A mente medíocre está interessada no exterior. O exterior é intrigante, maravilhoso, digno de ser explorado. Assim, o exploramos para o dinheiro, para o prestígio e outras coisas, e então um dia, quando estivermos saturados com as chamadas coisas mundanas e começarmos a procurar novamente por um Mestre, por Buda, por Cristo... ainda no exterior! Começamos a procurar pelo caminho, mas ainda fora. E o Buda e o caminho não são encontrados do lado de fora.
Procurar na parte externa é se afastar mais e mais do caminho, pois o caminho está dentro de nós, o Buda está no interior.
(...) Se você puder descobrir somente uma coisa dentre todos os tipos de frustrações — que não há nada a ser encontrado no exterior, absolutamente nada — e ao perceber e se dar conta disso você se voltar para dentro, então sua própria mente é toda a coisa, então dentro de você está tudo: E, buscando, você entrará em sua própria mente.
Logo, à medida que você for mais fundo em sua própria mente, você penetrará da mente para a não-mente. A camada superficial é da mente, mas o conteúdo interior é da não-mente. A camada superficial é do ego, o conteúdo interior é a ausência de ego. Se você entrar, primeiro você deparará com a mente, com os pensamentos, desejos, fantasias, imaginações, memórias, sonhos e todas essas coisas. Porém, se você continuar a penetrar, logo chegará a espaços silenciosos, sem pensamento. Logo você começará a chegar mais e mais perto do âmago do seu ser, o qual é atemporal e está em lugar nenhum, o qual não tem tempo nem espaço.
Quando você alcançar um ponto em que não se pode perceber nenhum tempo ou espaço, você chegou. Contudo esta chegada é voltar à sua própria natureza. Você não chegou a algo novo, mas àquilo que já foi dado e sempre foi seu.
(...) E quando você atingir este ponto poderá entender que não há necessidade de fazer coisa alguma — tudo está acontecendo —, que nunca houve necessidade de fazer coisa alguma, que tudo já estava acontecendo. Você estava desnecessariamente preocupado e carregava todos aqueles pesos, porque você era ignorante. Quanto ao mais, as coisas estavam acontecendo.
O mundo está girando muito suave, bela e perfeitamente; todavia, porque pensamos que estamos separados dele, surge o problema: "Como levar nossas vidas?" Se você sabe que é parte dele, não há necessidade de se preocupar. Este cosmo, um cosmo tão infinito, funcionando tão perfeitamente bem — você não pode permanecer nele sem nenhuma preocupação? Porém a separação está presente.
Você tomou uma coisa como certa: que você está separado. Ao penetrar fundo no interior, essa separação desaparece.
Este é o significado quando digo: "Surge o estado de ausência de ego". Ego significa separação, significa: "Estou separado do todo". Ego significa que a parte está reivindicando ser o todo por conta própria: "Tenho meu próprio centro e tenho de sobreviver, lutar e batalhar por mim mesmo. Se eu não lutar por mim mesmo, quem irá lutar? Se eu não tentar sobreviver, serei assassinado".
A insegurança surge devido ao ego. Quando o ego se vai, existe simplesmente segurança. Na verdade, não existe insegurança ou segurança; todas as dualidades desaparecem. Viver nisso é viver nirvana, é viver iluminação.
(...) Olhe para dentro! Você já olhou para fora o bastante, já procurou fora o bastante. (...) é hora, é a hora certa de olhar para dentro. Você se tornou muito artificial, muito antinatural.
Deixe-me apresentá-lo a você mesmo... torne-se novamente familiarizado com quem você é. E um único vislumbre transforma, e transforma para sempre.
E de novo eu gostaria de repetir: esta transformação não é algo especial — ela é muito normal, pois é apenas a sua natureza. Bata e a porta lhe será aberta, peça e lhe será dado, procure e encontrará...
O S H O
(...) Olhe para dentro! Você já olhou para fora o bastante, já procurou fora o bastante. (...) é hora, é a hora certa de olhar para dentro. Você se tornou muito artificial, muito antinatural.
Deixe-me apresentá-lo a você mesmo... torne-se novamente familiarizado com quem você é. E um único vislumbre transforma, e transforma para sempre.
E de novo eu gostaria de repetir: esta transformação não é algo especial — ela é muito normal, pois é apenas a sua natureza. Bata e a porta lhe será aberta, peça e lhe será dado, procure e encontrará...
O S H O