Se você se sente grato por este conteúdo e quiser materializar essa gratidão, em vista de manter a continuidade do mesmo, apoie-nos: https://apoia.se/outsider - informações: outsider44@outlook.com - Visite> Blog: https://observacaopassiva.blogspot.com

terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Ciência e Jornada Interior

Pergunta: Um dos problemas básicos da ciência é a linguagem. A ciência está crescendo porque nós temos uma definição clara sobre o que estamos falando. Um dos problemas básicos para os cientistas, quando eles estão tentando compreender o que significa a jornada interior, é definir claramente, por exemplo, o que significa consciência. Eu lhe dou, como... A maioria dos cientistas não fazem qualquer diferença entre consciência (estar desperto), consciência (estar ciente) ou mente consciente. Eles estão usando este termo de uma mesma maneira. Assim, eu gostaria de lhe pedir, se for possível, que tenha uma compreensão a respeito desses termos.

Osho: Sim, não há dificuldade alguma. As palavras podem ser definidas claramente. A dificuldade não é por causa das palavras, a dificuldade básica está vindo de um outro lugar. É que o cientista, no fundo, não acredita que exista alguma coisa no interior. Ele pode dizer assim, ou pode não dizer assim, mas toda a sua formação, toda a sua educação faz com que ele confie somente nos objetos - os quais ele pode dissecar, os quais ele pode observar, ele pode analisar, ele pode compor, criar, desfazer a criação, descobrir seus básicos componentes. Toda a sua mente é orientada para o objeto e a subjetividade não é um objeto. Assim, se ele quiser colocar a subjetividade diante dele sobre uma mesa isso não será possível. Isso não é da natureza da subjetividade. Assim, o cientista segue descobrindo tudo no mundo, exceto a si próprio. Uma grande barreira existe, e a barreira é que nada existe no interior.

Quando você corta uma pedra em pedaços, o que você encontra? - mais pedras. Você continua cortando em pedaços menores, pedaços menores. Você chega às moléculas, você chega aos átomos, você chega aos elétrons, mas, ainda assim, você não chega a coisa alguma mais interna. Eles todos são objetos. 

Ele também gostaria que a vida fosse descoberta dessa mesma maneira, e porque ele não consegue descobrir a vida dessa mesma maneira, ele começa a negá-la. E a consciência é ainda um problema mais difícil. Por ele não conseguir tocá-la, dissecá-la, descobrir seus componentes, ele simplesmente a rejeita - ela não existe.

Assim, este é o seu preconceito. Por causa desse preconceito ele fica confuso. E esse preconceito pode desaparecer muito facilmente, se ele, hipoteticamente aceitar - eu não estou dizendo que ele tem que acreditar, apenas aceitar hipoteticamente - que se existem coisas do lado de fora, então é muito científico que devem existir coisas que estão no interior porque na existência tudo está polarizado pelo seu oposto. O externo somente pode existir se existir um interno. O inconsciente somente pode existir se existir consciência. Isso é uma dialética simples da vida - e ele conhece isso - na existência, em todo lugar, ele encontrará a mesma dialética. Tudo está em oposição ao seu oposto. E ambos são, de alguma maneira estranha, complementares um ao outro - se opondo e ainda assim complementares um ao outro. Negar o interior é uma atitude muito não-científica. Assim, primeiro tem que se aceitar hipoteticamente que o interior existe.

Em segundo lugar, tem que se entender, que a metodologia que funciona para o exterior não pode funcionar para o interior. Simplesmente porque o interior é a dimensão oposta ao exterior o mesmo método não será aplicável. Você terá que encontrar uma nova metodologia para o interior. E isto é o que eu chamo meditação isto é a nova metodologia para o interior.

O S H O - Trecho de uma entrevista à edição italiana de 'Science 85 Monthly'


Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...
"Quando você compreende, quando chega a saber,
então traz toda a beleza do passado de volta
e dá a esse passado o renascimento, renova-o,
de forma que todos os que o conheceram
possam estar de novo sobre a terra
e viajar por aqui, e ajudar as pessoas." (Tilopa)



"Nos momentos tranqüilos da meditação, a vontade de DEUS pode tornar-se evidente para nós. Acalmar a mente, através da meditação, traz uma paz interior que nos põe em contato com DEUS dentro de nós. Uma premissa básica da meditação, é que é difícil, senão impossível, alcançar um contato consciente, à não ser que a mente esteja sossegada. Para que haja um progresso, a comum sucessão ininterrupta de pensamentos tem de parar. Por isso, a nossa prática preliminar será sossegar a mente e deixar os pensamentos que brotam morrerem de morte natural. Deixamos nossos pensamentos para trás, à medida que a meditação do Décimo Primeiro Passo se torna uma realidade para nós. O equilíbrio emocional é um dos primeiros resultados da meditação, e a nossa experiência confirma isso." (11º Passo de NA)


"O Eu Superior pode usar algum evento, alguma pessoa ou algum livro como seu mensageiro. Pode fazer qualquer circunstância nova agir da mesma forma, mas o indivíduo deve ter a capacidade de reconhecer o que está acontecendo e ter a disposição para receber a mensagem". (Paul Brunton)



Observe Krishnamurti, em conversa com David Bohn, apontando para um "processo", um "caminho de transformação", descrevendo suas etapas até o estado de prontificação e a necessária base emocional para a manifestação da Visão Intuitiva, ou como dizemos no paradigma, a Retomada da Perene Consciência Amorosa Integrativa...


Krishnamurti: Estávamos discutindo o que significa para o cérebro não ter movimento. Quando um ser humano ESTEVE SEGUINDO O CAMINHO DA TRANSFORMAÇÃO, e PASSOU por TUDO isso, e esse SENTIDO DE VAZIO, SILÊNCIO E ENERGIA, ele ABANDONOU QUASE TUDO e CHEGOU AO PONTO, à BASE. Como, então, essa VISÃO INTUITIVA afeta a sua vida diária? Qual é o seu relacionamento com a sociedade? Como ele age em relação à guerra, e ao mundo todo — um mundo em que está realmente vivendo e lutando na escuridão? Qual a sua ação? Eu diria, como concordamos no outro dia, que ele é o não-movimento.

David Bohn: Sim, dissemos que a base era movimento SEM DIVISÃO.

K: Sem divisão. Sim, correto. (Capítulo 8 do livro, A ELIMINAÇÃO DO TEMPO PSICOLÓGICO)


A IMPORTÂNCIA DA RENDIÇÃO DIANTE DA MENTE ADQUIRIDA
Até praticar a rendição, a dimensão espiritual de você é algo sobre o que você lê, de que fala, com que fica entusiasmado, tema para escrita de livros, motivo de pensamento, algo em que acredita... ou não, seja qual for o caso. Não faz diferença. Só quando você se render é que a dimensão espiritual se tornará uma realidade viva na sua vida. Quando o fizer, a energia que você emana e que então governa a sua vida é de uma frequência vibratória muito superior à da energia mental que ainda comanda o nosso mundo. Através da rendição, a energia espiritual entra neste mundo. Não gera sofrimento para você, para os outros seres humanos, nem para qualquer forma de vida no planeta. (Eckhart Tolle em , A Prática do Poder do Agora, pág. 118)


O IMPOPULAR DRAMA OUTSIDER — O encontro direto com a Verdade absoluta parece, então, impossível para uma consciência humana comum, não mística. Não podemos conhecer a realidade ou mesmo provar a existência do mais simples objeto, embora isto seja uma limitação que poucas pessoas compreendem realmente e que muitas até negariam. Mas há entre os seres humanos um tipo de personalidade que, esta sim, compreende essa limitação e que não consegue se contentar com as falsas realidades que nutrem o universo das pessoas comuns. Parece que essas pessoas sentem a necessidade de forjar por si mesmas uma imagem de "alguma coisa" ou do "nada" que se encontra no outro lado de suas linhas telegráficas: uma certa "concepção do ser" e uma certa teoria do "conhecimento". Elas são ATORMENTADAS pelo Incognoscível, queimam de desejo de conhecer o princípio primeiro, almejam agarrar aquilo que se esconde atrás do sombrio espetáculo das coisas. Quando alguém possui esse temperamento, é ávido de conhecer a realidade e deve satisfazer essa fome da melhor forma possível, enganando-a, sem contudo jamais poder saciá-la. — Evelyn Underhill