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segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Relato sobre a Verdadeira Felicidade

Se alguma vez houverdes entrado, houverdes respirado a frescura, a serenidade, a tranquilidade desse Reino, então aquelas coisas que são reais, aquelas coisas que são o folego da vida, as coisas importantes, nunca poderão ser esquecidas. Nunca podereis duvidar, nunca podereis sofrer de novo. Somente então é que podeis saber que não estais seguindo cegamente as pegadas de outrem; somente então é que estais seguindo o Absoluto, o Eterno. Somente então sereis uno com Aquele que tem o seu Ser em todas as coisas. Só então é que podeis persuadir, podeis ter a língua do erudito, o coração do sábio e do compassivo. Somente então é que podeis fazer que os homens saibam realmente o que significa escapar da aflição, de todas essas coisas triviais, pelas quais eles são torturados e esmagados na vida diária. É por isso que vos convém descobrir a vós mesmos, é por isso que deveis escutar essa Voz, que deveis sofrer e aprender em cada pequena coisa da vida diária. Porque, quando vos houverdes encontrado a vós mesmos, te-Lo-ei encontrado; e Ele se tornará parte de vós, tornar-se-á uno convosco. Ele está onde estais, não é uma entidade separada, um Ser separado, vivendo em uma radiação solitária. Onde estais, ali está Ele, e onde estou, aqui Ele está, e quando alguém tem vivido e gozado nesse Reino, está com Ele. Porque tereis encontrado a vós mesmos, tereis encontrado o verdadeiro "Eu"; e uma vez que O tenhais encontrado, podereis sempre voltar à Fonte. Tendes então a chave de todo o conhecimento, tendes sempre o poder de ser parte da Eterna Compaixão, da Fonte Eterna de todas as coisas. Eu quisera ter o poder de fazer-vos contemplar as coisas, de sentir essas coisas por vós mesmos. 

Ontem estava eu sentado na alameda em frente deste Castelo. Sabeis como crescem aqui as árvores, umas baixas, outras altas, e como juntas elas formam uma caverna por sobre os troncos; e lá vi a minha Glória, a minha Felicidade, tudo que para mim é real, a Fonte, a Vida, de todas as árvores, de todas as coisas vivas. Quando uma vez O puderdes ver, viver Nele, e Nele ter o vosso ser, então estareis eternamente nesse Jardim, não sereis um observador externo contemplando alguns troncos, algumas rosas, algumas flores. 

Há dois tipos de pessoas; as que estão nesse jardim, onde há frescura, onde há doçura, beleza, tranquilidade, e o suave murmúrio de mil vozes; onde o ar todo está vivo com o sentimento de Beleza Eterna, onde há a sensação de poder, a sensação de paz e de admirável força e realidade. Ao outro tipo pertencem as que estão fora desse jardim, simplesmente olhando as copas das árvores, as poucos flores dispersas, onde escasseiam algumas sombras, onde há folhagens falhas, e alguns ramos da estação passada. Uma vez que tenhais entrado neste jardim, podeis dar a chave a outros e persuadi-los a entrarem por si mesmos. Podeis faze-los compreender que este jardim, este Reino, não tem barreiras, conquanto possa ter um muro superficial feito de pensamentos e sentimentos humanos. Quando estiverdes de dentro, não estareis mais olhando o mundo interno pelo lado de fora, mas estareis olhando o mundo externo apoiados na Verdade, a fonte de todas as coisas, o verdadeiro Ser. Quando já tiverdes essa chave, podereis sempre sair, contemplar as folhagens falhas, os ramos mortos, os restos de flores secas da estação passada; podereis então sair sempre para o exterior e ter experiências, porque tendes entrado naquele jardim e lá encontrastes o verdadeiro conhecimento, a verdadeira Felicidade. 

É por isso que, se eu tivesse poder, vos arrastaria todos pela força ou por quaisquer outros meios; porque uma vez que tenhais olhado para dentro do jardim e provado uma visão ainda que fugitiva, nunca mais ficareis satisfeitos com o aspecto externo das coisas; desejareis sempre voltar, desejareis sempre ter essa visão aumentada, glorificada...

páginas 83; 84 e 85 do "O Reino da Felicidade" de Krishnamurti.

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"Quando você compreende, quando chega a saber,
então traz toda a beleza do passado de volta
e dá a esse passado o renascimento, renova-o,
de forma que todos os que o conheceram
possam estar de novo sobre a terra
e viajar por aqui, e ajudar as pessoas." (Tilopa)



"Nos momentos tranqüilos da meditação, a vontade de DEUS pode tornar-se evidente para nós. Acalmar a mente, através da meditação, traz uma paz interior que nos põe em contato com DEUS dentro de nós. Uma premissa básica da meditação, é que é difícil, senão impossível, alcançar um contato consciente, à não ser que a mente esteja sossegada. Para que haja um progresso, a comum sucessão ininterrupta de pensamentos tem de parar. Por isso, a nossa prática preliminar será sossegar a mente e deixar os pensamentos que brotam morrerem de morte natural. Deixamos nossos pensamentos para trás, à medida que a meditação do Décimo Primeiro Passo se torna uma realidade para nós. O equilíbrio emocional é um dos primeiros resultados da meditação, e a nossa experiência confirma isso." (11º Passo de NA)


"O Eu Superior pode usar algum evento, alguma pessoa ou algum livro como seu mensageiro. Pode fazer qualquer circunstância nova agir da mesma forma, mas o indivíduo deve ter a capacidade de reconhecer o que está acontecendo e ter a disposição para receber a mensagem". (Paul Brunton)



Observe Krishnamurti, em conversa com David Bohn, apontando para um "processo", um "caminho de transformação", descrevendo suas etapas até o estado de prontificação e a necessária base emocional para a manifestação da Visão Intuitiva, ou como dizemos no paradigma, a Retomada da Perene Consciência Amorosa Integrativa...


Krishnamurti: Estávamos discutindo o que significa para o cérebro não ter movimento. Quando um ser humano ESTEVE SEGUINDO O CAMINHO DA TRANSFORMAÇÃO, e PASSOU por TUDO isso, e esse SENTIDO DE VAZIO, SILÊNCIO E ENERGIA, ele ABANDONOU QUASE TUDO e CHEGOU AO PONTO, à BASE. Como, então, essa VISÃO INTUITIVA afeta a sua vida diária? Qual é o seu relacionamento com a sociedade? Como ele age em relação à guerra, e ao mundo todo — um mundo em que está realmente vivendo e lutando na escuridão? Qual a sua ação? Eu diria, como concordamos no outro dia, que ele é o não-movimento.

David Bohn: Sim, dissemos que a base era movimento SEM DIVISÃO.

K: Sem divisão. Sim, correto. (Capítulo 8 do livro, A ELIMINAÇÃO DO TEMPO PSICOLÓGICO)


A IMPORTÂNCIA DA RENDIÇÃO DIANTE DA MENTE ADQUIRIDA
Até praticar a rendição, a dimensão espiritual de você é algo sobre o que você lê, de que fala, com que fica entusiasmado, tema para escrita de livros, motivo de pensamento, algo em que acredita... ou não, seja qual for o caso. Não faz diferença. Só quando você se render é que a dimensão espiritual se tornará uma realidade viva na sua vida. Quando o fizer, a energia que você emana e que então governa a sua vida é de uma frequência vibratória muito superior à da energia mental que ainda comanda o nosso mundo. Através da rendição, a energia espiritual entra neste mundo. Não gera sofrimento para você, para os outros seres humanos, nem para qualquer forma de vida no planeta. (Eckhart Tolle em , A Prática do Poder do Agora, pág. 118)


O IMPOPULAR DRAMA OUTSIDER — O encontro direto com a Verdade absoluta parece, então, impossível para uma consciência humana comum, não mística. Não podemos conhecer a realidade ou mesmo provar a existência do mais simples objeto, embora isto seja uma limitação que poucas pessoas compreendem realmente e que muitas até negariam. Mas há entre os seres humanos um tipo de personalidade que, esta sim, compreende essa limitação e que não consegue se contentar com as falsas realidades que nutrem o universo das pessoas comuns. Parece que essas pessoas sentem a necessidade de forjar por si mesmas uma imagem de "alguma coisa" ou do "nada" que se encontra no outro lado de suas linhas telegráficas: uma certa "concepção do ser" e uma certa teoria do "conhecimento". Elas são ATORMENTADAS pelo Incognoscível, queimam de desejo de conhecer o princípio primeiro, almejam agarrar aquilo que se esconde atrás do sombrio espetáculo das coisas. Quando alguém possui esse temperamento, é ávido de conhecer a realidade e deve satisfazer essa fome da melhor forma possível, enganando-a, sem contudo jamais poder saciá-la. — Evelyn Underhill