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sábado, 1 de junho de 2013

Temos de ser nossa própria luz

Uma consciência e uma moralidade totalmente novas são necessárias para realizar uma mudança radical na cultura de hoje e na estrutura social. Isto é evidente, embora à esquerda, direita e os revolucionários pareçam desconsiderar esse fato. Qualquer dogma, qualquer formula, qualquer ideologia é parte da antiga consciência; são invencionices do pensamento cuja atividade está fragmentada - a esquerda, a direita e o centro. Esta atividade irá conduzir inevitavelmente ao derramamento de sangue dos da esquerda, a direita ou do totalitarismo. É o que vem acontecendo a nossa volta! Percebemos a necessidade de uma mudança social, econômica moral, porém a resposta nos vem da antiga consciência, sendo a reflexão a personagem principal A balburdia, a confusão e o sofrimento pelo qual o ser humano está passando encontram-se na dimensão da antiga consciência, e sem uma mudança profunda, qualquer atividade humana, seja política, econômica ou religiosa, só nos conduzirá a nossa própria destruição e a da Terra. Isto é obviamente claro!

Temos de ser nossa própria luz; esta luz é a lei! Não existe outra lei. Todas as outras leis são produtos do pensamento e, portanto, fragmentadas e contraditórias. Ser nossa própria luz não é seguir a luz de outrem, por mais racional, lógica, interessante e até convincente que possa ser. Não podemos ser nossa própria luz se estamos nas trevas da autoridade, do dogma e da decisão. A moralidade não se origina no pensamento; não é resultado da pressão da meio ambiente, não está na tradição. A moralidade é filha do amor, e o amor não é desejo nem gozo. O prazer sexual ou sensorial não é amor. 

Liberdade é sermos nossa própria luz; então, não é algo abstrato, algo que surge do pensamento como que por encanto. A verdadeira liberdade é ser livre da dependência, do apego, do anseio pela experiência. Ser livre da própria estrutura do pensamento e sermos nossa própria luz. Nessa luz toda, a ação se realiza e, assim, não se torna contraditória. A contradição só existe quando a luz está separada da ação, quando a personagem está separada da ação. O ideal, o principio, é movimento estéril do pensamento e não pode coexistir com a luz, pois um é a negação do outro. Essa luz e esse amor não podem estar onde se encontra o observador. A estrutura do observador é produto do pensamento, que nunca é novo, nunca é livre. Não há nenhum "como", nenhum sistema, nenhuma experiência. Existe apenas a observação do que está sendo feito. Temos de ver por nós mesmos, não através dos olhos do outro. Esta luz e esta lei não são suas nem de ninguém. Só há uma luz. Isto é o amor!

Krishnamurti - 24 de setembro de 1973

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"Quando você compreende, quando chega a saber,
então traz toda a beleza do passado de volta
e dá a esse passado o renascimento, renova-o,
de forma que todos os que o conheceram
possam estar de novo sobre a terra
e viajar por aqui, e ajudar as pessoas." (Tilopa)



"Nos momentos tranqüilos da meditação, a vontade de DEUS pode tornar-se evidente para nós. Acalmar a mente, através da meditação, traz uma paz interior que nos põe em contato com DEUS dentro de nós. Uma premissa básica da meditação, é que é difícil, senão impossível, alcançar um contato consciente, à não ser que a mente esteja sossegada. Para que haja um progresso, a comum sucessão ininterrupta de pensamentos tem de parar. Por isso, a nossa prática preliminar será sossegar a mente e deixar os pensamentos que brotam morrerem de morte natural. Deixamos nossos pensamentos para trás, à medida que a meditação do Décimo Primeiro Passo se torna uma realidade para nós. O equilíbrio emocional é um dos primeiros resultados da meditação, e a nossa experiência confirma isso." (11º Passo de NA)


"O Eu Superior pode usar algum evento, alguma pessoa ou algum livro como seu mensageiro. Pode fazer qualquer circunstância nova agir da mesma forma, mas o indivíduo deve ter a capacidade de reconhecer o que está acontecendo e ter a disposição para receber a mensagem". (Paul Brunton)



Observe Krishnamurti, em conversa com David Bohn, apontando para um "processo", um "caminho de transformação", descrevendo suas etapas até o estado de prontificação e a necessária base emocional para a manifestação da Visão Intuitiva, ou como dizemos no paradigma, a Retomada da Perene Consciência Amorosa Integrativa...


Krishnamurti: Estávamos discutindo o que significa para o cérebro não ter movimento. Quando um ser humano ESTEVE SEGUINDO O CAMINHO DA TRANSFORMAÇÃO, e PASSOU por TUDO isso, e esse SENTIDO DE VAZIO, SILÊNCIO E ENERGIA, ele ABANDONOU QUASE TUDO e CHEGOU AO PONTO, à BASE. Como, então, essa VISÃO INTUITIVA afeta a sua vida diária? Qual é o seu relacionamento com a sociedade? Como ele age em relação à guerra, e ao mundo todo — um mundo em que está realmente vivendo e lutando na escuridão? Qual a sua ação? Eu diria, como concordamos no outro dia, que ele é o não-movimento.

David Bohn: Sim, dissemos que a base era movimento SEM DIVISÃO.

K: Sem divisão. Sim, correto. (Capítulo 8 do livro, A ELIMINAÇÃO DO TEMPO PSICOLÓGICO)


A IMPORTÂNCIA DA RENDIÇÃO DIANTE DA MENTE ADQUIRIDA
Até praticar a rendição, a dimensão espiritual de você é algo sobre o que você lê, de que fala, com que fica entusiasmado, tema para escrita de livros, motivo de pensamento, algo em que acredita... ou não, seja qual for o caso. Não faz diferença. Só quando você se render é que a dimensão espiritual se tornará uma realidade viva na sua vida. Quando o fizer, a energia que você emana e que então governa a sua vida é de uma frequência vibratória muito superior à da energia mental que ainda comanda o nosso mundo. Através da rendição, a energia espiritual entra neste mundo. Não gera sofrimento para você, para os outros seres humanos, nem para qualquer forma de vida no planeta. (Eckhart Tolle em , A Prática do Poder do Agora, pág. 118)


O IMPOPULAR DRAMA OUTSIDER — O encontro direto com a Verdade absoluta parece, então, impossível para uma consciência humana comum, não mística. Não podemos conhecer a realidade ou mesmo provar a existência do mais simples objeto, embora isto seja uma limitação que poucas pessoas compreendem realmente e que muitas até negariam. Mas há entre os seres humanos um tipo de personalidade que, esta sim, compreende essa limitação e que não consegue se contentar com as falsas realidades que nutrem o universo das pessoas comuns. Parece que essas pessoas sentem a necessidade de forjar por si mesmas uma imagem de "alguma coisa" ou do "nada" que se encontra no outro lado de suas linhas telegráficas: uma certa "concepção do ser" e uma certa teoria do "conhecimento". Elas são ATORMENTADAS pelo Incognoscível, queimam de desejo de conhecer o princípio primeiro, almejam agarrar aquilo que se esconde atrás do sombrio espetáculo das coisas. Quando alguém possui esse temperamento, é ávido de conhecer a realidade e deve satisfazer essa fome da melhor forma possível, enganando-a, sem contudo jamais poder saciá-la. — Evelyn Underhill