciar o valor dela.

A existência nunca lhe dá algo por um preço baixo, pois você nunca será capaz de gostar de verdade de algo que não exigiu nenhum esforço de você.

Escolha o mais difícil. E ser um indivíduo é a coisa mais difícil do mundo, porque ninguém quer que você seja um indivíduo. Todos querem matar a sua individualidade e fazer de você um carneirinho.

Ninguém quer que você seja você mesmo. Por isso, você vai perdendo a felicidade, vai perdendo a direção e, obviamente, a meditação se torna impossível, a concentração parece quase inexistente.

Você não consegue se concentrar, não consegue meditar, não consegue ficar com coisa alguma por mais que uma fração de segundo. Como pode ser feliz?

Escolha o seu destino. Eu não posso mostrar a você qual é o seu destino - ninguém mais sabe, nem você. Você tem que senti-lo, e tem que ir devagar.

Assim, abandone tudo aquilo que, em seu ser, for emprestado, e então você poderá sentir. Isso sempre o conduzirá ao lugar certo, à meta certa.

Aquilo que neste momento você chama de consciência não é a sua consciência. É uma substituta — uma pseudoconsciência, uma farsa, uma falsificação. Abandone-a! E, quando a abandonar, você poderá ver, escondida atrás dela, a sua real consciência que estava à sua espera.

Quando essa consciência penetrar em sua percepção, a sua vida terá uma direção, a meditação seguirá você como uma sombra.

Osho, em "O Homem que Amava as Gaivotas"
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"Quando você compreende, quando chega a saber,
então traz toda a beleza do passado de volta
e dá a esse passado o renascimento, renova-o,
de forma que todos os que o conheceram
possam estar de novo sobre a terra
e viajar por aqui, e ajudar as pessoas." (Tilopa)



"Nos momentos tranqüilos da meditação, a vontade de DEUS pode tornar-se evidente para nós. Acalmar a mente, através da meditação, traz uma paz interior que nos põe em contato com DEUS dentro de nós. Uma premissa básica da meditação, é que é difícil, senão impossível, alcançar um contato consciente, à não ser que a mente esteja sossegada. Para que haja um progresso, a comum sucessão ininterrupta de pensamentos tem de parar. Por isso, a nossa prática preliminar será sossegar a mente e deixar os pensamentos que brotam morrerem de morte natural. Deixamos nossos pensamentos para trás, à medida que a meditação do Décimo Primeiro Passo se torna uma realidade para nós. O equilíbrio emocional é um dos primeiros resultados da meditação, e a nossa experiência confirma isso." (11º Passo de NA)


"O Eu Superior pode usar algum evento, alguma pessoa ou algum livro como seu mensageiro. Pode fazer qualquer circunstância nova agir da mesma forma, mas o indivíduo deve ter a capacidade de reconhecer o que está acontecendo e ter a disposição para receber a mensagem". (Paul Brunton)



Observe Krishnamurti, em conversa com David Bohn, apontando para um "processo", um "caminho de transformação", descrevendo suas etapas até o estado de prontificação e a necessária base emocional para a manifestação da Visão Intuitiva, ou como dizemos no paradigma, a Retomada da Perene Consciência Amorosa Integrativa...


Krishnamurti: Estávamos discutindo o que significa para o cérebro não ter movimento. Quando um ser humano ESTEVE SEGUINDO O CAMINHO DA TRANSFORMAÇÃO, e PASSOU por TUDO isso, e esse SENTIDO DE VAZIO, SILÊNCIO E ENERGIA, ele ABANDONOU QUASE TUDO e CHEGOU AO PONTO, à BASE. Como, então, essa VISÃO INTUITIVA afeta a sua vida diária? Qual é o seu relacionamento com a sociedade? Como ele age em relação à guerra, e ao mundo todo — um mundo em que está realmente vivendo e lutando na escuridão? Qual a sua ação? Eu diria, como concordamos no outro dia, que ele é o não-movimento.

David Bohn: Sim, dissemos que a base era movimento SEM DIVISÃO.

K: Sem divisão. Sim, correto. (Capítulo 8 do livro, A ELIMINAÇÃO DO TEMPO PSICOLÓGICO)


A IMPORTÂNCIA DA RENDIÇÃO DIANTE DA MENTE ADQUIRIDA
Até praticar a rendição, a dimensão espiritual de você é algo sobre o que você lê, de que fala, com que fica entusiasmado, tema para escrita de livros, motivo de pensamento, algo em que acredita... ou não, seja qual for o caso. Não faz diferença. Só quando você se render é que a dimensão espiritual se tornará uma realidade viva na sua vida. Quando o fizer, a energia que você emana e que então governa a sua vida é de uma frequência vibratória muito superior à da energia mental que ainda comanda o nosso mundo. Através da rendição, a energia espiritual entra neste mundo. Não gera sofrimento para você, para os outros seres humanos, nem para qualquer forma de vida no planeta. (Eckhart Tolle em , A Prática do Poder do Agora, pág. 118)


O IMPOPULAR DRAMA OUTSIDER — O encontro direto com a Verdade absoluta parece, então, impossível para uma consciência humana comum, não mística. Não podemos conhecer a realidade ou mesmo provar a existência do mais simples objeto, embora isto seja uma limitação que poucas pessoas compreendem realmente e que muitas até negariam. Mas há entre os seres humanos um tipo de personalidade que, esta sim, compreende essa limitação e que não consegue se contentar com as falsas realidades que nutrem o universo das pessoas comuns. Parece que essas pessoas sentem a necessidade de forjar por si mesmas uma imagem de "alguma coisa" ou do "nada" que se encontra no outro lado de suas linhas telegráficas: uma certa "concepção do ser" e uma certa teoria do "conhecimento". Elas são ATORMENTADAS pelo Incognoscível, queimam de desejo de conhecer o princípio primeiro, almejam agarrar aquilo que se esconde atrás do sombrio espetáculo das coisas. Quando alguém possui esse temperamento, é ávido de conhecer a realidade e deve satisfazer essa fome da melhor forma possível, enganando-a, sem contudo jamais poder saciá-la. — Evelyn Underhill