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domingo, 31 de março de 2013

Cada momento é uma morte e um nascimento


O ser humano está sempre em crise. Ele é crise... constante, que não é acidental, mas essencial. O próprio ser das pessoas consiste de crise, daí a ansiedade, a tensão e a angústia.

O ser humano é o único animal que se desenvolve, que se move, que se transforma, que não nasce completo, fechado ou como uma coisa, mas como um processo.

Ele está em aberto, seu ser consiste em tornar-se, e esta é a crise. Quanto mais ele se torna, mais ele é.

O ser humano não pode tomar a si mesmo como algo garantido, do contrário, a pessoa se estagna e vegeta, e a vida desaparece. A vida somente permanece quando a pessoa está se movendo de um lugar a outro; a vida é este movimento entre dois lugares.

Não se pode ficar vivo num só lugar — esta é a diferença entre algo morto e um fenômeno vivo. Uma coisa morta permanece num lugar; ela é estática.

A coisa viva se move — não apenas se move, mas salta, pula. A coisa morta permanece sempre no conhecido, e o fenômeno vivo segue se movendo do conhecido em direção ao desconhecido, do familiar em direção ao não-familiar; esta é a crise. O ser humano é o mais vivo.

Você precisa continuar a se mover. O movimento cria problemas, pois ele significa que você precisa seguir morrendo para aquilo que você conhece, para o passado, que é familiar, confortável e aconchegante. Você o viveu, ganhou experiência, aprendeu muito com ele; agora não há perigo nele; ele se ajusta a você e você se ajusta a ele.

Mas o ser humano precisa se mover, precisa continuar a aventura. Você é uma pessoa somente quando continuamente prossegue nesta aventura — do conhecido ao desconhecido.

A mente se apega ao passado, pois ela é o passado. Mas seu ser deseja ir além do passado, deseja investigar. Seu ser tem um descontentamento intrínseco que eu chamo de descontentamento divino. Tudo que você tem, você consumou isso; tudo que você é, você consumou isso. Você deseja ter aquilo que você não tem e ser aquilo que você não é. O ser humano tateia no escuro à procura de mais ser, de um novo ser, de um ser mais rico.

Não é correto dizer que o ser humano nasce num dia e morre num outro. Isso é verdadeiro em relação aos outros animais, mas não em relação ao ser humano. Animais nascem um dia — eles têm um nascimento — e então um dia morrem. O ser humano está constantemente morrendo e constantemente nascendo.

Cada momento é uma morte e um nascimento. Nele, a morte e o nascimento não são opostos, mas são como duas asas de um pássaro, complementares, uma ajudando a outra.

A morte simplesmente ajuda o nascimento a acontecer. A morte segue limpando o terreno, de tal modo que o passado possa cessar e o futuro possa ser; a morte está a serviço do nascimento.

Na verdade, não está correto chamá-los de dois momentos. Trata-se de um processo visto de dois ângulos diferentes.

É como um portão, de um lado é a entrada e do outro é a saída; ou como a respiração: a mesma respiração entrando é chamada de inspiração e a mesma respiração saindo é chamada de expiração; trata-se da mesma respiração.

A morte é expiração, o nascimento é inspiração. O nascimento é a entrada, a morte é a saída, mas é a mesma energia de vida, a mesma onda.

Osho, em "A Sabedoria das Areias: Discursos Sobre o Sufismo"
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"Quando você compreende, quando chega a saber,
então traz toda a beleza do passado de volta
e dá a esse passado o renascimento, renova-o,
de forma que todos os que o conheceram
possam estar de novo sobre a terra
e viajar por aqui, e ajudar as pessoas." (Tilopa)



"Nos momentos tranqüilos da meditação, a vontade de DEUS pode tornar-se evidente para nós. Acalmar a mente, através da meditação, traz uma paz interior que nos põe em contato com DEUS dentro de nós. Uma premissa básica da meditação, é que é difícil, senão impossível, alcançar um contato consciente, à não ser que a mente esteja sossegada. Para que haja um progresso, a comum sucessão ininterrupta de pensamentos tem de parar. Por isso, a nossa prática preliminar será sossegar a mente e deixar os pensamentos que brotam morrerem de morte natural. Deixamos nossos pensamentos para trás, à medida que a meditação do Décimo Primeiro Passo se torna uma realidade para nós. O equilíbrio emocional é um dos primeiros resultados da meditação, e a nossa experiência confirma isso." (11º Passo de NA)


"O Eu Superior pode usar algum evento, alguma pessoa ou algum livro como seu mensageiro. Pode fazer qualquer circunstância nova agir da mesma forma, mas o indivíduo deve ter a capacidade de reconhecer o que está acontecendo e ter a disposição para receber a mensagem". (Paul Brunton)



Observe Krishnamurti, em conversa com David Bohn, apontando para um "processo", um "caminho de transformação", descrevendo suas etapas até o estado de prontificação e a necessária base emocional para a manifestação da Visão Intuitiva, ou como dizemos no paradigma, a Retomada da Perene Consciência Amorosa Integrativa...


Krishnamurti: Estávamos discutindo o que significa para o cérebro não ter movimento. Quando um ser humano ESTEVE SEGUINDO O CAMINHO DA TRANSFORMAÇÃO, e PASSOU por TUDO isso, e esse SENTIDO DE VAZIO, SILÊNCIO E ENERGIA, ele ABANDONOU QUASE TUDO e CHEGOU AO PONTO, à BASE. Como, então, essa VISÃO INTUITIVA afeta a sua vida diária? Qual é o seu relacionamento com a sociedade? Como ele age em relação à guerra, e ao mundo todo — um mundo em que está realmente vivendo e lutando na escuridão? Qual a sua ação? Eu diria, como concordamos no outro dia, que ele é o não-movimento.

David Bohn: Sim, dissemos que a base era movimento SEM DIVISÃO.

K: Sem divisão. Sim, correto. (Capítulo 8 do livro, A ELIMINAÇÃO DO TEMPO PSICOLÓGICO)


A IMPORTÂNCIA DA RENDIÇÃO DIANTE DA MENTE ADQUIRIDA
Até praticar a rendição, a dimensão espiritual de você é algo sobre o que você lê, de que fala, com que fica entusiasmado, tema para escrita de livros, motivo de pensamento, algo em que acredita... ou não, seja qual for o caso. Não faz diferença. Só quando você se render é que a dimensão espiritual se tornará uma realidade viva na sua vida. Quando o fizer, a energia que você emana e que então governa a sua vida é de uma frequência vibratória muito superior à da energia mental que ainda comanda o nosso mundo. Através da rendição, a energia espiritual entra neste mundo. Não gera sofrimento para você, para os outros seres humanos, nem para qualquer forma de vida no planeta. (Eckhart Tolle em , A Prática do Poder do Agora, pág. 118)


O IMPOPULAR DRAMA OUTSIDER — O encontro direto com a Verdade absoluta parece, então, impossível para uma consciência humana comum, não mística. Não podemos conhecer a realidade ou mesmo provar a existência do mais simples objeto, embora isto seja uma limitação que poucas pessoas compreendem realmente e que muitas até negariam. Mas há entre os seres humanos um tipo de personalidade que, esta sim, compreende essa limitação e que não consegue se contentar com as falsas realidades que nutrem o universo das pessoas comuns. Parece que essas pessoas sentem a necessidade de forjar por si mesmas uma imagem de "alguma coisa" ou do "nada" que se encontra no outro lado de suas linhas telegráficas: uma certa "concepção do ser" e uma certa teoria do "conhecimento". Elas são ATORMENTADAS pelo Incognoscível, queimam de desejo de conhecer o princípio primeiro, almejam agarrar aquilo que se esconde atrás do sombrio espetáculo das coisas. Quando alguém possui esse temperamento, é ávido de conhecer a realidade e deve satisfazer essa fome da melhor forma possível, enganando-a, sem contudo jamais poder saciá-la. — Evelyn Underhill